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ROTEIRO DE DECLARAÇÃO DE ABERTURA

01 - APRESENTAÇÃO

Bom dia, meu nome é Wanderson Caixeta. Eu sou conciliador do Tribunal X e nessa
qualidade conduzirei esta sessão.

Gostaria que vocês se apresentassem.

“Mariana”... gostaria de ser chamado de Mariana mesmo... “Priscila”, gostaria de ser


chamada de Priscila...

Estamos hoje com os observadores Fulano e Sicrano que acompanharão a nossa seção.

02 - ELOGIO

Agradeço desde já a disposição das partes em participar desse procedimento, e


também a presença dos seus advogados, que são muito importantes para essa audiência
conferindo segurança às partes e esclarecendo, quando necessário, suas dúvidas a fim de criar
propostas mais criativas para o acordo.

03 – O QUE É CONCILIAÇÃO

De início, eu lembro a vocês que a conciliação é um mecanismo de solução de


controvérsias na qual as partes (ou seja, vocês) possuem oportunidade de resolver as questões
que trouxerem aqui de forma rápida, menos desgastante e de acordo com a decisão vocês
mesmos concordarem.

Como é uma sessão voluntária, informal e totalmente confidencial, é uma ótima


oportunidade para que vocês falem e sejam ouvidos, para que pensemos nas possibilidades de
resolver o conflito, de aperfeiçoar o relacionamento entre vocês a fim de chegarmos a um
consenso.

04 – O PAPEL DO CONCILIADOR

Como Já dito, eu estou aqui como conciliador e o meu papel é o de facilitar essa
conversa entre vocês, João e Maria. Eu não sou juiz, e por isso não posso impor qualquer tipo
de solução. Por ser neutro à questão, eu não vou fazer qualquer juízo de valoração, dizendo
coisas com “quem está certo, ou quem está errado”. Serei imparcial: Nem a favor nem contra
quaisquer das partes.
5 – DESCREVER O PROCEDIMENTO

A sessão vai acontecer da seguinte maneira: darei alguns minutos para que o João
exponha os principais fatos que o levou ao tribunal. Logo após, também algum tempo para
que a Maria também se exponha as suas questões.

Abrirei também um tempo para que dúvidas sejam esclarecidas, caso necessitem.

Assim, após cada um explicar os seus fatos, vocês podem conversar livremente em
busca de soluções e, posteriormente avaliarem as propostas.

Se vocês, João e Maria, chegarem a um acordo, nós vamos escrever esse acordo e
levar para o Juiz fazer a homologação, e será explicado as vantagens e os efeitos que esse
acordo terá.

Se vocês não chegarem a um acordo, o problema vai ser conduzido ao juízo para que
ele analise o caso e dê uma solução a vocês. Nesse caso vocês vão passar por todos os
procedimentos processuais, como marcação de audiência de instrução e julgamento;
intimação das partes para juntada de documentos, abertura de prazo para contestação etc.

6 – REUNIÕES PRIVADAS

Há a possibilidade da realização de reuniões privadas. Por alguns minutos, tanto o


João como a Maria podem se reunir separadamente com seus advogados ou com este
conciliador, se assim optarem, caso vocês queiram se abrir e dizer o que lhes aflige, ou o que
podem de fato fazer diante desse caso, ou mesmo avaliar a proposta com seu advogado para
chegar a um consenso razoável.

7 – REGRAS DE CONDUTA

Sobre as regras de conduta durante a audiência, eu gostaria que ambos mantivessem


um diálogo respeitoso. Desse modo, o que eu peço a vocês é que:

 Escutem o outro sem interrupções (cada um terá oportunidade de falar)


 Evite palavras ofensivas. A gente fala para ser compreendido e não para ofender.
 Procure entender a perspectiva da outra parte. Entender não significa concordar, e sim
respeitar você ou você tem pontos de vista diferentes.
 Entenda primeiro as questões apresentadas antes de lançar propostas;
 Trabalhem juntos para tentar chegar a uma solução que seja satisfatória para ambos; e
 Mantenha o foco no futuro, na solução do problema, e na satisfação dos seus
interesses. Ok?

8 - CONFIDENCIALIDADE DA AUDIÊNCIA

Lembro que a obrigação de ambos é a de manter sigilo sobre o que é dito na sessão,
inclusive sobre o que vocês proporem para solução caso não haja acordo.

Lembro também que como conciliador eu estou impossibilitado de servir de


testemunha para qualquer de vocês num processo judicial.

Claro que há exceções, como consulta ao supervisor para orientações procedimentais;


autorização expressa das partes; conhecimento de violação à ordem pública ou às leis
vigentes.

9- PERGUNTAR SE HÁ DÚVIDAS

Posto isso, pergunto a vocês se ainda resta alguma dúvida.

Mariana, resta dúvidas da sua parte sobre qualquer dos pontos comentados? Ok.

Priscila, resta dúvidas da sua parte sobre qualquer dos pontos comentados? Obrigado.

10 – CONFIRMAÇÃO DE AUDIÊNCIA

Por fim, Mariana e Priscila, vocês estão dispostos a participar desta audiência de
conciliação nos termos que foram estabelecidos? Muito obrigado.

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Aula 22/10/2020

Atividade sala 2 – conciliação

Identificar as questões, interesses e sentimentos.

Questão: pontos controvertidos

Elogios podem abrir bons diálogos. Perguntar...

Mariana – requerente

Problemas de saúde. Trocar a cama por problemas de coluna.

A gerente tratou bem, mas o produto não foi entregue.

Voltando a loja, foi maltratada pelo atendente, que falou alto.

Priscila não teve empatia e não trocou a cama.

Priscila – requerida

Gerente da loja.

Relata compra de uma cama, mas cliente disse que produto diverso foi entregue.

Por avaliação, reconhece que o produto errado foi entregue, mas não por culpa sua.

A montagem foi errada. Pés tortos e cores trocadas. A ficha foi preenchida errada na compra.

Garante o reparo da cama.


Priscila – pode reparar os pés tortos, mas não as cores.

Mariana – disposta a ingressar na justiça. Disposta a verificar outra cor.

Acordo feito com a troca da cama pela do mostruário, assim com a retificação do pé
danificado.

Técnicas de elaboração de resumo para a próxima aula

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