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CIVEL XXXXXXX
CASA DE COUROS DURO & FORTE EPP-LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob CNPJ n.
16.171.837/0001-33, com endereço comercial na Praça Fróes da Mota, 31, Centro, Feira de Santana,
Bahia, CEP: 44002-300, Vem mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com suporte nos
artigos 927, 942 do Código Civil e demais dispositivos legais aplicáveis, propor:
DOS FATOS
No dia 14/09/2022, foi informado à requerente que havia sido contemplada com a liberação do
veículo. Ocorre que, além de não receber o valor pactuado no contrato de adesão, correspondente
ao montante de R$ 50.901,75 reais, recebeu apenas, R$ 49.566,90 reais, conforme demonstrado por
extrato bancário em anexo.
DO DIREITO
Resta evidenciada que a compra de um veículo está muitas vezes associada a um planejamento
financeiro. Como se vê, o consorcio é um serviço prestado ao consumidor para que este possa ter
acesso a bens e serviços, e, para que o consumidor tenha segurança ao investir neste tipo de
negócio.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
DOS DANOS
É inegável que este fato ultrapassa os limites de mero aborrecimento cotidiano, pois por teve que
sair de sua rotina para tentar sanar o problema, com o qual não deu causa, bem como, criou
expectativas e planos do seu cotidiano para a aquisição do automóvel, gerando assim o dano moral.
“Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos
só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e
imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.”
Com advento da constituição de 1988, entendeu por bem o legislador constituinte de elevar a
matéria relativa à indenização por danos morais resultante de ato ilícito, ao pano constitucional, cujo
texto, previsto no art. 5º, X, inserido entre os direitos individuais, assim ficou regido:
“Artigo 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
(...)
“Artigo 5º - (...)
(...)
“à mensuração do dano emergente, como se vê, não enseja maiores dificuldades. Via de regra,
importará no desfalque sofrido no patrimônio da vítima; será a diferença do valor do bem jurídico
entre aquele que ele tinha antes e depois do ato ilícito. (...) dano emergente é tudo aquilo que se
perdeu, sendo certo que a indenização haverá de ser suficiente para a restitutio in integrum.”
Assim, no tocante ao dano moral, o autor deve ser compensado por todo o
constrangimento, transtornos e aborrecimentos sofridos neste período, pois, tais SUPERAM, e
MUITO, os limites do que se entende por razoável no cotidiano de um ser humano, em razão do
descaso da ré.
“...deve ser reputado como dano moral, a dor, o vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo a
normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe
aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem-estar... Se assim não se entender, acabaremos por
banalizar o dano moral, ensejando ações judiciais em busca de indenizações pelos mais triviais
aborrecimentos”.
DOS PEDIDOS
Termos em que,
Requer Deferimento.
Feira de Santana/BA, 23 de Abril de 2023.
ADVOGADO XXXXX
OAB XXXXXX