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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ DE DIREITO DA _

VARA CÍVEL DE JUNDIAÍ-SP

xxxxxxxxx

AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em face de xxxxxxxxxxxx, pelas razões de fato e

de direito abaixo expostas:

I - DOS FATOS E FUNDAMENTOS

1. O Autor foi xxxx


2. .
II - DO DANO MORAL

3. O Dano moral é aquele em que pese o ato lesivo


afeta a personalidade do indivíduo, objeto da tutela jurídica, sua honra, sua
integridade psíquica, seu bem-estar.
4. No caso em apreço, no tocante aos direitos da
personalidade, cuja violação enseja reparação por danos morais, o que se busca não
é a reparação com o objetivo de restabelecer o “status quo” ante, e sim a
penalização pecuniária da Ré, que possibilite o Autor uma satisfação às suas dores
íntimas, em virtude dos problemas apresentados na exordial.
5. Objetivamente, para caracterização do dever de
indenizar é necessário ter ocorrido o ato ilícito, conforme preceituam os artigos 186
e 927, do Código Civil, senão vejamos:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão


voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e


187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.”

6. Inicialmente cumpre salientar, que o advogado é


sempre indispensável, inviolável e essencial à administração da Justiça. Portanto,
presume-se que o advogado é um profissional ético, responsável, conhecedor de
seu ofício com suporte técnico suficiente para prestar o serviço a que se propõe.
7. É indubitável que se exige, cada vez mais, dos
advogados uma postura ética, condizente com as premissas contidas na Lei 8.906
de 04.07.94, o Estatuto da Advocacia e da OAB, e por consequência, aqueles que
não trilharem esse caminho, poderão ser responsabilizados civilmente pelos danos
que causarem.
8. No caso em tela, os réus transgrediram todos os
preceitos éticos e morais, restando evidente prejuízo ocasionado ao requerente.
9. A ação objetiva chamar a parte ré a juízo para que
assuma obrigação de indenizar, inexiste relação jurídica entre o escritório réu e a
autora no que se refere a honorários advocatícios contratuais já que não há contrato
escrito, nem verbal e nem qualquer autorização por parte do autor que autorize a
retenção dos honorários.
10. Provada a distribuição ilícita da ação, os réus
praticaram atos em flagrante excesso de poder, consumando ilícitos penais, cíveis e
administrativos.
11. Sérgio Cavalieri Filho aprofunda que “por se
tratar de algo imaterial ou ideal, a prova do dano moral não pode ser feita através
dos mesmos meios utilizados para a comprovação do dano material.” Tal situação
“acabaria porensejar o retorno à fase de irreparabilidade do dano moral em razão
de fatores instrumentais”

12. Desta feita, a condenação do réu em indenizar


financeiramente a autora pelos danos morais, além do caráter de reparação dos
sentimentos negativos impostos à vítima do dano, possui o fator sancionatório para
que o requerido compreenda sua responsabilidade perante a sociedade.

13. A autora não pode arcar com as consequências


advindas da atividade do requerido! Esse deve estar consciente de sua atuação e
dos resultados que a mesma poderá ocasionar.
14. Assim, todo mal infligido ao estado ideal das
pessoas, resultando mal-estar, desgostos, aflições, Inter rompendo-lhes o equilíbrio
psíquico, constitui causa suficiente para a obrigação de reparar o dano moral.
15. Diante dos pontos expostos, fica evidente os
vícios sofridos pelo Autor razão pela qual faz jus o mesmo a devida indenização
diante das atitudes da Requerida.
16.

III - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, vem requerer a V. Exa:

a) A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita;

b) A citação do réu para responder aos termos da presente, sob pena de aplicação

dos efeitos da revelia e preclusão dos atos processuais;

c) A expedição de ofício ao Ministério Público para a tomada de eventuais medidas

criminais cabíveis;

d) Que seja oficiada a Ordem dos Advogados do Brasil, da seção São Paulo, para a

apuração dos fatos mediante abertura de processo administrativo disciplinar, bem

como os demais mandamentos relativos ao exercício da advocacia;

e) Seja a presente demanda julgada procedente para que:

f) O réu seja condenado a indenizar a autora pelos danos morais sofridos, no

importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais);


g) A condenação do requerido ao pagamento das custas e despesas processuais e

de honorários advocatícios a serem arbitrados em no mínimo 20% (vinte por cento)

sobre o valor da condenação;

VI - DAS PROVAS

Requer a produção de prova por todos os meios admitidos em direito, em especial

testemunhal, documental e depoimento pessoal do réu, pena de confissão caso não

compareça ou, comparecendo, se recuse a depor.

VII - DO VALOR DA CAUSA

17. Atribui-se a causa o valor de R$ 14.120,00


(quatorze mil cento e vinte reais).

Nestes termos,
Pede, e espera deferimento.
xxxxxxx, 10 de fevereiro de 2024.

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