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1- Considerando ação judicial em regular tramitação, em decisão de saneamento, o

juiz atribui o ônus da prova de modo diverso, pergunta-se:

a) Considerando que a prova é destinada para o juiz é faculdade ou obrigação dar


oportunidade para a parte se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído? Explique.

b) O que se entende por teoria estática do ônus da prova? Em quais hipóteses o


juiz afastará a aplicação da teoria da carga dinâmica do ônus da prova?

R: a) Conforme preceitua o artigo 373 do CPC, o juiz pode atribuir o ônus da prova de
modo diverso desde que fundamente e decisão. Contudo, conforme disposto na redação
final deste mesmo artigo, é OBRIGATÓRIO dar à parte a oportunidade de se desincumbir
deste ônus. Até porque, no §2° é definido que “não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil”.

b) A teoria estática é aquela prévia e abstrata que parte da premissa de que quem alega o
fato deve prova-lo, está instituído no artigo 373, inciso I e II do CPC e diz que cabe ao autor
o ônus de comprovar os fatos constitutivos de seu direito e sobre o réu o de comprovar os
fatos impeditivos, extintivos ou modificativos do direito do autor. O juiz afastará a
aplicação da teoria da carga dinâmica do ônus da prova quando esta se tornar impossível
ou excessivamente difícil, conforme dita o §2° do artigo 373 do CPC.

2- Em cumprimento de sentença/execução é possível a negativação do nome do


executado de ofício pelo juiz? Em caso negativo, quando requerido pela parte o juiz
pode indeferir a negativação do nome do executado?

R: Não é possível que o juiz determine a negativação do nome do executado de ofício,


sendo necessário a parte requerer e após o prazo de pagamento voluntário, conforme
artigo 782, §3° do CPC. O juiz pode inferir o pedido se entender que este meio é abusivo ou
excessivo para o momento do processo. Tanto é que o artigo traz um “poder” e não
“dever”, sendo que será analisado pelo juiz se a medida comporta diante do momento
processual.

3- Considerando que a ação de exigir contas é dotada de duas fases, é recorrível por
agravo de instrumento a decisão que na segunda fase defere a produção de prova
pericial?

R: Não cabe recurso, pois o entendimento STJ é que esta fase não está contemplada no
caput e incisos do artigo 1.015 do CPC, pois não se enquadra em nenhuma hipótese dos
incisos e da mesma forma não há sentença ainda para enquadramento no § único do
citado artigo.

4- Analisando de forma literal o art. 1.015, X, do CPC, é possível verificar ser possível a
interposição de agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que
concederem, modificarem ou revogarem o efeito suspensivo aos embargos à
execução. Com isso, indaga-se: é admissível a interposição de agravo de
instrumento contra decisão que não concede efeito suspensivo aos embargos à
execução? Explique de acordo com o entendimento do STJ.

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