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Item A
Uma das grandes inovações trazidas pelo Código de Processo Civil de 2015
foi a possibilidade de majoração de honorários em sede de recurso, como forma de
frear a interposição indiscriminada de recursos, prevista em seu artigo 85, § 11, que
dispõe:
Dessa forma, entendemos que a postura do tribunal foi correta nesse ponto,
já que a majoração dos honorários é medida que se impõe.
ITEM B
A possibilidade de fixação de honorários recursais diante da ausência de
apresentação de contrarrazões pode ser questionada quando se utiliza o trabalho
adicional do advogado como requisito para tanto. Há quem entenda que a
majoração, neste caso, é indevida, já que os honorários seriam devidos para
remunerar o trabalho adicional e, inexistindo trabalho, não deve haver majoração 1.
1
CAMARGO, Luiz Henrique Volpe. Os honorários advocatícios pela sucumbência recursal no CPC/2015. In:
DIDIER JUNIOR, Fredie. Coleção Novo CPC Doutrina Selecionada. 2. ed. Salvador: Juspodivm, 2016. Cap. 5, p.
938.
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Data de Julgamento: 04/04/2017,
T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 08/05/2017). Grifo
nosso.
ITEM C
QUESTÃO 02
Item A
2
DIDIER JUNIOR, Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de Direito Processo Civil. 13. ed. Salvador:
Juspodivm, 2016. Pag. 158.
No caso em apreço, quanto ao pedido de concessão de justiça gratuita à
parte Autora, este poderia ser deferido sem a exigência de prova concreta. É a
exegese da lei processual de regência: Art. 99, §3º: presume-se verdadeira a
alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Portanto, de plano, não pode o juízo indeferir o pleito de justiça gratuita, haja
vista que a mera declaração de hipossuficiência já faz prova cabal de deficiência
econômica, e, havendo elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais,
deve abrir prazo para comprovação de hipossuficiência da parte requerente, nos
termos do artigo 99 do Código de Processo Civil 3, consoante nosso entendimento
albergado na possibilidade de corrigir vício totalmente sanável, mormente no que se
faz alusão à supremacia do julgamento de mérito.
ITEM B
3
Art. 99 CPC, § 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos
que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo,
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos.
Entendemos que poderia o juiz ter determinado à ré a comprovação da
fragilidade econômica, tendo em vista que o próprio Código de Processo Civil, em
seu artigo 99, §2º e §3º preconiza que há tratamento desigual entre pessoa física e
jurídica, ao prever a presunção de veracidade da alegação de hipossuficiência
somente em favor da pessoa física, o que justifica e autoriza o tratamento desigual.
4
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa
5
Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à
parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
6
CAMARGO, Luiz Henrique Volpe. Dos elementos e dos efeitos da sentença. In:
SCARPINELLA BUENO, Cassio. (Org.). Comentários ao Código de Processo Civil Parte
Especial. São Paulo: Saraiva, 2017, v. 2, p. 401-402
demonstram a clara opção legislativa de, em regra, assegurar
às partes o julgamento do mérito do processo. A decisão sem
julgamento do mérito é hipótese residual e somente pode ser
proferida quando: (a) o vício realmente for insuperável e disser
respeito ao interesse da jurisdição; ou, (b) a parte não sanar o
vício e não for possível decidir o mérito a seu favor.
Dessa forma, entendemos que o juiz não poderia ter concedido ou rejeitado o
pedido de plano, já que a regra de presunção de veracidade exclui a pessoa jurídica,
e o juiz não está autorizado a indeferir o pedido de plano, condicionado à prévia
determinação de produção de provas.
ITEM C
ITEM D
Uma das novidades trazidas pelo Código de Processo Civil de 2015 foi prever
taxativamente as situações de cabimento do Agravo de Instrumento, previsto no
artigo 1.015.
QUESTÃO 03
ITEM A
ITEM B
E ainda:
ITEM C
ITEM D
10
Curso de Direito Processual Civil: Meios de impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais, Vol.
3, 15ª ed. reform. Salvador: Jus Podivm, 2018, p.188-189
11
EDcl no AgInt no REsp 1573573/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 04/04/2017, DJe 08/05/2017
que ensejou a abertura de uma nova instância recursal e, mais do que isso, houve o
julgamento do seu Recurso.