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Interesse
O interesse em recorrer exige da parte a demonstração do
proveito que o recurso lhe trará, ou seja, ninguém pode
apresentar um recurso para receber menos do que já ganhou.
Inexistência de fato impeditivo
Por último, a inexistência de fato impeditivo ou extintivo
do poder de recorrer, significa que a parte não pode tomar
atos contrários que impeçam ou extingam o direito de
recorrer.
Por exemplo, interpor o recurso e após pedir a desistência.
Obviamente a parte tem total direito de desistir do julgamento,
mas é um ato que impede a análise da matéria no recurso em
si. Além disso, é importante ressaltar que há exceção desta
hipótese em recursos aos Tribunais Superiores, mas isso
podemos falar em outra oportunidade.
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
São pressupostos extrínsecos para que o recurso de apelação cível possa ser
recebido pelo Tribunal de Justiça:
Tempestividade
Regularidade formal
Recolhimento do Preparo
Tempestividade
O primeiro, é a tempestividade, que está indicado no § 5º do artigo 1.003 do Novo
Código de Processo Civil. Nesse caso, o prazo para interpor e contrarrazoar
recursos é de 15 (quinze) dias, exceto para Embargos de Declaração, que são 05
(cinco) dias.
Nesse contexto, nota-se que houve uma mudança no Novo CPC. Para
exemplificar, pelo antigo CPC/73 os prazos recursais cíveis variavam entre 5, 10
ou 15 dias e a contagem do prazo era em dias corridos. E, agora, os prazos
recursais foram unificados e determinou-se a contagem em dias úteis.
Regularidade formal
O segundo pressuposto extrínseco é o da regularidade formal, que nada mais é
do que a disposição do artigo 1.010 e seus incisos I a IV já citados acima. Dessa
forma, a regularidade formal é requisito a ser apresentado na petição do recurso
para possibilitar sua admissibilidade.
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Recolhimento do preparo
Por último, aparece o recolhimento do preparo recursal, que
está disposto no artigo 1.007 do Código de Processo Civil.
Nesse cenário, determina que quando houver o recorrente
comprovará no ato de interposição do recurso, o respectivo
preparo, sob pena de deserção, salvo se beneficiário da
justiça gratuita (art. 1.007, § 1º do NCPC) ou se estiver
pleiteando o benefício no próprio recurso.
Além disso, em relação ao recolhimento do preparo, vale
ressaltar que ele traz uma novidade no Novo CPC, que é a
possibilidade do recolhimento em dobro acaso recolhido em
valor menor ou intempestivamente (art. 1.007, § 4º do NCPC).
Esta possibilidade acontece a fim de que o recurso ainda
possa ser aceito, primando pelo julgamento de mérito e
evitando o prejuízo por simples questões processuais.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE SOMENTE EM
SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO