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Art. 847 – Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até
a audiência.”
De acordo com o artigo acima, caso as partes não cheguem a um acordo, a defesa pode ser apresentada
oralmente na própria audiência, pelo tempo máximo de 20 minutos.
Antes de sofrer ampla reforma em 2017, embora a CLT não mencionasse a possibilidade de contestação
trabalhista escrita, a prática forense admitia o seu recebimento dessa forma até a audiência.
Esse costume foi incluído na CLT pela Reforma Trabalhista (Lei 13467/2017), que passou a prever
expressamente a possibilidade de contestação escrita até a audiência por meio do sistema de processo
judicial eletrônico.
A CLT, ao dispor que a defesa deve ser apresentada “até” a audiência, ocasionou dúvidas e controvérsias
quanto ao efetivo prazo para apresentação da contestação trabalhista.
CONTESTAÇÃO
• Resolução nº 241/2019
• A respeito desse e de outros temas polêmicos, a Resolução nº 241/2019 do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho estabeleceu o seguinte:
• Sendo assim, tanto a contestação trabalhista escrita quanto os documentos devem ser
apresentados via Pj-e até a tentativa de conciliação fracassada. É recomendado, no
entanto, que sejam apresentados com até 48 horas de antecedência, sendo permitida a
atribuição de sigilo à defesa e aos documentos.
CONTESTAÇÃO
Prejudiciais de mérito
As prejudiciais de mérito que podem ser arguidas na defesa são
a prescrição e a decadência. Caso reconhecidas, o processo será extinto
com resolução do mérito. Isso quer dizer que foi proferida decisão de
procedência ou improcedência. Dessa maneira, não há possibilidade de
ser ajuizada a ação novamente.
Ambas devem ser arguidas na contestação. No entanto, por serem
matérias de ordem pública, podem ser suscitadas por simples petição ou
oralmente a qualquer momento da fase ordinária do processo, ou seja,
antes que decorra o prazo para interposição do recurso de revista.
Além disso, podem ser, inclusive, suscitadas de ofício pelo próprio
julgador.
O prazo prescricional na Justiça do Trabalho quanto a créditos resultantes
das relações de trabalho é de cinco anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho, conforme dispõe o art. 11 da CLT.
CONTESTAÇÃO
Mérito
A contestação trabalhista que impugna questões de fato e de direito
pleiteadas pelo autor, portanto, está atacando o mérito da causa.
Tal oposição ao mérito pode ser direta ou indireta e disso resultará o ônus
da prova.
A contestação trabalhista é direta quando se limita a negar os fatos
alegados pelo autor na petição inicial, ou seja, apenas nega os fatos
constitutivos do direito do demandante. Nesse caso, aplica-se o art. 373,
inciso I do CPC:
“o ônus da prova incumbe: I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu
direito”.
Por outro lado, a contestação trabalhista será indireta quando admite
determinados fatos da petição inicial, mas traz fatos obstativos – gênero do
qual são espécies os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do
direito do autor. Em qualquer desses casos, o ônus da prova recai sobre o
réu (art. 373, inciso II, do CPC).
CONTESTAÇÃO
Consequências
A depender do que consta expressamente ou não na contestação
trabalhista, podem surgir resultados distintos no processo e diferentes
delimitações da controvérsia.
Vejamos quais são:
1. Reconhecimento expresso de condição que leve à procedência do
pedido do autor
Nesse caso, o réu reconhece expressamente na contestação trabalhista
algum fato que enderece ao cabimento de pedido constante na petição
inicial. É a chamada confissão real, ou seja, é a confissão propriamente
dita. Ela se aplica somente a questões de fato, não abrange questões
jurídicas
2. Silêncio
O silêncio ou a falta de impugnação específica sobre determinado fato
pode acarretar a presunção relativa de veracidade. Presunção relativa
deve ser entendida como aquela que pode ser extinta por prova em
contrário.
CONTESTAÇÃO
Consequências
A depender do que consta expressamente ou não na contestação
trabalhista, podem surgir resultados distintos no processo e diferentes
delimitações da controvérsia.
Vejamos quais são:
1. Reconhecimento expresso de condição que leve à procedência do
pedido do autor
Nesse caso, o réu reconhece expressamente na contestação trabalhista
algum fato que enderece ao cabimento de pedido constante na petição
inicial. É a chamada confissão real, ou seja, é a confissão propriamente
dita. Ela se aplica somente a questões de fato, não abrange questões
jurídicas
2. Silêncio
O silêncio ou a falta de impugnação específica sobre determinado fato
pode acarretar a presunção relativa de veracidade. Presunção relativa
deve ser entendida como aquela que pode ser extinta por prova em
contrário.
CONTESTAÇÃO
Concentração da defesa
Aplica-se também à contestação trabalhista parte do art. 336 do CPC, que dispõe:
Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato
e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende
produzir.
III – por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de
jurisdição.
CONTESTAÇÃO
Dedução e compensação
É importante postular a dedução ou compensação de eventuais valores já
quitados ou que possam ser compensados quando existentes.
Ônus da prova
A contestação trabalhista, junto com a petição inicial e os documentos
constantes no processo, determinará os objetos que necessitam de prova,
seja documental, testemunhal ou mesmo pericial. Portanto, convém se
atentar aos passos seguintes do processo, que se formam a partir da
defesa.
CONTESTAÇÃO
Pedidos finais
Além da impugnação aos pontos da petição inicial, é importante pleitear na
contestação trabalhista, quando cabível, a condenação do autor às penas
pela litigância de má-fé (art. 793-A a 793-D, da CLT), ao pagamento de
custas e honorários advocatícios.
CONTESTAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO
Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, Inscrita no CNPJ nº XXXXXX com endereço na Estrada XXXXXXXXXXX, NXXXX, CasaXX,
BAIRRO, Rio de Janeiro, RJ, CEP: XXXXXXXXX, em trâmite perante este Douto Juízo nos autos da Reclamação Trabalhista movida por FULANO DE
TAL, por seu advogado, apresentar:
CONTESTAÇÃO
Aos fatos, fundamentos e pedidos constantes da petição inicial, o que faz de acordo com os motivos a seguir expostos.
CONTESTAÇÃO
I. Da Habilitação e Publicações
Inicialmente, a Reclamada requer seja HABILITADO o advogado abaixo citado, para a prática de todos os atos
processuais a serem desempenhados nos autos do presente processo eletrônicos, e, ainda, que as futuras
publicações e/ou notificações relativas ao processo em epígrafe, expedidas e/ou encaminhadas em nome do
mesmo, qual seja: XXXXXXXXXXXXXXX -OAB/RJ XXXXXXX, no endereço eletrônico:
adv.XXXXXXX@gmail.com
A inobservância de qualquer dos requerimentos acima formulados implicará a nulidade das notificações e/ou
publicações expedidas irregularmente na forma da Súmula nº 427, do TST, restando pré-questionados os incisos
LIV e LV do artigo 5º da Constituição Federal de 1988 ("CF/88").
CONTESTAÇÃO
II- PRELIMINARMENTE
a) A presente réplica é devidamente tempestiva, cumpre rito e prazos processuais da demanda. Haja vista, que o prazo para sua
apresentação em contestação é de 15 (quinze) dias, contados da intimação do Reclamante, nos moldes dos artigos 350 e 351,
CPC, publicação no Diário Oficial ou Diário da Justiça Eletrônico.
a) DA CARÊNCIA ACIONÁRIA:
O reclamante não mantinha vínculo empregatício com a reclamada. O transcurso natural da instrução processual deixará
isso claro, tal acionamento do judiciário objetiva simplesmente obter enriquecimento ilícito.
A narrativa constante na exordial evidencia outrossim, a manifesta má-fé do reclamante na medida em que pretende
ludibriar esse Douto Juízo, alegando que mantinha relação de emprego com a reclamada, cujo registro na CTPS deixou de ser
efetivado. NUNCA EXISTIU qualquer vínculo empregatício.
Cumpre destacar que o reclamante prestou serviços eventuais de motorista para a Mãe da Dona da empresa, na
qualidade de pessoa física e sem qualquer relação que constitua um vínculo empregatício, tampouco fez parte do quadro de
funcionários da reclamada, sem ter nos seus arquivos qualquer dado do reclamante.
I.
CONTESTAÇÃO
c) DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente se esclarece que com o advento da nova Lei acerca da
reforma trabalhista O Art. 790, parágrafo 4 º CLT que a parte deverá comprovar
a sua insuficiência financeira, assim a mera presunção de mera declaração
não pode mais ser aplicada.
Portanto há ausência de informação quanto à gratuidade (poderes
específicos), assim mais uma razão para não ser concedida a gratuidade de
justiça. O autor deve provar a sua condição de miserabilidade conforme dispõe
a legislação. Outro sim deve ser afastado a concessão da gratuidade de
Justiça ao demandante e indeferindo a gratuidade.
CONTESTAÇÃO
III -MÉRITO
CONTESTAÇÃO
CONCLUSÃO
Pelos fatos e fundamentos expostos, requer sejam acatadas as preliminares arguidas, e, caso
não seja este o entendimento deste MM. Juízo, a reclamada requer que os pedidos sejam julgados
improcedentes em relação a ela, admitindo-se, entretanto (e por argumentação), que esse MM. Juízo assim
não entenda, todos os requerimentos formulados ao longo desta contestação deverão ser observados.
Protesta, ainda, pela produção de todos os meios de prova em Direito admitidos, notadamente as provas
documental e oral - essa por meio de depoimentos testemunhais e do depoimento pessoal do reclamante,
sob a pena de confissão (súmula n.º 74 do TST).
Por fim, a reclamada impugna os valores apresentados na exordial, uma vez que os valores ali
inseridos não condizem com a realidade dos fatos narrados, até porque TODOS os pedidos postulados na
presente demanda são carentes de prova, logo devem ser julgados improcedentes.
ADV
OAB