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Direito Processual

Civil III
Teoria Geral dos Recursos

Prof. Adriane Bandeira Rodrigues


Princípios
Princípio da proibição da
“reformatio in pejus”
 Aquele que recorre não pode ter sua situação agravada
pelo seu próprio recurso, exceto em se tratando de
matéria de ordem pública (pressupostos processuais e
condições da ação), sobre a qual é possível o tribunal
manifestar-se de ofício.

 Não há regra expressa no CPC;

 Porém, não se admite a prestação jurisdicional de ofício


(art. 2º CPC), nem a decisão “extra” ou “ultra petita”.
Princípio do Duplo Grau de
Jurisdição

 Trata da possibilidade de se rever decisão


judicial por órgão hierarquicamente superior.
Não existe texto expresso na Constituição
Federal, mas existe de forma implícita.

 Este princípio decorre do art. 5º, inciso LV,


da CF. Contudo, a CF não garante o duplo
grau de jurisdição ilimitadamente.
Princípio da Taxatividade

 Somente é considerado recurso aquele


previsto em lei federal (art.22,I, da CF).

 Quadro-matriz: art. 994 do CPC; mas há


previsão de outros recursos em leis federais
extravagantes, como por exemplo LJE.
Princípio da Singularidade do Recurso ou
Princípio da Unirrecorribilidade ou
Princípio da Unidade Recursal

Não pode haver mais de um recurso contra a mesma decisão (CPC não consagra expressamente este princípio - existe de forma implícita).

Exceções: este princípio não é absoluto e há situações em que será possível interpor mais de um recurso contra o mesmo ato judicial.
Princípio da Dialeticidade
(motivação)

O recorrente deve expor os motivos da


impugnação. Caso contrário, o pedido é
inepto. O recurso deve vir acompanhado das
razões recursais.
Princípio da Fungibilidade Recursal

 Por meio deste princípio o tribunal pode conhecer o recurso


inadequado como se fosse o correto. Para tanto, é necessário
que:

erro não seja considerado grosseiro (dúvida objetiva acerca do


recurso cabível).

 Expressa previsão no NCPC: Recurso Especial e Recurso


Extraordinário (arts. 1032 e 1033); Embargos de Declaração e
Agravo Interno (artigo 1024, § 3º).
Admissibilidade dos Recursos e
Seus Pressupostos
 Para que o juízo ou tribunal “ad quem” examine a decisão
proferida pelo juízo ou tribunal “a quo” é preciso que estejam
presentes certos pressupostos, denominados pressupostos de
admissibilidade. Há pressupostos gerais que devem ser
observados para todos os recursos.
 O exame dos pressupostos leva ao conhecimento ou não do
recurso; já o exame do mérito do recurso conduz ao provimento
ou não do recurso.
 Os requisitos dos recursos são divididos em requisitos
intrínsecos (subjetivos) e requisitos extrínsecos (objetivos):
Requisitos Intrínsecos dos
Recursos –I

 Cabimento: No processo são praticados diversos atos


processuais, mas só cabe recurso contra os atos
judiciais (alguns). Vide artigo 203 e artigo 1001, do
CPC.
 Legitimação para recorrer: art. 996 do CPC: partes
do processo, MP e 3º prejudicado.
 Interesse na interposição de recursos: é
demonstrado pelo efetivo prejuízo que a decisão
pode trazer ao recorrente.
Requisitos Intrínsecos dos
Recursos- II
 Inexistência de fato extintivo ou impeditivo
do poder de recorrer: são chamados de
pressupostos negativos de admissibilidade dos
recursos. São eles: a desistência do recurso;
a renúncia ao recurso, a aquiescência à
decisão (aceitação):

a) Desistência: após a interposição do recurso, a


parte manifesta-se no sentido de que não
deseja que ele seja submetido a julgamento.
Pode ser exercitada a qualquer tempo, não
dependendo de anuência do recorrido ou dos
litisconsortes (art. 998 do CPC).
b) Renúncia: previamente, o vencido abre mão do direito de
recorrer (art. 999 do CPC). Igualmente, não necessita da aceitação
da outra parte ou dos litisconsortes. A renúncia pode ser:

 tácita: que se dá com a decadência do prazo recursal;


 expressa: quando há manifestação de vontade da parte
neste sentido.

c) Aceitação expressa ou tácita da sentença: O art. 1000 do CPC


prevê que a aceitação da sentença é obstáculo ao direito de
recorrer. Pode ser expressa (manifestação dirigida ao juiz ou à
outra parte) ou tácita ( par. único).
Requisitos Extrínsecos dos
Recursos
 Tempestividade do recurso: cada espécie de recurso tem um
prazo próprio estipulado pela lei e uma vez transcorrido dito
prazo torna-se precluso o direito de recorrer;

 Adequação do recurso: há um recurso para cada espécie de


decisão (adequado);

 Preparo: pagamento das despesas processuais correspondentes


ao processamento do recurso (art. 1007 do CPC). Falta de
preparo: deserção. Há situações previstas no CPC em que não se
exige preparo.

 Regularidade formal: o recurso deve ser interposto sob a forma


preconizada em lei.
Classificação dos Recursos

 Os recursos são usualmente classificados levando em


conta o momento da interposição, o âmbito, o tipo
de fundamentação e o objeto tutelado.
QUANTO AO MOMENTO DA
INTERPOSIÇÃO
 Recurso Principal (independente) e Recurso Adesivo
 O recurso adesivo é um acessório do recurso principal, devendo seguir as
seguintes normas:
 Havendo sucumbência recíproca a parte pode aderir ao recurso da outra,
pleiteando a reforma da decisão no que lhe favorecer (
art. 997, “caput” e parágrafo 1º, do CPC).
 Prazo: o mesmo que dispõe a parte para responder ao recurso principal (
art. 997, § 2º, I).
 Cabimento: é admissível na apelação, no recurso extraordinário e no
recurso especial (art. 997, § 2º, II)
 Regime jurídico - inteiramente subordinado ao recurso principal (
art. 997, § 2º, III).
 Regras – mesmas do recurso principal (parágrafo 2º do art. 997).
QUANTO AO ÂMBITO

 Recurso total e recurso parcial (art. 1002 do CPC):

 recurso total – quando há impugnação


integral da matéria que gerou
sucumbência;
 recurso parcial – quando há impugnação
de parte da matéria que gerou
sucumbência.
QUANTO À
FUNDAMENTAÇÃO
 Recursos de fundamentação livre e
recursos de fundamentação vinculada

 Recurso de fundamentação livre- o


cabimento independe do tipo de crítica que
se faz à decisão.
 Recurso de fundamentação vinculada- o
conhecimento é condicionado ao tipo de
crítica dirigida à decisão impugnada.
QUANTO AO OBJETO

 Recursos ordinários e extraordinários


- Recursos ordinários – são aqueles que permitem
ampla revisão de matéria de fato e de direito.

- Recursos extraordinários- são os que tem por


finalidade a uniformização da interpretação do
direito constitucional federal e do direito
infraconstitucional federal em todo o território
nacional.
EFEITOS DOS RECURSOS -I
 Efeito devolutivo: em razão deste efeito há o
reexame da decisão, pelo próprio órgão que a
proferiu ou por outro hierarquicamente superior.
Todo recurso tem este efeito.

 Efeito suspensivo: impede que a decisão produza


efeitos enquanto não julgado o recurso.
 A regra é a de que os recursos não têm efeito
suspensivo: artigo 995 do CPC.
 Exceções: 1) Apelação: artigo 1012 do CPC;
 2) Parágrafo único do artigo 995 do CPC
EFEITOS DOS RECURSOS -II

 efeito translativo: a lei autoriza o órgão “ad quem” a


julgar fora das alegações constantes das razões ou
contrarrazões do recurso, o que ocorre com as questões
de ordem pública e a cujo respeito não se opera a
preclusão (ex.: art. 485, § 3º do CPC).

 efeito expansivo: consiste no reconhecimento de que a


devolução operada pelo recurso não se limita às
questões resolvidas na sentença, compreendendo
também aquelas que poderiam ter sido decididas mas
não foram.
EFEITOS DOS RECURSOS -III

 efeito substitutivo: encontra-se


consagrado no art. 1008 do CPC: “O
julgamento proferido pelo tribunal
substituirá a decisão impugnada no que
tiver sido objeto de recurso”
 No entanto, não estará presente este
efeito quando o recurso não for conhecido.
Prazo Para a Interposição dos
Recursos
 Regra geral: Art. 1003, parágrafo 5º, do CPC – 15
dias para interposição e resposta.
 Exceção: embargos de declaração – 5 dias- artigo
1023, CPC.
 Prazo em dobro para recorrer e responder ao
recurso: Fazenda Pública (art. 183); MP (art. 180);
parte representada pela Defensoria Pública
(art.186); litisconsortes com procuradores
diferentes e de escritórios de advocacia diferentes
(art. 229), desde que os autos não sejam
eletrônicos neste caso.
Prazo para a interposição dos
recursos
 Início da contagem:
Art. 1003 “caput” e parágrafo 1º,
do CPC.
 Publicação eletrônica:
parágrafos 2º e 3º do artigo 224.
 - Citações e Intimações no sistema E Proc: No eproc
os procuradores são intimados eletronicamente, por meio
do Portal do Procurador.
E proc
 O sistema exige cadastro para o recebimento das intimações. No painel do advogado há
uma seção “Citações/Intimações”, onde são gerenciadas as intimações eletrônicas. É possível
observar-se os processos com intimação e citação pendentes. O Procurador pode acessar o
processo judicial eletrônico para que a intimação seja considerada realizada e o prazo
processual tenha início, dentro de 10 (dez) dias corridos, conforme o artigo 5º, § 3º, da Lei
11419/2006.

 Hipóteses de interrupção do prazo recursal:


artigo 1004.
Há duas hipóteses:

 - o Procurador abre o prazo referente à intimação em um


determinado processo dentro do pré-prazo de 10 (dez)
dias, considerando-se intimado. Então esse pré-prazo
encerra-se e tem início o prazo processual, conforme a
citação/intimação.

 - o Procurador não abre o prazo referente à intimação e


então após o pré-prazo de 10 (dez) dias, o sistema inicia
automaticamente o cômputo do prazo processual.
Interrupção e Suspensão do prazo recursal

Hipóteses de interrupção do prazo recursal:


artigo 1004: Se, durante o prazo para a
interposição do recurso, sobrevier o falecimento
da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo
de força maior que suspenda o curso do
processo, será tal prazo restituído em proveito
da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra
quem começará a correr novamente depois da
intimação.

Hipóteses de suspensão do prazo recursal:


recesso forense (art. 220); obstáculo à parte (
art. 221)
Recursos e Litisconsortes
 Com interesses comuns – art. 1005, do CPC,
primeira parte.
 Com interesses opostos ou distintos – cada um deve
recorrer independentemente, não aproveitando o
recurso de um em favor do outro art. 1005, do CPC,
“in fine”.
 Solidariedade passiva: parágrafo único do art. 1005
do CPC.
CPC

 Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por


impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
CPC

 Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:


 I - apelação;
 II - agravo de instrumento;
 III - agravo interno;
 IV - embargos de declaração;
 V - recurso ordinário;
 VI - recurso especial;
 VII - recurso extraordinário;
 VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
 IX - embargos de divergência.
CPC
 Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo
terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como
fiscal da ordem jurídica.
 Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a
decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir
direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como
substituto processual.
CPC

 Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o


recorrente comprovará, quando exigido pela
legislação pertinente, o respectivo preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena
de deserção.
 § 1o São dispensados de preparo, inclusive porte
de remessa e de retorno, os recursos interpostos
pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito
Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e
respectivas autarquias, e pelos que gozam de
isenção legal.
CPC
 Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do
recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
 Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de
questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela
objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais
repetitivos.
CPC

 Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da


outra parte.
CPC

 Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não


poderá recorrer.
 Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma
reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.
CPC

 Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente,


no prazo e com observância das exigências legais.
 § 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por
qualquer deles poderá aderir o outro.
CPC

 Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente,


no prazo e com observância das exigências legais.
 § 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso
independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste
quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no
tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o
seguinte:
 I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente
fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
CPC

 Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no


prazo e com observância das exigências legais.
 § 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente,
sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de
admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal
diversa, observado, ainda, o seguinte:
 II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso
especial;
CPC

 Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no


prazo e com observância das exigências legais.
 § 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente,
sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de
admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal
diversa, observado, ainda, o seguinte:
 III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou
se for ele considerado inadmissível.
CPC
 Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no
prazo e com observância das exigências legais.
 § 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente,
sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de
admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal
diversa, observado, ainda, o seguinte:
CPC

 Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte.


CPC

 Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo


disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
CPC

 Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.


 § 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a
sentença que:
 I - homologa divisão ou demarcação de terras;
 II - condena a pagar alimentos;
 III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes
os embargos do executado;
 IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
 V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
 VI - decreta a interdição.
CPC

 Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo


disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
 Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser
suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus
efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do
recurso.
CPC

 Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:


 § 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e
IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o
trânsito em julgado.
CPC

 Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão


impugnada no que tiver sido objeto de recurso.
CPC

 Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em


que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a
Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
 § 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os
recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
CPC

 Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a


anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do
recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a
análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido
reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos
extraordinários ou especiais repetitivos.

 Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da


aceitação da outra parte.
CPC

 Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou


tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a
prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível
com a vontade de recorrer.
Lei nº 11.419/06

 Art. 4o Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico,


disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, para
publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos
órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral.
 § 3o Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil
seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da
Justiça eletrônico.
 § 4o Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que
seguir ao considerado como data da publicação.
CPC
 Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição do recurso,
sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo
de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo
restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra
quem começará a correr novamente depois da intimação.
CPC
 Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos
aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
 Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto
por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao
credor lhes forem comuns.
CPC

 Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-


se da data em que os advogados, a sociedade de
advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou
o Ministério Público são intimados da decisão.
 § 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão
intimados em audiência quando nesta for proferida a
decisão.
CPC

 Art. 224. Salvo disposição em


contrário, os prazos serão contados
excluindo o dia do começo e incluindo
o dia do vencimento.
§ 2o Considera-se como data de
publicação o primeiro dia útil seguinte
ao da disponibilização da informação
no Diário da Justiça eletrônico.
 § 3o A contagem do prazo terá início no
primeiro dia útil que seguir ao da
publicação.
CPC

 Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição do


recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu
advogado ou ocorrer motivo de força maior que
suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído
em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor,
contra quem começará a correr novamente depois da
intimação.
CPC

 Art. 220. Suspende-se o curso do prazo


processual nos dias compreendidos entre 20 de
dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
 § 1o Ressalvadas as férias individuais e os
feriados instituídos por lei, os juízes, os
membros do Ministério Público, da Defensoria
Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares
da Justiça exercerão suas atribuições durante o
período previsto no caput.
 § 2o Durante a suspensão do prazo, não se
realizarão audiências nem sessões de
julgamento.
CPC

 Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por


obstáculo criado em detrimento da parte ou
ocorrendo qualquer das hipóteses do art.
313, devendo o prazo ser restituído por
tempo igual ao que faltava para sua
complementação.
 Parágrafo único. Suspendem-se os prazos
durante a execução de programa instituído
pelo Poder Judiciário para promover a
autocomposição, incumbindo aos tribunais
especificar, com antecedência, a duração
dos trabalhos.
CPC
 Art. 313. Suspende-se o processo:
 I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das
partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
 II - pela convenção das partes;
 III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
 IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
 V - quando a sentença de mérito:
 a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de
existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto
principal de outro processo pendente;
 b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado
fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
 VI - por motivo de força maior;
 VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e
fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
 VIII - nos demais casos que este Código regula.

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