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APOSTILA BÁSICA DE RECURSOS

Qual o objetivo de um recurso?


Os recursos no novo CPC são os meios, previstos em lei, através dos quais a parte ou
interessado em determinado processo pode requerer uma nova análise de uma
decisão judicial, seja para pedir sua reforma, anulação, invalidação ou simplesmente
buscar esclarecimentos.
O CPC traz importantes inovações referentes ao tema, com a meta de prestigiar os
princípios da celeridade processual e da efetividade do processo. E para entender
completamente como funcionam, é necessário falar sobre regras inéditas e
supressões importantes.
De qualquer maneira, podemos destacar alguns princípios reconhecidos pela
doutrina, como: Duplo grau de jurisdição; Taxatividade; Singularidade;
Fungibilidade; Voluntariedade; Dialeticidade; Proibição da reformatio in pejus.
Nas palavras do mestre Humberto Theodoro Júnior “Caracteriza-se o recurso como
o meio idôneo a ensejar o reexame da decisão dentro do mesmo processo em que
foi proferida, antes da formação da coisa julgada”.
1. RECURSO

Conceito - É o pedido de reexame de ato decisório proferido pelo juiz de primeiro


grau.

Atos recorríveis - Os atos do juiz recorríveis são a decisão interlocutória e a


sentença.

Atos irrecorríveis - Os despachos, que veiculam atos apenas ordinatórios do


procedimento, não comportam recurso (art. 1.001, nCPC).

PRESSUPOSTOS

a) LEGITIMIDADE – regra geral, apenas tem legitimidade para recorrer a parte


vencida, o terceiro prejudicado e o Ministério Público (art. 996, nCPC).

OBS.: Ministério Público é parte legítima para recorrer quando atua na condição de
parte ou de fiscal da lei (art. 996, nCPC).

b) INTERESSE – apenas pode recorrer a parte sucumbente, ou seja, aquela que não
recebe da decisão tudo o que foi pedido. Se o autor vencer a causa em parte, sairá
vencido e vencedor ao mesmo tempo, sendo tanto o réu quanto o autor
sucumbentes em parte. Neste caso, ambos têm o interesse de recorrer.

Aceitação da sentença - a parte, que aceitar expressa ou tacitamente a decisão, não


poderá recorrer (art. 1.000, nCPC). Considera-se aceitação tácita a prática, sem
reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer (art. 1.000,
parágrafo único, nCPC).

c) TEMPESTIVIDADE - consiste em interpor o recurso no prazo previsto em lei. O


recurso interposto fora do tempo é intempestivo.

OBS.: O prazo para recorrer é peremptório, entretanto, deve o juiz restituir


integralmente o prazo se, no seu curso falecer uma das partes, seu advogado ou
ocorrer motivo de força maior.

d) CABIMENTO OU ADEQUAÇÃO - diz respeito ao fato de existir um recurso


apropriado para cada decisão, não podendo haver a substituição do recurso a
critério da parte. É o princípio da Singularidade ou Unirrecorribilidade das decisões.
e) PREPARO - consiste no pagamento das despesas processuais e do porte de
retorno relativas ao processamento do recurso, cuja prova deve vir junto aos autos
juntamente com a petição de interposição (art. 1.007, nCPC).

Deserção - a insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de


retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado,
não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. (art. 1.007, § 1º, nCPC).

Dispensa do preparo - São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de


retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito
Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que
gozam de isenção legal (art. 1.007, § 1º, nCPC).

Dispensa do porte de remessa e de retorno nos processos eletrônicos -


é dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em
autos eletrônicos (art. 1.007, § 3º, nCPC).

Recolhimento do preparo em dobro -  O recorrente que não comprovar, no ato de


interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de
retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em
dobro, sob pena de deserção (art. 1.007, § 4º, nCPC)

- EFEITOS DOS RECURSOS

Efeitos – os recursos podem ser recebidos nos efeitos devolutivo e suspensivo, ou


somente no devolutivo.

 Efeito devolutivo - corresponde à devolução da matéria para nova apreciação,


seja pelo mesmo juízo ou por outro;
 Efeito suspensivo - é aquele que suspende os efeitos da decisão atacada.

Obs.: em regra, os recursos possuem, pelo novo CPC, apenas efeito devolutivo. Só
terão efeito suspensivo nos casos previstos em lei ou na decisão judicial (art. 995,
nCPC).

OBSERVAÇÃO

Pelo CPC de 1973 muitos recursos possuíam efeito suspensivo. Só era recebido no
efeito devolutivo apenas, nas hipóteses previstas no próprio CPC. O novo CPC
inverteu e trouxe como regra os recursos apenas com efeito devolutivo, passando
a ter efeito suspensivo apenas quando previsto em lei ou determinado em decisão
judicial.

CPC/1973 Art. 497. O recurso extraordinário e o recurso especial não


impedem a execução da sentença; a interposição do agravo
de instrumento não obsta o andamento do processo,
ressalvado o disposto no art. 558 desta Lei.
CPC/2015 Art. 995.  Os recursos não impedem a eficácia da decisão,
salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.

Parágrafo único.  A eficácia da decisão recorrida poderá ser


suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de
provimento do recurso.

Recurso adesivo – é aplicado exclusivamente em caso de sucumbência recíproca.


Assim, sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá
aderir o outro. (art. 997 e § 1º, nCPC).

Subordinação do recurso adesivo independente - O recurso adesivo fica


subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste
quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição
legal diversa (art. 997, § 2º, nCPC).

Cabimento do recurso adesivo – apenas se admite o recurso adesivo na apelação,


no recurso extraordinário e no recurso especial (art. 997, § 3º, nCPC).

OBSERVAÇÃO

O CPC de 1973 previa o cabimento do recurso adesivo na apelação, nos embargos


infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial. O novo CPC pôs fim
aos embargos infringentes, motivo pelo qual o tirou das hipóteses de cabimento
do recurso adesivo.

Óbice do prosseguimento do recurso adesivo com a desistência do recurso


independente - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se
for ele considerado inadmissível (art. 997, § 2º, inciso III, nCPC).
CPC/1973 Art. 500. Cada parte interporá o recurso,
independentemente, no prazo e observadas as exigências
legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso
interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O
recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se
rege pelas disposições seguintes: 
I - será interposto perante a autoridade competente para
admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe
para responder; 
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes,
no recurso extraordinário e no recurso especial; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso
principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. 
Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas
regras do recurso independente, quanto às condições de
admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior.
CPC/2015 Art. 997.  Cada parte interporá o recurso
independentemente, no prazo e com observância das
exigências legais.
§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por
qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso
independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste
quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no
tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o
seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso
independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe
para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e
no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso
principal ou se for ele considerado inadmissível.

Recurso em caso de litisconsórcio - o recurso interposto por um dos litisconsortes a


todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses (art. 1.005, nCPC).

Baixa do processo após o trânsito em julgado do acórdão - Certificado o trânsito


em julgado, com menção expressa da data de sua ocorrência, o escrivão ou o chefe
de secretaria, independentemente de despacho, providenciará a baixa dos autos ao
juízo de origem, no prazo de 5 (cinco) dias (art. 1.006, nCPC).

Substituição da sentença pelo acórdão – o julgamento proferido pelo tribunal


substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso (art. 1.008,
nCPC).

RECURSOS EM ESPÉCIE

Espécies de recursos - são cabíveis os seguintes recursos (art. 994, nCPC):


I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.

CPC/1973 Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos: 


I - apelação;
II - agravo; 
III - embargos infringentes;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
Vl - recurso especial; 
Vll - recurso extraordinário;  
VIII - embargos de divergência em recurso especial e em
recurso extraordinário.
CPC/2015 Art. 994.  São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.

1) DA APELAÇÃO
Conceito – apelação é o recurso que se interpõe das sentenças dos juízes de
primeiro grau de jurisdição para levar a causa ao reexame dos tribunais do segundo
grau, visando a obter uma reforma total ou parcial da decisão impugnada, ou
mesmo sua invalidação;

OBSERVAÇÃO
O CPC de 1973 previa um recurso denominado de agravo retido que ficava retido
nos autos para a análise quando da interposição do recurso de apelação ou das
contrarrazões de apelação. O novo CPC acabou com o agravo retido, mantendo
apenas o agravo de instrumento. Porém, permite que as questões decididas no
curso do processo, quando não cabível o agravo de instrumento, possam ser
arguidas em preliminar no recurso de apelação ou nas contrarrazões de apelação.
Neste último caso, deve o apelante ser intimado para se manifestar a respeito no
prazo de 15(quinze) dias (art. 1.009 e seus parágrafos). Assim, não havendo mais a
figura do agravo retido, não mais há a preclusão da matéria, como antes previsto
no CPC de 1973.

Requisitos da apelação – a apelação conterá os seguintes requisitos (art. 1.010,


nCPC):
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - os fundamentos de fato e de direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; (incluído no
novo CPC)
IV - o pedido de nova decisão.

A quem se dirige a apelação – a apelação é dirigida ao juiz de primeiro grau (art.


1.010, nCPC).

Efeitos do recurso de apelação – regra geral, a apelação será recebida no seu duplo
efeito: devolutivo e suspensivo.

Efeito devolutivo - a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria


impugnada (art. 1.013). Esse recurso visa obter um novo pronunciamento sobre a
causa, com reforma total ou parcial da sentença do juiz de primeiro grau. As
questões de fato e de direito tratadas voltam a ser conhecidas e tratadas pelo
tribunal.

Efeito suspensivo – a apelação normalmente suspende os efeitos da sentença, seja


esta condenatória, declaratória ou constitutiva. O efeito suspensivo consiste,
portanto, na suspensão da eficácia natural da sentença, isto é, dos seus efeitos
normais (art. 1.012, nCPC).

Exceção à regra do duplo efeito – via de regra, a apelação tem o duplo efeito:
suspensivo e devolutivo. Entretanto, há casos em que a apelação é recebida apenas
em seu efeito devolutivo, de maneira que é possível a execução provisória enquanto
estiver pendente o recurso.

Hipóteses de recebimento da apelação apenas no efeito devolutivo – além de


outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a
sua publicação a sentença que (art. 1.012, § 1º, nCPC):
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do
executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.

Preparo – para a interposição de recurso de apelação é exigido o preparo


(pagamento das custas).

Deserção – a deserção é o efeito produzido sobre o recurso pelo não cumprimento


do pressuposto do preparo (pagamento das custas recursais) no prazo devido. Sem
o pagamento das custas, o recurso torna-se descabido, e a sentença faz coisa
julgada material.

Obs.: a insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,


implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a
supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. (art. 1.007, § 1º, nCPC).

Prazo do recurso e das contrarrazões de recurso– os prazos são de 15 dias para


apelar e 15 dias para oferecer as contrarrazões ao recurso.

APELAÇÃO

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
da sentença efeito sim 15 dias 15 dias
devolutivo e
suspensivo
(regra geral,
mas
comporta
exceções)

2) DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Conceito de agravo de instrumento – é o recurso interposto contra as decisões


interlocutórias, porém dirigido ao próprio Tribunal através de instrumento dos autos
principais.

Cabimento do agravo de instrumento - cabe agravo de instrumento contra as


decisões interlocutórias que versarem sobre (art. 1.015, nCPC):
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de
sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1 o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

Obs.: Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias


proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no
processo de execução e no processo de inventário (art. 1.015, parágrafo único,
nCPC).

OBSERVAÇÃO
O novo CPC ampliou consideravelmente as hipóteses de cabimento do agravo de
instrumento.

Conteúdo do agravo de instrumento - O agravo de instrumento será dirigido


diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes
requisitos (art. 1.016, nCPC):
I - os nomes das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio
pedido;
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.

Formação do instrumento do agravo - A petição de agravo de instrumento será


instruída (art. 1.017, nCPC):
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição
que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da
respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e
das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no
inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade
pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.

Preparo – para a interposição do Agravo de Instrumento é necessário o pagamento


das custas recursas e do porte de retorno. Acompanhará a petição o comprovante
do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos,
conforme tabela publicada pelos tribunais (art. 1.017, § 1º, nCPC).

Efeitos do agravo de instrumento – o agravo de instrumento possui efeito apenas


devolutivo, não suspendendo o curso do processo principal.

Prazo - o prazo para a interposição do agravo de instrumento e para as suas contra-


razões é de 15 dias.

Informação ao juízo de primeiro grau da interposição do agravo de instrumento –


O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição
do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos
documentos que instruíram o recurso (art. 1.018, nCPC). Não sendo eletrônicos os
autos, o agravante tomará essa providência no prazo de 3 (três) dias a contar da
interposição do agravo de instrumento (§ 2o). O descumprimento dessa exigência
prevista no § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa
inadmissibilidade do agravo de instrumento.

OBSERVAÇÃO
O CPC de 1973 previa a necessidade em qualquer caso de juntada aos autos
principais de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua
interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso no prazo de
03(três) dias. Já o novo CPC prevê que nos autos eletrônicos o agravante poderá
juntar esses documentos, mas não é mais uma obrigação do recorrente. Já nos
autos físicos a obrigação da juntada continua sendo obrigatória para que o Juízo
de 1º grau possa ter conhecimento do agravo e possa exercer o seu juízo de
retratação.

Reforma da decisão pelo juiz de primeiro grau - se o juiz comunicar que reformou
inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento
(§ 1o).

CPC/1973 Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no


prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se
tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e
de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da
apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é
recebida, quando será admitida a sua interposição por
instrumento.

Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída: 


I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da
certidão da respectiva intimação e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
II - facultativamente, com outras peças que o agravante
entender úteis. 
§ 1o Acompanhará a petição o comprovante do pagamento
das respectivas custas e do porte de retorno, quando
devidos, conforme tabela que será publicada pelos
tribunais. 
§ 2o No prazo do recurso, a petição será protocolada no
tribunal, ou postada no correio sob registro com aviso de
recebimento, ou, ainda, interposta por outra forma prevista
na lei local. 

Art. 526. O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá


juntada, aos autos do processo de cópia da petição do
agravo de instrumento e do comprovante de sua
interposição, assim como a relação dos documentos que
instruíram o recurso.
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste
artigo, desde que arguido e provado pelo agravado, importa
inadmissibilidade do agravo.
CPC/2015 Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões
interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou
acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito
suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §
1o ;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento
contra decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no
processo de execução e no processo de inventário.

Art. 1.017.  A petição de agravo de instrumento será


instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da
contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da
própria decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação ou outro documento oficial que comprove a
tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados
do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos
documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do
agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante
reputar úteis.
§ 1o  Acompanhará a petição o comprovante do pagamento
das respectivas custas e do porte de retorno, quando
devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.

Art. 1.018.  O agravante poderá requerer a juntada, aos autos


do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento,
do comprovante de sua interposição e da relação dos
documentos que instruíram o recurso.
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a
decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de
instrumento.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a
providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a
contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2 o,
desde que arguido e provado pelo agravado, importa
inadmissibilidade do agravo de instrumento.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
Das decisões
Regra geral,
interlocutórias
efeito
(nos casos sim 15 dias 15 dias
apenas
previstos no
devolutivo
CPC)

3) AGRAVO INTERNO

Conceito - Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o
respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do
regimento interno do tribunal (art. 1.021, nCPC).

A quem se dirige - o agravo será dirigido ao relator.

Prazo – o recurso deve ser interposto no prazo de 15(quinze) dias e o relator que
intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso também no prazo de 15
(quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a
julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.

Multa por manifesta inadmissibilidade ou improcedência - quando o agravo


interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação
unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a
pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da
causa (art. 1.021, § 4º, nCPC).
Depósito prévio da multa para recorrer novamente - a interposição de qualquer
outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da
Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento
ao final (art. 1.021, § 5º, nCPC).

AGRAVO INTERNO

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
Da decisão Regra geral,
monocrática efeito
não 15 dias 15 dias
proferida apenas
pelo relator devolutivo

4) DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Conceito – os embargos de declaração é o recurso cabível para pedir ao juiz ou


tribunal que prolatou a decisão que afaste obscuridade, supra omissão, elimine
contradição existente no julgado ou corrija erro material.

Pressupostos dos embargos de declaração – os pressupostos dos embargos de


declaração é a existência de uma obscuridade, omissão, contradição ou erro
material na decisão (art. 1.022, nCPC).

Hipóteses - Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para


(art. 1.022, nCPC):
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz
de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.

OBSERVAÇÃO
O CPC de 1973 previa como pressupostos da interposição dos embargos de
declaração a existência de omissão, contradição ou obscuridade. Além disso,
dispunha expressamente que era um recurso cabível da sentença. O novo CPC
acrescentou mais um pressuposto dos embargos de declaração que é o erro
material. Além disso, dispõe que é cabível esse recurso contra a decisão, o que
pode ser sentença, decisão interlocutória ou acórdão.
Efeitos dos embargos de declaração – os embargos de declaração não possuem
efeito suspensivo (art. 1.026, nCPC).

Efeito interruptivo – os embargos de declaração possuem efeito interruptivo, ou


seja, interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, recomeçando,
portanto, a contagem por inteiro dos prazos para a interposição dos demais
recursos (art. 1.026, nCPC).

Preparo – os embargos de declaração não estão sujeito ao preparo (art. 1.023,


nCPC).

Prazo – o prazo é de 05 dias. Em regra, não há contra-razões de recurso, tendo em


vista que a função dos embargos de declaração não é alterar a decisão e sim clareá-
la ou simplesmente suprir a omissão ou contradição ou ainda corrigir um erro
material constante da decisão (art. 1.023, nCPC). Porém, caso o eventual
acolhimento dos embargos impliquem em modificação da decisão embargada, deve
o Juiz intimar o embargado para, querendo, se manifestar no prazo de 05(cinco) dias
sobre os embargos opostos (§ 2º). (esse § 2º foi acrescido no nCPC para
acompanhar um entendimento que já vinha sendo adotado pelos Tribunais em
nome do contraditório previsto no art. 5º da CF/88).

Embargos protelatórios - Quando manifestamente protelatórios os embargos de


declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o
embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o
valor atualizado da causa. (art. 1.026, § 2º, nCPC).

Reiteração dos embargos protelatórios - Na reiteração de embargos de declaração


manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o
valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada
ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final (art. 1.026, § 3º,
nCPC).

Impedimento de interposição de novos embargos seguidos aos dois protelatórios


anteriores - Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois)
anteriores houverem sido considerados protelatórios (art. 1.026, § 4º, nCPC).

CPC/1973 Art. 535. Cabem embargos de declaração quando: 


I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou
contradição; 
II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz
ou tribunal. 

Art. 538. Os embargos de declaração interrompem o prazo


para a interposição de outros recursos, por qualquer das
partes. 
Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os
embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são,
condenará o embargante a pagar ao embargado multa não
excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na
reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a
até 10% (dez por cento), ficando condicionada a
interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor
respectivo.
CPC/2015 Art. 1.022.  Cabem embargos de declaração contra qualquer
decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único.  Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento
de casos repetitivos ou em incidente de assunção de
competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, §
1o .

Art. 1.026.  Os embargos de declaração não possuem efeito


suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de
recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá
ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante
a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil
reparação.
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de
declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada,
condenará o embargante a pagar ao embargado multa não
excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração
manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez
por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição
de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio
do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao
final.
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se
os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados
protelatórios.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
De qualquer
decisão 05 dias (se
obscura, houver
omissa, Efeito possibilidade de
não 05 dias
contraditória interruptivo modificação da
ou que decisão
contenha erro embargada)
material

5) DO RECURSO ORDINÁRIO AO STF

Conceito – o recurso ordinário ao STF é o recurso cabível contra as decisões


denegatórias de mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção,
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores (art. 1.027, I, nCPC).

A quem se dirige – o recurso ordinário deve ser dirigido ao Tribunal de origem (art.
1.028, § 2º, nCPC). Só após as contrarrazões de recurso é que será encaminhado ao
STF (§ 3º).

Prazo – 15 dias para interpor e para oferecer as contrarrazões de recurso (art. 1.028,
§ 2º, nCPC).

RECURSO ORDINÁRIO AO STF

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
decisões Efeito sim 15 dias 15 dias
denegatórias
de mandado
de segurança,
habeas data e
mandado de
injunção,
devolutivo
decididos em
única
instância
pelos
Tribunais
Superiores

6) DO RECURSO ORDINÁRIO AO STJ

Conceito e cabimento – serão julgados em recurso ordinário pelo Superior Tribunal


de Justiça (1.027, II, nCPC):

a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais


Regionais Federais ou pelos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios, quando denegatória a decisão;

b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou


organismo internacional e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada
no País.

A quem se dirige – o recurso ordinário deve ser dirigido ao Tribunal de origem (art.
1.028, § 2º, nCPC). Só após as contrarrazões de recurso é que será encaminhado ao
STJ (§ 3º).

Prazo – 15 dias para interpor e para oferecer as contrarrazões de recurso (art. 1.028,
§ 2º, nCPC).

RECURSO ORDINÁRIO AO STJ

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
a) decisões Efeito sim 15 dias 15 dias
denegatórias os devolutivo
mandados de
segurança
decididos em
única instância
pelos Tribunais
Regionais
Federais ou pelos
Tribunais de
Justiça dos
Estados e do
Distrito Federal e
Territórios;
b) os processos
em que forem
partes, de um
lado, Estado
estrangeiro ou
organismo
internacional e,
do outro,
Município ou
pessoa residente
ou domiciliada no
País.

7) DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL

Conceito e cabimento do recurso extraordinário – é o recurso processado perante


o STF nas causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida
(art. 102, II, da CF):
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Conceito e cabimento do recurso especial – é o recurso processado perante o STJ


nas causas decididas em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a
decisão recorrida (art. 105, III, da CF):
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência (alínea a);
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal (alínea
b);
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal (alínea c).

Concomitância de recurso especial e extraordinário – um só acórdão local pode


incorrer tanto nas hipóteses do recurso extraordinário como nas do recurso
especial. Quando isso se der, o prazo de 15 dias será comum para a interposição de
ambos os recursos, mas a parte terá que elaborar duas petições distintas (arts.
1.029, nCPC).

Requisitos para a interposição dos recursos extraordinário e especial - o recurso


extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal,
serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido,
em petições distintas, que conterão (art. 1.029, nCPC):
I - a exposição do fato e do direito;
Il - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.

Efeito - os recursos extraordinário e especial serão recebidos apenas no efeito


devolutivo (art. 995, nCPC).

Ordem da apreciação dos recursos - interpostos ambos os recursos, os autos serão


remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.031, nCPC). Concluído o
julgamento do recurso especial, serão os autos remetidos ao Supremo Tribunal
Federal, para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado
(§ 1º).

Prazo – 15 dias para interpor e oferecer as contrarrazões do recurso extraordinário


e do recurso especial (art. 1.030, nCPC, com redação dada pela Lei n. 13.256/2016).

Juízo de admissibilidade – Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal,


o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze)
dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do
tribunal recorrido, que deverá negar seguimento (art. 1.030, alterado pela Lei
13.256, de 04/02/2016):

a)  a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo


Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a
recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral
(art. 1.030, inciso I, alínea a, nCPC acrescido pela Lei 13.256, de 04/02/2016);

b)  a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que


esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do
Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de
recursos repetitivos (art. 1.030, inciso I, alínea b, nCPC acrescido pela Lei 13.256, de
04/02/2016);

Hipótese de suspensão dos processos em todo território nacional em demandas


repetitivas - quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de
demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se
discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a
suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso
extraordinário ou do recurso especial a ser interposto (art. 1.029, § 4º, nCPC).

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


PREPAR
CABIMENTO EFEITOS INTERPOSIÇÃ CONTRARRAZÕE
O
O S
Das decisões que:
a) contrariar
dispositivo desta
Constituição;
b) declarar a
inconstitucionalidad
e de tratado ou lei
federal;
Efeito
c) julgar válida lei
devolutiv sim 15 dias 15 dias
ou ato de governo
o
local contestado em
face desta
Constituição.
d) julgar válida
lei local contestada
em face de lei
federal.

RECURSO ESPECIAL
PRAZO PARA PRAZO PARA AS
CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
Das decisões que:
a) contrariar
tratado ou lei
federal, ou negar-
lhes vigência
(alínea a);
b) julgar
válido ato de
governo local
contestado em Efeito
sim 15 dias 15 dias
face de lei federal devolutivo
(alínea b);
c) der a lei
federal
interpretação
divergente da que
lhe haja atribuído
outro tribunal
(alínea c).

8) AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO

Cabimento – Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do


tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo
quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão
geral ou em julgamento de recursos repetitivos (art. 1.042, nCPC, com alteração
dada pela Lei n. 13.256/2016):

A quem se dirige esse agravo - A petição de agravo será dirigida ao presidente ou


vice-presidente do tribunal de origem (art. 1.042, § 2º, primeira parte nCPC, com
redação dada pela pela Lei n. 13.256/2016).

Preparo -  independe do pagamento de custas e despesas postais (art. 1.042, § 2º,


segunda parte nCPC, (art. 1.042, § 2º, primeira parte nCPC, com redação dada pela
pela Lei n. 13.256/2016).

Prazo – 15 dias para interpor o recurso e 15 dias para oferecer as contrarrazões de


recurso. Findo este prazo o agravo, não havendo retratação, será remetido ao
Tribunal Superior competente (art. 1.042, §§ 3º e 4º, nCPC).
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL OU EXTRAORDINÁRIO

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
Das decisões que
inadmitir recurso
extraordinário ou
recurso especial,
salvo quando
fundada na
aplicação de Efeito
não 15 dias 15 dias
entendimento devolutivo
firmado em
regime de
repercussão geral
ou em julgamento
de recursos
repetitivos

9) DOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

Cabimento de embargos de divergência em recurso especial ou extraordinário – É


embargável o acórdão de órgão fracionário que (art. 1.043, nCPC, com redação
alterada pela Lei n. 13.256/2016 que excluiu dois incisos dos quatro antes
existentes):
I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de
qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e
paradigma, de mérito;
II - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento
de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro
que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia;

Efeitos dos embargos de divergência no recurso extraordinário – apenas


devolutivo.

Efeitos dos embargos de divergência no recurso especial – devolutivo, mas também


interruptivo, tendo em vista que a interposição de embargos de divergência no
Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo para interposição de recurso
extraordinário por qualquer das partes (art. 1.044, § 1º, nCPC).
Prazo – 15 dias para interpor e oferecer as contrarrazões de recurso.

Preparo – independe de preparo.

CPC/1973 Art. 546. É embargável a decisão da turma que


I - em recurso especial, divergir do julgamento de outra
turma, da seção ou do órgão especial; 
Il - em recurso extraordinário, divergir do julgamento da
outra turma ou do plenário.
Parágrafo único. Observar-se-á, no recurso de embargos, o
procedimento estabelecido no regimento interno.  
CPC/2015 Art. 1.043.  É embargável o acórdão de órgão fracionário
que:
I - em recurso extraordinário ou em recurso especial,
divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo
tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de
mérito;
II –   (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
III - em recurso extraordinário ou em recurso especial,
divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo
tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha
conhecido do recurso, embora tenha apreciado a
controvérsia;
IV - (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 1o Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas
em julgamentos de recursos e de ações de competência
originária.
§ 2o A divergência que autoriza a interposição de
embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do
direito material ou do direito processual.
§ 3o Cabem embargos de divergência quando o acórdão
paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão
embargada, desde que sua composição tenha sofrido
alteração em mais da metade de seus membros.
§ 4o O recorrente provará a divergência com certidão,
cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de
jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi
publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de
julgado disponível na rede mundial de computadores,
indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias
que identificam ou assemelham os casos confrontados.
§ 5o  (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
Art. 1.044.  No recurso de embargos de divergência, será
observado o procedimento estabelecido no regimento
interno do respectivo tribunal superior.
§ 1o A interposição de embargos de divergência no
Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo para
interposição de recurso extraordinário por qualquer das
partes.
§ 2o Se os embargos de divergência forem desprovidos
ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o
recurso extraordinário interposto pela outra parte antes da
publicação do julgamento dos embargos de divergência será
processado e julgado independentemente de ratificação.

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

PRAZO PARA PRAZO PARA AS


CABIMENTO EFEITOS PREPARO
INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES
I - em 1) Efeito não 15 dias 15 dias
recurso devolutivo,
extraordinário nos embargos
ou em recurso de divergência
especial, em recurso
divergir do extraordinário;
julgamento de 2) devolutivo,
qualquer outro mas também
órgão do interruptivo,
mesmo nos embargos
tribunal, sendo de divergência
os acórdãos, em recurso
embargado e especial, tendo
paradigma, de em vista que a
mérito; sua
II - em interposição
recurso interrompe o
extraordinário prazo para
ou em recurso interposição
especial, de recurso
divergir do extraordinário
julgamento de por qualquer
qualquer outro
órgão do
mesmo
tribunal, sendo
um acórdão de
mérito e outro
que não tenha das partes.
conhecido do
recurso,
embora tenha
apreciado a
controvérsia;

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