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APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA

Prezados alunos da Pós Graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil,


seguem abaixo Exercícios de Fixação referentes à Aula 02 cujo tema é Jurisdição
e Competência, a fim de que o conteúdo anteriormente compartilhado seja
revisitado e o conhecimento se consolide.

Por quê fazer os Exercícios de Fixação?

 A literatura que trata da ciência da aprendizagem elenca o uso de testes


como um dos principais métodos de consolidação do conhecimento. Isso
porque os testes forçam o aluno a recuperar a informação, o que fortalece
as conexões neurais.
 Através dos Exercícios de Fixação, é possível analisar qual parte do
conteúdo não foi inteiramente aprendido, de sorte que o aluno pode
revisitar na aula o tópico ou aprofundar nas bibliografias recomendadas.
 A realização dos Exercícios de Fixação é uma importante estratégia de
aprendizado, visto que garante uma visão sistêmica e holística do
conteúdo. A partir desse método analítico e ativo de aprendizagem, libera-
se o neurotransmissor acetilcolina e, consequentemente, a atenção e o foco
são mantidos.
 A partir de uma visão prática do conteúdo, “hard skills” e “soft skills” são
desenvolvidas. Paralelamente, potencializam-se o pensamento crítico e a
resolução de problemas, habilidades essenciais para o operador do Direito.
 Esquecer faz parte do processo de aprendizagem. O cérebro humano
recebe milhares de informações todos os dias e milhares de informações
são esquecidas. É a parte natural do processo. Desse modo, para que o
conhecimento fixe em nosso cérebro, além da utilização de Exercícios que
estimulam a recuperação ativa de informações, também se faz necessária a
REVISÃO dos assuntos anteriormente abordados.

Para maior aprofundamento teórico sobre os conteúdos da Aula, você pode


utilizar as referências de leituras previstas no Plano de Aula. Aconselhamos
também o acesso a todos os materiais complementares à aula, você ganhará
eficiência nos estudos.

Um dos grandes diferenciais da Especialização lato Sensu da Faculdade CERS é ser


intuitiva, dinâmica, inovadora, descomplicada e atual. Então, você está no lugar
certo!

Bons estudos!
EXERCÍCIOS

1ª Questão

A competência é inderrogável por convenção das partes, seja relativa ou


absoluta;

a) Certa
b) Errada

2ª Questão

De acordo com o Novo Código de Processo Civil, a competência é determinada


pelo registro ou pela distribuição da petição inicial.

a) Certa
b) Errada

3ª Questão

A conexão pode ensejar a reunião de processos, se assim considerar adequado


o juiz, a pedido da parte, ainda que um dos processos já tenha sido sentenciado,
sendo necessário, nessa situação, que ainda esteja pendente o recurso de
apelação.

a) Certa
b) Errada

4ª Questão

O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo MP
ou pelo juiz, devendo ser dirigido ao tribunal, devidamente instruído com os
documentos necessários à prova do conflito. Nesse caso, além de apreciar o
conflito, o tribunal poderá conhecer de ofício as questões de ordem pública, tais
como ilegitimidade de partes e coisa julgada.

a) Certa
b) Errada

5ª Questão

A competência quando alterada em razão da matéria, não acarreta a nulidade


dos atos decisórios proferidos pelo juízo incompetente, cujos efeitos serão
conservados até que se profira outra decisão, se o caso, pelo juízo competente.

a) Certa
b) Errada
GABARITO COMENTADO

1ª Questão

Gabarito Comentado

Nota da tutoria: a questão versa sobre as regras e critérios relativos à


competência. Absoluta ou relativa, a competência no direito processual civil
brasileiro, à luz do CPC/2015, é organizada segundo o grau de disponibilidade
de vontade das partes sobre as normas que a determina.

Segundo Marinoni, Arenhart e Mitidiero (MARINONI, Luiz Guilherme;


ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo código de processo civil
comentado. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017. p. 131), pelo
regime jurídico da competência absoluta “o juiz pode conhecer de ofício em
qualquer tempo e grau de jurisdição a incompetência, não há preclusão de
alegação pelas partes, a competência não se prorroga, não se modifica e não
pode ser alterada por vontade das partes”. Já pelo regime da competência
relativa, “não pode conhecer de ofício a incompetência (Súmula 33, STJ), há
preclusão de alegação se a parte não oferece a alegação de incompetência no
prazo legal, prorrogando-se a competência, existindo ainda a possibilidade de
sua modificação e alteração pela vontade das partes”. Há duas exceções à
Súmula 33/STJ: a primeira está no microssistema dos Juizados Especiais; a
segunda, no art. 63, §3.º, CPC/2015. Nos Juizados Especiais Cíveis Estaduais,
regulados pela Lei n.º 9.099/95, a incompetência territorial pode ser declarada
de ofício pelo juiz (art. 51, III, LJESP). Já no procedimento comum, o art. 63, §3.º,
CPC/2015, permite ao magistrado reputar ineficaz, de ofício, a cláusula de
eleição de foro abusiva, determinando a remessa dos autos ao foro de domicílio
do réu. Isso, no entanto, não impede que o réu, em preliminar de contestação,
alegue posteriormente incompetência territorial, reconhecendo a eficácia e a
validade da cláusula de eleição de foro. Para ser considerada abusiva, a eleição
de foro deve acarretar à parte dificuldade no exercício da ampla defesa e do
contraditório. Verifica-se haver três critérios definidores de competência: o
objetivo, o funcional e o territorial. O critério objetivo subdivide-se em objetivo
em razão do valor, objetivo em razão da matéria e objetivo em razão da pessoa.
O critério funcional fraciona-se em funcional horizontal e funcional vertical
(critério hierárquico ou por graus).

INCORRETA. Isso porque somente a incompetência absoluta é inderrogável por


convenção das partes (art. 62, CPC/2015). Já a competência relativa pode ser
modificada por essas: STJ, REsp 255.076/MG, rel. Min. Carlos Alberto Menezes
Direito, 3ª Turma, j. 15.12.2000, DJ 12.03.2001, p. 142. Nesse sentido, ainda, a
Súmula 335/STF: “É válida a cláusula de eleição de foro para os processos
oriundos do contrato.”

2ª Questão

Gabarito Comentado

CORRETO. Assertiva de acordo com a redação do art. 43 do Novo CPC. Onde


houver mais de uma vara haverá a distribuição da petição inicial. Tratando-se
de comarca de vara única, a petição inicial será registrada. A redação do art. 43
é mais técnica do que a de seu correspondente no CPC/1973.

3ª Questão

Gabarito Comentado

INCORRETA. Isso porque a conexão não determina a reunião dos processos


quando um deles já foi julgado, nos termos do art. 55, § 1º, última parte,
CPC/2015, e da Súmula 235/STJ.

4ª Questão
Gabarito Comentado

INCORRETA. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das


partes, pelo MP ou pelo juiz (art. 951, CPC/2015), devendo ser dirigido ao
tribunal (art. 953, caput, CPC/2015), devidamente instruído com os
documentos necessários à prova do conflito (art. 953, parágrafo único,
CPC/2015). Seu objeto é pura e simplesmente a decisão sobre qual dos juízos
conflitantes é o competente. Ao tribunal, portanto, não é dado conhecer de
outras questões que não digam respeito com o incidente, como, por exemplo,
conhecer de questões atinentes ao mérito do processo. Nesse sentido: STJ, CC
34.536/CE, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, 1ª Seção, j. 08.05.2002, DJ
17.06.2002, p. 183. No entanto, não poderá o tribunal apreciar questões ainda
que de ordem pública antes de resolvido o conflito, podendo o relator
suspender, quando o conflito for positivo, o processo e, nesse caso, bem como
no de conflito negativo, designar um dos juízes para resolver, em caráter
provisório, as medidas urgentes (art. 955, caput, CPC/2015).

5ª Questão

Gabarito Comentado

CORRETA. De fato, “salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-


ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja
proferida, se for o caso, pelo juízo competente” (art. 64, §4.º, CPC/2015).

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