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INFORMAÇÕES
E-mail do professor: bruno.machado@p.unileste.edu.br
Livro indicado: Bibliografia que tem na biblioteca – Alexandre Câmara; Humberto Teodoro
Jr. (volume III); Luiz Guilherme Marinoni; Freddie Didier Jr. (volume III); Wambier.
Formato das avaliações: 5 a 6 questões fechadas e 2 a 3 questões abertas; pode usar o Vade.
AVALIAÇÕES
14/09 1ª avaliação – 2,0 pontos
09/11 2ª avaliação – 1,5 pontos
07/12 3ª avaliação – 1,5 pontos
18/10 Educa – 1,0 pontos
Ao longo do Problema baseado em situações práticas – 2,0 pontos
semestre
07/11 a 11/11 Projeto Integrador – 2,0 pontos
1º O direito de ação será iniciado com a petição inicial (art. 319 CPC)
2º Análise Judicial a respeito dos pressupostos de admissibilidade
Despacho: (§2º)
Decisão interlocutória: (§3º)
Sentença: decisão que coloca fim a fase de conhecimento ou execução (§1º)
Sentença terminativa: indeferimento da petição inicial; ela termina o processo sem a
resolução do mérito.
Sentença resolutiva: Improcedência liminar do pedido; ela termina o processo com
uma resolução.
Sentença resolutiva: homologação de acordo; ela termina o processo com resolução do
mérito.
SENTENÇA
TERMINATIVA:
Encerra o processo sem a resolução do mérito;
Não faz coisa julgada material, apenas formal;
Possibilita novo ajuizamento de ação para a solução da lide;
Ex.: Sentença de Indeferimento da Petição da Inicial.
RESOLUTIVA DE MÉRITO:
Há resolução da lide;
Caso não seja recorrida, haverá a coisa julgada material e a
formal, impossibilitando, em regra nova ação para análise da
lide;
Passando o prazo de recurso, não possibilita o ajuizamento
nova ação para discutir essa lide.
Há análise do mérito quando tenha procedência parcial,
procedência ou improcedência
Ex.: Sentença de Improcedência Liminar do Pedido.
A não obediência a esta norma enseja em defeito na decisão jurídica, gerando a decisão citra
petida, ultra petida ou extra petita
Citra petita ou infra petita: é a decisão que deixa de analisar pedido formulado,
fundamento de fato ou direito, pedido formulado;
Ultra petita: há exagero do juiz em de decidir além do solicitado ao juiz;
Extra petita: o juiz inventa. A providência jurisdicional deferida é diversa da que foi
postulada; quando o juiz defere a prestação pedida com base em fundamento não
invocado.
03-08-2022
Na aula anterior ...
Tribunais STF
Superiores ST Órgãos
2º grau TJ TRF Colegiados
1º grau Juiz Estadual Juiz Federal
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Art. 203; § 2
Conceito: Manifestação de caráter decisório que não coloca fim a fase de conhecimento/execução
Ex.: Hipóteses previstas no art. 1015, CPC, são
DESPACHO
Art. 203; § 3º
Conceito: Manifestação que não tem caráter decisório, mas que determina o andamento
processual.
O despacho é irrecorrível, pois NÃO cabe recurso (art. 1001, CPC)
Ex.: “intime-se as partes para comparecer na AIJ”
a. Qual deve ser a decisão prolatada pelo magistrado após a ausência de emenda à
petição inicial? Justifique.
Formal. A ação será extinta sem a resolução do mérito, não fazendo coisa julgada material,
porque não resolve o mérito, o que possibilita ajuizar outra ação.
COISA JULGADA
Conceito: qualidade da decisão judicial que a torna imutável e indiscutível no processo, seja por
nova ação ou por recurso.
Segurança Jurídica: princípio fundamental do direito que fundamenta os diversos institutos
jurídicos, a fim de imputar a pacificação das relações sociais.
Em decorrência dessa segurança jurídica, ela regulamenta que a coisa julgada/caso julgado
(LINDB) será respeitada, inclusive, em casos de lei nova.
Classificações: Duas espécies quanto a coisa julgada
1) Análise da matéria:
a) Formal
Não há análise do mérito, é uma sentença meramente terminativa;
Haverá a indiscutabildade e a imutabilidade apenas no processo em que se fez coisa
julgada, possibilitando, contudo, análise em novo processo;
É a qualidade que possibilita o ajuizamento de uma nova ação
b) Material
Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e
indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.
Haverá análise do mérito processual: O mérito precisa ser analisado no processo, sem isso,
não haverá coisa julgada material
A coisa julgada material impossibilitara a discussão em processo futuro ou já julgado;
Impede a reincidência do recurso: O recurso impede a formação da coisa julgada;
2) Extensão da decisão:
a) Parcial
Quando a coisa julgada atinge parte da matéria da questão litigiosa, enquanto a outra parte
permanecerá em discussão processual.
b) Total
Quando a coisa julgada atinge todo o mérito.
As duas espécies de classificação podem ser julgadas de forma individual, ou seja, uma coisa
julgada pode ser Formal e Total, Formal e Parcial, Material e Parcial, e Material e Total.
O recurso impede coisa julgada de coisa recorrida.
OBS: Excepcionalmente possibilitará a revisão da coisa julgada material, nos casos previstos no
artigo 966 do CPC (AÇÕES RESCISÓRIAS)
Pois o erro foi tão grosseiro, que possibilita essa ação rescisória, podendo ser julgada por um juízo
superior.
2) “STF decide que ICMS no Ceará sobre produtos de outros estados é inconstitucional.
Corte decidiu, por unanimidade, pela inconstitucionalidade do artigo 11 da Lei nº
14.237/2008, que trata sobre mudanças na legislação tributária relativa ao ICMS no
Ceará. Ação, movida pela OAB ainda em 2011, teve como relator o ministro Dias Toffoli,
presidente do STF”. Considerando a mencionada decisão, qual sua natureza jurídica?
R: Improcedência Liminar do Pedido (art. 332, CPC) [precedente STF (súmula) contra a
pretensão autoral + questões de direito = improcedência liminar da inicial
b) Não recorrida, a decisão produzirá coisa julgada formal ou coisa julgada material?
Justifique.
R: produzirá coisa julgada material e formal, por ter resolveu o mérito impede a produção de
recurso e toda sentença não recorrida fara coisa julgada formal
PRINCÍPIOS RECURSAIS
1) PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
Assegura a decisão rescisória em juízo distinto
Assegura a revisão por juízo composto por julgadores, em regra, mais experientes e com
relevante conhecimento jurídico;
Princípio implícito na constituição;
[A constituição não prevê explicitamente esse princípio, mas indica a existência dos tribunais
superiores, dos recursos etc.]
O Pacto de São José da Costa Rica foi incorporado na constituição é uma forma
implícita;
Benefício: segurança jurídica, pois possibilitará que a decisão recorrida seja julgada por
julgados distintos, com mais experiencia; haverá uma pluralidade.
Espécies:
Vertical: A revisão decisória ocorre por juízo hierarquicamente superior.
Ex.: recurso de decisão em primeira instância será decidida por tribunal de 2º grau
Horizontal: a revisão ocorre por juízes da mesma posição hierárquica, normalmente formado por
colegiado de juízes de primeiro grau, mesma hierarquia com composição diversa;
[A revisão da decisão colegiada será feita por gral vertical.]
TAXATIVIDADE
Somente lei federal poderá instruir ou criar recursos judiciais.
UNIRRECORRIBILIDADE
Há recurso específico para cada decisão e vício
Um recurso interposto de forma equivocada, a decisão inicial será mantida;
O recurso equivocado, em regra, não será analisado (conhecido);
Ex.: Se o recurso cabível é um agravo de instrumento, não cabe recurso embargos declaratórios.
EXCEÇÃO
FUNGIBILIDADE
A fungibilidade possibilita a análise do recurso equivocado como se fosse o correto;
Condições:
a) Previsão legal;
b) Ausência de erro grosseiro;
O julgador intimará o recorrente para retificar o recurso.
17-08-2022
PROIBIÇÃO (VEDAÇÃO) DA “REFORMATIO IN PEJUS”
A interposição do recurso não poderá piorar a situação do recorrente no que foi
recorrido;
Ou “Reforma situação decisória para pior”;
Caso as duas partes recorram de todos os capítulos decisório, não haverá a aplicação do
princípio;
OBS: Questões referentes a interesse público, ainda que não recorridas poderão ser avaliadas de
ofício e, portanto, agravar a situação das partes - Ex.: incompetência absoluta, interesse de
incapazes, provas ilícitas;
COLEGIALIDADE
Em regra, a revisão recursal será realizada por pluralidade de julgadores;
Exceção, decisão monocrática: O princípio da colegialidade é flexibilizado nas decisões
monocráticas.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Análise judicial dos elementos exigidos por lei a fim de que o recurso tenha o seu mérito
analisado;
Caso preencha os elementos de admissibilidade Recurso Conhecido terá o mérito
avaliado
O recurso ser conhecido, não significa que o será o mérito será resolvido favoravelmente ao
recorrente.
Caso não preencha os requisitos de admissibilidade não será conhecido ou admitido
não haverá a análise do mérito.
O mérito do recurso só será analisado caso preencha os requisitos;
Não preencho os requisitos para a análise, ele não será analisado;
Os pressupostos são intrínsecos e extrínsecos.
PRESUPOSTOS INTRINSECOS
Requisitos que o recorrente não precisará expressamente demonstrar
1) Cabimento:
Adequação do recurso à hipótese legal;
Exceção: aplicação da fungibilidade.
2) Interesse Recursal:
O recurso deverá ser útil ao recorrente, para a melhora da situação jurídica no processo;
Deve ser o meio adequado, necessário ao recorrente;
Binômio Utilidade + Necessidade
3) Legitimidade:
Pessoas que tem poderes para atuar no processo;
I. Ordinária: pessoas que atuam em nome próprio para a defesa de direito próprio;
Primária/Inicial: pessoas que participaram diretamente da relação
jurídica conflituosa;
Secundária/Superveniente/Indireta: o direito decorre de um fato
posterior.
Ex.: herdeiro passa a ter direito aos créditos que o de cujos teria direito;
cessão de crédito; assunção de dívidas etc.
II. Extraordinária: pessoas que atuam em nome próprio para a proteção de direito
alheio;
Decorre por força de lei;
OBS: terceiro não é parte
Art. 996, CPP;
4) Inexistência de Fato Impeditivo do Direito de Recorrer:
Caso existam os fenômenos processuais abaixo, não será possível recorrer.
I. Renúncia: As partes podem renunciar ao direito de recorrer; acarretará a
preclusão. Art. 999, CPC.
Feita a renúncias, não será possível o retorno ao direito recursal.
II. Aceitação: Concordância com o conteúdo decisório. Art. 1000, CPC;
Expressa /decretada
Tácita não surtirá efeito
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
24-08-2022
3) Preparo:
Art. 1.007, CPC;
Comprovação do pagamento das custas recursais (taxa pela utilização do serviço
judicial) + porte de remessa e retorno (pagamento pelo transporte físico do processo;
Não ocorre em caso de processos eletrônicos;
Pessoas com Justiça gratuita não pagam preparo;
Consequências do não pagamento do preparo:
Pagamento não integral (§2º):
1º) Intimação do recorrente para complementar em 5 dias;
Ex.: não gera pena de pagamento em dobro
2º) Não havendo pagamento – deserção;
Não pagamento de qualquer valor (§4):
1º) Recorrente intimado para pagar em dobro
2º) Não comprovado o pagamento – Deserção
OBS: pode ter pagado, mas se não juntar a guia de pagamento ocorre a deserção.
“Quem paga mal, paga duas vezes”
3º) Observar o §5º, não aceita parcelamento.
Ex.: A verba está curta e não tem condição de pagar as duas guias e paga apenas
uma para posteriormente pagar a outra, o recurso não será conhecido.
Deserção: penalidade processual que implicará o não conhecimento do recurso por não
pagamento do preparo;
Ex.: um processo físico que foi entrado com recurso, ele precisa ser levado para BH
4) Inexistência de fato impeditivo do direito de recorrer:
Interpor recurso e já no meio dele, desistir do recurso
Desistência – ocorre após a interposição do recurso (art. 998, CPC);
O recorrente pode desistir a qualquer momento, sem anuência do recorrido ou
dos litisconsortes;
A desistência do recurso não impede que a análise
Não pagamento de multas processuais
[Ex.: art. 1021 e art. 1026, §3º, CPC]
31-08-2022
6) Efeito expansivo:
A decisão que julgar o recurso poderá gerar consequências jurídicas além das indicadas
no conteúdo recursal.
Subjetivo: A decisão do juízo “ad quem” alcança pessoa não indicada no recurso
Ex.: Litisconsórcio
João X Logam (não recorre) Sentença = réus condenados Acordão = não houve dano
e Xavier (recorre) por dano praticado, não há lesão. Os
efeitos do recurso serão
expansivos, pois o recurso
interposto por Xavier decide
que não houve dano, logo os
dois réus são beneficiados
por entender que não houve
dano por nenhum dos réus
6 a 7 de marcar
2 a 3 de escrever
21-09-2022
RECURSOS EM ESPÉCIES
A partir do artigo 1009 ao 1014 do CPC
Art. 1009 – Da sentença cabe apelação.
Qual sentença cabe apelação, resolutiva ou terminativa?
As duas.
Decisões recorríveis
O prazo para apelação inicia-se após a publicação da sentença
OBS: as decisões interlocutórias não recorríveis por agravo de instrumento serão recorríveis
também por apelação.
O mérito da apelação é a sentença,
Quais são as decisões apeláveis?
Em regra, a sentença e as decisões interlocutórias não objeto de agravo de instrumento;
O artigo 1015 vai definir quando cabe agravo de instrumento;
FUNDAMENTO DA APELAÇÃO:
É recurso de fundamentação livre
Por ser recurso de fundamentação o livre, o recorrente poderá reclamar de erro judicial
“error in judicando”: trata-se de erro quanto a decisão manifesta, quanto a opinião
jurídica manifesta;
discordância decisória;
erro material ou processual.
“error in procedendo”: trata-se de vicio processual;
Discordância decisória.
Na apelação, os fatos jurídicos poderão ser revistos;
28-09-2022 - QUESTÕES
2) José ajuizou ação de indenização por danos morais, materiais e estéticos em face de Pedro.
O juiz competente, ao analisar a petição inicial, considerou os pedidos incompatíveis entre
si, razão pela qual a indeferiu, com fundamento na inépcia.
Nessa situação hipotética, assinale a opção que indica o recurso que José deverá interpor.
a) Apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se do pronunciamento que
indeferiu a petição inicial. Da sentença, cabe apelação. Art. 331
b) Apelação, sendo os autos diretamente remetidos ao Tribunal de Justiça após a citação de Pedro
para a apresentação de contrarrazões.
c) Apelação, sendo que o recurso será diretamente remetido ao Tribunal de Justiça, sem a
necessidade de citação do réu para apresentação de contrarrazões.
d) Agravo de Instrumento, inexistindo previsão legal de retratação por parte do magistrado.
Ainda nem estudamos isso
4) Sobre a apelação, é correto afirmar que
a) quando interposta pela Fazenda Pública, prejudica o reexame necessário. Não prejudica.
b) interposta contra sentença que não resolve o mérito da lide, o juiz terá 5 (cinco) dias para
retratar-se.
c) a decisão será tomada no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) magistrados, e quando o
resultado do julgamento não for unânime e violar lei federal, caberá recurso especial. Decisão não
unanime não interfere
d) o pedido de concessão de efeito suspensivo deve ser formulado para o juiz de primeiro grau de
jurisdição.
5) No tocante à apelação, é correto afirmar:
a) As questões de fato não propostas no Juízo inferior não podem ser suscitadas na apelação, em
nenhuma hipótese, porque o pedido caracterizaria inovação processual, que é vedada. Art. 1014,
quando não alegou em primeiro grau por motivo de força maior
b) Quando se pleitear efeito suspensivo à apelação, o pedido deverá ser dirigido ao juiz que
proferiu a sentença, cuja decisão caberá agravo.
c) Como regra geral, a apelação terá efeito meramente devolutivo, produzindo efeitos
imediatamente após a publicação da sentença. Regra gela efeito suspensivo
d) Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível,
julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao Juízo
de primeiro grau. Teoria da Causa Madura, art. 1013, § 3º.
e) As questões resolvidas na fase de conhecimento, cujas decisões comportem ou não agravo de
instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação
ou nas contrarrazões.
05-10-2022
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Efeitos:
Suspensivo: ops judicis – necessidade de solicitar o efeito suspensivo
Probabilidade do Direito
+
Perigo de Dano
OBS: pode ser pedido já na interposição do recurso, ou mesmo, após sua interposição.
AGRAVO INTERNO
Art. 1.021 CPC
Decisões recorríveis: quaisquer decisões monocráticas em tribunal. (sempre em 2º grau)
Indeferimento do recurso (ausência de pressupostos);
Julgamento de mérito (com base nos precedentes – art. 932, III ao V do CPC)
[Decisões prolatadas por relator – art. 932, CPC]
Função do agravo interno: concretiza e efetivar o princípio da colegialidade nos
tribunais, uma vez que a decisão monocrática excepciona a regra de decisão plural em
recurso;
Prazo: 15 dias
Custas: não tem. Pois já está no próprio órgão que vi ser jugado (retratação ou
colegiado);
Competência: órgão colegiado – caput;
[Recurso de fundamentação livre]
§ 1º: necessidade e de impugnação específica da decisão recorrida, ou seja, aprofundar-
se na questão decidida e impugnada ao caso, sob pena de não conhecimento do recurso;
Efeito suspensivo: Precisa ser solicitado;
§ 2º: o agravado será intimado para contrarrazões, não tendo apresentado, o relator
poderá retratar-se ou levar para o órgão colegiado;
Quando o relator se retrata, o agravo fica prejudicado, acaba aqui e é isso.
§ 4º: Quando não se retrata, se o órgão colegiado considera improcedente ou
inadmissível condenará o agravante a pagar multa.
Não havendo procedência do agravo, a decisão agravada é cassada, ela perde o
efeito. Havendo decisão unanime no colegiado condenará ao agravante pagar
multa. Sem unanimidade, a mantem a decisão.
A multa por inadmissão ou improcedência de agravo interno não é automática.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Função: retificação de vícios decisórios referentes à omissão, contradição, obscuridades
ou erro material.
Decisões embargáveis: todas as decisões serão embargáveis.
Decisões interlocutórias;
Sentenças;
Decisões Monocráticas;
Acórdão;
Prazo: 5 dias úteis;
Custas: não há necessidade de pagar custas, pois será analisado nos autos do processo
embargado;
Competência para julgamento: o órgão que deu a decisão embargada.
Natureza da decisão embargada: a mesma da decisão embargada.
OBS: Decisão embargada + a decisão que julga os embargos = efeito integrativo, em que serão
consideradas as decisões em conjunto para posterior interposição de recurso.
Fundamentação: Vinculada, visando apenas a correção dos vícios de omissão,
contradição, obscuridade e erro material.
OBS: Os embargos declaratórios, portanto, não serão utilizados para revisão direta do mérito.
09-10-2022
Art. 1.022, CPC – Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I. Obscuridade ou Contradição:
a) Obscuridade (precisa ser esclarecer) – falta de clareza, impossibilidade de
compreensão do conteúdo decidido, seja por causa da fonte, estrangeirismos
etc.
b) Contradição (precisa ser eliminar) – incoerência entre os elementos decisórios,
entre a fundamentação, o relatório e a decisão, trazendo um vício de
motivação decisória.
II. Omissão: ausência de prática de um dever legal. Ela precisa ser suprida.
a) Quando o juiz deveria decidir de ofício;
b) Quando provocado, o juiz não decidiu. Ex. sentença infra petita, não ouve o
MP quando deveria etc.
Parágrafo único. c/c art. 489, §1º, CPC: há omissão quanto a fundamentação.
Arts. 926, ss, CPC: obrigatoriedade de seguir os precedentes.
III. Erro material: precisa ser corrigido
a) Há inexatidão da manifestação decisória
EFEITOS INFRINGENTES
Os embargos declaratórios não visam a alteração direta do mérito, contudo, da análise
dos vícios constantes no art. 1.022, do CPC, o juiz poderá alterar o mérito, mesmo por
via indireta/reflexa.
Ou seja, pela análise do vício, o juiz chegou à modificação do mérito de forma indireta
Função direta dos E.D.: corrigir omissão, obscuridade contradição, erro material.
Função indireta dos E.D.: a revisão do mérito. Indiretamente, a revisão do mérito é o
chamado efeito infringente.
Art. 1.023, CPC. Só haverá contraditório nos E.D. caso o conhecimento do recurso possa
gerar alteração no mérito decisório.
Art. 1.026, CPC: EFEITO SUSPENSIVO
Ope judicis – precisa estar demonstrado o perigo de dano + probabilidade do direito
EFEITO INTERRUPTIVO
A oposição dos E.D. gera a interrupção do prazo para novo recurso
O prazo para a apelação se inicia após a decisão do embargo
§ 2º - quando os E.D. são manifestamente protelatórios, o juiz de forma fundamentada,
condenará o embargante a pagar multa que não exceda a 2% sob o valor atualizado da
causa.
§ 3 – E.D. meramente protelatório de forma reiterada, a multa será elevada até
10% do valor atualizado e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada
ao pagamento prévio do valor da multa, exceção da Fazenda Pública e
beneficiário de JG.
FUNGIBILIDADE
Art. 1.024, § 3º, CPC – Agravo Interno e E.D.
“conhecerá os ED como agravo interno
Decisão monocrática > opôs E.D > intimar o reconvinte para adequar o recurso como
agravo interno.
RECURSO ORDINÁRIO
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:
Ou Recurso Ordinário Constitucional (ROC): recurso que possibilitará ao STJ ou STF a
reanálise de fato ou direito, funcionando nesse momento como tribunal de primeira
revisão do processo em análise;
OBS: O ROC será julgado pelos tribunais superiores caso a decisão seja em única instância, não
em última.
I. São as hipóteses julgadas pelo STF: leva em consideração que a decisão do
MS/HD/MI foi prolatada pelo STJ, então o STF será o primeiro órgão de
reanálise do mérito. Ou seja, somente em caso de decisão de única instância,
quando o processo nasce no STJ, o juízo competente para a reanálise do mérito
será o STF.
Decisão Denegatória: é a que impede a pretensão do impetrante de
mandado de segurança, Habeas data ou mandado de injunção.
(art. 102, II, da CF88).
Havendo a análise do mérito, ou mesmo não havendo a análise ou
julgamento do mérito [Ex.: caso de indeferimento da petição inicial].
Análise sob a ótica do impetrante, pessoa que pretende assegurar o direito.
II. São as hipóteses julgadas pelo STJ: Mandados de Segurança decididos em única
instância decisão denegatória
(art. 105, II da CF88)
Se for decidido pelo STF, impetra no STJ, se for impetrado no STF;
Ex.: MS impetrado por fulano X Estado de MG. Concedeu o MS. Não caberia recurso ordenatório,
pois não houve decisão denegatória, o recurso cabível seria o recurso Especial.
PROCEDIEMTO
Prazo: 15 dias
Custas:
Juízo de interposição: juízo “a quo”.
Juízo de admissibilidade e julgamento do mérito: juízo “ad quem”.
Efeito suspensivo: não é automático;
Não há fungibilidade entre ROC e o fungibilidade entre ROC e o Recurso
Extraordinário/Recurso Especial [Súmula 272 – STF]
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) – art. 102, III, CF88
RECURSO ESPECIAL (REsp) – art. 105, III, CF88
Art. 1.029, CPC
Decisões recorríveis: acórdãos pelos tribunais (TJ’s e TRF’s)
Não caberá RE/REsp de decisões monocráticas.
Decisões em única ou última instância. > Não há possibilidade de saltar recurso
Matérias impugnáveis por RE:
Questões jurídico-constitucionais:
o expressamente constitucionais:
o matérias previstas na CF/88 e tratados internacionais recepcionados nos
termos do §3º, art. 5º da CF.
o Implicitamente constitucionais:
o Não recepcionadas na CF/88
o Valor constitucional
o Proporcionalidade e Razoabilidade
Não cabe a análise de fatos
o Não cabe a reavaliação das provas;
o Não cabe a análise de cláusulas contratuais;
Matérias impugnáveis por REsp:
Recurso de não sei o que vinculada
Violação as leis federais [Ex.: CPC, CC, CDC, CTB etc.]
Tratados internacionais não recepcionados, nos termos do §3º, art.5º da CF/88.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
OBS: Aplicação dos pressupostos já vistos ao RE/REsp
Comuns ao RE/REsp:
1. Decisão em única ou última instância, ou seja, havendo recurso anterior a ser interposto,
não será cabível recurso especial
2. Expresso enfrentamento da norma constitucional violada em caso de RE ou norma
infraconstitucional em caso de REsp. > Prequestionamento – art. 1.25, CPC
Específico do Recurso Especial:
Relevância jurídica da questão debatida – Só será exigida após regulamentação por lei.
EC 125/22
Art. 105, §2º da CF
Específico do Recurso Extraordinário:
Repercussão geral do caso, art. 1.035, CPC
Demonstração da relevância do caso “erga omines”, não apenas para as partes, mas
indicar que a avaliação pode trazer repercussão para a coletividade {Social; político,
Econômico; Jurídico} [Não necessariamente para todas as pessoas, mas para uma
parcela considerável]
NECESSIDADE PRÉ-ESTABELECIDA
Jj
PRROCEDIMENTO RE/REsp
OBS: Os únicos recursos com duplo juízo de admissibilidade [É feito tanto pelo juízo a quo,
quanto pelo ad quem]
RE e REsp petições distintas perante o juízo a quo.
Duplo juízo de admissibilidade
Ex.: recurso cabível para enfrentar violação a norma constitucional de acórdão: Recurso Especial.