Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1- Introdução
Os pronunciamentos do juiz se dão conforme o Art.203;
A-) Sentença: É o pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim a fase de
conhecimento do processo civil em primeira instância.
A sentença soluciona a lide, ou seja, resolve o conflito dizendo quem tem
razão, o juiz extingue a execução.
Finaliza a ação.
Dividindo-se em terminativa ou definitiva.
Na sentença há o relato do acontecimento fundamentados para que no final o
juiz descido se a ação procedente ou improcedente (é deferida- aceita ou indeferida-
desconsiderada)
C-) Despacho; São todos os pronunciamentos judiciais que não tem caráter
decisório. No despacho não cabe recurso, uma vez que ele não possui natureza
decisória.
Impulsionamento do processo.
2. SENTENÇA
Subdividida em:
- Terminativa: Há extinção da ação, sem resolução do mérito, ou seja, sem
resolver o conflito.
- Definitiva: Há extinção do processo com resolução do mérito. Nela o juiz
declara qual das partes tem razão.
Mesmo que o processo seja extinto sem resolução do mérito, é possível o autor
entrar com uma nova ação mesmo que idêntica. Mas caso extingue com resolução do
mérito, não é possível uma nova ação idêntica (caso julgado).
Código de Processo Civil – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
II - O processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das
partes;
- Nenhuma das partes se manifestam durante um ano.
III - Por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
- O autor abandona o processo por mais de 30 dias, com a concordância do
Réu.
Obs. É necessário a concordância do Réu, pois não seria vantajoso que a ação
seja extinta, visto que, sem sua concordância e abandono por parte do autor, o juiz
daria continuidade levando a maior possibilidade de extinção com resultado de mérito,
sendo o réu a parte vencedora.
Logo, seria mais interessante para o réu a continuação do processo. Além do
que, o autor pode entrar novamente com a ação.
Código de Processo Civil – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
c-) Coisa Julgada: Termina a ação com trânsito julgado, mas entra com uma
nova. Idêntica à anterior. Isso não é permitido.
A ação já foi resolvida com resolução de mérito (sentença definitiva), logo não
pode entrar com a ação novamente, pois as partes não podem rediscutir
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando
o juízo arbitral reconhecer sua competência;
Código de Processo Civil – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
- Somente o autor, isso é, aquele que pode propor a ação, pois teve seu direito
violado, possui legitimidade ativa.
- Aquele que possui legitimidade passiva é o réu, ou seja, o responsável pelo
dano.
O legitimado ativo é o autor, na qual é o titular da pretensão jurídica, por outro
lado, o legitimado passivo é o réu, que resiste as pretensões do autor.
Portanto, se nas hipóteses o juiz verificar a ilegitimidade de uma das partes, ele
irá proferir uma sentença terminativa.
Referente ao interesse processual> É o interesse em agir.
Decorre da necessidade de se comprovar que sem o provimento jurisdicional
(acolhimento do juiz), a parte não terá determinado direito satisfeito, ou seja, ela
necessita que o juiz resolva a lite dizendo quem tem razão.
e) Desistência da ação
Código de Processo Civil – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
a-) Caso, o réu seja revel, mas é representado por um advogado, o juiz deverá
intimar seu representante legal, para que se manifeste sobre o pedido de desistência
da ação formulada pelo autor.
b-) Caso, o réu seja revel e não tem advogado constituído, o juiz devera o
intimar pessoalmente para que se manifeste sobre o pedido.
c-) Caso o réu, mesmo intimado continua na revelia, o juiz irá homologar a
desistência da ação que fora pedido pelo autor, extinguindo o processo sem resolver o
mérito.
Se o réu não tiver apresentado defesa, o autor poderá desistir sem problemas.
Logo, poderá desistir na petição inicial sem a concordância do réu.
f) Intransmissibilidade do Direito
Código de Processo Civil – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
g) Outros casos
Código de Processo Civil – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
- O CPC não é um rol taxativo, logo, há outras hipóteses que levam a extinção
do processo sem a resolução do mérito previstas pelo código em outros dispositivos.
Código de Processo Civil – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
Código de Processo Civil – Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
b) Decadência ou prescrição
III - homologar:
- O autor renuncia seu direito subjetivo de agir, pois não quer mais ter o direito
de ação.
- Não precisa do reconhecimento do réu, pois, será a parte vencedora e haverá
trânsito julgado.
- Não será capaz de entrar novamente na ação.
- Quando o juiz homologar a renúncia acarretará na sentença definitiva, não
exigindo a concordância da parte contrária.
Código de Processo Civil – Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o
mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual
pronunciamento nos termos do art. 485.
Ex.: Mesmo que haja inépcia da inicial (o que justifica a extinção do processo
sem resolução de mérito), o réu se defende e viabiliza o proferimento de sentença de
improcedência do pedido.
- Sempre que possível o juiz deve dar preferência ao julgamento de mérito.
Ao invés do juiz, ao identificar um vício, extinguir a sentença sem resolução de
mérito e esperar que o vício seja resolvido (Art.486, 1°) para que o autor entre
novamente com uma ação, ele resolve o mérito, pois a situação é favorável ao réu.
- Há aqui uma aplicação da máxima, que diz que, não há nulidade sem
prejuízo, ou seja, mesmo que ocorra uma das hipóteses do Art.485, caso o réu exerça
seu direito de defesa apresentado sua contestação, será viabilizado o proferimento de
uma sentença definitiva e não terminativa.
3. ELEMENTOS DA SENTENÇA
- Toda decisão judicial deve ser justificada, motivada sobre pena de nulidade.
Devendo explicar para as partes o motivo de sua decisão.
- A decisão não pode ser padronizada nem copiar os artigos como justificativa.
- Pelo princípio da motivação, é necessário que toda a decisão jurídica seja
fundamentada/ motivada sobre pena de anulação. Não são permitidas sentenças
padronizadas que não enfrentem os pedidos do autor ou a defesa do réu.
Além disso, também será nula a sentença que a pena transcreve a letra de lei
ou enunciado de súmula ou jurisprudência.
- Tudo aquilo que foi pedido deverá ser analisado pelo juiz, para que no final
acolha ou rejeite o todo ou a parte.
- Sentença citra petita
Código de Processo Civil – Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites
propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo
respeito a lei exige iniciativa da parte.
- O juiz deverá respeitar os limites atribuídos aos pedidos, não podendo
atribuir, por exemplo, um valor maior daquilo solicitado.
- Sentença ultra petita
- O juiz deve acolher somente aquilo pedido pelas partes, não acrescentando
um pedido e ignorando o que de fato foi solicitado.
- Sentença extra petita
a-) Sentença citra petita = Não analisa todos os pedidos. O juiz não analisa
todos os pedidos formulados pelo autor na inicial.
Ex. Pedido dano material e moral, mas na sentença o juiz analisa somente a
moral, se esquecendo de se manifestar sobre o outro pedido.
- Art.490 CPC;
b-) Sentença ultra petita = Nela, o defeito é caracterizado pelo fato de o juiz
conceder ao autor mais do que pedido em sua inicial.
Ex. Pede 5 mil de dano moral e o juiz concede 10 mil.
- Art.491 CPC;
5. FATOS NOVOS
7. REMESSA NECESSÁRIA
Código de Processo Civil – Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição,
não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - Proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e
suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - Que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução
fiscal.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal,
o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do
respectivo tribunal avocá-los-á.
- Caso o juiz de 1° instancia não remete aos atos ao tribunal para o reexame
necessário, o presidente do respectivo tribunal poderá avocar o ato e realizar o
reexame necessário nos termos do Art.496
- Regra geral.
7.1. Exceções
Código de Processo Civil – Art. 497. Na ação que tenha por objeto a
prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela
específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo
resultado prático equivalente.
a-) Tutela específica = Consiste o Direito que está sendo pleiteado pelo autor
na inicial. Realizou o contrato, mas não cumpriu, terá uma tutela especifica
determinada.
b-) Resultado prático equivalente = Na impossibilidade de concessão da tutela
especifica, o juiz poderá determinar providencias que possibilitem os resultados
práticos equivalentes ao Direito pleiteado pelo autor na inicial.
Ex. O autor pede que seja internado no hospital público, mas em virtude de
ausência de leitos o juiz determinara que o autor seja internado no hospital particular
custeada pelo Estado.
Código de Processo Civil – Art. 498. Na ação que tenha por objeto a entrega
de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da
obrigação.
Código de Processo Civil – Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-
se-á sem prejuízo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cumprimento
específico da obrigação.
COISA JULGADA
1. CONCEITO
I - Mostrar-se incontroverso;
II - Estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
Código de Processo Civil – Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes
entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
- A sentença faz coisa julgada apenas as partes envolvidas no processo, não
atingindo terceiros, estranhos a esta relação processual
1. RECURSO: CONCEITO
I - Apelação;
II - Agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - Embargos de declaração;
V - Recurso ordinário;
VI - Recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - Embargos de divergência.
Código de Processo Civil – Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso.
1.5. Princípios
1) TOTAL OU PARCIAL
Total: ocorre quando a parte impugna toda a decisão judicial que está sendo
recorrida
Parcial: ocorre quando somente uma parte da decisão judicial é impugnada
3. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
a) Tempestividade
É o prazo para entrar com o recurso. Solicitar:
Obs.: Prazo em dobro para recorrer: MP (art. 180 do CPC), pessoas jurídicas
de direito público (art. 183 do CPC), defensoria pública (art. 186 do CPC).
b) Preparo
c) Legitimidade
Aquele que pode recorrer ao recurso.
d) Interesse: Tem interesse recursal a parte contra qual foi proferida uma
decisão judicial desfavorável