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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

BRUNO RAI SANTOS DO CARMO

ATIVIDADE AVALIATIVA

COLABORAÇÃO:
PROFESSOR LINNECKER HENRIQUE SOUSA BATISTA

Ipatinga
2022
O PROCESSO DE UMA AÇÃO JUDICIAL
A petição inicial é o primeiro feito para a composição do processo
judicial, trata-se de um pedido feito por escrito e é por meio dele que o poder
judiciário é acessado. O Código de Processo Civil, em diversos artigos
estabelece as regras e requisitos para que a petição inicial seja válida e possa
levar o processo à frente.
A petição inicial é o dispositivo pelo qual o interessado recorre a
atividade jurisdicional, fazendo surgir o processo. Nela, o interessado
apresenta sua pretensão, o que faz limitar a atividade jurisdicional, pois o
magistrado não pode proferir sentença de natureza diversa da pedida, assim
como condenar o réu em quantidade superior ou em razão diversa do
demandado.
O art. 319 do CPC/2015 diz os requisitos da petição inicial:
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união
estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade
dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de
conciliação ou de mediação.

Achando-se presente os requisitos da admissibilidade da petição inicial,


e não se tratando de hipótese de improcedência liminar do pedido, o juiz
deverá determinar a marcação de audiência de conciliação ou de mediação,
onde o réu será citado.

A audiência de conciliação ou mediação é o ato em que as partes se


reúnem com um conciliador ou mediador a fim de, juntos, encontrarem uma
solução ou acordo que coloque fim ao conflito.

A mencionada audiência apenas não ocorrerá se ambas as partes


informarem, de forma expressa, o desinteresse na realização da audiência.
Feita a audiência de conciliação onde não haverá conciliação, a parte
ré disporá de 15 dias para oferta da peça contestatória.

A contestação é uma das formas do réu de um determinado processo se


defender das acusações que foram feitas contra ele na petição inicial.

É através da contestação que o réu poderá atacar as alegações da parte


autora, contrariar os principais argumentos, impugnar as alegações do autor e
alegar a matéria de defesa do litígio.
Logo após o juiz procederá para à fase de saneamento do processo.
Trata-se da fase de ordenação do processo, na qual o magistrado resolve
questões e toma diligências para prepara-lo para a fase de produção de
provas, na qual é necessária para o julgamento, nesta fase de instrução o
magistrado deverá determinar as questões de fato sobre as quais incidira a
atividade probatória, determinando os meios de prova admitidos, designara a
distribuição do ônus da prova; delimitará as questões de direito relevantes
para a decisão de mérito e marcara, se necessário, a audiência de instrução e
julgamento.

Finalizada a fase instrutória, com a realização de perícia, audiência ou


outros meios de prova, se indispensáveis, o juiz deverá proferir sentença
extintiva da etapa cognitiva do procedimento processual.

Essa sentença poderá ser terminativa, ou seja, sem apreciação do


mérito apresentado na lide, caso seja percebido algum defeito de natureza
insuperável, que de certo modo, impossibilite a apreciação do mérito da lide,
ou resolutiva de mérito, caso em que o magistrado compõe a lide e resolve o
conflito apresentado pelas partes.

Referências Bibliográficas:

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893817/artigo-319-da-lei-n-13105-de-
16-de-marco-de-2015

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893534/artigo-335-da-lei-n-13105-de-
16-de-marco-de-2015

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893232/artigo-357-da-lei-n-13105-de-
16-de-marco-de-2015

https://direitobmultivix.files.wordpress.com/2015/09/didier_jr-
_fredie__curso_de_direito_processual_civil_i2015.pdf

DIDIER JR, Fredie, Curso de Direito Processual Civil, Vol. 1.. 17ª ed,
Salvador, Juspodivm, 2015.

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