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Petição inicial
Para ingressar em juízo é necessário que o advogado formule uma petição inicial nos
termos do artigo 319 e 320. Pois é a petição inicial que dá início ao processo.
Substabelecimento:
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O substabelecimento pode ser com reserva de poderes ou sem reserva de poderes.
Com reserva de poderes o advogado que está substabelecendo continua do processo
com o advogado que está entrando; Sem reserva de poderes o advogado que está
substabelecendo sai fora do processo e fica somente o novo advogado.
Observação: uma nova procuração juntada do processo cancela os poderes da
procuração anterior.
Da representação processual:
Da desconstituição do advogado:
Advogados
Honorários advocatícios
Contrato particular é aquele feito entre o advogado que vai defender os interesses de
seu cliente, autor ou réu ;
No contrato o advogado deve especificar o tipo de trabalho que irá prestar, bem como,
através de descrição no contrato se seu trabalho é só de primeira instância ou se é até
superior instância .
Contrato de risco: existem contratos particulares que são chamados de risco, ou seja,
ao final do processo, caso exista êxito o cliente pagará um percentual para o advogado; caso
ocorra acordo o percentual também será devido.
Honorários arbitrados:
São aqueles fixados pelo juiz quando o advogado particular atua como dativo, ou seja,
aquele nomeado pelo juiz. O valor será arbitrado pelo juiz de acordo coma tabela fixada da
OAB e tribunal de justiça.
Honorários de sucumbência
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A parte que perde a ação paga honorários de sucumbência para o advogado da parte
vencedora (a sucumbência pertence ao advogado e não ao cliente)
Litisconsórcio
Classificação do litisconsórcio
Litisconsórcio facultativo
É aquele que fica a critério do autor em requerer ou não a inclusão de outra pessoa no
polo passivo, ou a critério do juiz que poderá determinar a citação ou intimação de uma pessoa
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interessada para compor o polo passivo da ação; também poderá ser no polo ativo, mas neste
caso poderá ocorrer a intervenção de terceiros na qualidade de assistente.
Da intervenção de direito.
Modalidades de intervenção
São as seguintes:
Assistência art. 121 ao 124;
Denunciação da lide art 125 ao 129;
Chamamento ao processo art 130 ap 132
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica art 133 ao 137
Amicus curiae art. 138
Da assistência:
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá
os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o
assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido,
o assistente será considerado seu substituto processual.
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a
procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se
funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o
assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da
decisão, salvo se alegar e provar que:
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos
do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido,
por dolo ou culpa, não se valeu.
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que
a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
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Da assistência litisconsorcial considera-se assistente litisconsorcial ou litisconsorte
da parte principal, sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do
assistido.
Obs na intervenção de terceiros não basta requerer o ingresso no processo é
necessário demonstrar ao juiz a necessidade da intervenção
Da denunciação da lide
2. Aquele que estiver obrigado por lei ou contrato a indenizar em ação regressiva, o
prejuízo de quem for vendido no processo.
Obs: o direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide
for indeferida, deixar de ser proferida ou permitida.
Momento da denunciação
Se for feita pelo autor será na petição inicial e se for feita pelo réu será na contestação.
Obs. A denunciação feita pelo autor ou pelo réu somente terá validade se for aceita
pelo juiz.
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Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um de alguns o
pagamento da dívida comum
Chamamento ao processo
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias à instrução do processo,
indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas
partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe
formaram o convencimento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
1º.10.1973)
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em
favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por
inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua
quota, na proporção que lhes tocar.
Amicus curiae
É uma novidade trazida pelo novo CPC conforme consta no art. 138.
O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria discutida no processo, sua
repercussão geral ou repercussão social, poderá por decisão irrecorrível, de oficio ou por
requerimento das partes ou de quem se ofereça para cooperar com o poder judiciário, solicitar
ou admitir a participação de pessoa física ou jurídica, órgão ou entidade especializada para no
prazo de 15 dias participar do processo.
A Admissão do Amicus Curiae só se confirmará após a certeza de que se trata de
pessoa (física/jurídica) ou de qualquer entidade com notável saber sobre o assunto tratado no
processo.
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Da decisão do juiz ou do tribunal sobre o parecer do Amicus Curiae não cabe recurso,
salvo o de embargos de declaração, desde que tenha alguma omissão ou contradição.
Obs: se a decisão do juiz ou do tribunal for contraria a manifestação do que expôs o
Amicus Curiae ele próprio poderá recorrer pois sua manifestação não foi observada.
A suspensão do juiz esta relacionada a algumas situações que, possam por em duvida
o seu julgamento, porém a suspensão é relativa podendo o juiz acatar ou discordar de quem
faz a alegação. O impedimento do juiz trata-se de questão absoluta, ou seja, não cabe
discussão, pois segundo a lei, ocorrendo qualquer situação prevista no CPC ele estará
impedido, salvo se houver equivoco.
Há impedimento do juiz não permitindo que ele atue ou exerça qualquer função do
processo nos seguintes casos:
Em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do ministério publico ou prestou depoimento como testemunha;
Em que tenha participado do processo em outro grau de jurisdição, tendo proferido
decisão;
Quando nele estiver postulando, como defensor publico, advogado ou membro do
ministério publico, seu cônjuge ou companheiro/ ou qualquer parente, consangüíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o 3º grau;
Quando por parte di processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro etc;
Quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte
no processo;
Quando for herdeiro ou empregador em qualquer das partes em que figure como parte
de instituição de ensino com o qual possui relação de emprego;
Em que figure como parte cliente do escritório de advocacia do seu cônjuge;
Quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
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requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar
ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou
entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo
de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de
competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a
oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir
a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente
de resolução de demandas repetitivas.
Auxiliares da justiça
Auxiliares permanentes
São aqueles que são concursados e estão à disposição do poder judiciário diariamente.
Em primeira instância os auxiliares exercem a suas atividades nos cartórios judiciais
das comarcas, fóruns regionais, varas distritais e juizado especial, civil e criminal. Exemplos:
Escrivão ou diretor do cartório, escreventes auxiliares, oficial de justiça, contador
judicial, partidor (aquele que cuida das partilhas) depositário, administrador, contabilista etc.
Observação dentre os permanentes existem o escrivão e o oficial de justiça que são
importantes para o bom desenvolvimento do cartório e sobre eles o juiz exerce convenção
permanente, portanto, são responsáveis por seus atos e poderão responder
administrativamente, civilmente e criminalmente.
Do escrivão
Do oficial de justiça
Auxiliares eventuais são aqueles que não são concursados mas auxiliam
eventualmente o poder judiciário quando são convocados pelo,juiz para atuarem em um
determinado processo exemplo: perito, tradutor e intérprete obs. Existe nos estados os peritos
que são concursados e atuam nas suas respectivas áreas tais peritos são chamados de
louvados.
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Obs. Mesmo o CDC em relação aos auxiliares da justiça destacar apenas os permanentes e os
eventuais, existem também os auxiliares extrajudiciais ou extravagantes que não atuam
diretamente no processo mas cooperam com o poder judiciário fornecendo documentos e
prestando serviços exemplo: correios, cartórios, de notas, de registros públicos, cartório civil,
registro de imóveis e etc.
Ato não solene é aquele feito de acordo com a forma processual dentro da normalidade mas
não existe nenhuma formalidade legal, solene, para a sua validade.
Os atos processuais são públicos, contudo existem alguns processos que correm em segredo
de justiça e sobre tais processos somente as partes e seus procuradores podem ter acesso ex:
Da pratica eletrônica de atos processuais conforme o art. 193 CPP os atos processuais podem
ser total ou parcialmente digitais.
O sistema de digitalização processual foi uma inovação introduzida no sistema judiciário
brasileiro através dos tribunais para facilitar e dinamizar o andamento dos processos.
Dos atos das partes conforme o artigo 200 do CPC os atos das partes consistem em
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade e produzem imediatamente a constituição,
modificação ou extinção de direitos processuais.
Os atos das partes são praticados pelo autor, réu, terceiros juridicamente interessados e pelo
ministério público.
A doutrina subdivide os atos das partes da seguinte forma:
1. Atos postulatorios são aqueles em que as partes apresentam algum pedido ao juiz;
formulando suas teses, de ataque ou defesa ex: petição inicial, contestação, réplica,
recursos etc.
2. Atos probatórios são aqueles que se destinam a a instrução do processo, ou seja,
visa convencer o juiz da causa a cerca de suas alegações, visa provar. Ex: juntada de
documentos, testemunhas, depoimento pessoal etc.
3. Atos de disposição são atos em que a parte, objetivando a resolução do conflito de
interesses abre mão de alguma faculdade processual, seja pelo reconhecimento
jurídico do pedido, renúncia, transação (fazer acordo) ou desistência.
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Reconhecimento do pedido jurídico e renúncia
O reconhecimento jurídico do pedido gera a extinção do processo com julgamento do mérito.
Isto é feito de forma espontânea ou seja o réu na contestação reconhece o pedido.
Renúncia o ato de disposição em que a parte renúncia a um direito material ou processual por
conta própria, de forma unilateral. A renúncia gera efeitos imediatos não dependendo d
homologação judicial ex: renúncia ao prazo recursal.
Para os processos físicos os atos processuais devem ser promovidos até as 19:00,que é o
horário de funcionamento do fórum.
Se o processo for digital o prazo irá até as 24:00.
Da suspensão do prazo
Conforme consta no código de processo civil, art 220 os prazos processuais serão suspensos
entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro em tal período não será realizarão audiências e
nem sessão de julgamentos salvo os casos previstos em lei.
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1. Prazo individual é o prazo para uma das partes se manifestar;
2. Prazo em comum é o mesmo prazo para o autor e o réu obs. No prazo comum, se for
processo físico as partes não poderão fazer carga do processo, salvo se houver
acordos entre elas e concordância com o juiz
3. Prazo peremptório é aquele que não pode ser modificado pelo acordo entre as partes e
nem pelo juiz, a lei somente admite a prorrogação do prazo peremptório em casos de
calamidade pública (greve no judiciário)
Do início da contagem dos prazos para as partes
Quando for caso de litisconsórcio art. 229 os autores ou os réus forem patronos diferente o
prazo será em dobro, contudo isto não se aplica aos processos digitais.
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