Você está na página 1de 11

YytfabioDireito Processual Civil I

Petição inicial

Para ingressar em juízo é necessário que o advogado formule uma petição inicial nos
termos do artigo 319 e 320. Pois é a petição inicial que dá início ao processo.

Art. 319. A petição inicial indicará:


I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou
de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor,
na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações
a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no
inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.

Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos


indispensáveis à propositura da ação.

Procuração “ad judicia”:

É o documento que ao autor ou o réu assina para o advogado representa-lo em juízo.


A procuração contém a cláusula para o foro em geral e a cláusula com poderes
especiais que autoriza ao advogado a receber valores, dar quitação, transigir (fazer acordo),
receber intimações e citações em nome do cliente, bem como substabelecer.

Ingressar em juízo sem procuração:

O código de processo civil permite ao advogado, do autor ou do réu o poder de


ingressar em juízo sem procuração somente nos casos em que a lei permite, ou seja, para
evitar o perecimento do direito e a prescrição, contudo, no prazo de até 15 dias o advogado e
obrigado a juntar a procuração; este prazo poderá ser prorrogado por mais 15 dias somente
com autorização judicial.
Observação o advogado que está advogando em causa própria não necessita juntar
procuração bastar juntar cópia da carteira da OAB, bem como devem Informar seu domicílio de
residência.

Substabelecimento:

É uma forma do ingresso de outro advogado no processo.

1
O substabelecimento pode ser com reserva de poderes ou sem reserva de poderes.
Com reserva de poderes o advogado que está substabelecendo continua do processo
com o advogado que está entrando; Sem reserva de poderes o advogado que está
substabelecendo sai fora do processo e fica somente o novo advogado.
Observação: uma nova procuração juntada do processo cancela os poderes da
procuração anterior.

Da representação processual:

As pessoas físicas são representadas em juízo pela procuração “ad judicia” e as


pessoas jurídicas serão representadas através de seu representante legal conforme constar no
estatuto ou no regimento interno, ou seja, existirá a procuração “ad judicia” mas ela será
assinada pelo representante legal da pessoas jurídica, portanto, além da procuração “ad
judicia” se for pessoa jurídica, obrigatoriamente terá que ser juntado o Estatuto ou o regimento
interno.

Da desconstituição do advogado:

O advogado poderá renunciar ao mandato a ele constituído sem a necessidade de


especificar o motivo da renúncia, contudo deverá comprovar que já notificou o seu cliente e que
o mesmo está ciente da renúncia.
O cliente poderá desconstituir o advogado, contudo, no mesmo ato da desconstituição
deverá constituir um novo patrono.
Observação: o advogado que renunciar continuará respondendo pelos atos
processuais pelo prazo de até 10 dias, se necessário.

Advogados

O advogado é essencial para o desenvolvimento do processo.


Advogado particular é aquele que defende os interesses de seu cliente através de
cobrança de honorários advocatícios, ou seja, faz o contrato com seu cliente.
Procurador é o advogado que atua na defensoria pública e é concursado. Existem
também os procuradores que são nomeados pelo juiz ou indicados pela ordem dos advogados.
O advogado nomeado pelo juiz é chamado de dativo.

Honorários advocatícios

Para o exercício da atividade profissional e advogado existe um parâmetro que é a


tabela fixada pela OAB, contudo a tabela de honorários da OAB estipula o valor mínimo a ser
cobrado, isto para evitar a concorrência desleal.

Tipos de contratos ou tipos de honorários

Contrato particular é aquele feito entre o advogado que vai defender os interesses de
seu cliente, autor ou réu ;
No contrato o advogado deve especificar o tipo de trabalho que irá prestar, bem como,
através de descrição no contrato se seu trabalho é só de primeira instância ou se é até
superior instância .
Contrato de risco: existem contratos particulares que são chamados de risco, ou seja,
ao final do processo, caso exista êxito o cliente pagará um percentual para o advogado; caso
ocorra acordo o percentual também será devido.

Honorários arbitrados:
São aqueles fixados pelo juiz quando o advogado particular atua como dativo, ou seja,
aquele nomeado pelo juiz. O valor será arbitrado pelo juiz de acordo coma tabela fixada da
OAB e tribunal de justiça.
Honorários de sucumbência

2
A parte que perde a ação paga honorários de sucumbência para o advogado da parte
vencedora (a sucumbência pertence ao advogado e não ao cliente)

Os honorários de sucumbência são fixados pelo juiz no patamar de dez(10) % a


vinte(20) % sob o valor da condenação. Existem alguns casos em que os honorários de
sucumbência serão fixado pelo juiz, não tem percentual mas em um determinado valor mas em
caso de que o juiz entender como justo.
Observação: segundo o novo código de processo civil, se houver recurso de apelação das
sentenças do juiz para o tribunal de justiça os honorários advocatícios de sucumbência
poderiam ser marjurados ou invertidos, caso o tribunal o modifique na totalidade a sentença do
juiz. Existem casos, tanto em primeira como em segunda instância o juiz o tribunal deixa de
fixar os honorários ou fixa a metade para cada advogado exemplo a ação julgada parcialmente
procedente.

Da substituição das partes


Primeiramente é necessário fazer a diferença entre a sucessão processual e a
substituição processual.
A sucessão processual ocorre no caso de falecimento da parte (autor ou réu) e a
substituição ocorre entre pessoas vivas, portanto existe a sucessão causa mortis e a
substituição intervivos.
A sucessão causa mortis ocorre nas ações patrimoniais exemplo inventário,
recebimento de valores etc.
Observação: existem ações chamadas de pessoais que falecendo uma das partes não poderá
ocorrer sucessão ou substituição ex. Ação de divórcio.
A substituição processual ocorre intervivos ex: o ministério público poder mover uma
ação em nome do incapaz.
É possível também a substituição por sub-rogação ex: se uma pessoa comprar o
crédito da outra ela poderá ingressar no processo requerendo a substituição, neste caso
somente será possível se houver concordância da parte contrária.

Litisconsórcio

Significa pluralidade de partes na instauração do processo. Ocorre quando duas ou


mais pessoas litigam no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente.
Litisconsórcio ativo é quando existem vários autores e passivo é quando existem vários réus.
Também existe o litisconsórcio misto, ou seja, vários autores e vários réus.

Classificação do litisconsórcio

Pode ser ativo, passivo ou misto.

Momento de sua formação.

Quanto ao momento de sua formação, o litisconsórcio pode ser inicial ou incidental


(uterior). Portanto quando várias pessoas ingressam com uma ação em conjunto está
ocorrendo o litisconsórcio inicial e litisconsórcio incidental ou uterior ocorre quando não é
indicado na petição inicial e é chamado para compor a lide posteriormente.
O litisconsórcio pode ser necessário ou facultativo.
O necessário ocorre por determinação judicial ou pela própria lei exemplos: as ações
relativas à direito real imobiliário e ao patrimônio do casal, obrigatoriamente terá que ser em
nome do casal, bem como no caso de citação, ou seja, se o autor ingressa com ação relativa
ao patrimônio do casal, obrigatoriamente ele terá que requerer as citação dos dois cônjuges e
se não o fizer o juiz determinará que seja emendada a petição inicial para constar o nome do
outro cônjuge no polo passivo da ação.

Litisconsórcio facultativo

É aquele que fica a critério do autor em requerer ou não a inclusão de outra pessoa no
polo passivo, ou a critério do juiz que poderá determinar a citação ou intimação de uma pessoa

3
interessada para compor o polo passivo da ação; também poderá ser no polo ativo, mas neste
caso poderá ocorrer a intervenção de terceiros na qualidade de assistente.

Litisconsórcio pela uniformidade da decisão judicial

Poderá ser simples ou unitário.


O litisconsórcio será simples quando a decisão do juiz, embora proferida no mesmo
processo puder ser diferente para cada um dos litisconsortes.
O litisconsórcio será unitário quando a sentença judicial for igual para todos os
litisconsortes.

Da intervenção de direito.

A intervenção de terceiros é uma modalidade processual prevista no código de


processo civil que permite a um terceiro que não é parte ingressar no processo para defender
o seus interesses.

Modalidades de intervenção

São as seguintes:
 Assistência art. 121 ao 124;
 Denunciação da lide art 125 ao 129;
 Chamamento ao processo art 130 ap 132
 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica art 133 ao 137
 Amicus curiae art. 138

Da assistência:

Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá
os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o
assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido,
o assistente será considerado seu substituto processual.
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a
procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se
funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o
assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da
decisão, salvo se alegar e provar que:
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos
do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido,
por dolo ou culpa, não se valeu.
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que
a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.

Da assistência simples: o assistente simples e litisconsorcial atuará no processo


como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e se sujeitará aos mesmos ônus
processuais da parte que está assistindo.
Obs.: mesmo existindo assistente não impede que a parte principal reconheça a
procedência do pedido, desista da ação ou renuncie ao direito sobre o que se funda a ação.
O assistente quando é admitido no processo ele o recebe da forma em que se encontra
ou seja, não poderá questionar sobre as fases anteriores, salvo se ele comprovar que o
assistido deixou ele se manifestar ou de juntar determinada prova por má fé.

4
Da assistência litisconsorcial considera-se assistente litisconsorcial ou litisconsorte
da parte principal, sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do
assistido.
Obs na intervenção de terceiros não basta requerer o ingresso no processo é
necessário demonstrar ao juiz a necessidade da intervenção

Da denunciação da lide

Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das


partes:
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação
regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o
denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo
ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131
Art. 127. O juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei.
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo
prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e
denunciado;
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com
sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua
atuação à ação regressiva;
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal,
o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal
reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o
caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos
limites da condenação deste na ação regressiva.
Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstâncias da causa, de que autor e réu
se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim proibido
por lei, o juiz proferirá sentença que obste aos objetivos das partes.

A denunciação da lide é uma modalidade de intervenção de terceiros, para que o


terceiro possa ser resguardar de uma situação que possa lhe atingir futuramente.
Segundo o CPC a denunciação da lide pode ser promovida por qualquer das partes e
ocorre nas seguintes situações:

1. Ao alienante imediato, no processo relativo a coisa cujo o domínio foi transferido ao


denunciante, a bem de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam

2. Aquele que estiver obrigado por lei ou contrato a indenizar em ação regressiva, o
prejuízo de quem for vendido no processo.
Obs: o direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide
for indeferida, deixar de ser proferida ou permitida.

Momento da denunciação

Se for feita pelo autor será na petição inicial e se for feita pelo réu será na contestação.
Obs. A denunciação feita pelo autor ou pelo réu somente terá validade se for aceita
pelo juiz.

3. Do chamamento ao processo é um instituto que pertença somente ao réu.


É Admissível o chamamento ao processo requerido ao réu nos seguintes casos:
 Do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
 Dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;

5
 Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um de alguns o
pagamento da dívida comum

Chamamento ao processo
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias à instrução do processo,
indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas
partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe
formaram o convencimento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
1º.10.1973)
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em
favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por
inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua
quota, na proporção que lhes tocar.

Incidente de desconsideração da personalidade jurídica

Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica


será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando
lhe couber intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica
observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de
desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as
fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e
na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao
distribuidor para as anotações devidas.
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração
da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em
que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na
hipótese do § 2o.
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos
pressupostos legais específicos para desconsideração da
personalidade jurídica.
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será
citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de
15 (quinze) dias.
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será
resolvido por decisão interlocutória.
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe
agravo interno.
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a
oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em
relação ao requerente.

Amicus curiae

É uma novidade trazida pelo novo CPC conforme consta no art. 138.
O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria discutida no processo, sua
repercussão geral ou repercussão social, poderá por decisão irrecorrível, de oficio ou por
requerimento das partes ou de quem se ofereça para cooperar com o poder judiciário, solicitar
ou admitir a participação de pessoa física ou jurídica, órgão ou entidade especializada para no
prazo de 15 dias participar do processo.
A Admissão do Amicus Curiae só se confirmará após a certeza de que se trata de
pessoa (física/jurídica) ou de qualquer entidade com notável saber sobre o assunto tratado no
processo.

6
Da decisão do juiz ou do tribunal sobre o parecer do Amicus Curiae não cabe recurso,
salvo o de embargos de declaração, desde que tenha alguma omissão ou contradição.
Obs: se a decisão do juiz ou do tribunal for contraria a manifestação do que expôs o
Amicus Curiae ele próprio poderá recorrer pois sua manifestação não foi observada.

Do juiz e dos auxiliares da justiça

O juiz é um órgão do estado (juiz/estado), pois age em nome do estado.


O juiz não é considerado funcionário público pois sobre o seu cargo e sua função não
consta do regimento interno dos servidores e nem do estatuto do funcionários públicos. Sobre o
juiz consta na constituição federal e na lei orgânica da magistratura.
Segundo o CPC compete ao juiz presidir e dirigir o processo, bem como trata as partes,
como igualdade, tentar sempre que possível conciliar as partes e velar pela rápida solução do
litígio.
As garantias e deveres do juiz estão previstas na constituição federal.

Da suspensão e do impedimento do juiz

A suspensão do juiz esta relacionada a algumas situações que, possam por em duvida
o seu julgamento, porém a suspensão é relativa podendo o juiz acatar ou discordar de quem
faz a alegação. O impedimento do juiz trata-se de questão absoluta, ou seja, não cabe
discussão, pois segundo a lei, ocorrendo qualquer situação prevista no CPC ele estará
impedido, salvo se houver equivoco.

Casos em que ocorre a suspensão do juiz.

 Se for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;


 Que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois
que for iniciado o processo;
 Quando qualquer das partes for sua credora ou devedora;
 Interessado no julgamento do processo, em favor de qualquer das partes.

Casos em que ocorre o impedimento do juiz.

Há impedimento do juiz não permitindo que ele atue ou exerça qualquer função do
processo nos seguintes casos:
 Em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do ministério publico ou prestou depoimento como testemunha;
 Em que tenha participado do processo em outro grau de jurisdição, tendo proferido
decisão;
 Quando nele estiver postulando, como defensor publico, advogado ou membro do
ministério publico, seu cônjuge ou companheiro/ ou qualquer parente, consangüíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o 3º grau;
 Quando por parte di processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro etc;
 Quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte
no processo;
 Quando for herdeiro ou empregador em qualquer das partes em que figure como parte
de instituição de ensino com o qual possui relação de emprego;
 Em que figure como parte cliente do escritório de advocacia do seu cônjuge;
 Quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a


especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social
da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a

7
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar
ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou
entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo
de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de
competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a
oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir
a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente
de resolução de demandas repetitivas.

Auxiliares da justiça

Para o exercício da atividade jurisdicional o poder judiciário jurisdicional conta com a


colaboração de auxiliares da justiça.
Os auxiliares da justiça podem ser classificados como permanentes e eventuais.

Auxiliares permanentes

São aqueles que são concursados e estão à disposição do poder judiciário diariamente.
Em primeira instância os auxiliares exercem a suas atividades nos cartórios judiciais
das comarcas, fóruns regionais, varas distritais e juizado especial, civil e criminal. Exemplos:
Escrivão ou diretor do cartório, escreventes auxiliares, oficial de justiça, contador
judicial, partidor (aquele que cuida das partilhas) depositário, administrador, contabilista etc.
Observação dentre os permanentes existem o escrivão e o oficial de justiça que são
importantes para o bom desenvolvimento do cartório e sobre eles o juiz exerce convenção
permanente, portanto, são responsáveis por seus atos e poderão responder
administrativamente, civilmente e criminalmente.

Do escrivão

Compete ao escrivão ou o chefe da secretaria:


Ter sobre sua guarda os processos não permitindo que sair do cartório, exceto quando
tem q ir a conclusão do juiz; estejam com vistas ao advogado, a defensoria pública, ao
ministério público ou a fazenda pública; ou quando devam ser remetidos ao contador ou a outro
juizo em função de mudança de competência.
Compete ainda ao escrivão fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo.
Compete também ao escrivão auxiliar o juiz nas audiências e providenciar os ofícios de
citações e intimações.

Do oficial de justiça

Incumbe ao oficial de justiça


 Fazer pessoalmente as citações prisões, penhoras, arrestos e demais exigências
própria do ofício
 Executar as ordens do juiz a que estiver subordinado
 Entregar em cartório o mandado logo depois de cumprindo
 Estar presente nas audiências e auxiliar o juízo

Auxiliares eventuais são aqueles que não são concursados mas auxiliam
eventualmente o poder judiciário quando são convocados pelo,juiz para atuarem em um
determinado processo exemplo: perito, tradutor e intérprete obs. Existe nos estados os peritos
que são concursados e atuam nas suas respectivas áreas tais peritos são chamados de
louvados.

8
Obs. Mesmo o CDC em relação aos auxiliares da justiça destacar apenas os permanentes e os
eventuais, existem também os auxiliares extrajudiciais ou extravagantes que não atuam
diretamente no processo mas cooperam com o poder judiciário fornecendo documentos e
prestando serviços exemplo: correios, cartórios, de notas, de registros públicos, cartório civil,
registro de imóveis e etc.

Da desconsideração da personalidade jurídica


Dos atos processuais conforme o art 188 os atos processuais independem de forma
indeterminada, salvo em forma expressivamente os atos processuais podem ser solenes e não
solenes.
Os atos solenes recebem tal nome por existir exigência da lei para sua validade, ou seja,
somente poderão ser realizados na forma prevista na lei ex: renúncia de herança.

Ato não solene é aquele feito de acordo com a forma processual dentro da normalidade mas
não existe nenhuma formalidade legal, solene, para a sua validade.

Da publicidade dos atos processuais

Os atos processuais são públicos, contudo existem alguns processos que correm em segredo
de justiça e sobre tais processos somente as partes e seus procuradores podem ter acesso ex:

1. processo relacionados a área de família, tais como , casamento, separação de corpos,


divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de criança e
adolescente;
2. Aqueles em que o interesse público exigir.
Obs. Aquele que tiver interesse em consultar processo que corre em segredo de justiça só
poderá fazê-lo com autorização judicial.

Da pratica eletrônica de atos processuais conforme o art. 193 CPP os atos processuais podem
ser total ou parcialmente digitais.
O sistema de digitalização processual foi uma inovação introduzida no sistema judiciário
brasileiro através dos tribunais para facilitar e dinamizar o andamento dos processos.

Dos atos das partes conforme o artigo 200 do CPC os atos das partes consistem em
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade e produzem imediatamente a constituição,
modificação ou extinção de direitos processuais.
Os atos das partes são praticados pelo autor, réu, terceiros juridicamente interessados e pelo
ministério público.
A doutrina subdivide os atos das partes da seguinte forma:
1. Atos postulatorios são aqueles em que as partes apresentam algum pedido ao juiz;
formulando suas teses, de ataque ou defesa ex: petição inicial, contestação, réplica,
recursos etc.
2. Atos probatórios são aqueles que se destinam a a instrução do processo, ou seja,
visa convencer o juiz da causa a cerca de suas alegações, visa provar. Ex: juntada de
documentos, testemunhas, depoimento pessoal etc.
3. Atos de disposição são atos em que a parte, objetivando a resolução do conflito de
interesses abre mão de alguma faculdade processual, seja pelo reconhecimento
jurídico do pedido, renúncia, transação (fazer acordo) ou desistência.

9
Reconhecimento do pedido jurídico e renúncia
O reconhecimento jurídico do pedido gera a extinção do processo com julgamento do mérito.
Isto é feito de forma espontânea ou seja o réu na contestação reconhece o pedido.
Renúncia o ato de disposição em que a parte renúncia a um direito material ou processual por
conta própria, de forma unilateral. A renúncia gera efeitos imediatos não dependendo d
homologação judicial ex: renúncia ao prazo recursal.

Dos provimentos judiciais.


Despachos meramente administrativo. São aqueles em que o juiz utiliza para se comunicar
com o cartório. De tais despachos não cabe nenhum tipo de recurso.

Tais decisões não encerram o processo. Ex: indeferimento de justiça gratuita

Do tempo e do lugar dos atos processuais


Segundo o código de processo civil art. 212 os atos processuais serão realizados no período
das 06:00 às 20:00, contudo, se for necessário, o juiz poderá prorrogar o horário para após as
20:00 dos atos que tenha-se iniciado antes do horário anterior exemplo tribunal do júri.
Do lugar os atos processuais serão realizados na sede do juízo, ou seja no fórum, contudo
existem casos em que a lei autoriza ao juiz a realização de alguns atos processuais fora do
fórum exemplo: ouvir testemunhas internadas em hospitais, fazer diligências ou reconstituição.

Dos prazos processuais art. 218 e seguintes


Os atos processuais serão realizados dentro dos prazos previstos em lei ou determinados pelo
juiz.
Quando a lei for omissa e nem o juiz determinar o prazo aplica-se a regra do artigo 218
parágrafo 3º ou seja, o prazo será de 5 dias.

Para os processos físicos os atos processuais devem ser promovidos até as 19:00,que é o
horário de funcionamento do fórum.
Se o processo for digital o prazo irá até as 24:00.

Da contagem dos prazos


Segundo o novo código do processo civil os prazos processuais serão contados em dias úteis
na contagem dos prazos excluí se o primeiro e incluísse o dia do término se o primeiro dia
seguinte não for dia útil passará para o próximo dia útil.

Da suspensão do prazo
Conforme consta no código de processo civil, art 220 os prazos processuais serão suspensos
entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro em tal período não será realizarão audiências e
nem sessão de julgamentos salvo os casos previstos em lei.

Dos prazos para as partes


São os seguintes:

10
1. Prazo individual é o prazo para uma das partes se manifestar;
2. Prazo em comum é o mesmo prazo para o autor e o réu obs. No prazo comum, se for
processo físico as partes não poderão fazer carga do processo, salvo se houver
acordos entre elas e concordância com o juiz
3. Prazo peremptório é aquele que não pode ser modificado pelo acordo entre as partes e
nem pelo juiz, a lei somente admite a prorrogação do prazo peremptório em casos de
calamidade pública (greve no judiciário)
Do início da contagem dos prazos para as partes
Quando for caso de litisconsórcio art. 229 os autores ou os réus forem patronos diferente o
prazo será em dobro, contudo isto não se aplica aos processos digitais.

Do prazo para contestar


O prazo será de 15 dias e será contado:
1. Na data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou intimação
fot feita pelo correios;
2. Da data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou intimação for
feita por oficial de justiça;
3. Da data de ocorrência ou da intimação, quando ela ocorrer por ato do escrivão ou do
chefe de secretaria;
4. No dia útil seguinte da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou intimação por
edital
5. Do dia útil seguinte a citação for por meio eletrônico;
6. Da data do dia em que o advogado fizer carga do processo
7. Do,prazo para o ministério público, fazendo pública e defensoria pública o prazo será
contado em dobro art. 180 a 186.

11

Você também pode gostar