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Instituto de Ensino Superior Franciscano

Curso: Direito Disciplina: Dir. Proc. Penal I


Professor: Dr. Gibson Passinho
Aluno: 217008 - Jocielson Sergio Santos Período: 7º

Atividade peso 4,0

Aberto: sexta, 01 de março 2024,

Venc.: sexta, 08 de março às 23:59

Problema prático.

Em virtude de um empréstimo entre particulares (mútuo), Rodolfo recebeu de Daniel o valor de


R$ 100.000,00 (cem mil reais). Entretanto, passados mais de seis meses do período estipulado
em contrato para pagamento do débito, Rodolfo ainda não realizou o pagamento, não
respondendo aos contatos realizados por Daniel. Vale destacar que a confissão de dívida foi
somente assinada pelas partes contratantes e que a quantia devida, atualizada, chega a R$
110.000,00 (cento e dez mil reais).

Na condição de advogado, apresente a ação adequado.

Obs.: Somente serão pontuadas as peças apresentadas de forma manuscritas

CAPÍTULO II - DA PETIÇÃO INICIAL


Seção I - Dos Requisitos da Petição Inicial

Art. 319. A petição inicial indicará:


I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial,
requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso
II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a
obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.

Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.

Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o
autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser
corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.

Seção II - Do Pedido
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência,
inclusive os honorários advocatícios.
§ 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.

Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão
consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas
na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá -las ou
de consigná-las.

Art. 324. O pedido deve ser determinado.


§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.

Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a
prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará
o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido
alternativo.

Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do
posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um
deles.

Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda
que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação
se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais
diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados,
que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326 .

Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo
receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.

Art. 329. O autor poderá:


I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do
réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do
réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15
(quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DO FORO DA COMARCA
DE SÃO LUÍS ESTADO DO MARANHÃO

DANIEL (sobrenome), (estado civil), (nascimento), (profissão),


portador do (R.G) e inscrito no (CPF), residente e domiciliado no (endereço), usuário do
endereço eletrônico (e-mail), telefone e whatsapp (telefone), vem respeitosamente, através de
seu advogado, com base nos arts. 318 e seguintes do Código de Processo Civil, perante a
Vossa Excelência ajuizar:

AÇÃO DE COBRANÇA

Em desfavor de RODOLFO (sobrenome), (estado civil), (nascimento),


(profissão), portador do (R.G) e inscrito no (CPF), residente e domiciliado no (endereço),
usuário do endereço eletrônico (e-mail), telefone e whatsapp (telefone), pelas razões de fatos
e de direito a seguir expostos.

I - PRELIMINARMENTE

O requerente da presente ação é pobre na forma legal, não podendo,


portanto, arcar com as despesas do processo, sem se privar do valor necessário para
sobreviver, por isso conforme consta na lei, requer a Gratuidade de Justiça, conforme prevê a
Lei nº 13.105/2015, em seus artigos 98 e 99.

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de


recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”

“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.”

Sendo reforçado pelo art. 5º, LXXIV, da Carta Magna, vejamos:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;” Assim, requer a gratuidade de justiça por não ter condições de
arcar com as custas processuais, conforme documentos em anexo.

II - FATOS E FUNDAMENTOS

a) DO CONTRATO E DO DÉBITO DO AUTOR

O Requerente vendeu uma casa que tinha, com o objetivo de mudar de


cidade, sendo que, com o dinheiro da venda da sua única casa utilizada como residência da
família, pretendia comprar sua nova moradia na cidade de destino de tal mudança. Ocorre
excelência, que por excesso de confiança e por amizade, emprestou na data de 05 de janeiro
de 2023 a quantia exata da venda, ou seja, emprestou R$ - 100.000,00 (cem mil reais), a seu
amigo (RODOLFO), por um período firmado e elencados mediante contrato mutuo, o qual
deveria ser pago em 05 de junho de 2023, data em que se comprometia devolve-lo na sua
totalidade.

No entanto, até o momento passados mais de 08 meses do prazo


estipulado, o réu ainda não realizou qualquer pagamento. Apesar das tentativas de contato (cf.
docs. anexos), o réu nem sequer responde o autor, e mesmo sendo feitas várias tentativas de
negociação amigáveis nada se mostrou frutífero, não restando qualquer outro meio de
cobrança a não ser a efetuada demanda no meio Judiciário buscando solução para o presente
conflito.

Tal conduta viola frontalmente os deveres contratuais assumidos e a lei


civil; esta estipula, nos art. 586 e seguintes, competir ao mutuário devolver a quantia que
recebeu.

“Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir


ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade”.

A doutrina e a jurisprudência são firmes em atender plenamente aos


comandos legais, reiteradamente resguardando pretensões como a do autor.

O Código de Processo Civil, em seu art. 259, I, dispõe que na ação de


cobrança o valor do débito deverá ser atualizado até a data em que ocorrer a propositura da
ação, “ipsis litteris”:

“Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:

I – Na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos


até a propositura da ação;”

b) DA OPÇÃO PELA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Conforme o disposto no CPC em seu artigo 319, VII, o autor manifesta


seu interesse na realização de sessão de conciliação, tendo por objetivo buscar uma solução
que for mais propícia para evitar o litigio.

“Art. 319. A petição inicial indicará:

(...)

VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de


mediação.”

III – PEDIDO

Pelo exposto, pede o autor:

a) a citação do réu, por correio, oficial de justiça, em cartório judicial, por


publicação de edital ou por meio eletrônico, conforme aduz o artigo 246 do CPC para que
compareça à audiência de conciliação a ser designada e que, oportunamente, apresente
contestação no prazo legal sob pena de revelia.

b) A concessão da Justiça Gratuita ao Requerente, por não possuir


condições de arcar com as custas referentes ao processo, sem que prejudique o seu sustento
e o da sua família, conforme previsão na Lei nº 1.060/50, Lei nº 13.105/2015, artigo 98 e
seguintes combinadas ao art. 5º, LXXIV, da Carta Magna, por não possuir condições de arcar
com as custas referentes ao processo, sem que prejudique o seu sustento e o da sua família;
c) condenação do réu a pagar-lhe a importância do mútuo fixada em
R$100.000,00 (cento e dez mil reais), corrigida monetariamente, além de juros, despesa e
verba honorária.

d) Requer Provar o alegado pela juntada dos documentos anexos e, se


necessário, pela produção de prova oral. De qualquer forma, entende o autor ser possível o
julgamento antecipado do mérito (CPC, art. 355, I), pela procedência.

Dá-se à presente o valor de R$110.000,00 (cento e dez mil reais).

Termos em que pede deferimento.

São Luís Maranhão, 08 de março de 24

OAB/MA nº.117008

Para entrega ao professor...........


EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DO FORO DA COMARCA
DE SÃO LUÍS ESTADO DO MARANHÃO

DANIEL (sobrenome), (estado civil), (nascimento), (profissão),


portador do (R.G) e inscrito no (CPF), residente e domiciliado no (endereço), usuário do
endereço eletrônico (e-mail), telefone e WhatsApp (telefone), vem respeitosamente, através
de seu advogado, com base nos arts. 318 e seguintes do Código de Processo Civil, perante a
Vossa Excelência ajuizar:

AÇÃO DE COBRANÇA

Em desfavor de RODOLFO (sobrenome), (estado civil), (nascimento),


(profissão), portador do (R.G) e inscrito no (CPF), residente e domiciliado no (endereço),
usuário do endereço eletrônico (e-mail), telefone e WhatsApp (telefone), pelas razões de
fatos e de direito a seguir expostos.

I - PRELIMINARMENTE

O requerente da presente ação é pobre na forma legal, não podendo,


portanto, arcar com as despesas do processo, sem se privar do valor necessário para
sobreviver, por isso conforme consta na lei, requer a Gratuidade de Justiça, conforme prevê a
Lei nº 13.105/2015, em seus artigos 98 e 99.

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de


recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
têm direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”

“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.”

Sendo reforçado pelo art. 5º, LXXIV, da Carta Magna, vejamos:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos; Assim, requer a gratuidade de justiça por não ter condições de
arcar com as custas processuais, conforme documentos em anexo.

II – DOS FATOS

Em virtude de um empréstimo entre particulares (mútuo), Rodolfo recebeu


de Daniel o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Entretanto, passados mais de seis meses
do período estipulado em contrato para pagamento do débito, Rodolfo ainda não realizou o
pagamento, não respondendo aos contatos realizados por Daniel. Vale destacar que a
confissão de dívida foi somente assinada pelas partes contratantes e que a quantia devida,
atualizada, chega a R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais).

III – DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS


Tal conduta viola frontalmente os deveres contratuais assumidos e a lei
civil; esta estipula, nos art. 586 e seguintes, competir ao mutuário devolver a quantia que
recebeu.

“Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir


ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade”.

A doutrina e a jurisprudência são firmes em atender plenamente aos


comandos legais, reiteradamente resguardando pretensões como a do autor.

O Código de Processo Civil, em seu art. 259, I, dispõe que na ação de


cobrança o valor do débito deverá ser atualizado até a data em que ocorrer a propositura da
ação, “ipsis litteris”:

“Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:

I – Na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos


até a propositura da ação;”

Conforme o disposto no CPC em seu artigo 319, VII, o autor manifesta


seu interesse na realização de sessão de conciliação, tendo por objetivo buscar uma solução
que for mais propícia para evitar o litigio.

“Art. 319. A petição inicial indicará:

(...)

VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de


mediação.”

IV – DOS PEDIDOS

Pelo exposto, pede o autor:

a) A citação do réu, por correio, oficial de justiça, em cartório judicial, por


publicação de edital ou por meio eletrônico, conforme aduz o artigo 246 do CPC para que
compareça à audiência de conciliação a ser designada e que, oportunamente, apresente
contestação no prazo legal sob pena de revelia.

b) A concessão da Justiça Gratuita ao Requerente, por não possuir


condições de arcar com as custas referentes ao processo, sem que prejudique o seu sustento
e o da sua família, conforme previsão na Lei nº 1.060/50, Lei nº 13.105/2015, artigo 98 e
seguintes combinadas ao art. 5º, LXXIV, da Carta Magna, por não possuir condições de arcar
com as custas referentes ao processo, sem que prejudique o seu sustento e o da sua família;

c) Condenação do réu a pagar-lhe a importância do mútuo fixada em


R$100.000,00 (cento e dez mil reais), corrigida monetariamente, além de juros, despesa e
verba honorária.

d) Requer Provar o alegado pela juntada dos documentos anexos e, se


necessário, pela produção de prova oral. De qualquer forma, entende o autor ser possível o
julgamento antecipado do mérito (CPC, art. 355, I), pela procedência.

e) Protesta por todos os fatos de provas e narrativas de direito.


Dá-se à presente o valor de R$110.000,00 (cento e dez mil reais).

Termos em que pede deferimento.

São Luís Maranhão, 08 de março de 24

Para-Legal
IESF/Mat nº.117008

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