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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA ___ DA COMARCA DE SÃO

PAULO

MODESTINO SAMPAIO DE ALMEIDA, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX,
portador da carteira de identidade nº. XXX , inscrito no CPF/MF sob o nº xxx, domiciliado em
Santos, com endereço eletrônico XXX, vem, por seu advogado infra-assinado, com
procuração anexa, com o fulcro nos arts. 890, § 3º do Código de Processo Civil, e arts.334,
335, inciso I, 337 e 343, todos do Código Civil, propor a presente:

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

em face de MERCATOR LEASING S/A., empresa jurídica de direito privado, sociedade


anônima inscrita no CNPJ sob o nº XXX com sede no bairro de Pinheiros, pelos motivos que
ora passa a expor:

I - GRATUIDADE DE JUSTIÇA:

O requerente não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo
próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, conforme o artigo
98, caput e artigo 99 §3º ambos do CPC/15 c/c com o artigo 5, LXXXIV da CF/88, em virtudo
de não possuir recursos suficientes para arcas com as custas, as despesas processuais e os
honorários advocatícios.

Desse modo, o requerente faz jus a concessão da gratuidade de Justiça, motivo pelo qual
exerce neste ato o direito constitucional assegurado à assistência jurídica integral e gratuita.

II - FATOS:

Modestino celebrou com a sociedade Mercator Leasing S/A., um contrato de arrendamento


mercantil no valor de R$ 10.000,00, tendo por objeto uma máquina copiadora importada,
cujo pagamento dar-se-ia em vinte e quatro prestações mensais e consecutivas no valor de
R$ 416,00, reajustáveis a cada doze meses, de acordo com o INPC.

Depois de uma forte oscilação das taxas de câmbio, a sociedade Mercator enviou a Modestino
uma notificação extrajudicial, noticiando um aumento de 25% (vinte e cinco por cento) sobre
o valor da última prestação recebida, ocasionando a mudança do valor de cada parcela ao
montante de R$ 520,00, já vigente a partir da próxima parcela, independentemente dos
reajustes anuais, com base em cláusula contratual dispondo que a arrendadora poderia
aumentar o valor das parcelas, caso viesse a ocorrer desvalorização no câmbio.

Modestino não concordou com o aumento imposto pela sociedade e, ao tentar pagar a
parcela vencida, teve a sua oferta, feita com base no valor sem o aumento, recusada pela
arrendadora.

Ainda assim, depositou a prestação que entendia como devida em conta bancária por ele
aberta em nome da arrendadora e, ato contínuo, enviou-lhe notificação noticiando o depósito
efetuado, a qual também por esceito, manteve a recusa, sustentando estar correto o valor
por ela exigido e ser insuficiente a quantia depositada pelo requerente.

O valor do contrato é de R$10.000,00 (dez mil reais), as prestações antes de reajustadas


eram de R$416,00 (quatrocentos e dezesseis reais) e com o aumento foram para R$520,00
(quinhentos e vinte reais). Dessa forma, não restou ao requerente outra solução, a nao ser a
via Judicial como remédio para ver o seu direito materializado.

III - DO DIREITO:

Inicialmente, é inconteste que ao devedor assiste o direito de solver suas dívidas, sendo para
tanto, amaparado pelo ordenamento jurídico, que propugna, justamente, pelo adimplemento
das obrigações, conforme se pode facilmente verificar, mediante o artigo 334, do CC.

Estimula, ainda, o mesmo diploma legal, as hipóteses em que se entende cabível o


pagamento em consignação, sendo certo, a uma simples leitura, que o caso em questão,
subsume-se, perfeitamente a previsão do artigo 335, do CC.

Nos termos do artigo 890 do CPC/15, no que pertence à possibilidade da presente ação.
Vejamos:

Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.

Contudo, conbimando as disposições do diploma processual com as de direito material, acima


elencados, conclui-se pela total pertinência, e a procedência da presente ação, proposta da
recusa injustificada do credor em receber o pagamento pactuado entre eles, havendo de
outro lado, o direito do devedor de adimplir a sua obrigação, sendo certo, que opara
caracterizar o efeito de pagamento busca-se a tutela judicial, mediante a consignação da
quantia devida.

Neste ínterim, deve-se atentar para as disposições do artigo 337 do CC e o artigo 891, caput,
do CPC/15, no intuiti de verificar os efeitos necessários da presente ação.

Assim, como se verifica, o depósito tem o condão de liberar o devedor do juros da dívida e
demais riscos, como se houvesse pago o valor devido diretamente ao credor. De acordo com
o artigo 343 do CC, diz a respeito às despesas com o depósito do valor consignado.
Temos amparo da lei no nosso Código de Processual Civil, em seu artigo 542 e incisos.

Logo, percebemos que o requerente está amplamente amparado pela legislação, conforme
documentos acostados e percebe-se que o autor sempre cumpriu rigoramente com suas
obrigações, não encontrando outra alternativa, senão valer-se dos dispositivos
supramencionados no intuito de ver sua obrigação satisfeita.

IV: DOS PEDIDOS:

Diante de todos os fatos e fundamentos anteriormente dispostos, requer:

I. Requer, por fim, o benefício de gratuidade de justiça nos termos da lei e da declaração de
hipossuficiência inclusa.

II. A procedência do pedido, declarando-se a quitação referente ao mês atual e daqueles que
venceram no curso do processo, reconhecendo a conduta abusiva da ré na cobrança dos
valores e liberando o autos das obrigações.

III. Já tendo sido efetuado o depósito da quantia devida, quanto

IV. Citação da ré, para levantar o valor depositado, ou se quiser, apresentar a defesa que
entender cabível, sob pena de revelia.

V. Pela não realização de audiência de conciliação, posto tratar-se de procedimento especial.

V: PROVAS:

Requer por todos os meios de provas admitidas no Direito.

VI: VALOR DA CAUSA:

Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Termos que,

Pede deferimento.

Local, data

Advogado - OAB/UF nº XXXXX

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