Você está na página 1de 5

Instituto de Ensino Superior Franciscano

Curso: Direito Disciplina: Dir. Proc. Civil III 1º Bimestre 2023.1


Professor: Fernando Sávio. A. de Lima prazo: 25.03.23 (23:59)
Aluno: 217008 - Jocielson Sergio Santos Período: 5º

Atividade da disciplina Direito Processual Civil II


“Rec. em Espécie - Emb. de Declaração”

EXERCÍCIOS FIXAÇÃO

RECURSOS EM ESPÉCIE - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO


1. Introdução: Quais os artigos do CPC disciplinam o recurso de Embargos de declaração?
Resp. – Dos artigos 1.022 a 1.026 do Novo CPC: Os embargos serão opostos, no prazo de 5
(cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou
omissão, e não se sujeitam a preparo

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de
ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.

Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§1º Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias,
sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão
embargada.

Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.


§1º Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente,
proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta
automaticamente.
§2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra
decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á
monocraticamente.
§3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se
entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do
recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a
ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º.
§4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão
embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem
o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo
de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
§5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do
julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento
dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins
de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o
tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.

Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a
interposição de recurso.
§1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz
ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a
fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em
decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a
dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será
elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer
recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem
sido considerados protelatórios.

O art. 1.022, CPC/2015, insere duas novas hipóteses de embargos de declaração em


relação ao art. 535 do CPC/1973: a correção de erro material e a abrangência de toda decisão
judicial. Ainda, o art. 535, CPC/1973, restringia a aplicação do recurso à sentença ou ao acórdão.
Em função disso, Didier afirma que o Novo Código de Processo Civil adota “a ampla
embargabilidade, na medida em que permite a apresentação de embargos de declaração contra
qualquer decisão”.
Diferentemente do CPC/1973, o Novo CPC define o que seria a omissão. Conforme o
parágrafo único do art. 1.022, Novo CPC, incorre em omissão a decisão que: não se manifeste
sobre entendimento firmado em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de
competência aplicável ao caso; ou se trate de uma das condutas do art. 489, § 1º.
O inciso I do parágrafo único se refere à necessidade de uniformização da
jurisprudência, prevista no art. 926, Novo CPC.
O art. 1.023 estabelece, então, o prazo para oposição de embargos de declaração, que
diverge da regra geral. É, desse modo, estabelecido o prazo de 5 dias. O prazo se inicia da data da
intimação, conforme o art. 1.003 do Novo CPC.
O artigo 229, Novo CPC, mencionado no § 1º, refere-se à hipótese de litisconsórcio em
que as partes são representadas por advogados de diferentes escritórios. Contudo, é uma previsão
exclusiva de processos físicos.
O art. 1.024, Novo CPC, prevê o dever do juízo de julgar os embargos de declaração
em até 5 (cinco) dias. Ainda, de acordo com o art. 12, § 2º, inciso V, do Novo CPC, os embargos de
declaração estão excluídos da necessidade de julgamento em ordem cronológica. É um modo de
garantir que a oposição de embargos de declaração não obste o processo.
Enquanto no CPC/1973, a regra geral era do efeito suspensivo, e não do efeito
devolutivo, a previsão se inverteu com o CPC/2015. O efeito suspensivo, então, tornou -se exceção,
restrito às hipóteses previstas em lei. E não foi diferente no caso dos embargos de declaração. O
art. 1.026, caput, Novo CPC, dispõe que os embargos de declaração não possuem efeito
suspensivo.
Todavia, o § 1º destaca que o efeito suspensivo pode ser concedido pelo juiz ou relator,
desde que preenchidos os requisitos de existência de dano grave ou de difícil repar ação. Pode-se
falar, portanto, que o efeito suspensivo a que se refere o parágrafo é denominado impróprio e
segue o critério ope judicis. Isto é, depende de decisão judicial neste sentido e de requerimento das
partes.

2. Conceito – Embargo de Declaração


Resp. – Os Embargos de Declaração, também chamados de Embargos Declaratórios, são uma
espécie de recurso com a finalidade específica de esclarecer contradição ou omissão ocorrida em
decisão proferida por juiz ou por órgão colegiado .

Atenção: Qual a finalidade dos Embargos de declaração?


Resp. – Os Embargos de Declaração, também chamados de Embargos
Declaratórios, são uma espécie de recurso com a finalidade específica
de esclarecer contradição ou omissão ocorrida em decisão proferida por
juiz ou por órgão colegiado.

3. Cabimento (art. 1.023 do CPC):


Resp. – Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material.
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.

Quando se considera a decisão omissa? (art. 489 do CPC):


Resp. – Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar
sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de
assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra
em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.

4. PRAZO: Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo (Art. 1.023
do CPC)
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.

a. Qual o prazo para a parte contrária se manifestar quanto aos embargos opostos? (art.
1.024 do CPC)
Resp. – Art. 1.024, § 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no
prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento
implique a modificação da decisão embargada. Art. 1.024. O juiz julgará os embargos
em 5 (cinco) dias .

b. Qual o prazo para o magistrado julgar os embargos? (art. 1.024 do CPC)


Resp. – Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. § 1º Nos tribunais, o
relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e,
não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta
automaticamente.

5. Interrupção do prazo (art. 538 de CPC): Haverá interrupção do prazo para interposição de outros
recursos? Para quais partes?
Resp. – Nos termos do artigo 538, do Código de Processo Civil, "os embargos de declaração
interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes ". Entretanto,
essa regra não se aplica quando os embargos de declaração opostos à decisão da qual se recorre
não forem conhecidos.

6. Decisão:
a. Colegiada:
Resp. – decisão proferida por pelo menos 3 magistrados, chamada de acórdão. Em regra,
ocorre nos tribunais, seja em decisão de recursos ou ações originárias. Veja o que diz a lei:
Código de Processo Civil - Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015

b. Monocrática:
Resp. – decisão proferida por apenas um magistrado. É mais comum na 1ª instância, que é
formada por juízes, mas pode ocorrer em qualquer instância ou tribunal.

Atenção: Quando os embargos de declaração forem opostos contra


decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal
qual será o órgão a julgar? (art. 000 CPC).
Resp. – § 2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra
decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o
órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
7. Efeitos:
Resp. – Embora não seja tão comum, um recurso de embargos de declaração pode apresentar
efeito modificativo na decisão judicial ou infringente em decisões colegiadas. Nesta circunstância,
caso o recurso implique a mudança da decisão proferida, o embargo terá prazo de 15 dias para
definir a nova decisão.

8. Preparo: Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.

9. Embargos de declaração com efeito modificador:


Resp. – O efeito modificativo dos embargos de declaração pode decorrer não somente da correção
da contradição ou da omissão, mas também pela verificação de questão de ordem pública de ofício
pelo órgão julgador, como a incompetência absoluta .

10. Embargos para efeito de prequestionamento (Art. 1.025 do CPC):


Resp. – O prequestionamento é essencial para o processamento dos recursos para os Tribunais
Superiores (especial e extraordinário), devendo ser provocado via embargos declaratórios
sempre que a matéria não tenha sido debatida e decidida pelo Tribunal responsável pelo
julgamento da lide, sob pena de não ser conhecido.

Tema criado em 24/2/2022. Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade.

11. Embargos de declaração protelatórios (Art. 000 CPC):


Resp. – “Caracterizam-se como protelatórios os embargos de declaração que visam rediscutir
matéria já apreciada e decidida pela corte de origem em conformidade com súmula d o STJ ou
STF ou, ainda, precedente julgado pelo rito dos arts.

12. Haverá multa?


Resp. – Atualmente, o CPC prevê multa de até 2% sobre o valor atualizado da causa para os
embargos de declaração protelatórios. O valor é pago pelo embargante a pagar ao embargad o

Atenção: Como é calculado o valor da multa e a quem é revertido ?


Resp. – Para fazer o cálculo, deve-se considerar que o mês possui 30
dias, e, cada dia terá uma porcentagem diária de multa de, no máximo,
0,033%. Essa porcentagem deve ser multiplicada aos dias de atraso. Por
exemplo, se forem 10 dias, 10 vezes 0,033%, cujo resultado é 0,33%.
Atualmente, o CPC prevê multa de até 2% sobre o valor atualizado da
causa para os embargos de declaração protelatórios. O valor é pago
pelo embargante a pagar ao embargado

13. Cite Jurisprudência do STJ, em sede de recurso repetitivo, que fixou tese sobre a caracterização
dos embargos de declaração protelatórios:
Resp. – A Secretaria de Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) disponibilizou a
edição 189 de Jurisprudência em Teses, sobre o tema Embargos de Declaração I. A equipe
responsável pelo produto destacou duas teses: A primeira aponta que não é competência do STJ,
ainda que para fim de prequestionamento, examinar dispositivos constitucionais em embargos de
declaração, sob pena de usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal (STF). O
segundo entendimento define ser possível à imposição cumulativa de multa por oposição
de embargos de declaração protelatórios com multa por litigância de má-fé, pois possuem
naturezas distintas
EXERCÍCIOS FIXAÇÃO

1. Acerca dos embargos de declaração, que podem ser opostos contra qualquer decisão judicial,
é correto afirmar que:
a) ( ) em regra, são dotados de efeito suspensivo e interrompem o prazo para a
interposição de outros recursos.
b) ( ) quando manifestamente protelatórios, o juiz ou tribunal condenará o embargante
ao pagamento de multa em valor não excedente a 5% (cinco por cento) do valor da
causa.
c) ( x ) o juiz julgará os embargos no prazo de 5 (cinco) dias e, em caso de decisão
colegiada, os embargos serão apresentados em mesa na sessão subsequente .
d) ( ) da sentença que não enfrenta todos os argumentos trazidos pela parte, são
oponíveis embargos de declaração por obscuridade.
e) ( ) os embargos de declaração opostos contra sentença serão dirigidos ao Tribunal
competente para julgamento do recurso e estão sujeitos a preparo.

2. No que diz respeito ao recurso de embargos de declaração, assinale a alternativa correta .


a) ( x ) Podem ser aviados para suprir omissão, contra sentença que deixe de se
manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos aplicável a lide por
ela resolvida.
b) ( ) São incabíveis para corrigir erro material.
c) ( ) Não serão admitidos novos embargos de declaração se o anterior houver sido
considerado protelatório.
d) ( ) Se o seu acolhimento implicar em modificação da decisão embargada, o
embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o
direito de alterar suas razões, no prazo de 10 (dez) dias, contado da intimação do seu
julgamento.
e) ( ) Possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de outro
recurso cabível contra a decisão embargada.

Você também pode gostar