Você está na página 1de 3

EXCELENTÍSSMO (A) DOUTOR (A) DESEMBARGADOR (A) RELATOR (A) DA

3ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO


ESTADO DO PIAUÍ 

AUTOS Nº 000.000.000.000

ISABELLA, já devidamente qualificada nos autos de número em epígrafe, cuja parte adversa é
FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DE TERESINA/PI, também devidamente qualificada, vem,
respeitosamente, por seu advogado subscritor, à Vossa Excelência, com fundamento no art.
1.022 do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), opor os presentes

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Em face da decisão de fls. x, pelas razões de fato e de direito seguir aduzidas.

I. DA SÍNTESE PROCESSUAL E DA DECISÃO EMBARGADA

A embargante sofreu o ajuizamento de ação de Execução Fiscal, cujo objeto são os


impostos (IPTU) atrasados. Em dd/mm/aaaa, o magistrado proferiu decisão obscura, com relação
a fundamentação da decisçao.

No entanto, pela simples leitura da decisão, vê-se que há contradição, haja vista que a
fundamentação é diversa da conclusão, devendo, portanto, ser sanada.

Deste modo, não restou alternativa ao embargante senão a oposição dos presentes
embargos declaratórios.

II. DA OMISSÃO

A omissão ocorre quando a decisão deixa de considerar matéria (fática ou de direito)


trazida e amplamente debatida nos autos.

Nos termos do Art. 1022, parágrafo único do Novo CPC, cabem embargos de declaração
por omissão para sanar “decisão que deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento
de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob
julgamento”, bem como disposto no art. 489 do NCPC:
§ 1 Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que:

I se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa ou a questão decidida;

II empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no
caso;

III invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;

V se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos


determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento que se ajusta àqueles fundamentos;

VI deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação de entendimento.

Neste caso, nota-se que a decisão sequer menciona os honorários advocatícios,


desconsiderando todo arrazoado sobre o tema trazido na peça (indicar local em que o debate foi
trazido ao juízo), fl.x.

Dessa forma, a decisão embargada deixou de analisar matéria indispensável à correta


análise do direito pleiteado.

III. DA CONTRADIÇÃO

A contradição ocorre quando estamos diante de proposições inconciliáveis entre si, ou


seja, toda narrativa fática conduz ao apontamento de não ser possível a cobrança de aumento de
tributo no mesmo exercício financeiro da publicação da lei que carreia o aumento, mas a decisão
traz em seu parágrafo final “recurso da apelante provido”.

Já contrariamente a esta fundamentação, a conclusão foi pelo desprovimento, nos


seguintes termos: CONCLUSÃO DA DECISÃO.

Trata-se de necessário reconhecimento da contradição apontada, conforme lecionam os


precedentes acerca do cabimento dos Embargos:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;”

Portanto, deve ser revista a decisão embargada de forma que seja sanada tal
inconsistência para o correto deslinde do processo.

IV. DOS PEDIDOS


Portanto, requer seja sanada a contradição com o recebimento do presente embargo de
declaração, para fins de que seja confirmada a decisão prolatada pelo Nobre Julgador a quo na
integra. 

Diante do exposto e fundamentado, requer-se o acolhimento dos Embargos Declaratórios


opostos, para que a decisão seja complementada e enviada para julgamento da Arguição de
Inconstitucionalidade pelo plenário do Egrégio Tribunal de Justiça do Piauí, reconhecendo a
manutenção integral do julgado pelo MM Juízo de primeiro grau, em razão da
inconstitucionalidade da lei municipal.

Requer ainda, a condenação da parte adversa ao pagamento de honorários de


sucumbência no valor de 20% sob o valor da condenação, haja vista o trabalho extra realizado
pelo patrono que vos escreve. 

Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado
OAB/UF 

Você também pode gostar