EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...: -> obs: não esquecer se não há câmara específica, ex: presidente da câmara de direito privado do TJSP <- RECURSO ESPECIAL Apelação Cível nº... RECORRENTE:... RECORRIDA:... RECORRENTE, apelante, nos autos da Apelaçã o Cível em que figura como apelada RECORRIDA, inconformada com o r. Acó rdã o que negou provimento ao recurso de apelaçã o, vem perante V. Exa., interpor o presente RECURSO ESPECIAL, o que faz com fundamento no art. 105, III, alíneas “a” e “c”, da Constituiçã o Federal e do art. 1029 do CPC/2015, requerendo seja o mesmo recebido, processado e admitido, determinando-se sua remessa ao Colendo Superior Tribunal de Justiça para apreciaçã o e julgamento. Nestes termos, pede deferimento. Cidade..., dia..., mês... De 2016. Advogada... OAB/RS...
RECURSO ESPECIAL
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECORRENTE:... RECORRIDA:... RECURSO ESPECIAL Colenda Turma, Eméritos Ministros: “Permissa maxima venia” o v. Acó rdã o recorrido merece integral reforma, eis que infringiu vá rios dispositivos de leis federais, divergindo também de decisõ es de outros tribunais pá trios e, inclusive do presente E. Tribunal, conforme a seguir será demonstrado. I – RAZÕES RECURSAIS: I. A) Do Cabimento do Recurso Especial: Da aná lise dos autos restaram as seguintes conclusõ es: 1. O acó rdã o recorrido foi julgado em ú ltima instâ ncia pelo Tribunal Regional; 2. O acó rdã o caminhou, data vênia, em sentido contrá rio à lei federal, lhe afrontando, contradizendo e negando-lhe vigência; 3. Há dissídio jurisprudencial quanto à questã o suscitada no feito. Isto posto, à luz do art. 105, III, alíneas a e c da Constituiçã o Federal, e, também, do art. 1029, II do NCPC/2015, é cabível o presente RECURSO ESPECIAL como meio de alcançar o fim desejado, qual seja, a reforma do acó rdã o para determinar a nulidade da sentença de primeiro grau. I. B) Da Tempestividade do presente REsp: Nos termos do art. 1003, § 5º do NCPC/2015, o prazo para interpor o presente recurso é de 15 dias. Dessa forma, considerando que a decisã o fora publicada no Diá rio Oficial na data de dd/mm/aa, tendo sido o recorrente intimado da mesma nesta data, reconhecidamente o recurso é tempestivo e merece acolhimento. I. C) Do Preparo e Recolhimento das Custas Recursais: Cumprindo uma das exigências para o recebimento do presente recursos, as custas referentes ao preparo já foram recolhidas, conforme demonstram as guias e comprovantes em anexo. I. D) Do Prequestionamento: Exige-se, para acolhimento de Recurso Especial, que a matéria tenha sido prequestionada. Este requisito foi cumprido, já que, no julgamento dos embargos de declaraçã o, o competente Tribunal a quo manifestou-se sobre a matéria, decidindo nã o haver omissã o, contradiçã o ou obscuridade, e, portanto, nã o violaçã o à lei ou desacordo com dissídio jurisprudencial. O acó rdã o que negou os embargos de declaraçã o opostos pela recorrente está assim fundamentado: (...) Muito embora o v. Acó rdã o nã o tenha acolhido os embargos de declaraçã o, expressamente referiu que os mesmos foram admitidos para fins de prequestionamento da matéria junto aos Tribunais Superiores, restando assim demonstrado tal requisito. De qualquer forma, está assim disposto o artigo 1025 do CPC: Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. I. E) Da Síntese dos Fatos: A recorrida ajuizou açã o... Em sua contestaçã o, a ora recorrente... A sentença de primeiro grau entendeu... Foi negado provimento à ... Assim, e diante de todo o exposto, viu-se a recorrente obrigada a interpor o presente Recurso Especial, tendo em vista tratar-se de questã o de JUSTIÇA. II – DO DIREITO. II. A) Da ofensa aos artigos 1.022, II, art. 489, § 1º, IV, art. 373, I e art. 1.013 e incisos, todos do NCPC/2015: Nã o tendo sido acolhidos os embargos de declaraçã o, acabou-se por infringir os arts. 1022, II e 489, § 1º, IV do NCPC/2015, que assim estã o dispostos: Art. 1.022. Cabem embargos de declaraçã o contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradiçã o; II - suprir omissã o de ponto ou questã o sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Pará grafo ú nico. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunçã o de competência aplicá vel ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o. Art. 489. Sã o elementos essenciais da sentença: I - o relató rio, que conterá os nomes das partes, a identificaçã o do caso, com a suma do pedido e da contestaçã o, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questõ es de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questõ es principais que as partes lhe submeterem. § 1oNão se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicaçã o, à reproduçã o ou à pará frase de ato normativo, sem explicar sua relaçã o com a causa ou a questã o decidida; II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisã o; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de sú mula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta à queles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de sú mula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinçã o no caso em julgamento ou a superaçã o do entendimento. Ao negar provimento à apelaçã o da recorrente, o Tribunal acabou por infringir os artigos acima colacionados, pois nã o manifestou-se em relaçã o aos argumentos apresentados no apelo da recorrente, deixando de apreciar os mesmos, os quais poderiam, de fato, infirmar a conclusã o adotada pelo julgador. Assim refere o julgador: “(...) Em que pese o inegá vel saber jurídico do ilustre relator do acó rdã o, não se trata de INOVAÇÃO RECURSAL, e sim, da CORRETA APRECIAÇÃO DA PROVA, argumentos estes que o acórdão recorrido pura e simplesmente NEGOU-SE a analisar. Assim, trata-se da VALORAÇÃO DA PROVA DE MANEIRA ADEQUADA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, o QUE TAMBÉM É APRECÍAVEL EM INSTÂNCIA SUPERIOR, SEM A INCIDÊNCIA DA SUM. 07 DO STJ. Em outras palavras, o acórdão recorrido deixou de tirar das provas as devidas CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS. É nesse contexto que surge a valoração jurídica da prova. Com o advento do Novo Có digo de Processo Civil, fica reforçada a importâ ncia distinçã o, pois já nã o basta a mera opiniã o do julgador, pois, enquanto opiniã o representar, nã o poderá ser considerada como suficiente para o desfecho da lide. Assim, a valoraçã o jurídica da prova se coaduna com o dever do juiz ou tribunal fundamentar as suas decisõ es, nã o bastando escolher ao seu livre arbítrio uma delas e nã o aceitar outras sem a devida fundamentaçã o. O Ministro Athos Gusmã o Carneiro bem ensina que o erro na valoração da prova ensejador do recurso especial é verdadeiro erro de direito, consistente em que a Corte de origem tenha decidido com base em prova, para aquele caso, vedada pelo direito positivo expresso. A funçã o do E. STJ, é zelar pela unidade, autoridade e uniformidade da lei federal, o que vem aqui se pedir. Sobre a valoraçã o de prova, segue o entendimento do Ministro Gueiros Leite: "(...) Para o simples reexame de prova nã o cabe recurso extraordiná rio, o que, por transposiçã o se aplica ao recurso especial, na sua esfera. Formou-se, porém, corrente jurisprudencial que veio amenizar o seu rigor. É a dos que fazem distinção entre a simples apreciação da prova e a sua valorização, e esta última erigida em critério legal. O STF saiu, entã o, de uma postura de neutralidade, dispondo-se a apurar se foi ou não infringido algum princípio probatório e, desta perspectiva, tirar alguma conclusão que servisse para emenda de eventuais injustiças.(...)” No presente caso, o v. Acó rdã o simplesmente NEGOU-SE a apreciar os argumentos trazidos pela recorrente no seu recurso de apelaçã o, com o que violou o princípio recursal do duplo grau de jurisdiçã o, até porque a sentença de primeiro grau também deixou de analisar e valorizar a prova apresentada pela recorrente sem a adequada e necessá ria fundamentaçã o. -> FUNDAMENTAR DE ACORDO COM O CASO CONCRETO <- Da mesma maneira, incorreu o tribunal na infringência do art. 1.013 do NCPC/2015 (correspondente do art. 515, § 1º do CPC/1973), ora veja-se: Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. § 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 3o Se o processo estiver em condiçõ es de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485; II - decretar a nulidade da sentença por nã o ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá- lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentaçã o. § 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescriçã o, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questõ es, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. § 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisó ria é impugná vel na apelaçã o. Repete-se que nã o está se tratando de REEXAME de prova, e, sim, da VALORAÇÃ O DA PROVA que NÃ O OCORREU DE MANEIRA ADEQUADA, razã o pela qual o entendimento pode ser ALTERADO sem a violaçã o do teor da Sú m. 07 do STJ. Assim foi o caso do REsp nº 1.324.482, cuja ementa se transcreve abaixo (certidã o em anexo): PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONDOMÍNIO EM IMÓVEL URBANO. ALIENAÇÃO POR UM DOS COPROPRIETÁRIOS. DIREITO DE PREFERÊNCIA. NECESSIDADE DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. NEGÓCIO ULTIMADO E REGISTRADO. AÇÃO JUDICIAL. ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. CABIMENTO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, COM DETERMINAÇÃO DE REMESSA À ORIGEM PARA MANIFESTAÇÃO A RESPEITO DOS REQUISITOS DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA. 1. A valoração inadequada da prova dos autos implica error iuris que pode ser apreciado nesta instância sem que se cogite de violação do teor da Súmula nº 7 do STJ. 2. A notificação para o exercício do direito de preferência a que se refere o art. 504 do CC/2002 deve anteceder a realização do negócio. Espólio que não foi notificado para tal exercício. 3. Uma vez ultimado o negócio sem observância da notificação prévia do condômino, a solução da questão somente pode se dar na via judicial, pela ação de preferência c. C. Adjudicação compulsória. 4. Necessidade de remessa dos autos ao juízo da causa para manifestação a respeito dos demais requisitos do direito de preferência, sob pena de supressão de instância. Inaplicabilidade do NCPC ao caso concreto ante os termos do Enunciado nº 1 aprovado pelo Plenário do STJ na Sessão de 9.3.2016: Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 5. Recurso parcialmente provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Senhores Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, em dar parcial provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha (Presidente), Paulo de Tarso Sanseverino e Marco Aurélio Bellizze votaram com o Sr. Ministro Relator. Impedido o Sr. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva.(RECURSO ESPECIAL Nº 1.324.482 - SP 2011/0243722-0 RELATOR: MINISTRO MOURA RIBEIRO, julgado em 05 de abril de 2016). O juízo a quo, ao errar quanto à inovaçã o recursal, consequentemente deixou de apreciar o mérito da açã o, o que deve ser reconhecido por este tribunal. II. B) Da divergência jurisprudencial...: O acó rdã o recorrido acatou -> DECISÃ O ACATADA <-, tendo baseado sua decisã o em jurisprudência divergente da decisã o paradigma apresentada pela recorrente em sua apelaçã o, o que enseja o recurso especial com base no art. 105, III, alínea c da Constituiçã o Federal. Assim está disposto o acó rdã o recorrido: “..." Conforme a inicial, pretende a recorrida ... -> FATOS <- Há divergência jurisprudencial quanto a matéria, tendo em vista que a... TURMA dO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ENTENDE DE MANEIRA DIFERENTE, aplicando, -> EXPLICAR O QUE ESTÁ SENDO APLICADO DIFERENTEMENTE <-, conforme apontado pela recorrente, sendo esta a DECISÃ O PARADIGMA: ->COPIAR EMENTA DA DECISÃ O PARADIGMA<- O Ministro referiu ainda que ->ACRESCENTAR PARTE DO VOTO DA DECISÃO PARADIGMA<-. Essa é a orientação do INFORMATIVO nº xxx do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA sobre Direito xxx -> PROCURAR SE HÁ ORIENTAÇÃO EM INFORMATIVO DO STJ <-publicado no período de... Em anexo encontram-se os documentos que comprovam a divergência/dissídio jurisprudencial, como forma de cumprir o art. 1029, § 1º do NCPC/2015. -> RETIRAR CERTIDÃ O DE JULGAMENTO E EMENTA NO SITE DO STJ <- No presente caso, a recorrente... -> resumo final dos fundamentos da recorrente <- A inicial, por sua vez, -> resumo final dos fatos da recorrida <- Assim, -> EXPLICAR PELA ULTIMA VEZ O DISSIDIO JURISPRUDENCIAL, FAZENDO COMPARAÇÃO ENTRE A DECISÃO IMPUGNADA E A DECISÃO PARADIGMA <- Diante de toda exposto, requer-se a reforma do acórdão, reconhecendo-se xxx, na forma do art. 332, § 1º do NCPC/2015. III – Dos Pedidos: Como se vê todos os dispositivos de lei federal e decisã o paradigma acima transcritos, resta cabalmente demonstrada a violaçã o de dispositivos de lei federal e a divergência jurisprudencial acerca da interpretaçã o dos dispositivos legais violados. FACE AO EXPOSTO, e tendo sido atendidos todos os requisitos de admissibilidade recursal, requer a recorrente: a) seja recebido, processado e admitido o presente Recurso Especial; b) seja intimada a recorrida, para, querendo, apresentar sua resposta, no prazo previsto em lei; c) sejam juntados os comprovantes das custas do despacho de admissibilidade e da interposiçã o de recurso em instâ ncia inferior; d) sejam juntados os acó rdã os e certidõ es em anexo, para fim de fazer prova da divergência/dissídio jurisprudencial na forma do art. 1029, § 1º do NCPC. e) seja dado provimento ao presente recurso especial, determinando-se a NULIDADE do acó rdã o por falta de fundamentaçã o, nã o apreciaçã o de todos os argumentos e erro na valoraçã o das provas, reconhecendo-se a prescriçã o anual, tudo com base nos fundamentos acima aludidos, por ser matéria de D I R E I T O e J U S T I Ç A. Nestes termos, pede deferimento. Cidade..., dia..., mês... De 2016. Advogada... OAB/RS...