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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA MATINHA MA

Processo nº. 551-05.2015.8.10.0097

ZINETE PINHEIRO COSTA, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem


à presença de Vossa Excelência, impugnar os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
opostos pelo Embargante, pelos fatos e fundamentos que abaixo aduz:

PRELIMINARMENTE,

A Embargada quer salientar que os Embargos são visivelmente protelatórios, uma


vez que a exordial é de difícil compreensão, sem qualquer lógica e fundamento
jurídico, não decorrendo um pedido possível. Diante disso, requer sejam os
Embargos extintos sem julgamento do mérito, indeferindo-se a exordial por inépcia.

Ainda, os Embargos não versam sobre nenhuma das matérias do artigo 505 do
NCPC, pelo que devem também ser extintos sem julgamento do mérito.

NO MÉRITO, totalmente improcedentes os Embargos, já que desprovidos de


fundamentos fáticos e jurídicos capazes de afastar a eficácia da do r. acordão.

DO NÃO CONHECIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

MM Juiz, clara a conduta da parte Embargante em buscar retardar a Justiça,


objetivando a todo custo esquivar-se de suas obrigações e impedir a satisfação do
direito do Embargado.

As alegações da parte Embargante são desprovidas de qualquer fundamento


jurídico, pois analisando-se os embargos percebe-se que não houve omissão,
obscuridade ou muito menos contradição ora arguidas, a serem sanadas na
decisão impugnada.

O Embargante apenas tenta procrastinar o feito e rediscutir a matéria já analisada,


o que é de total impertinência processual.

Alega o embargante, sem fundamentação pertinente, que a embargada, deixou de


apresentar réplica a contestação, operando-se assim a preclusão, tornando-se o
objeto da lide incontroverso. Não cabe prosperar tal alegação tendo em vista não
ter previsão legal em sede de juizados especiais a necessidade de apresentação de
réplica a contestação. Cabe ressaltar que, a parte embargante conforme, r sentença
não impugnou os fatos alegados pela embargada, tornando-se assim o objeto da
lide incontroverso.

Alega o Embargante, sem fundamentação jurídica alguma, que o r.


Decisão “incorreu em omissão” pois deixou de apreciar, todos os requerimentos
apresentados em contestação.
Não cabe prosperará tal alegação, pois todos os pedidos formulados pela
embargante foram apreciados, assim como indeferidos, pelo MM Juiz, conforme ata
de audiência, de fls.113-119.

Ora Excelência, tanto não houve contradição, obscuridade ou omissão alguma na


r. decisão, como não houve excesso nenhum na r. sentença que condenou o
embargante ao pagamento de indenização por danos matérias e morais, nos
patamares atribuídos em r. sentença;

Nesse sentido:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - HIPÓTESES PREVISTAS NO ART.


1.022, DO NOVO CPC - INOCORRÊNCIA - REEXAME DA MATÉRIA -
IMPOSSIBILIDADE - MULTA. - Os embargos de declaração são
cabíveis conforme prevê o art. 1.022, do novo CPC (Lei 13.105/15),
contra qualquer decisão judicial para esclarecer obscuridade ou
eliminar contradição, suprir omissão de ponto ou questão sobre o
qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento, bem
como para corrigir erro material. - Ausentes quaisquer das hipóteses
mencionadas, incabível a utilização dos embargos de declaração para
o reexame de matéria já apreciada e decidida. - Ficando evidenciado
o caráter protelatório dos embargos de declaração, o embargante
deve ser condenado ao pagamento da multa prevista no art. 1.026, §
2º, do CPC. (ED 10000160530796002 MG - Orgão Julgador Câmaras
Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL; Publicação 02/12/2016; Julgamento
29 de Novembro de 16; Relator Marco Aurelio Ferenzini)

DOS PEDIDOS

Nestes termos, requer o recebimento da presente impugnação, para fins de ser


negado seguimento (seja não conhecido) os Embargos Declaratórios, ante sua
notória inadmissibilidade
Assim não entendido, requer que seja, ao final, desprovido o recurso, pelas
razões já expostas.
Requer também a condenação do Embargante ao pagamento de multa no
importe de 2 (dois) por cento do valor atualizado da causa, com fundamento no
artigo 1.026, § 2º do CPC, visto tratar-se de recurso manifestamente
protelatório.
Nestes Termos, P. Deferimento
Santa Inês, MA, 15 de março de 2019.

FABIO ROBERTO A DE ARAUJO


OAB/MA 11.333

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