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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA _ª VARA DO TRABALHO DA

COMARCA _

Autos sob n° _

EMPRESA DELTA LTDA., já qualificada nos autos acima supracitados, em


que litiga com o agravado, também já qualificado, por seu advogado que esta
subscreve, conforme instrumento de mandato anexo, que comprova a regularidade da
representação processual, inconformada com a decisão que negou seguimento ao seu
RECURSO ORDINÁRIO, nos termos dos artigos 893, IV e 897, “b”, ambos da CLT, vem
à presença de Vossa Excelência interpor o presente

AGRAVO DE INSTRUMENTO

para o EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO, mediante o


oferecimento das razões anexas.

O advogado que está subscreve, nos termos do artigo 893 da CLT,


declara serem autênticos os documentos oferecidos em cópia para a formação do
presente instrumento, sob sua responsabilidade pessoal.

Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso e a RETRATAÇÃO da


decisão denegatória ora recorrida, ou no caso da manutenção da citada decisão, que
nos termos do artigo 897, § 6º, da CLT, seja o agravado intimado para apresentar
contraminuta ao AGRAVO DE INSTRUMENTO e contrarrazões ao RECURSO ORDINÁRIO.

Pede deferimento.

Local, data

Advogado

OAB
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA _ª REGIÃO

MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravante: ARCOS DA LAPA LTDA.

Agravado: XXXXXX

Origem: XXXXX

Autos sob nº:

XXXXX

I – SÍNTESE PROCESSUAL

O agravante, apresentou embargos de declaração. O Juízo, ao decidir sobre os


embargos, julgou a medida protelatória, rejeitando os referidos embargos e impôs à
embargante multa de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. A reclamada seguindo
o prazo legal, Interpôs Recurso Ordinário, foi o apelo liminarmente indeferido pelo
magistrado, sob o fundamento de que embargos declaratórios que o juízo entenda
protelatórios não tem condão de interromper o prazo para a interposição de qualquer
recurso e, ademais, entendeu deserto no mesmo recurso por falta de depósito do valor
da mencionada multa. Contudo, a decisão merece ser reformada, conforme a seguir
será demonstrado.

II – DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO PRINCIPAL

Foi alegado incabível a intempestividade do recurso ordinário, alegando que os


embargos de declaração os quais julgados protelatórios não interrompem o prazo para a
interposição de qualquer recurso. Sendo assim não merecendo decisão está prosperar.

Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos


por qualquer das partes, conforme consta o § 3º, do artigo 897-A, da CLT, quando os
mesmos forem intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a
assinatura, sendo que as ressalvas à interrupção do prazo recursal não se aplicam ao
presente caso, de acordo com o artigo 1.026 do CPC, os embargos de declaração
interrompem o prazo para outros recursos em favor de qualquer das partes,
independentemente do entendimento de serem protelatórios ou não. Sendo assim o
prazo para a interposição do recurso ordinário começou a fluir a partir da decisão dos
embargos de declaração, independentemente de terem sido considerados protelatórios
pelo Juízo a quo, portanto os mesmos são tempestivos.

III – DA INEXISTÊNCIA DE REITERAÇÃO DE EMBARGOS PROTELATÓRIOS

O seguimento ao recurso ordinário interposto pelo ora agravante foi negado, por
entendê-lo deserto por falta de depósito do valor da multa de 1% sobre o valor da
causa, aplicada pela decisão proferida nos embargos de declaração.

Conforme dispõe o § 2º, do artigo 1.026, do CPC, o qual expressa que impõe o depósito
da multa para a admissão do recurso apenas na hipótese de reiteração de embargos
protelatórios, não sendo este o caso em questão, pois os embargos foram impostos
uma única vez, sendo assim não tendo o que se falar em exigência do depósito da
multa 1% para recorrer. Desta forma, o RECURSO ORDINÁRIO NÃO É DESERTO, pois
repita-se, não se aplica ao presente caso a exigência do § 2º, do artigo 1.026, do
CPC.

É valido ressaltar que no momento da interposição do recurso ordinário, foi comprovado


pela agravante o recolhimento de custas e depósitos recursais preenchendo o
pressuposto de admissibilidade recursal correspondente, vale dizer, o preparo. Os
citados comprovantes foram juntados ao presente recurso, como documentos
obrigatórios.

IV – CONCLUSÃO

Pede- se que devido ao caso exposto seja provido e conhecimento o presente agravo
para que o mesmo com base nas razões supracitadas reforme a decisão agravada,
determinando o recebimento e o processamento do recurso ordinário interposto pela ora
agravante.

Pede deferimento.

Local, data.

Advogado

OAB

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