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EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA ___ª VARA DO TRABALHO DE

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Processo nº

Arcos da Lapa LTDA., já qualificada no processo em epígrafe, em que litiga com o agravado,
também já qualificado, vem por meio de seu advogado, respeitosamente, inconformada com a r.
decisão que negou seguimento ao seu RECURSO ORDINÁRIO, nos termos do art. 893, inciso IV e
897, “b”, ambos da CLT, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente

AGRAVO DE INSTRUMENTO

para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, mediante o oferecimento das razões
anexas.
Para a formação do instrumento junta cópia das seguintes peças:

Peças obrigatórias:
- Decisão agravada;
- Certidão de intimação da decisão agravada;
- Procurações outorgadas aos advogados da agravante e do agravado;
- Petição inicial;
- Contestação;
- Decisão originária; e
- Comprovante de recolhimento das custas processuais.

Nos termos do art. 889, § 7, da CLT, a agravante comprova neste ato o recolhimento do
depósito recursal no valor correspondente a 50% do recurso ordinário a ser destrancado, conforme
guia anexa.
Para demonstrar a tempestividade do presente recurso, informa que a intimação da decisão
dos Embargos de Declaração ocorreu pelo DJE de ___/__/___. Assim em __/__/__, e a interposição
do presente nesta data (__/__/__), é o presente recurso tempestivo.
O advogado que esta subscreve, nos termos do art. 893 da CLT, declara serem autênticos
os documentos oferecidos em cópia para a formação do presente instrumento, sob sua
responsabilidade pessoal.
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso e a RETRATAÇÃO da
decisão denegatória ora recorrida, ou no caso da manutenção da citada decisão, nos termos do art.
897, § 6º, da CLT, seja o agravado intimado para apresentar contraminuta ao AGRAVO DE
INSTRUMENTO e contrarrazões ao RECURSO ORDINÁRIO.

Termos em que pede deferimento.

João Pedro Abdo


OAB/SP ___. ____
São Paulo, 10 de abril de 2023.
Razões de agravo de instrumento

Agravante: Arcos da Lapa LTDA.


Agravada: _____________________

Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo,


Colenda Câmara,
Nobres Desembargadores.

Do histórico processual

O agravado propôs reclamação trabalhista em face da reclamada, ora agravante. Da


sentença que julgou procedentes os pedidos, foram opostos Embargos de Declaração pela
reclamada, que foram rejeitados.

Logo em seguida, no prazo legal, a reclamada interpôs Recurso Ordinário, que teve
seu seguimento negado por ter sido considerado IMTEMPESTIVO e DESERTO.

No entanto, a decisão denegatória merece ser reformada, conforme a seguir será


demonstrado.

Da tempestividade

O juízo a quo negou o seguimento do RECURSO ORDINÁRIO interposto pelo


agravante, alegando a INTEMPSTIVIDADE, sob o fundamento de quer os embargos de declaração
julgados protelatórios, não interrompem o prazo para a interposição de qualquer recurso.

O art. 897 – A, § 3º, da CLT, estabelece que os embargos de declaração interrompem


o prazo para a interposição de outros recursos por qualquer das partes, salvo quando intempestivos,
irregular a apresentação da parte ou assente a assinatura, sendo que as ressalvas à interrupção do
prazo recursal não se aplicam ao presente caso.

Ainda, sob a luz do art. 1026 do CPC, os embargos de declaração interrompem o


prazo para outros recursos em favor de qualquer das partes, independente de o Juízo entendê-los
PROTELATÓRIOS ou não.
Assim, o prazo pra a interposição do recurso ordinário começou a flúor a partir da
decisão dos embargos de declaração, independente de terem sido considerados protelatórios pelo
juízo a quo, portanto, TEMPESTIVO.

Da reiteração de embargos declaratórios e da inexigibilidade do depósito da


multa para recorrer

O juízo a quo também negou seguimento ao recurso ordinário interposto pelo ora
agravante, por entendê-lo DESERTO por falta de deposito de valor da multa de 1% sobre o valor da
causa, aplicada pela decisão proferida nos embargos de declaração.

O art. 1026, § 2º do CPC, impõe o depósito da multa para a admissão do recurso


apenas na hipótese de REITERAÇÃO de embargos protelatórios, o que não é ocaso dos presentes
autos, pois a agravante opôs embargos de declaração uma única vez, portanto, não há que se falar
em reiteração e por consequência, na exigência do deposito de multa de 1% para recorrer.

Desta forma, o RECURSO ORDINÁRIO NÃO É DESERTO.

Vale ressaltar, que a ora agravante, quando da interposição do Recurso Ordinário,


comprovou os recolhimentos referentes ao deposito recursal e as custas processuais, preenchendo
o pressuposto de admissibilidade recursal correspondente, vale dizer, o PREPARO.

Os citados comprovantes foram juntados ao presente recurso, como documentos


obrigatórios.

Conclusão e pedido

Diante do exposto, respeitosamente, requer o recebimento do presente recurso, para,


com base nas razões acima expostas, reformas a decisão agravada, e determinar o recebimento e o
processamento do RECURSO ORDINÁRIO interposto pela agravante.

Termos em que pede deferimento.

João Pedro Abdo


OAB/SP ___. ____
São Paulo, 10 de abril de 2023.

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