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AO JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PATOS DE MINAS/MG

Processo nº ...

OTÁVIO, nacionalidade..., profissão..., estado civil..., portador do RG nº ... e


do CPF nº..., residente e domiciliado na cidade de ..., na..., nº..., bairro..., CEP... e
endereço eletrônico..., por seu advogado e procurador, nos da Ação de Indenização
promovida por ERCÍLIA, nacionalidade..., profissão..., estado civil..., portadora do RG nº
... e do CPF nº..., residente e domiciliada na cidade de ..., na..., nº..., bairro..., CEP... e
endereço eletrônico..., não se conformando, data vênia, com a r. sentença fls.... que
julgou procedente esta ação, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, interpor
o presente RECURSO DE APELAÇÃO com fundamento no artigo 1.009 e ss. do Código
de Processo Civil.
Requer a intimação da parte contrária para querendo, contrarrazoar no
prazo estabelecido no artigo 1.010 do CPC.
Requer, outrossim, seja recebido o presente recurso em seu regular efeito
devolutivo e suspensivo conforme preveem os artigos 1.012 e 1.013 do Código de
Processo Civil, e a posterior remessa dos autos a uma das Câmaras de Direito Privado
do E. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
O Apelante junta a guia relativa ao preparo recursal, deixando de juntar a
taxa de remessa e retorno dos autos por se tratar de autos que tramitam pelo meio
eletrônico.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local, 22 de maio de 2009


Advogado/OAB
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Processo nº ...
Razões de Recurso de Apelação
Apelante: Otávio
Apelado: Ercília
Origem: 3ª Vara Cível de Patos de Minas/MG

Colenda Câmara,
A presente sentença merece reforma nos tópicos abaixo discorridos pelas razões a
seguir expostas.

I. DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso encontra-se tempestiva pois foi proposto dentro do prazo
de 15 dias úteis previsto no artigo 1.003, “caput” e p. 5º do CPC, tendo em vista
que a publicação da sentença ocorreu no dia 30/04/2009.

II. DO CABIMENTO
Inicialmente, cumpre destacar que o recurso é cabível conforme o artigo 1.009
do CPC, sendo que a sentença prolatada pelo nobre juízo de primeira instância
foi terminativa, restando ao Apelante, se socorrer do ilustre julgamento desta
Câmara.

III. DO PREPARO
Foi recolhido devidamente o preparo, nos termos do artigo 1.007 do CPC,
conforme demonstra comprovante de pagamento da guia anexado nos autos.

IV. DOS FATOS


As partes envolveram-se em acidente de trânsito, de que decorreu a
amputação da perna da Apelada. Esta, move a ação de indenização em questão
mesmo já tendo o feito em vara diversa há um ano (processo nº...). Ocorre que,
o Apelante possuía a correta conduta de um motorista no momento do
acidente, e além disso também suportou prejuízos advindos da colisão, fatos
que poderiam ser provados pela prova testemunhal que requereu.
Todavia, o juiz proferiu sentença julgando antecipadamente a lide, por
entender que a matéria controvertida era exclusivamente de direito. Rejeitou o
pedido de extinção do processo sem resolução de mérito e afirmou que o réu
não tinha direito ao seu pleito indenizatório. Ainda, julgou procedentes todos
os pedidos apresentados na petição inicial, condenando o Apelante ao
pagamento de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) a título de honorários
advocatícios.
V. DO DIREITO
Ora, é clarividente a presença de litispendência no caso discutido conforme
determina o Código de Processo Civil em seus artigos 337, ps. 1º, 2º e 3º e 487,
V. Sendo assim e sabendo que esta mesma ação já tramita em outra vara cível
nesta comarca, não há razão e nem é correto enfrentá-lo novamente.
Ainda, houve nulidade na decisão pelo fato de que não foi concedido ao
Apelante a possibilidade de apresentar suas testemunhas, o que torna
impossível o julgamento antecipado da lide por cerceamento de defesa, à luz
do artigo 355 do CPC e artigo 5º, LV da CF.
Não bastasse os supracitadas defeitos processuais, resta evidente pela situação
fática que trata-se de culpa exclusiva da vítima ao observar que era a Apelada
que se encontrava parada na faixa de pedestres indevidamente quando não
havia nenhuma pessoa sequer atravessando ou aguardando para atravessar a
via, o que portanto, torna ela a sujeita culpada, consequentemente devendo
ser condenada a pagar uma indenização e não a recebe-la, como preveem os
artigos 186 e 927 do CC.
Por fim, é descabido o valor dos honorários advocatícios fixados ao Apelante,
havendo demasiado excesso no arbitramento, sendo que nos termos do artigo
85, p. 2º do CPC, o legislador instaura o percentual de honorários em no
mínimo 10% e no máximo 20% sobre o valor da causa, tal qual ultrapassou-se
ao fixar-se o pagamento deles em R$ 15.000,00.

VI. DOS PEDIDOS


Diante do exposto, requer:
a) O conhecimento e o provimento do presente recurso de apelação,
reformando a sentença no sentido de extinguir o processo sem resolução
de mérito por conta da litispendências, nos termos dos artigos 337, ps. 1º,
2º e 3º e 487, V do CPC;
b) Caso seja apreciado o mérito, seja julgada improcedente a ação por tratar-
se de fato em que incorreu culpa exclusiva da vítima, em nada tendo que
indenizá-la o Apelante, conforme artigos 186 e 927 do CC;
Ainda, sejam ouvidas as testemunhas arroladas, para que se possa exercer o
direito de defesa o Apelante conforme artigo 355 do CPC e artigo 5º, LV da CF;
c) Sejam minorados ao mínimo legal os honorários advocatícios que a parte
Apelante sucumbiu, se é que haverá necessidade de pagamento de acordo
com o que dispõe o artigo 85, p. 2º do CPC;
d) Invertam-se as custas processuais e honorários de sucumbência, nos termos
do artigo 85, “caput” do CPC.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local, 22 de maio de 2009


Advogado/OAB

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