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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
PLENÁRIO
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a folhas 30 e 31 dos autos e seus anexos, donde se lê o
seguinte:
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pressupostos de que a recorrente se socorreu para
fundamentar a presente pretensão, ora indeferida.
Salvo melhor entendimento, a recorrente entende que os
Exmos Senhores Juízes Conselheiros da Segunda Secção,
usaram como fundamento ‘…manifesta falta de base
legal…’ alegadamente assente na falta da recorrente ao não
usar de ‘… meio processual idóneo, nos termos da lei, para
se opor à penhora dos seus bens…’. É evidente que este
fundamento não tem enquadramento em nenhuma das
alíneas do citado n.º 1 do artigo 109.
Parece à recorrente que os Senhores Juízes Conselheiros
da Segunda Secção estão a enveredar parcialmente, no
mérito da causa, a qual vem discriminada no requerimento
do recurso n.º 115/2006-1ª, de que a presente providência
é um meio acessório!
Só por pura cortesia a recorrente envia cópia do
requerimento tempestivamente, apresentado junto do
Tribunal Fiscal e outras autoridades tributárias, em
cumprimento do artigo 164º do C. das Execuções Fiscais
citado por V.Exas.
A recorrente tem consciência e reconhece que não possui
completo domínio técnico-jurídico quer do C. das
Execuções Fiscais quer da Lei n.º 9/2001, de 7 de Julho.
Porém, diligenciou estudar ambos os diplomas, e,
honestamente, envidou toda a experiência adquirida nestes
anos de experiência na barra dos tribunais, para,
correctamente, apresentar o diferendo à V.Exas, na
expectativa da reposição do direito e do estabelecimento da
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justiça. Lamentavelmente a expectativa foi gorada. A
recorrente não se furta confessar que se sente
decepcionada e frustrada com a qualidade do douto
acórdão.
Deve, portanto, ser revogado o aliás, douto acórdão
recorrido, e, consequentemente, devem os Senhores Juízes
Conselheiros da Segunda Secção desse tribunal observar
estritamente o parecer do M.º P.º e o preceituado na
segunda parte do n.º 1 do artigo 118º, conjugado com o
imperativo contido no artigo 119º todos da Lei do Processo
Administrativo Contencioso, como é evidente”.
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2.1. O art.º 12, da Lei n.º 12/2004, de 21 de Janeiro,
prevê outras disposições subsidiárias.
Nestes termos,
O instituto jurídico exposto pela recorrente, constituindo
fundamento para à interposição de recurso, reveste-se
de âmbito de aplicação residual, visto vigorarem na
ordem jurídica, o regime estabelecido pelas normas
especiais, deduzidas nos n.ºs 1 e 2, prevendo
especificidades, à espécie que contempla.
Em conformidade, promovo:
A. Confirmação, se bem que com fundamentação não
inteiramente coincidente, do constante, do acórdão
impugnado.
B. Rectificação nos termos do art.º 667 do C.P.C, da
redacção constante na 2.ª parte do ante-penúltimo
parágrafo, fls 3 do acórdão, das expressões ‘Por
manifesta falta de base legal’, por outras,
consentâneas e exactas”.
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A competência do Tribunal Administrativo é, de entre
outras, a de apreciar os pedidos de suspensão de eficácia,
preceito este que já vem desde a Lei n.º 5/92, de 6 de Maio,
culminando no artigo 108 da Lei n.º 9/2001, de 7 de Julho
(Lei do Processo Administrativo Contencioso), lei em vigor
na altura dos factos.
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Nestes termos, e por inadequação do meio utilizado pela
recorrente e, consequentemente, por falta de base legal,
nos termos em que se pronunciou a instância a quo, os
Juízes Conselheiros do Tribunal Administrativo, reunidos
em Plenário, acordam em negar provimento ao recurso sub
judice impetrado por Zelma Graciete Retagi de
Vasconcelos.
Registe-se e notifique-se.
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José Luís Maria Pereira Cardoso
João Varimelo
Rufino Nombora