Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PARTE GERAL
Para efeito de registo, sã o considerados veículos automó veis apenas os veículos como
tais os definidos no Có digo de Estrada, que tenham matrícula atribuída pela Direcçã o de
trâ nsito e Segurança Rodoviá ria. Nã o é possível registar qualquer facto relacionado
com os automó veis, sem a existência ou indicaçã o de um veículo.
CLASSES DE VEICULOS
1
em patamar a velocidade de 45 km/h. Artigo 105º do Decreto-Lei n.º 5/08 de
29 de Setembro que aprova o Có digo de Estrada.
TIPOS DE VEICULOS:
Os automó veis ligeiros ou pesados incluem-se, segundo a sua utilizaçã o, nos seguintes
tipos:
MATRÍCULAS
Conceito: a matrícula é uma placa de identificaçã o de veículos automó veis, que pode
ser feita numa chapa de metal ou plá stico, afixada a um veículo ou um atrelado com o
fim da sua identificaçã o oficial (dá lugar a emissã o do Livrete) artigos 115º e 116º do
Có digo de Estrada.
2
• TIPOS DE MATRÍCULAS EM ANGOLA • Elas sã o do formato AB-12-56-AB, este formato
corresponde ao usado na Uniã o Europeia (520 mm por 110 mm).
• As do regime especial têm fundo verde com caracteres brancos ou fundo branco com
caracteres vermelhos. Ex: carros do corpo diplomá tico, de organizaçõ es internacionais
e personalidades.
LEGISLAÇÃO:
De realçar que sã o aplicá veis, com as necessá rias adaptaçõ es, ao Registo Automó vel as
disposiçõ es relativas ao Registo Predial (có digo de Registo Predial, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 47611, de 28 de Março de 1967, apenas na medida regulamentaçã o
pró pria e indispensá vel com a natureza de veículos automó veis. Além do diploma supra
citado, aplicam-se também ao Registo Automó vel um leque de legislaçã o que sã o
concretamente:
3
PRINCIPIOS DO SISTEMA JURÍDICO REGISTAL
• Princípio da Especialidade
• Princípio da Tipicidade
PRINCÍPIO DA INSTÂNCIA
i. Com este princípio da instâ ncia pretende-se alicerçar a regra primordial do edifício
registral, baseando-se na ideia de que o registo só efectua-se a pedido dos interessados,
em impressos de modelo aprovado, salvo os casos de oficiosidade previstos na lei.
Exige-se pois, uma manifestaçã oexpressa de vontade para que se inicie o processo de
registo. A oficiosidade constitui a excepçã o. E deste principio que decorre a afirmaçã o
de que o verdadeiro titulo que serve de base ao registo e o requerimento para registo.
4
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE
Significa que o direito inscrito em primeiro lugar prevalece sobre os que se lhe
seguirem, relativamente aos mesmos veículos, segundo a ordem da apresentaçã o no
sistema de registo. A ordem dos registos e estabelecida com a anotaçã o de
apresentaçã o. O registo convertido em definitivo conserva a prioridade que tinha como
provisó rio e, em caso de recusa, julgada procedente a impugnaçã o do acto recusado, o
registo conserva a prioridade deste. Se estivem vários direitos em concurso na mesma
data a prevalência é definida pelo nú mero de apresentaçã o. Este principio também
define a ordem pela qual sã o lavrados os registos em cada veículo automó vel. Fica
assim esclarecida a importâ ncia do livro Diá rio e as apresençõ es, por serem eles os
grandes atores para a definiçã o da prioridade, de acordo com a incriçã o cronoló gica dos
registos.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
5
Deve verificar: A sua regularidade formal — os documentos devem obedecer a forma
exigida por lei.
PRESUNÇÃO DA VERDADE
O direito tal como o registo o publicita, existe, e pertence a pessoa em cujo nome
está inscrito, na exacta medida definida pelo registo.
PRINCÍPIO DA OPONIBILIDADE
Assim que um registo é lavrado, ele passa a poder ser conhecido de qualquer pessoa,
produzem efeitos contra terceiros, depois da data do registo.
6
EFICÁCIA ENTRE AS PARTES
O registo funciona, na maior parte dos casos, como condiçã o de oponibilidade dos
efeitos desses factos contra terceiros.
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
A cada negocio jurídico corresponde um facto pró prio sujeito a registo, especifico e
ú nico, que os distingue dos demais:
Visa a protecçã o dos direitos dos particulares, nas relaçõ es jurídicas de cará cter
patrimonial e com eficá cia real:
Quando existe uma inscriçã o de transmissã o, domínio ou mera posse, nã o poderá ser
registado qualquer direito sem a intervençã o do respectivo titular (com as excepçõ es de
determinados ó nus, como o arresto ou a penhora).
PRINCÍPIO DA TIPICIDADE
7
Princípio da tipicidade ou numerus clausus, isto é, só estã o sujeitos a registo os actos e
factos constantes da lei. o facto registá vel nã o é aquele que o conservador entende que
em dada circunstancia deve ser registado mas antes aquele que a lei sujeita a registo.
INALTERABILIDADE DO REGISTO
VICIOS DO REGISTO
• Apresentante
LEGITIMIDADE
QUALIFICAÇÃO JURÍDICA
8
Rejeiçã o Provisó rio por Duvidas Provisó rio por Natureza Provisó rio por duvidas e por
natureza Recusado
REJEIÇÃO
Exemplo de rejeição:
9
A falta de documentos acessó rios, bem como as deficiências dos títulos que nã o
invalidem a existência jurídica dos actos determinam que o registo tenha de ser
qualificado como provisó rio por dú vidas. NÃ O SE APLICA aos actos de registo de
propriedade, usufruto, suas transmissõ es e reserva de propriedade.
O legislador admite o registo provisó rio por natureza de factos respeitantes a negó cios
jurídicos que ainda nã o estã o completos mas que, provavelmente, irã o completar-se e
para aquelas situaçõ es que, pela sua natureza, nã o ficarã o decididas no prazo normal de
vigência do registo provisó rio, admitindo-se um prazo mais longo de vigência. A
provisoriedade por natureza só existe quando prevista na lei, aplicando-se neste caso o
Có digo do Registo Predial.
RECUSA
b) Quando for manifesto que o facto nã o esta titulado nos documentos a apresentados;
e) Quando o registo já tiver sido lavrado como provisó rio por d6vidas e estas nã o se
mostrem removidas;
URGÊNCIA
10
• Implica que sejam lavrados primeiro todos os registos que se encontram pendentes
para aquele veiculo.
OBRIGATORIEDADE DO REGISTO
Factos sujeitos a registo obrigató rio — art. 5.0 e 6.0 do RRA Prazos — art. 39.º do RRA
— 60dias.
PARTE ESPECIAL
DIREITO DE PROPRIEDADE
Direito pleno e exclusivo — significa que só o seu titular poderá usa-lo, ou sob sua
autorizaçã o ou consentimento.
Caracteriza-se pela sua elasticidade — pese embora nã o deixe de existir, ele pode ser
limitado, por exemplo pelo usufruto, e voltar a ser total quando o usufruto se extinguir.
É perpétuo — ele permanece e existe enquanto a coisa sobre a qual recai existir,
enquanto esta nã o for deteriorada, perdida, inutilizada ou extinta.
É total — é um direito global para que o seu proprietá rio possa fazer o que entender
com a coisa, dentro dos limites legais.
11
Registo Inicial – É o acto que tem por finalidade individualizar o primeiro proprietá rio
do veículo automó vel.No registo inicial de propriedaderegista-se o direito a
propriedade sobre o veículo a favor de determinada pessoa (singular ou colectiva —
sujeito activo da inscriçã o). É o primeiro acto de registo sobre o veículo, que pode ser
novo ou usado, importado para Angola ou aqui construído. O indivíduo da inscriçã o é o
"Sujeito Activo".
OsDocumentos para o registo do inicial:
Guia original
Có pia do livrete
Requerimento para registo inicial de propriedade ou simplesmente formulá rio
de Registo Inicial (obrigatoriedade do reconhecimento quando tratar-se de
pessoa colectiva) é o Modelo 1
Có pias dos bilhetes importador
Caso seja pessoa colectiva deve apresentar o NIF
Comprovativo de IVM, (Imposto Sobre o Veículo Motorizado)
O terceiro (adquirente) vem registar a propriedade do veículo a seu favor. Este registo
terá "Sujeito Activo" (o novo proprietá rio) e "Sujeito Passivo" (o proprietá rio anterior).
12
Qualificaçã o Jurídica - Só pode ser lavrada em definitivo, rejeitado ou recusado - artigo
7.º do Regime do Registo Automó vel.
Título de propriedade
Có pia do livrete
Formulá rio de declaraçã o de compra e venda. Modelo 2
Có pias dos bilhetes do comprador e vendedor
Caso seja pessoa colectiva deve apresentar o NIF e fazer o reconhecimento com
qualidades e poderes para o acto.
Comprovativo de IVM (Imposto Sobre o Veículo Motorizado)
13
No ú ltimo caso, por destruiçã o, a substituiçã o do título destruido será feita mediante
requerimento escrito, em que o mesmo declara a efectiva destruiçã o do título de
registo. Exige-se que o requerimento deva conter o reconhecimento presencial da
assinatura, a có pia do título destruido se existir, có pia do bilhete do requerente, có pia
do livrete e o comprovativo do pagamento do IVM. N.º 2 do Artigo 22º. do Decreto n.º
55/75 de 12 de Fevereiro, aprova o regulamento do Registo Automó vel.
Atençã o que, os títulos de registo de propriedade de veículos do Estado, de corpos
administrativos ou de qualquer outro organismo oficial, quando extraviados ou
destruidos, podem ser substituídos em face de simples ofício, autenticado com o
respectivo selo branco. N.º 3 do Artigo 22º. do Decreto n.º 55/75 de 12 de Fevereiro,
aprova o regulamento do Registo Automó vel.
DIREITO DE PROPRIEDADE
USUFRUTO
Artigo 5.0, no 1, alínea a) do Regime do Registo Automó vel: Direito de gozar temporá ria
e plenamente um bem, sem alterar a sua forma ou substancia (artigo 1439. ° do Có digo
Civil).
RESERVA
14
Qualificaçã o Jurídica - Só pode ser lavrado em definitivo, rejeitado ou recusado - artigo
7º do Regime do Registo Automó vel.
INDIVISAO DA COMPROPRIEDADE
Titulo original
Có pia do livrete
Copia do bilhete dos comproprietá rios
Declaraçã o de compra e venda, Modelo 2
HIPOTECA
15
Artigo 5.° no 1 alínea d) do Regime do Registo Automó vel: Consiste no direito de um
credor a ser pago pelo valor de certos bens pertencentes ao devedor, com preferência
sobre os demais credores — artigo 686.° Có digo Civil Só produz efeitos, mesmo entre as
partes, depois de registada.
ACÇÃO JUDICIAL
Artigo 6.° do Regime do Registo Automó vel: Estã o sujeitos a registo as petiçõ es iniciais
e as decisõ es judiciais das acçõ es que tenham par fim, principal ou acessó rio, o
reconhecimento, modificaçã o ou extinçã o de algum dos direitos sujeitos a registo
automó vel.
16
ARRESTO
Quando alguém tem receio de perder a garantia patrimonial do seu credite pode
requerer o arresto de bens do devedor — art. 619.° do Có digo Civil
PENHOR
PENHOR
Pode ser de bens ou créditos inscritos e consiste na execuçã o judicial de uma duvida
através da venda coerciva dos bens do devedor.
17
Qualificaçã o Jurídica — Pode ser lavrado em definitivo, recusado, registado
provisoriamente por dú vidas e/ou por natureza.
Este acto lavra-se por averbamento a inscriçã o onde o sujeito se encontre identificado.
• A troca de matriculas e realizada pela DTSR, que emite um documento que atesta a
mudança.
• Para que uma matrícula seja usada noutro veículo, será necessá rio cancela-la primeiro
no veículo onde se encontra atribuída e só depois poderá ser usada noutro veículo.
Oveículo ao qual vai ser atribuída a matricula poderá ter ou nã o uma matricula já
registada.
18
LOCAÇÃO FINANCEIRA
• A "Locaçã o Financeira" é o contracto pelo qual uma das partes se obriga, contra
retribuiçã o a conceder a outra o gozo temporá rio de uma coisa, move] ou imó vel,
adquirida ou construída por indicaçã o desta e que a mesma pode comprar total ou
parcialmente num prazo convencionado, mediante um pagamento de um prego
determinado ou determiná vel, nos termos do pró prio contracto.
APREENSÃO
E um acto de registo oficioso, pelo que nã o necessita de ser requerido, pode ser lavrado
de imediato mediante a sentença do Tribunal.
19
AVERBAMENTOS
• Rectificaçã o
• Actualizaçã o
• Conversã o
ANOTAÇÕ ES
• Caducidade
• Cancelamento
MEIOS DE PROVA
• Certidã o integral
• Certidã o de Documentos
• Informaçã o nã o certificada
1. Livro Diá rio-serve para anotaçã o específica dos títulos e dos requerimentos
apresentados para serviço de registo.
2. Livro IP ou inscriçõ es de propriedades é destinado apenas à s inscriçõ es de direito
de propriedade e à sua transmissã o.
20
3. Livro-índice de matrículas anota-se por ordem crescente os nú mero das matrículas,
características do veículo, dados do proprietá rio, bem como o cancelamento e a
reposiçã o da mesma.
4. Livro de recusa e dú vidas já nã o é usado.
• Hoje esta cobrança é feita nos termos do Decreto Presidencial nº.300/19 que define as
regras de arrecadaçã o, distribuiçã o e controlo da receita emolumentar.
• Com a entrada em vigor deste Decreto o uso do Livro de Emolumentos e Diá rio,
deixou de existir, passando a ser digitais o que veio significativamente reduzir o esforço
físico dos funcioná rios em funçã o dos nú meros de pedidos de registo.
A APRESENTAÇÃO
21
As rasuras, emendas ou entrelinhas feitas no Livro Diá rio, ser ressalvadas com a rú brica
do Conservador ou ajudante, apó s a ú ltima apresentaçã o do dia. Terminadas as
anotaçõ es do livro deve ser encerrado, com um traço horizontal, na linha subsequente à
ú ltima apresentaçã o.
CONSERVATÓRIAS INTERMEDIÁRIAS
Art.35 RRA • Os requerimentos para actos de registo automó vel podem ser
apresentados em qualquer Conservató ria, e na sua falta, nas Conservató rias dos
Registos. • A conservató ria intermediá ria anota no livro-diá rio os requerimentos e
menciona na ú ltima coluna a Conservató ria onde vã o ser enviados os processos.
• O Conservador nã o pode julgar com base em meras suposiçõ es, mas sim com base na
aná lise dos documentos que titulam os factos sujeitos a registo respeitando sempre a
legalidade dos actos.
RECUSA DO REGISTO
No art.º. 49º e ss. do RRA prevê que “ serã o recusados ou registados provisoriamente,
conforme os casos, os actos cujos os requerimentos, declaraçõ es, ou documentos nã o se
mostrem redigidos claramente ou contenham emendas, rasuras ou entrelinhas nã o
ressalvadas”. • Casos de recusa: -Quando o facto nã o esta sujeito a registo; o facto
enferma de um vício que o torna nulo, a legitimidade do vendedor, se nã o for possível
lavrar o registo como provisó rio, a Conservató ria nã o for territorialmente competente,
etc. A recusa do acto será sempre lavrada com as deficiências do acto requerido.
NULIDADE DO REGISTO
22
• O registo definitivo lavrado pelo Conservador é um documento pú blico autêntico. O
registo é nulo nos seguintes casos:
1-Quando for falso ou tiver sido lavrado com base em títulos falsos.
AVERBAMENTOS
RECTIFICAÇÃO
• Oficiosamente.
MODELO DE DOCUMENTOS
23
Requerimento para solicitaçã o de duplicado de registo de propriedade ou
segunda via, por extravio.
Requerimento para solicitaçã o de duplicado de registo de propriedade ou
segunda via, por destruiçã o.
24
25
26
27
28