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Nesse sentido, Eduardo Antônio Maggio [1] ensina que “As formas e meios de
constatação da infração, a qual uma vez constatada será autuada pelo agente
fiscalizador da autoridade de transito que deverá fazê-la através de
comprovação legal e correta, sem deixar dúvida quanto à sua lavratura, pois a
não ser dessa forma, será objeto de contestação através de recursos
administrativos e até mesmo, se for o caso, o de se socorrer ao Poder
Judiciário. Entretanto esse embasamento legal para a autuação não quer dizer
que feita essa, já estará absolutamente comprovada, correta e consumada
para fins de aplicação da penalidade de multa pelo respectivo órgão de trânsito
nos termos da lei. Neste aspecto, deve-se ressaltar que a comprovação pelo
agente da autoridade pode ter erros, falhas e até mesmo injustiças, pois o ser
humano é passível desses comportamentos”.
Assim, nos termos do art. 5º, LV da Constituição Federal, faz-se a presente
defesa, tendo em vista a patente ilegalidade da autuação aplicada.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Destarte, conclui-se que não cabe aos agentes de trânsito, ditar novas regras
de trânsito ou inobservar qualquer preceito da legislação, pois tal fato, por si só,
gera ilegalidade do ato administrativo e, consequentemente, caberá a
Administração Pública anulá-lo, sob pena de privilegiar o propósito
arrecadatório em detrimento do escopo educativo, bem como ceifar os
princípios constitucionais que alicerçam os atos administrativos, em especial, a
legalidade e a motivação, solicita-se o encaminhamento deste recurso ao órgão
julgador, com objetivo de serem apreciados os fundamentos invocados, para
fins de direito.
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LUIZ EDUARDO DA ROSA BARCELOS