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TRANSVERSAL ANTERIOR
Logradouros públicos.
E o espaço livre destinado pela municipalidade a circulação, parada ou
estacionamento de veículos, ou a circulação de pedestres, tais como calcada,
parques, áreas de lazer, calçadões. Quanto ao numero de vias, o logradouro
pode ser simples ou composto.
Logradouro simples: e constituído por uma única artéria, podendo ser de mão
única ou de mão dupla.
Cruzamento e entroncamento.
O cruzamento e representado por uma interseção de duas vias em nível.
Já o entroncamento, como vimos, e um tipo de cruzamento constituído pela
junção ou bifurcação de vias publicas.
Os cruzamentos podem ser:
Ortogonal
Obliquo
Obliquo-ortogonal
Os entroncamentos podem ser:
Bifurcação
Ortogonal
Obliquo
Situação I Situação II
Situação I – O veiculo A trafega sobre a pista mais larga.
Situação II – O veiculo A trafega sobre via de pista dupla
PERÍCIA DIRETA
A distinção entre perícia direta, perícia indireta e reprodução simulada
deve-se ao fato de como se deu o levantamento do local. A perícia direta está
ligada à contemporaneidade entre o acidente e o levantamento do local. Na
pericia direta, o local foi preservado e isolado a contento, os veículos não foram
removidos da posição de repouso original.
PERÍCIA INDIRETA
A perícia indireta é uma das modalidades de perícia de responsabilidade
dos órgãos públicos. Difere a perícia indireta da direta pelo aspecto do local e
dos objetos a serem periciados. Na perícia indireta, freqüentemente o local foi
desfeito ou os veículos envolvidos no acidente encontram-se fora de sua
posição de repouso, sendo examinados em local diverso do local de acidente.
A autoridade também pode solicitar do perito signatário do laudo, análise de
apontamentos de boletins de ocorrência ou de levantamentos efetuados por
outrem.
Interceptação
Colisão entre dois veículos que trafegam em vias com fluxos que se
cruzam, sendo que um dos veículos detinha prioridade de tráfego.
Na figura 11, abaixo, o veículo V2 atravessa a via onde trafega o veículo
V1, com preferência de trânsito.
Na figura 12, abaixo, o veículo V2 atravessa a faixa da via principal por
onde trafegava o veículo V1, com o objetivo de adentrar na via preferencial,
tomando faixa diversa da que trafega o veículo V1 na preferencial.
Invasão de faixa
Colisão entre dois ou mais veículos que trafegam na mesma via, em
faixas de sentidos contrários, ou mesmo em pistas de sentidos opostos, sendo
que um dos veículos invade a faixa (ou pista) de tráfego do outro veículo, que
trafega em sentido contrário.
Colisão traseira
Colisão entre dois ou mais veículos que trafegam na mesma via, na
mesma faixa de rolamento e no mesmo sentido de tráfego. Ocorrendo quando
o veículo que trafega atrás atinge a porção posterior (traseira) do veículo que
trafega à frente.
Quanto às sedes de impacto e avarias no veículo: deve-se fazer constar,
além das condições gerais do veículo, a região sede de impacto onde V1 o
veículo tenha sofrido o contacto com outro veículo.
Fatores humanos
Os fatores humanos são de difícil comprovação; pela subjetividade de
suas condições, não se convertem em vestígios que possam ser encontrados
no local de acidente de trânsito.
O meio
A causa determinante de um acidente de trânsito associada ao meio
deve ser relacionada a falhas do sistema viário, Tais falhas são relacionadas a
aspectos construtivos que impossibilitem o tráfego com segurança em
condições normais de trafegabilidade, levando o condutor a erro quando
trafegava pela via, produzindo perda de dirigibilidade, desvio abruptos, quebra
de componentes do veículo ou tomada de direção errônea.
A máquina
O termo máquina generaliza os veículos existentes no trânsito. O
condutor de qualquer veículo, antes de colocá-lo em movimento na via deve
observar as suas condições de trafegabilidade, considerando principalmente os
aspectos de segurança.
As condições dos veículos quanto à manutenção de sistemas de freios,
suspensão, parte elétrica, lataria, assoalhos, excesso de carga, alterações das
propriedades do veículo e cuidados com os dispositivos de segurança são
verificações necessárias e inerentes ao condutor, sendo sua obrigação manter
o veículo em bom estado de conservação e dirigibilidade.
O ser humano
O Código de Trânsito Brasileiro não faz distinção de gênero ou idade.
Condutores de veículos automotores, ciclistas e pedestres são relacionados ao
fator comportamental e de percepção e reação, de modo a serem tratados de
forma única.
A análise dos fatores que influenciam na definição da causa
determinante do acidente deve ser feita de tal modo que seja contemplada a
avaliação de todos os agentes presentes no acidente de trânsito.
Fatores adversos
A causa determinante de um acidente de trânsito pode ser associada a
fatores adversos quando puder ser também associada a casos fortuitos e de
força maior. Corresponderiam os fatores adversos a um fato cujos efeitos não
se poderiam evitar e prever.
A definição de causa determinante por fatores adversos (caso fortuito ou
força maior) deve ser feita a partir dos vestígios presentes na pista, por se
tratar de causa determinante imediata, sendo definida somente se todas as
hipóteses prováveis de causa determinante relacionadas ao meio, no homem e
à máquina forem descartadas.
Causas inter-relacionadas
Considere situação onde o perito de local, no estudo do acidente de
trânsito, definiu com sua metodologia fatores que conjuntamente não levam
especificamente à causa determinante para o homem, para a máquina, para o
meio ou para os fatores adversos. A definição da causa determinante encontra-
se em uma zona intermediária entre um e outro conjunto de fatores definidores
da causa determinante. O perito nessa situação tem elementos que
possibilitam concluir tanto por um quanto por outro conjunto de fatores.
Protagonistas e agentes
Até aqui a preocupação concentrou-se nos fatores que contribuem para
a causa determinante do acidente. Os protagonistas na ocorrência têm cada
um sua parcela de participação. Os acidentes podem ser simples ou
complexos, e o grau de participação do protagonista dependerá da sua efetiva
parcela de associação aos fatores que contribuíram para o acidente.
Exemplo 1
Um pedestre, após saltar de um ônibus coletivo (V2), passa a atravessar
a pista. O veículo V1, que se desloca irregularmente (com excesso de V2
velocidade) pela mesma via, atropela o pedestre, devido à ausência de reação
por parte do seu condutor.
O veículo V1 é protagonista direto ativo; o pedestre é protagonista direto
passivo; o ônibus V2 e o protagonista indireto ativo, pois devido a sua posição
prejudicou a visibilidade do condutor do veículo V1.
Exemplo 2
Considere um acidente em que um veículo V1, motocicleta, que
trafegava em pista dupla, separada por canteiro central, sai da pista atinge um
poste. A seguir, atinge outro veículo que trafega em pista de sentido contrário
(V2). Então, o veículo V1 (motocicleta) em movimento reflexo atinge o veículo
V3, que trafegava pelo local.
O veículo V1 (motocicleta), nesse caso, é o protagonista direto ativo o
veículo V2 é protagonista direto passivo; o veículo V3 é o protagonista indireto
passivo, por ter sofrido as consequências do acidente e em nada ter
contribuído para o mesmo.
Exemplo 3
Um pedestre P, ao atravessar uma via, fá-lo de maneira inopinada, ou
seja, de forma inesperada. O condutor do veículo V2, ante a iminência do
atropelamento, freia repentinamente e consegue evitar o atropelamento. O
condutor do veículo V1, sem se aperceber da situação de perigo, atinge a
traseira de V2.
Os protagonistas neste caso podem ser assim separados: o pedestre é o
protagonista indireto ativo, induziu outro veículo a participar de um acidente,
mas não participou do embate; o veículo V1 é o protagonista direto passivo,
pois sofre as consequências diretas da ação de V1; o veículo V2 é o
protagonista direto ativo por ter praticado a ação que resultou no acidente.
Exemplo 4
O veículo V2 (automóvel) trafegava regularmente em uma pista de mão
única, quando o veículo V1 (caminhonete) efetuou manobra inusitada, vindo a
obstruir momentaneamente a trajetória de V2 (automóvel). Em movimento
reflexo, o condutor do veículo V2 efetua desvio para a direita na tentativa de
evitar uma colisão, momento em que atinge a traseira de uma bicicleta, que
trafegava regularmente junto ao bordo direito da pista.
Assim, o protagonista direto ativo é o condutor do veículo V2
(automóvel); o protagonista direto passivo é o condutor do veículo V3
(bicicleta), que sofreu as consequências diretas do acidente, participando no
acidente, contribuindo com sua presença; o protagonista indireto ativo é o
condutor do veículo VI (caminhonete), que induziu outro à ação que resultou no
acidente e não participou do embate entre os dois veículos.