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2ª frequência Registos
Registo automóvel
Legislação
٭Função
o Dar publicidade à situação jurídica dos veículos a motor e respetivos
reboques, tendo em vista a segurança do comércio jurídico
٭Objeto
o Veículos a motor e respetivos reboques que nos termos do Código da
Estrada estejam sujeitos a matrícula – artigo 2º CRA
٭É um registo real
٭Previstos nas alíneas a), b), d), e), f), i) do artigo 5º/1
٭Mudança de nome ou denominação
٭Regra geral
o O registo deve ser requerido no prazo de 60 dias a contar da data do
facto, nº1
٭Casos especiais
o Tratando-se de registo inicial de propriedade, o prazo de 60 dias conta-
se a partir da data de atribuição da matrícula, nº2
o No registo de propriedade adquirida por via de sucessão hereditária, o
prazo de 60 dias conta-se a partir da data de partilha ou (se não
acontecer) na data da participação do imposto de selo
٭Publicidade
o Pretendendo o registo automóvel dar publicidade à situação jurídica dos
veículos nos termos do artigo 1º CRA, resulta que qualquer pessoa pode
obter certidões dos atos de registo e dos documentos arquivados –
artigo 53º RRA
٭Meios de prova
o Qualquer pessoa pode obter certidões e cópias não certificadas dos atos
de registo (artigo 53º RRA) podendo ser emitidas por via eletrónica ou
papel (artigo 55ºRRA), devendo ser feito o pagamento dos
emolumentos – artigo 57º RRA
Atos de registo
Certificado de matrícula
٭Sempre que um cidadão pretende fazer uma alteração aos dados do veículo
(dimensão dos pneus, características dos pneus) ou ao registo (alteração da
propriedade, nome, morada) é emitido um novo certificado de matrícula, sendo
obrigatória a entrega do anterior
Organização do registo
Registo comercial
٭Função
o Dar publicidade à situação jurídica dos comerciantes individuais e das
sociedades comerciais, entre outras, com vista à segurança do comércio
jurídico
٭Objeto
o situação jurídica dos comerciantes individuais, sociedades comerciais,
sociedades civis sob a forma comercial, EIRL (estabelecimento individual
de responsabilidade limitada)
٭Os factos e ações sujeitos a registo comercial obrigatório, estão previstos pelo
artigo 15º/1/5
٭Situações especiais
o Artigo 15º/3/4/7/8
٭Sanções para o incumprimento de registar factos obrigatórios – artigo 17º
Publicações obrigatórios
٭O artigo 70º diz-nos o que é publicado e o artigo 71º refere os prazos para tal
٭O artigo 70º/1 tem os artigos de registo/publicação obrigatória
٭O artigo 70º/2 refere que as publicações devem ser feitas online e por ordem
cronológica
Efeitos do registo
٭Caducidade
o Os registos caducam, deixando de produzir efeitos, por força da lei ou
pelo decurso do prazo de duração do negócio – artigo 18º
Atos de registo
o
o Podem ser provisórias por natureza
Apenas são provisórias por natureza as situações elencadas no
artigo 64º CRC (taxativo)
Estão em causa factos que pela sua natureza não podem ser
definitivas
Quanto ao seu prazo de vigência, aplica-se a caducidade do
registo - artigo 18º
o Averbamentos
Previstos pelo artigo 68º CRC
As inscrições podem ser atualizadas ou retificadas por
averbamento
Os factos sujeitos a averbamento constam do artigo 69º
o Anotações
Artigo 13º do Regulamento do RC
Não são um ato de registo em sentido próprio, mas uma mera
nota de circunstância a que interessa dar publicidade.
As situações em que há anotações estão definidas na lei, ex.:
publicações, art. 71º/5
Publicidade
o Artigos 73º e 74º
o Face ao carácter público do registo, qualquer pessoa pode pedir
certidões dos atos de registo e dos documentos arquivados, bem como,
obter informações verbais ou escritas sobre o seu conteúdo. Nesse
sentido podem ser passadas fotocópias ou cópias, integrais ou parciais,
não certificadas, apenas com o valor de informação. Não obstante,
apenas os funcionários podem consultar as fichas e pastas
o Conforme o artigo 74º, as informações são dadas através de cópias não
certificadas
Meios de prova
Registo civil
Função e objeto
Função
o Dar publicidade à situação jurídica das pessoas singulares através do
registo dos factos que integram o seu estado civil (conjunto de
qualidades jurídicas que o CRCivil sujeita a registo)
Objeto
o Situação jurídica das pessoas singulares
o É um registo pessoal
Artigo 1º CRCiv
Princípio da tipicidade
o Apenas estão sujeitos a registo os factos enunciados na lei, não
podendo ser lavrados quaisquer outros factos que a lei não refira
Oponibilidade do registo face a terceiros
o Os factos sujeitos a registo obrigatório só podem ser invocados depois
de registados, salvo disposição legal em contrário, artigo 2º CRCiv
Artigo 4º CRCiv
A prova dos factos sujeitos a registo só pode ser feita pelos meios previstos no
CRCiv
Acesso à base de dados do registo civil OU certidões (artigos 212º a 216º)
Órgãos privativos
Artigo 8º
Conservatórias do registo civil – competência genérica (artigos 10º e 11º)
Órgãos especiais
Artigo 9º
Agentes diplomáticos e consulares portugueses num país estrangeiro
Comissários da Marinha e dos navios do Estado
Capitães, mestres ou patrões nas embarcações particulares portuguesas
Comandantes de aeronaves
Entidades designadas nos regulamentos militares
Quaisquer indivíduos especialmente previstos na lei
Modalidades de registo
Artigo 50º
Os factos sujeitos a registo são lavrados por meio de assento ou de
averbamento
o Assento: são o ato primário do registo
o Averbamento: são alterações ao conteúdo dos assentos
Artigo 68º ss
69º: 70º; 71º e 74º
Outros intervenientes
o Indivíduos surdos, mudos ou surdos-mudos – artigo 41º
A intervenção de indivíduos surdos, mudos ou surdos-mudos em
atos de registo só pode fazer-se, consoante os casos, mediante
leitura dos assentos e documentos pelos próprios ou por
intérprete idóneo – artigo 41º/1
Os mudos ou surdos-mudos que saibam ler e escrever devem
exprimir a sua vontade por escrito em resposta a perguntas
formuladas pelo funcionário – artigo 41º/2
Nascimento
Artigos 96º ss
Onde e em que prazo deve o nascimento ser declarado?
o Quando ocorre em território português, deve ser declarado em
qualquer conservatória de registo civil no prazo de 20 dias ou até ao
momento da alta caso o hospital disponha de meios para o registo –
artigo 96º/1
o Por força do artigo 101º/1 é competente lavrar o registo de nascimento
qualquer conservatória civil ou a unidade de saúde onde ocorreu o
nascimento
Óbito
o Justificação judicial
Artigos 207º e 208º
Se não for possível fazer a identificação do cadáver, cabe ao
agente do Ministério Público promover a justificação do óbito. O
mesmo se passa em caso de naufrágio em que pereça toda ou
parte da tripulação
Processos comuns
o Justificação judicial e justificação administrativa
Processos especiais – artigo 245º ss
o Previstos no código – divórcio por mútuo consentimento
o O Processo de divórcio e separação de pessoas e bens por mútuo
consentimento
DL nº 272/2001 de 13/10 com as alterações subsequentes
Código Civil – art. 1419º e ss. Legislação
aplicável
Código de Registo Civil – artigos 271º a 274º
Têm legitimidade para intervir nestes processos as pessoas a quem o registo respeita,
os seus herdeiros, os declarantes, e em geral, todos os que tenham interesse no
pedido, bem como o Ministério Publico – artigo 223º/1.
Notariado
Função
Artigo 1º/1
Dar forma legal ao conferir autenticidade aos títulos e a controlar a legalidade
dos atos
Órgãos próprios
Artigo 2º
O órgão próprio da função notarial é o notário.
Os seus colaboradores apenas podem praticar determinados atos
expressamente definidos na lei, por exemplo as Certidões de escrituras
Órgãos especiais
Artigo 3º
Excecionalmente desempenham funções notariais:
Aliena d) outras entidades, por exemplo os Solicitadores
Artigo 5º e 6º
Não podem realizar negócios em que sejam partes ou beneficiários direitos ou
indiretos, quer ele próprio, quer o cônjuge ou um parente ou afim na linha reta
ou em 2º grau da linha colateral
Suportes físicos
Livros
o Nos Cartórios Notariais existem suportes físicos específicos para
determinados atos
Livros de notas - artigo 7º/a/b
Livros para testamentos públicos e para escrituras de revogação
de testamentos - artigo 11º
Livros para escrituras diversas – artigo 12º
Ao fim de 5 anos, os livros são guardados no arquivo municipal e
passados 30 anos são arquivados na Torre do Tomo, o aquivo
nacional
Índices
o Artigos 25º e 26º
o Em cada Cartório devem existir índices dos outorgantes, utilizando-se o
sistema de fichas ou de verbetes onomásticos, ambos de
preenchimento diário – artigo 25º
Arquivos
o Artigo 27º
o Ficam arquivados no cartório:
Livros já referidos
Instrumentos avulsos que não devam ser entregues às partes
Documentos apresentados para instruir os atos lavrados nos
livros
Espécies de documentos
Documentos autênticos
o Artigo 35º/2
o São lavrados pelo próprio notário nos livros de notas ou em
instrumentos avulsos
Documentos autenticados
o Artigo 35º/3
o Nos documentos particulares autenticados, o notário apenas garante
que o seu conteúdo reflete corretamente a vontade das partes, cuja
identidade o próprio notário também verifica, (mas não é ele que
elabora o contrato)
o Estes documentos têm um termo de autenticação que é lavrado no
verso do próprio documento a que respeita ou numa folha anexa –
artigo 36º/4
o Documento particular + termo de autenticação = DPA
Os materiais utilizados na composição dos atos notariais deve ser a cor preta
por ter uma durabilidade superior à tinta azul – artigo 39º/1
Função
o A habilitação é um título a favor de todos os herdeiros e que permite
realizar os vários atos que constam do artigo 86º/1
Modo de realizar
o De acordo com o artigo 83º/1/2, a habilitação pode ser feita com três
pessoas ou pelo cabeça de casal
O que consta?
o Pelo artigo 83º/3, a habilitação deve conter o nome completo, o estado
civil, naturalidade e a última residência habitual do falecido (autor da
herança) bem como dos habilitandos
o No caso de haver um menor, essa qualidade tem de ficar indicada
Documentos
o O artigo 85º indica que são necessários:
Certidão de óbito do autor da herança
Certidões do registo civil que justifiquem a sucessão legítima ou
legitimária
Certidão de testamento ou de doação quando esses atos tenham
ocorrido
Publicidade e justificação
Certidões
O conteúdo dos instrumentos notariais bem como dos documentos arquivados
nos cartórios, provam-se por meio de certidões que podem ser requeridas por
qualquer pessoa, com exceção dos factos previstos no artigo 164º/1/a/b que só
podem ser entregues ao requisitante ou a quem esteja autorizado
o Testamentos, revogações de testamentos
o Termos de abertura de sinal
As certidões são extraídas por meio de fotocópia e devem reproduzir o original,
podendo ser totais ou parciais consoante reproduzam todo ou só parte do
conteúdo do documento – artigos 165º e 166º
Averbamentos
O artigo 131º refere as situações que devem ser averbadas ao instrumento a
que respeitam
O artigo 132º refere outras situações que podem ser ultrapassadas através de
averbamentos
Independentemente do fundamento, os averbamentos são lavrados,
oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado nos livros de notas
respetivos, devendo ser numerados pela ordem segundo a qual forem
efetuados – artigo 133º
o Palavra entrelinhada
Câmara Municipal em 2006/03/2004
As partes assinaram e só depois notaram que falta a localidade
do município
Então o solicitador escreve “entrelinhei Marinha Grande”
ressalva
o Palavra traçada
A data era 2006/04/10
“tracei 2006/04/10” ressalva
Reconhecimentos
Podem ser simples ou com menções especiais – artigo 153º
o Simples
Letra e assinatura (documento escrito à mão pelo cliente)
Só assinatura
Tem de ser presencial
Conferência/certificação/autenticação de fotocópias
Artigo 171ºA
O solicitador/notário tem competência para conferir fotocópias que sejam
extraídas de documentos não arquivados no seu cartório/escritório, desde que
tanto a fotocópia como o original lhe sejam apresentados para esse fim. A
certificação tem o mesmo valor do documento original
Procurações
A procuração é o ato pelo qual alguém atribui voluntariamente poderes de
representação a outrem – artigo 262º CC