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I.

AVALIAÇÕES:

 2 Provas Bimestrais em Dupla, contendo questões discursivas (subjetivas) e


objetivas.

II. PRESENÇA:

 Limite de faltas – 9 aulas (4,5 dias).

III. HORÁRIO DAS AULAS:

 10:30h às 11:40h.

IV. LEGISLAÇÃO:

 Código de Trânsito Brasileiro – CTB: Lei nº 9.503/97:

o Sancionado em 23/09/1997;
o Publicado em 24/09/1997;
o Retificado em 25/09/1997;
o Vigência a partir de 22/01/1998.

 Lei nº 9.602/98: Modifica o Código de Trânsito Brasileiro – Vigência a partir


de 22/01/1998.

 Regulamentações (Resoluções) do CONTRAN – Podem ser obtidas no site


do DENATRAN – www.denatran.gov.br

V. AUTONOMIA E INTERDISCIPLINARIEDADE:

 Direito de Trânsito é uma Disciplina Autônoma, pois possui um Código


(Legislação) próprio;

 Disciplina Interdisciplinar, pois mantém estreitas relações com:

o Engenharia Mecânica e Engenharia de Tráfego;


o Medicina de Tráfego;
o Direito Penal (Crimes de Trânsito – Cap. XIX, do CTB; Imputabilidade
Penal – um dos requisitos para habilitação);
o Direito Constitucional (Art. 22, IX, da CF/88);
o Direito Civil (Indenização por danos);
o Direito Tributário (IPVA, Redução de IPI para motores que utilizam dois
tipos de combustíveis – gasolina e álcool);
o Direito do Trabalho (Proibição para exercício de atividades remuneradas,
para aqueles que usam óculos);

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o Direito Comercial;
o Direito do Consumidor (Relações com Seguradoras);
o Direito Ambiental (Emissão de poluentes; Barulhos);
o Direito Eleitoral (Publicidade feita através de alto-falantes).

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1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DE TRÂNSITO

 O Código Penal aplica-se também em certas áreas fora do Território Nacional


– Por exemplo, embarcações, ou aeronaves brasileiras que se encontram em
território estrangeiro ou em áreas internacionais.

 O Código de Trânsito Brasileiro e as Resoluções do CONTRAN não se


aplicam em áreas fora do Território Nacional, ou em áreas particulares –
Restrição à aplicação do CTB em áreas privadas – Restrição de caráter
privado à aplicação do CTB.

 Art. 1º, do CTB: Área de abrangência do Código de Trânsito Brasileiro:

o Vias Abertas – Sem restrição de uso;


o Vias Públicas Terrestres – Art. 2º, do CTB;
o Areia de Praias Abertas à Circulação de Veículos – Desde que não haja
proibição expressa.

 Vias internas de condomínios fechados – Condomínios Horizontais (embora


sejam áreas particulares, alguns Estados aplicam o CTB em condomínios
fechados) – No Paraná não se aplica o CTB em condomínios fechados,
inclusive para confecção de Boletins de Ocorrência.

 Aeroportos – Administração de responsabilidade da INFRAERO – Áreas não


abertas à circulação, logo não se aplica o CTB, mas sim o Código Penal, em
caso de atropelamento com morte ou lesão corporal.

 Balsas de Ferry Boats – Carros estão em situação de carga, logo não se


aplica o CTB.

 Manobristas de Postos de Combustíveis e de Estacionamentos Particulares –


Áreas não abertas à circulação, logo não se aplica o CTB, portanto, não
precisam ter habilitação para dirigir.

2. SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO – SNT

 Composto por órgãos do Poder Executivo:

A. JULGAMENTO (EXCETO A PARTE CRIMINAL, CUJA COMPETÊNCIA É DO PODER


JUDICIÁRIO);

B. EXECUÇÃO;

C. REGULAMENTAÇÃO;

 Art. 5º, do CTB – Sistema Nacional de Trânsito.

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o CONTRAN
o CETRAN;
o Órgãos Executivos;
o Policias Militares e Rodoviárias;
o JARI.

 Resolução nº 153, do CONTRAN – Órgão Colegiado composto por


Ministros.

A. JULGAMENTO (EXCETO A PARTE CRIMINAL, CUJA COMPETÊNCIA É DO PODER


JUDICIÁRIO);

a.1.) CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito:

 Órgão Administrativo Federal;

 Órgão Colegiado – Composto por Ministros;

 Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito;

 Julgador de Infrações Federais;

a.2.) CETRAN – Conselho Estadual de Trânsito:

 Última instância julgadora no Estado;

 Existe um CETRAN para cada Estado.

B. EXECUÇÃO;

b.1.) Órgãos Executivos de Trânsito (Não Rodoviários):

 IMPORTANTE – Não há hierarquia entre os órgãos executivos de trânsito,


mas apenas diferentes atribuições.

 DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito – Órgão Federal;

o Papel centralizador de controle – Art. 19, do CTB;


o Responsável pela emissão do RENAVAM – Registro Nacional de Veículos
Automotores, através da homologação do veículo no DENATRAN – O
RENAVAM acompanha as placas do veículo;
o Responsável pelo controle do RENACH – Registro Nacional de Carteira de
Habilitação;
o Responsável pelo controle do RENAINFR – Registro Nacional de Infrações;
o Delega algumas atribuições (competências) aos DETRAN’s;

 DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito – Órgão Estadual;

o Competências – Art. 22, do CTB;

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o Fiscaliza (Regulamenta) as infrações de trânsito referentes ao Veículo e ao
Condutor;
o Dá a Carteira, Tira a Carteira, Aplica a Suspensão e Cobra as Multas;
o Registro (Licenciamento) de Carros Novos e Usados – Arts. 130 e 131, do
CTB – “somente se não houver multas pendentes de pagamento”.

 DIRETRAN – Diretoria de Trânsito de Curitiba – Órgão Municipal (Curitiba).

o Competências – Art. 24, do CTB;

o Municipalização do trânsito por um órgão executivo municipal – Autônomo


(para algumas atribuições);

o Fiscaliza (Regulamenta) a Circulação / Estacionamento / Parada dos


veículos.

o DETRAN e DIRETRAN são órgãos executivos não rodoviários (ou


“urbanos”) que atuam em áreas não rodoviárias.

o Resolução nº 66/98, do CONTRAN – Áreas Não Rodoviárias: Divide as


infrações Municipais e Estaduais, sendo que algumas destas infrações têm
dupla competência – Ex: Dirigir falando ao Telefone Celular.

o Infrações de Trânsito podem ser Federais, Estaduais e Municipais.

b.2.) Órgãos Executivos de Trânsito (Rodoviários):

 PRF – Polícia Rodoviária Federal – Órgão Federal;

o Competências – Art. 20, do CTB;

 DNIT – Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte – Órgão


Federal – Atua em áreas rodoviárias. É o antigo DNER;

o Competências – Art. 21, do CTB;

o PRF e DNIT são órgãos executivos rodoviários federais, que atuam nas
rodovias federais – BR’s (Atenção para o Conflito de Atribuições).

 DER – Departamento de Estradas e Rodagem – Órgão Estadual.

o Órgão executivo rodoviário estadual que atua nas rodovias estaduais –


PR’s.

 IMPORTANTE: Convênios de Atribuição Mútua – Atribuições mediante


convênios através dos quais se delegam competência aos agentes da
autoridade de trânsito.

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 Autoridade de Trânsito: Dirigente do Órgão Executivo de Trânsito ou do
Órgão Executivo Rodoviário, ou seja: Diretores do DENATRAN, do DETRAN,
do DIRETRAN, da PRF, do DNIT e do DER.

 Agentes da Autoridade de Trânsito: São os fiscalizadores, os policiais.


 Área de Circunscrição: Evita o conflito de atribuições, caso não haja
convênio.

 Exemplo: Um Policial Rodoviário Federal não pode multar um veículo por


ultrapassar em sinal vermelho no centro da cidade.

3. PROCESSO ADMINISTRATIVO

 Infração de Trânsito enseja na aplicação de uma Penalidade, mas entre a


infração e a aplicação da penalidade, transcorre o Processo Administrativo.

 Competência Municipal – Estacionamento / Parada / Circulação;

 Competência Estadual – Veículo / Habilitação / Condutor + Infrações em


Estradas (Rodovias) Estaduais;

 Competência Federal – Estacionamento / Parada / Circulação / Veículo /


Habilitação / Condutor + Infrações em Estradas (Rodovias) Federais;

3.1. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO:

 Infração de Trânsito – Gera a Autuação ou Auto de Infração.

 Autuação de Trânsito: É a materialização de um fato (ou conduta) tido como


infração de trânsito – Art. 280, do CTB.

 Tipos de Infração – Art. 257, do CTB:

o Infração do Proprietário do Veículo – Art. 257, § 2º, do CTB:

 Falta ou Irregularidade em Equipamento de uso obrigatório, que se pode


notar de fora do veículo (sem parar o carro);

 Irregularidade do Veículo – Ex: Falta de Combustível.

o Infração do Condutor do Veículo – Art. 257, § 3º, do CTB:

 Enquanto dirigindo o veículo;

 Verbos: Transitar, Conduzir, etc...

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3.2. AUTUAÇÃO OU AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO:

 Requisitos:
o Tipificação: Local / Data / Hora;
o Caracterização do Veículo;
o Dados do Condutor (Sempre que possível).
 IMPORTANTE: Não existe previsão no CTB de infração a excesso de
velocidade média, mas apenas por excesso de velocidade instantânea, pois o
cálculo do excesso de velocidade média (em um determinado trecho), carece
da localização exata em que se desobedeceu ao limite máximo permitido.

 Por esse motivo é que não se pode multar excesso de velocidade, com base
em registros de tacógrafos (registradores de velocidade), geralmente
utilizados em caminhões e ônibus.

 Tipos de Abordagem:

o Flagrante ou Abordagem Direta: O Agente de Trânsito pára o condutor


para identificá-lo – Algumas infrações de trânsito exigem abordagem direta.

o A Revelia: O condutor não pára, e o Agente de Trânsito autua o veículo


(na pessoa do proprietário) sem identificar o condutor.

3.3. NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO OU DO AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO:

 A recusa da assinatura do condutor no auto de infração e a ressalva feita pelo


agente de trânsito informando que o condutor se negou a assiná-lo, não vale
como notificação do auto de infração.

 Art. 281, § único, do CTB: 30 dias para expedir (encaminhar) a Notificação


da Infração.

 Art. 316, do CTB: 30 dias para notificar (receber a notificação).

 Resolução nº 149/03, do CONTRAN – www.denatran.gov.br

30 dias 15 dias

Auto de Notificação Identificação


Infração da Autuação do Condutor

(Se a infração for


Abordagem Direta (Notificação imediata) de condutor)

Ou a Revelia (Notificação enviada pelo correio)

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3.4. IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR:

 Abordagem Direta ou Flagrante: Condutor é identificado no momento do


cometimento da infração – Notificação imediata do Condutor, recebimento do
Auto de Infração no momento do cometimento da infração;
 Identificação pelo Proprietário: Condutor é identificado pelo proprietário,
dentro do prazo legal, através de formulário próprio, na Notificação do Auto de
Infração, que deverá ser encaminhada pelo correio.

 Condutor Presumido: Se o proprietário não identificar o Condutor dentro do


prazo legal, ou seja, diante da inércia do proprietário do veículo (dentro do
prazo legal), presumir-se-á que o proprietário era o condutor no momento do
cometimento da infração – Art. 257, § 7º, parte final, do CTB.

 Agente Municipal pode fazer abordagem direta, haja vista que a prerrogativa
de se fazer abordagem direta é do Órgão Executivo Estadual?
Sim, pode. Não há qualquer impedimento, vez que há delegação mútua de
competência entre os órgãos executivos estadual e municipal.

 Requisitos para Identificação do Condutor:

o Preenchimento do formulário;

o Cópia da CNH do Condutor + RG (caso a CNH não tenha foto nem


assinatura);

o Assinaturas do Proprietário e do Condutor – Esta última pode ser


substituída por Contrato ou por Autorização Expressa do Condutor, como,
por exemplo, em contratos de locação de veículos.

 Art. 257, § 8º, do CTB: No caso de Pessoa Jurídica, se não houver a


identificação do condutor, a multa se multiplica, por veículo.

o 1ª Infração: R$ 120,00 + (R$ 120,00 x n) = R$ 240,00.

n = número de infrações iguais por veículo.


n = 1, se não houver outra infração igual, a 1ª infração é igual a si mesma.

o 2ª Infração: R$ 120,00 + (R$ 120,00 x 2) = R$ 360,00.

o 3ª Infração: R$ 120,00 + (R$ 120,00 x 3) = R$ 480,00.

o 4ª Infração: R$ 120,00 + (R$ 120,00 x 4) = R$ 600,00.

 Se o proprietário do veículo não possuir carteira de habilitação, como, por


exemplo, um cego (deficiente visual) – Não haverá incidência de pontos em
sua habilitação, embora a multa seja devida.

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 Se veículo for financiado? Haverá uma Restrição para Alienação, embora o
nome do “futuro” proprietário figure no documento do veículo.

 Se for Leasing? O condutor é o arrendatário e o proprietário do veículo é a


instituição financeira – Neste caso, há uma equiparação do arrendatário como
se fosse proprietário e a instituição financeira é dispensada no auto de
infração.
 Situação semelhante à do Leasing ocorre com as locadoras de veículos.

3.5. DEFESA PRÉVIA OU DEFESA DA AUTUAÇÃO:

 Resolução nº 149/03, do CONTRAN:

 Defesa Prévia: Defesa elaborada antes da aplicação da penalidade, ou seja,


após o recebimento da Notificação da Autuação (enviada pelo correio) – Esta
denominação nunca foi revogada.

 Agente de Trânsito (Policial ou Agente) – Fiscaliza o Trânsito e Emite / Lavra


a Autuação.

 Autoridade de Trânsito – Emite a Multa (Penalidade Pecuniária – Art. 281,


do CTB).

 Art. 314, do CTB:

 OBS: A determinação do Agente de Trânsito deve prevalecer sobre o


equipamento eletrônico. Exemplo: Se um agente mandar o condutor
atravessar no sinal vermelho e um equipamento eletrônico fotografar, a
infração é nula.

Abordagem Direta Notificação Imediata

Autuação Art. 280 Defesa da Autuação


Prazo de pelo
A Revelia 30 dd Notificação da menos 15 dd
Art. 281, § ún. II Autuação via Correio (com data)

Identificação
do Condutor

15 dd
Pessoa Física Pessoa Jurídica
Art. 257, § 7º Art. 257, § 8º

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 Características da Defesa Prévia ou da Defesa da Autuação – Ampla
Defesa:

a) Defesa Técnica:

b) Defesa dos Fatos / do Mérito: Na Defesa Prévia, também deve ser


analisado o mérito, para isso, deve-se juntar documentos que comprovem
os fatos alegados.

 Consistência do Auto de Infração: Diz respeito ao preenchimento correto


do Auto de Infração – Formalidade no preenchimento.

 Resolução nº 580/80, do CONTRAN – Revogada desde a vigência do CTB,


em 1998, entretanto foi expressamente revogada pela Resolução nº 148/03,
do CONTRAN.

Defesa de Autuação Caráter Facultativo Aplicação


da Multa
Julgada / Analisada (Inércia da Continuidade
Pela Autoridade de do Processo) Art. 282
Trânsito

3.6. RECURSO À JARI:

Recurso À JARI
Notificação
da Imposição Data
da Penalidade
Ou Paga a Multa
282, § 4º: 30 dd (com data) c/ 20% de desconto
para apresentação
do Recurso à JARI

Art. 282, § 4º, do CTB: Data limite para apresentar o recurso não deve ser inferior a
30 dias.

Art. 284, do CTB: Desconto de 20% para pagamento da Multa sem a apresentação
do Recurso.

Art. 286, do CTB: Apresentação do recurso sem necessidade de pagamento.

Art. 283, do CTB: Vetado.

Art. 285, do CTB: Remete ao Art. 283, do CTB.

Art. 16, do CTB: JARI, em tese, tem 30 dias para julgar o Recurso.

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 Opções do Proprietário ao Receber a Notificação da Autuação:

o Pagar a Multa com desconto, sem Recorrer;


o Pagar facultativamente a Multa com desconto e Recorrer, pleiteando a
devolução do pagamento;
o Recorrer sem pagar.

 Detalhes Relevantes:

o Endereço Atualizado: Obrigação do proprietário.

 Art. 123, II, do CTB – Mudança de cidade;


 Art. 123, § 2º, do CTB – Mudança de endereço na mesma cidade;
 Arts. 134 e 233, do CTB – Mudança de propriedade.

o Desatualização de Endereço – Notificação será considerada válida para


todos os efeitos.

o Vendedor deve guardar uma cópia autenticada do Recibo de Transferência


preenchido pelo comprador.

o Contratos de financiamento em andamento, entre uma instituição financeira


e o comprador do veículo, não admitem “contratos de gaveta” entre o
tomador do financiamento e o novo comprador do veículo financiado. Isto
é, um novo proprietário não pode assumir um financiamento em
andamento. Deve-se comunicar expressamente o banco, a fim de se
analisar o cadastro do novo comprador e transferir o financiamento para
seu nome.

o IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor – incluiria


Automóveis, Motocicletas, Aeronaves e Embarcações.

 Veículo é tudo aquilo que movimenta algo. Exemplo: Ar é um veículo do


som.

 No Paraná, já se têm decisões que confirmam a não incidência de IPVA


sobre aeronaves.

Defesa Prévia
Ou Autoridade Notificação `
Defesa da de da Recurso JARI
Autuação Trânsito Penalidade

Pagamento Pagamento Facultativo


Facultativo c/ 20% desconto
c/ 20% Desc. +

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Recurso à JARI não
inferior a 30 dd da
notificação da
penalidade
(Prazo Preclusivo)
Recurso Intempestivo
Perda do Direito de Recorrer
 A JARI pode:

o Deferir o recurso – acatando as razões de defesa e suspendendo a


aplicação da penalidade;

o Indeferir o recurso – mantendo a aplicação da penalidade, e caso ela não


tenha sido paga, perde-se o desconto de 20% oferecido anteriormente.

 Sucesso na Decisão da JARI não significa 100% de certeza pela não


aplicação da Multa, pois a Autoridade de Trânsito pode recorrer.

 Art. 288, do CTB: 30 dd da decisão da JARI cabe recurso.

 Art. 288, § 1º, do CTB: Recurso interposto pelo:

o Responsável pela infração, caso indeferido o recurso à JARI;

o Autoridade de Trânsito (Diretor do DIRETRAN / DETRAN), no caso de


deferimento da decisão da JARI – Embora não seja um Recurso
Necessário.

 Art. 288, § 2º, do CTB: Recurso ao CETRAN exige o pagamento da multa.

 IMPORTANTE: Medida Provisória nº 75 – Suspendeu a aplicação do Art.


288, § 2º, do CTB, no período entre 25/10/2002 e 23/12/2002.

 Ou seja, hoje, exige-se depósito do valor equivalente ao valor da multa para


se recorrer ao CETRAN.

3.7. RECURSO AO CETRAN OU AO CONTRAN / COLEGIADO: Art. 289, do CTB

Se Órgão Estadual Pontos


ou Municipal Suspensão
Recurso Recolhimento
Deferido CETRAN
288 § 1º
JARI Art. 289 Penalidade CONTRAN
Gravíssima
Recurso União
Indeferido Federal Demais COLEGIADO

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288 § 2º Se Penalidades
PRF / DNIT (Graves, etc...)

 Natureza de Recurso ou Revisão? No caso de uma JARI o órgão


COLEGIADO, que apreciará o recurso em última instância administrativa, é
ela própria.

 Se houver mais de uma JARI – O órgão COLEGIADO será composto pelo


Coordenador das JARI’s, pelo Presidente da JARI que julgou o mesmo
recurso anteriormente, e mais um membro.

 Perda da Carteira de habilitação:

o Suspensão da Habilitação ao atingir 20 pontos em 12 meses;

o Só pela Autoridade de Trânsito.

 Art. 22, II, do CTB: Órgão Estadual de Trânsito (DETRAN) – O mesmo órgão
que deu a Carteira é a autoridade competente para Suspensão e Cassação.

 Art. 265, do CTB: Suspensão da carteira dar-se-á após a Notificação do


DETRAN, e prevê Recurso à JARI, e posteriormente, Recurso ao CETRAN –
Novo Processo Administrativo.

4. PENALIDADES – CAPÍTULO XVI – ART. 256, DO CTB

4.1. ADVERTÊNCIA – ART. 267, DO CTB:

4.2. MULTA – ARTS. 258 E 259, DO CTB:

 Resolução nº 136/2002, do CONTRAN:

Multa Leve 50 UFIR’S 3 Pontos


Multa Média 80 UFIR’S 4 Pontos
Multa Grave 120 UFIR’S 5 Pontos
Multa Gravíssima 180 UFIR’S 7 Pontos

 Multiplicadores para Infrações Gravíssimas:


o x1

o x3

o x5

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4.3. SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR – ART. 261, DO CTB: CARÁTER TEMPORÁRIO

 Há duas maneiras de se perder a Carteira:

o Previsão como penalidade da infração – “Suspensão Direta”;

o Pelo acúmulo dos 20 pontos em 12 meses – “Suspensão por Pontos”.

 Ambas as suspensões do direito de dirigir são de competência do DETRAN –


Segundo o Art. 22, II, do CTB.

 Critério de Pontuação (Contagem dos Pontos):

o 1ª Maneira: Somam-se os pontos acumulados nos últimos 12 meses. Ao


atingir a pontuação prevista para suspensão do direito de dirigir, o condutor
receberá a Notificação do DETRAN, podendo então interpor recurso à JARI
e ao CETRAN – Com efeito suspensivo. Este é o método adotado pelo
DETRAN – PR.

Pontos vencidos são aqueles referentes a multas cujos recursos


demoraram mais do que 12 meses para serem julgados, e seus pontos
acabam não sendo computados na contagem.

o 2ª Maneira: A data dos fatos é lida retroativamente, ou seja, faz-se uma


leitura retroativa das datas das ocorrências. Somam-se as multas (que
totalizam 20 pontos) e analisam-se as datas entre a primeira infração e a
última, e, verifica-se se transcorreu ou não 12 meses.

 Prazos de Suspensão para Multiplicação de Infração Gravíssima –


Resolução nº 54/98, do CONTRAN:
o x1 – 1 a 3 meses;

o x3 – 2 a 7 meses;

o x5 – 4 a 12 meses.

 IMPORTANTE: Não há previsão pelo CONTRAN, de prazos de “Suspensão


do Direito de Dirigir por Pontuação” – O Paraná aplica o mínimo previsto na
Resolução nº 54/98, do CONTRAN, ou seja, de 1 mês.

4.4. APREENSÃO DO VEÍCULO – ART. 262, DO CTB:

 Esta penalidade nunca foi aplicada no Paraná .

 Tem por objetivo retirar o veículo da posse direta do condutor, por


cometimento de infração que prevê tal penalidade. Esta infração pode ser

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cometida por veículos que não apresentem nenhum tipo de irregularidade que
ensejaria no seu Recolhimento.

 É diferente do Recolhimento do Veículo, que vem a ser uma medida


administrativa, em casos de irregularidades.

 ART. 173, DO CTB: Apreensão do veículo, ainda que esteja totalmente


regular.

 ART. 174, DO CTB:


 ART. 175, DO CTB: Raxas.

 Privação do veículo por todos os membros da família.

 Se uma pessoa tiver mais de um carro, não ficaria impedido de praticar outros
raxas;

 E no caso de Locadoras de Veículos?

 Prazos de Apreensão de Veículos para Multiplicação de Infração Gravíssima:


o x1 – 1 a 10 dias;

o x3 – 11 a 20 dias;

o x5 – 21 a 30 dias.

4.5. CASSAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO – ART. 263, DO CTB:

 Período de pelo menos 2 anos, sem possibilidade de reabilitação, neste


período.

 É diferente da Suspensão, que permite reabilitação através de um curso de


reciclagem como condição para voltar a dirigir.

 Na Cassação volta-se à estaca zero, perdem-se todos os exames, e ter-se-á


que fazer tudo novamente.

4.6. CASSAÇÃO DA PERMISSÃO PROVISÓRIA PARA DIRIGIR – ART. 264, DO CTB:

 Vetada! Pois, se houver cometimento de infração grave por parte de um


condutor com Permissão Provisória para Dirigir, o DETRAN não emite a
Carteira Nacional de Habilitação.

 Permissão Provisória para Dirigir é um documento emitido antes da Carteira


Nacional de Habilitação. Pode-se no máximo cometer uma infração média e
outras leves.

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4.7. CURSO DE RECICLAGEM – ART. 268, DO CTB:

 Após atingidos os 20 pontos na Carteira, suspende-se o direito de dirigir, e o


condutor deve reabilitar-se através do Curso de Reciclagem.

5. CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS – ART. 96, DO CTB:

I – Quanto à Tração: Refere-se à forma como o veículo se movimenta, ou seja,


como ele é tracionado.

a) Veículos Automotores: Art. 120, do CTB

 Veículos Automotores são aqueles que se deslocam por seus próprios meios.
São destinados ao transporte de coisas (cargas) ou pessoas.

 Incluem-se nesta categoria os Veículos Elétricos equipados com bateria


própria.

 Podem ser classificados em:

o Combustão Interna: Álcool, Gasolina ou Diesel. Combustível mistura-


se com o oxigênio contido no ar e explode dentro de uma câmara de
combustão (pelo aumento de pressão ou através de faísca elétrica), a
força gerada a partir da explosão faz com que o veículo se movimente.

o Elétricos com Bateria Própria: Bateria Interna. Ex: Carrinhos de Golf.

 IMPORTANTE:

o Atropelamento é a expressão utilizada quando um Veículo Automotor


bate em um pedestre.

o Colisão é quando um Veículo Automotor bate em qualquer outro tipo


ou espécie de veículo.

 Apenas os Veículos Automotores, Elétricos, Articulado, Reboques e Semi-


Reboques exigem registro – Art. 120, do CTB!

 IMPORTANTE: Crimes de trânsito só ocorrem com Veículos com Tração


Automotora (Automotores de Combustão Interna ou Elétricos).

b) Veículos Elétricos: Art. 130, do CTB

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 Captam energia através de cabos elétricos. Exemplo: Ônibus Elétricos (em
São Paulo); Bonde Elétrico (move-se sobre trilhos);

 Possuem Fonte de Energia Externa (fora do veículo).

 IMPORTANTE: Trens (Locomotivas) – Elétricos ou de Combustão Interna


(Diesel) são exemplos de Transporte Ferroviário – Movem-se sobre trilhos,
logo, Não estão previstos no Código de Trânsito Brasileiro, ainda que as
ferrovias convivam com as vias públicas, em certos trechos das cidades.

c) Veículos de Propulsão Humana:

 Exemplo, Bicicleta: Homem sobre a bicicleta (ou seja, pedalando). Se estiver


“desmontado”, isto é, empurrando a bicicleta, o conjunto Homem + Bicicleta,
será equiparado a um pedestre.

 Ex: Carrinheiros (catadores de papel, pipoca, sorvete) – Veículos de


propulsão humana ainda que com os pés no chão.

 Batida entre Veículo Automotor e um Carrinheiro ou um Ciclista (Pedalando)


não é Atropelamento, mas Colisão.

 Bicicleta, por exemplo, (Art. 68), quando está montado tem que respeitar as
regras de trânsito como condutor de veículo. Assim, ciclista não se atropela,
mas sofre colisão (veículo com veículo), salvo se estiver desmontado.

 Ecocargo – Sistema de transporte de cargas, desenvolvido e patenteado por


um por um corretor de seguros paranaense (Fernando Wagner de Abreu
Duarte), em que o operador / condutor permanece “desembargado”, durante
todo o momento, controlando a direção do veículo através de uma barra e
acionando o movimento / freio através de controles elétricos na extremidade
desta mesma barra.

 Vantagens do Ecocargo: Não faz barulho e não polui (pois é elétrico) – Não
agride o meio ambiente (Relação do Direito de Trânsito com o Direito
Ambiental); Considerável capacidade de carga; Não requer esforço humano;
Fácil acesso a lugares estreitos ou em vias de pedestres (calçadões) – desde
que com autorização da Prefeitura Municipal; Pequeno risco de acidentes;
Não exige habilitação para conduzi-lo.

 Ecocargo é um Veículo Automotor Elétrico ou um Veículo de Propulsão


Humana?

Se for considerado um Veículo Automotor Elétrico, deverá ser Registrado e


Licenciado (usar placas e pagar IPVA); Exige aprovação do DETRAN; Deve
estar equipado com os equipamentos obrigatórios; Condutor deve estar
habilitado; Condutor / Operador deve dirigi-lo montado.

Como a presença do condutor “desembarcado” é necessária para a condução


do veículo, então não pode ser considerado um Veículo Automotor Elétrico.
17
Logo, conclui-se que Ecocargo é um Veículo de Propulsão Humana com
ajuda elétrica.

Condições de Operação do Ecocargo: Condutor Desembarcado / Deve


trafegar nas vias públicas, na mesma mão dos carros – O tráfego sobre
calcadas exige autorização expressa da Prefeitura Municipal.

d) Veículos de Tração Animal:

 Exemplo: Carroças (transporte de cargas) e Charretes (transporte de


pessoas).
 Responsabilidade de regulamentação é da Prefeitura Municipal – Veículos
não disciplinados pelo CTB.

e) Reboque e Semi-Reboque:

 Reboques e Semi-Reboques são veículos tracionados por outro Veículo


Automotor que possui obrigatoriamente um engate traseiro.

 Reboque: Apóia-se totalmente em seus próprios eixos – Não cai no chão


quando desengatado. Ex: Trailer;

 Semi-Reboque: Apóia-se no engate do Veículo Automotor que o traciona.


Quando solto, cai no chão. Ex: Carreta tracionada por Cavalo Mecânico
(Caminhão).

 Tem que ser registrado (Art. 120), licenciamento (Art. 130), só não paga
IPVA porque este é inerente ao veículo automotor.

 IMPORTANTE: Side-car não é semi-reboque. É uma outra espécie de


Veículo não prevista no CTB (Veículo Especial). Embora, o entendimento do
CONTRAN é de que seja um Reboque ou Semi-Reboque. O professor
Marcelo Araújo entende que é um único veículo, e não um Automotor +
Reboque / Semi-Reboque.

 IMPORTANTE: Veículos que se locomovem pela ação de uma força externa


(exterior), como, por exemplo, Força Eólica (Ação do Vento) – São
considerados Veículos Especiais – não se incluem em nenhuma das
hipóteses de Classificação de Veículos de Tração.

II – Quanto à Espécie:

 Exemplo: Camioneta – Ranger (com caçamba) ou Blazer (sem caçamba)?


Camioneta não tem caçamba, isto é, existe uma comunicação direta entre o
compartimento de cargas e o habitáculo de passageiros.

a) Veículos de Passageiros: Destinados ao transporte de passageiros e suas


cargas. Capacidade definida pelo número de passageiros.
18
 Ex: Bicicleta, Ciclomotor, Motocicleta, Triciclo, Quadriciclo, Automóvel, Micro-
ônibus, Charrete, etc... – Independe da modalidade de tração.

 IMPORTANTE: Características do ciclomotor:

o Duas ou três rodas;

o Tamanho (Volume) da Câmara de Combustão do Motor não pode


ultrapassar de 50 cilindradas (cc = centímetros cúbicos) = 3,05 cubic
inches (polegadas cúbicas);

o Velocidade Máxima de 50Km/h.

o ATENÇÃO: No Código de Trânsito antigo tinha que ter pedal para ser
considerado ciclomotor (ex: Garelli). No novo não precisa. Portanto, a
Scootter passou a ser considerada ciclomotor, desde que atendidas as
limitações acima.

o Não é o aspecto externo que caracteriza um ciclomotor, mas sim


as suas características (especificações) técnicas.

 Cálculo do Volume da Câmara de Combustão (V) :

o R = Raio do Pistão (Cilindro) e A = Área do Pistão (Cilindro);

o h = Curso do Pistão;

o A = π . R2 (cm2) logo V = π . R2 . h (cm3 ou cc)

Figura: Câmara de Combustão

 Muitos Fabricantes adotam a cilindrada do motor para indicar o modelo de


seus veículos.

19
Exemplos:

BMW 325 – Série 3 (compacta) com 2,5 litros ou 2.500 cm 3 = 2.500 cc

Mercedes Benz 280 = 2,8 litros ou 2.800 cm3 ou cc

Mercedes Benz 500 = 5,0 litros ou 5.000 cm3 ou cc

VIVIO = VI + VI + O = 660 cm3 ou 660 cc

Opala 250 (ou Opala 4.1) = 250 polegadas cúbicas = 4100 cm 3 (ou cc)

 IMPORTANTE: Não existe ciclomotor elétrico, pois o conceito de ciclomotor é


de veículo de combustão interna (cilindradas). Motores Elétricos não possuem
cilindradas, pois não possuem câmaras de combustão.

 Se ultrapassar qualquer um dos requisitos (velocidade ou cilindrada), deixará


de ser ciclomotor e passará a ser motoneta (condutor sentado = moto com
side-car) ou motocicleta (condutor fica montado). Isso que diferencia a
motoneta da motocicleta.

 IMPORTANTE: Motoneta é diferente de Motocicleta.

 Motoneta: 2 ou mais rodas. Condutor Sentado. Inclui Side-Car;

 Motocicleta: No máximo 2 rodas. Condutor Montado.

 Scootter: Pode ser tanto uma motoneta, quanto um ciclomotor, vai depender
de suas especificações técnicas.

 Quadriciclo: Condutor Montado ou Sentado, tanto faz.

 IMPORTANTE: Transporte Individual é diferente de Transporte Coletivo.

 Automóvel: Transporte Individual. Veículo de passageiros que comporta até


nove pessoas. Ex. Limosine. Obrigatoriamente o compartimento de cargas
deve estar separado do habitáculo dos passageiros. Ou seja, tem um espaço
definido para passageiros, independente do espaço para cargas.

 Micro-Ônibus: Transporte Coletivo. Veículo de passageiros que transporta


de 10 a 20 pessoas.

 Ônibus: Transporte Coletivo. Veículo que transporte mais de vinte


passageiros.

 IMPORTANTE: Não tem Ônibus e Micro-Ônibus como veículos de carga,


suas limitações estão no número de passageiros, e não no peso a ser
transportado.

20
 VAN: Mono-volume. Pode ser Automóvel, Camioneta ou Micro-Ônibus, vai
depender da Capacidade de Passageiros.

 Moto-táxi, Veículos de Aluguel (Táxis) e Ônibus Escolares: Transportes


coletivos de passageiros, que exigem autorização expressa do Poder Público
– Prefeitura Municipal (URBS – Em Curitiba). Art. 107 e 135, do CTB.

 Concessão Expressa do Poder Público para Veículos (de Aluguel) destinados


ao Transporte (Individual ou Coletivo) de Pessoas. Ex: Motocicleta (Moto-
Táxi) / Charrete / Ônibus Escolares / Táxis.

b) Veículos de Cargas: Destinados ao transporte de 2 passageiros + Condutor


+ Cargas, ou seja, pode transportar até dois passageiros exclusive o condutor
(isto é, até três pessoas + cargas). Capacidade definida pelo Peso Máximo de
Carga = Peso Bruto Total (PBT);

 Possuem um compartimento de cargas que não se comunica com o


habitáculo do condutor e passageiros.

 Se transportar mais que três pessoas (incluído o condutor, ou seja, o


motorista + 2 passageiros), será considerado Veículo Misto = Carga +
Passageiros.

 Há motocicletas de passageiro e motocicletas de carga. No moto-frete, na


prática, se pega uma moto de passageiros e se coloca um "baú" no lugar do
passageiro.

Honda 125 Cargo – Motocicleta equipada de fábrica, com uma grelha para
transporte de cargas – Veículo de Carga, originalmente produzido pelo
fabricante.

 Art. 244, do CTB: Dispõe sobre infrações na condução de motocicletas.

 As Câmaras Municipais de Curitiba e de São Paulo querem regulamentar isto.


Na legislação não está claramente definido quando a moto é de passageiros
ou de carga, seja pelo peso, pela estrutura, etc. Ex: moto que transporta
pizza, gás, etc. => mudou a estrutura da motocicleta.

 Nos Veículos de Carga a Capacidade é definida pelo Peso Bruto Total, que é
a soma do Peso Próprio do Veículo (Tara) com o Peso Máximo de Carga
(Lotação = O que o veículo consegue transportar).

PBT = Tara + Lotação

PBT = T + L

 Ex: Caminhonete (com caçamba), Caminhão, Carroça, Motoneta, Motocicleta


de Carga (Moto-Boy), Triciclo.

21
F 1000 – Tara = 2000Kg e Lotação = 1000Kg, logo PBT = 3 toneladas

Saveiro – Tara = 1200Kg e Lotação = 600Kg, logo PBT = 1,8 toneladas

 IMPORTANTE: Não há proibição de se transportar carga no habitáculo


destinado a passageiros, mas é proibido transportar passageiros no
compartimento de carga – Art. 230, II, do CTB.

 DENATRAN ainda não definiu o volume e as dimensões máximas (limites)


para o compartimento de cargas em veículos automotores.

 Caminhonete: Peso Bruto Total (máximo permitido) até 3,5 toneladas.


Exemplo: Saveiro, F 1000;

 Caminhão: Peso Bruto Total maior que 3,5 toneladas;

c) Veículos Mistos: Destinados ao transporte de cargas + passageiros;

 Transportam passageiros e cargas. Podem ser:

o Camionetas: Num mesmo compartimento (Ex: blazer); ou


o Caminhonetes Cabine Dupla: Habitáculo de passageiros distinto do
Compartimento de Cargas (Caçamba). A soma do peso do veículo com
o que ele pode transportar não pode ultrapassar 3,5 ton.

 IMPORTANTE: Nas Camionetas, o compartimento de cargas (bagagens) se


comunica com o habitáculo do condutor e passageiros. Isto é, Passageiros e
Carga são transportados no mesmo habitáculo – Há um contato direto entre
os passageiros e as cargas (bagagens).

 Ex: Camioneta = Utilitário (Blazer, Cherokee, Pajero, Explorer) = SUV (Sport


Utility Vehicle). Podem transportar até nove passageiros. A Classificação
correta é Veículo Misto / Utilitário.

 Veículos Utilitários (Mistos) incluem tanto os Fora de Estrada, quanto os SUV


(Camionetas) – Recebem a denominação de Veículos Utilitários pela
versatilidade de uso.

 IMPORTANTE: Veículos Cabine Dupla são na verdade Mistos / Utilitários.

 Exemplo: F 250 Cabine Dupla – PBT = 3.900 Kg, ou seja, superior a 3,5
toneladas (Característica de Caminhão = Veículo de Carga) e permite
transportar mais do que três pessoas (Característica de Veículo de
Passageiros).

F 250 Cabine Dupla, está classificada como Caminhão – Veículo de


Transporte de Cargas (PBT > 3,5 ton), mas, na verdade, é um Veículo Misto –
Erro Brutal, apenas porque o IPVA da categoria Caminhão é muito menor.

22
F 350 tem o mesmo problema, Veículo Misto / Utilitário – Mas, na verdade
está registrada como Caminhão.

Ranger – Veículo Misto ? Na verdade é uma Caminhonete (Veículo de


Carga), mas por conta dos bancos extras na versão cabine alongada, vem
registrado como Misto.

 Ex: Caminhonete cabine dupla, tipo Ranger: cinco ou seis pessoas. Não é
veículo de carga porque transporta mais de três pessoas. Não é camioneta
porque pessoas e cargas estão separadas. A classificação mais correta seria
veículo misto utilitário.
 Classificação Imprópria adotada pelo DENATRAN – Veículo Misto /
Caminhonete para a S-10 e Ranger – Veículos que têm habitáculo para
passageiros sem comunicação com o compartimento de cargas, mas que por
conta do maior número de passageiros que pode transportar, não podem ser
considerados Veículos de Carga. Logo são Veículos Mistos / Utilitários.

 Ex: Camburão de Polícia – O preso é transportado no compartimento de


carga, como um animal (Carga viva) – Situação passível de multa.

 Transporte de animal - A lei diz onde você não pode transportar o animal
(entre braços e pernas do motorista, e no lado esquerdo do motorista).
Embora seja recomendado transportar o animal em uma caixa.

d) Veículos de Tração: A Capacidade nos Veículos de Tração é definida pela


Capacidade Máxima de Tração (CMT) – Indiferente para Classificação (se
tração animal ou tração por veículo automotor). Exemplos:

o Charrete – Veículo de Tração Animal para Passageiros;

o Carroça – Veículo de Tração Animal para Transporte de Cargas;

o Caminhão-Trator: Finalidade – Tracionar outro veículo

e) Veículos Especiais: Veículos Inacabados – Resolução nº 4/1998 do


CONTRAN: Deslocamento permitido do fabricante do veículo até o
encarroçador (empresa que adaptará uma carroceria sobre o chassis do
veículo) – Ex: Ônibus.

 Motor-home: Não é nem um veículo de carga, nem de passageiros, mas um


veículo derivado (fabricado a partir de um deles). Resolução nº 538/1978.

 Motor-home é Diferente de Trailler – Trailler é reboque ou semi-reboque,


destinado a fins comerciais ou residenciais.

 Qual a categoria de habilitação? Art. 43 do CTB.

23
 Como cobrar o pedágio de um motor-home? Como se fosse caminhão ou
ônibus? Para o professor, por não haver um preço específico para Veículos
Especiais, dever-se-ia cobrar o preço mais barato, beneficiando o usuário.

 Ex: equipamentos montados em cima de caminhão => caminhão de bombeiro


(é classificado como veículo especial).

f) Veículos de Coleção:

 Veículo com mais de 30 anos da data de fabricação, que conserva suas


características originais.

 Exige atestado de originalidade expedido por órgão competente (Ex:


Automóvel Clube).
 Deve utilizar placas pretas com caracteres em cinza.

 Requisitos – Devem conservar as características originais e pertencer a uma


coleção.

g) Veículos de Competição:

 Ex: Stock-car: Não precisa de registro porque não transita na via pública.

III – Quanto à Categoria dos Veículos: Resolução nº 45/1998 do CONTRAN.

a) Veículos Particulares: Placa com fundo cinza claro e caracteres em pretos.


Incluem-se nesta categoria os Veículos de Locadoras.

b) Veículos Oficiais: Placa de cor diferente (fundo branco e caracteres pretos).


Pertencentes à União, Estados / DF e Municípios.

 Não basta ter a placa branca, necessita ter pintura nas portas que o
identifique como sendo de propriedade de um dos poderes Executivo,
Legislativo ou Judiciário (não é adesivo, tem que ser pintura). O adesivo tem
característica mais temporária (Art. 120, § 1°, do CTB).

c) Veículos de Coleção: Deveria ser enquadrado como categoria e não como


espécie, pois já é um veículo de passageiro ou carga.

 Ninguém está obrigado a alterar os acessórios de veículo de coleção. Ex:


cinto de segurança, espelho retrovisor. Isto para que o carro não perca a
expectativa de se tornar um veículo de coleção pela perda da originalidade.

d) Veículos de Representação Diplomática / Consular: A placa tem três letras


e quatro números, com fundo azul e caracteres brancos. Art. 120, do CTB.

 Este padrão foi estabelecido em 1997 (antes do CTB). Portanto, carros de


representações Diplomáticas ou Consulares, com placas contendo seis

24
caracteres (duas letras e quatro números) são irregulares e, portanto, podem
ser apreendidos.

 O cônsul honorário utiliza placa branca, mas com uma placa ovalada inserida
"CC".

e) Veículos de Aluguel: Placa com fundo vermelho e caracteres em branco.


Art. 107 e 135, do CTB.

 Significa que o transporte realizado é remunerado, cobrado (táxi, carreta).

 Se o caminhão transportar seu próprio produto tem placa branca (ex: Casas
Bahia), pois não cobra o transporte.

 A locadora tem situação peculiar, pois você não aluga o transporte, mas, o
veículo da categoria particular.

 Quando o carro é alugado para fins de “carro oficial”, no seu documento não
constará que é “carro de categoria oficial”, logo deverá pagar pedágio.

 Entretanto, o contrato administrativo que instituir a concessão do pedágio


pode prever que tanto carros oficiais como carros alugados para fins oficiais
estarão isentos de pagar pedágio.

f) Veículos de Escola: Placa com fundo branco e caracteres em vermelho. Art.


136, do CTB.

g) Veículos de Aprendizagem: Placa com fundo branco e caracteres em


vermelho, com faixa amarela pintada. Art. 154, do CTB.

 O veículo eventualmente utilizado para aprendizagem (pelo particular), terá


placa cinza, com adesivo - faixa branca.

h) Veículos de Experiência: Placa com fundo verde e caracteres em branco


(Art. 330, do CTB).

 Tem que ser utilizado por estabelecimentos que fabriquem, reformem,


consertem, etc. Devem utilizar a placa verde sobre a placa verdadeira.

 O responsável por qualquer dano é o executor do serviço. Portanto, tem que


utilizar a placa verde.

 Deve utilizar ostensivamente (na frente e atrás).

 Não é o veículo que é registrado como tal, mas é a situação que determina
ser utilizada a placa.

i) Veículos do Fabricante: Placa com fundo azul (mais escuro que o do


diplomata) com caracteres em branco.

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 Para carros que não estão prontos para Registro ou não têm homologação do
DENATRAN.

 Só pode ser utilizada pelos técnicos da fábrica ou pelos fornecedores dos


produtos.

j) Veículos da Presidência da República: Placa Verde e Amarela dividida no


meio. Art. 125, do CTB.

6. ALTERAÇÕES DE CARACTERÍSTICAS DO VEÍCULO – ART. 198 CTB E


RESOLUÇÃO Nº 25/1998

 Características do Veículo que podem ser alteradas:

o Potência: Alterada pela instalação de um turbocompressor, por


exemplo. Não é proibido, mas a nova potência deve constar (ou ser
alterada) no Registro do Veículo, bem como a inscrição “Veículo
Modificado”.

Nitro (ou Óxido Nitroso – N2O) – Equipamento que também altera a


potência final do motor, mas pode ser ligado ou desligado, e quando
desligado a potência do motor volta ao normal.

o Eixos Suplementares:

o Estrutura:

o Sistemas de Segurança: Exemplo: Rebaixamento da Suspensão –


Nos Veículos de Passageiros e Veículos Mistos esta alteração é
proibida, pois altera a altura do centro de gravidade original de fábrica.

Molas e Amortecedores – Vários modelos e vários fabricantes – Nem


todos são iguais.

Molas Esportivas: Mais eficientes, pois utilizam materiais e tecnologia


superiores, bem como são desenvolvidas para situações e condições
mais exigentes / regorosas.

o Espécie: Veículo de Passageiros transformado em Veículo de Cargas,


por exemplo.

o Som: Arts. 228 e 229, do CTB – Dispositivos não regulamentados.


Referem-se tanto ao som que vai dentro do carro, quanto ao instalado
para fora do veículo.

26
Aplica-se o Art. 42, da Lei de Contravenções Penais – Perturbação
do Sossego.

o Rodas: Desde que não se altere o diâmetro final – Se aumentar o


diâmetro da roda tem que baixar a altura (o perfil) do pneu.

Os pneus não podem sair para fora dos limites do pára-lama.

o Iluminação: Resolução nº 680/1987 – Sistema de Iluminação do


Veículo.

Iluminação Externa – Farol dianteiro com potência máxima = 100W

Ex: Néon. Não tem problema. É permitido.


Utilização de Luz Azul nas lâmpadas dos faróis dianteiros: A cor da luz
é resultado de uma somatória de espectros de cores, isto é, se a
lâmpada tem coloração azul, não significa que a luz por ela emitida
será necessariamente azul.

Fotos de Lagos e Lagoas Azuis – A Luz Azul é a única cor que não
consegue atravessar a água.

Luz de Freio – Vermelha Pisca – Laranja

o Piscas (Luzes de Direcionamento): Alteração no funcionamento dos


piscas deixando-os acesos quando ligada a meia-luz – A Polícia
entende que fere a Resolução nº 680/1987, embora enseje uma
acalorada discussão. A verdade é que existe um certo preconceito da
fiscalização.

o Película: Resolução nº 73/1998, do CONTRAN.

- Pára-Brisa Dianteiro: 75 % de Transmissão Luminosa


- Laterais Dianteiros: 70% de Transmissão Luminosa
- Traseiro e Laterais Traseiros: 50% de Transmissão Luminosa

Transmissão Luminosa ≠ Transparência:

Transmissão Luminosa – Refere-se à Translucidez, ou seja,


quantidade de luz capaz de passar por uma superfície. Medida através
de Luxímetro. Conceito objetivo (pode ser aferido).

Transparência – Conceito Subjetivo (não pode ser aferido) – Vai


depender de cada pessoa. Varia de pessoa para pessoa.

Visibilidade – Equilíbrio de intensidade de luz – Nem em Excesso, nem


em falta.

A instalação de películas exige a chancela do instalador – Única forma


da fiscalização identificar a Medição da Transmissão de Luz.

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o Modelo / Versão: Referem-se ao Acabamento – Alterações em séries
especiais não constam no Registro do Veículo, apenas na Nota Fiscal
– Não pode ter mais do que 17 características.

Marca ≠ Modelo ≠ Versão:

Exemplo: FIAT Palio ELX

Marca = FIAT – É o nome ou marca do fabricante do veículo;

Modelo = Palio – É a família à qual o veículo pertence;

Versão / Acabamento = ELX – Informações sobre características


específicas daquela denominação ou versão.

o Velocidade Máxima: Alteração na velocidade máxima imposta pelo


fabricante é um Agravante do Crime de Trânsito – Art. 298, do CTB.
Veículos novos vêm equipados com um chip que limita a sua
velocidade máxima.

Agravantes do Crime de Trânsito:

- Remoção / alteração deste chip – fazendo com que haja um aumento


da velocidade máxima imposta pelo fabricante;

- Instalação de turbocompressor sem a devida alteração de potência


no Certificado de Registro do Veículo.

Agravantes deveriam recair sobre o condutor, e nestes casos recaem


sobre alterações das características do veículo.

o Combustível: Gás Natural Veicular (GNV) e Gás Metano Veicular


(GMV) – Adaptação permitida em veículos automotores.

ATENÇÃO: O Uso veicular de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP (Gás


de Cozinha) é Proibido, pois se utilizam cilindros com pressão de
trabalho e características diferentes daqueles adotados nos sistemas
veiculares – É conduta tipificada como Crime.

 CSV – Certificado de Segurança Veicular – Necessário para qualquer


alteração na classificação do veículo.

 Ninguém está obrigado a alterar as características originais de Veículos de


Coleção, ainda que estas contrariem as Resoluções do CONTRAN.

 Qual é o conceito de Veículo Novo?

o Aquele em que o odômetro marca 0 Km (Zero Quilômetro)?

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o Aquele que nunca teve proprietário anterior?

o Aquele que nunca saiu do pátio do revendedor?

o Aquele que nunca rodou ou rodou no máximo X Km?

o Aquele que é fabricado e vendido pelo no mesmo ano, ou, no máximo,


no ano seguinte?

o Aquele que não apresenta indicativos de uso do veículo, como, por


exemplo, desgastes?

 A troca da quilometragem marcada no odômetro (ou seja, o zeramento do


ôdometro) com até 1000 Km, não precisa nem informar ao fabricante.

 Evento da Semana:

o Jornal Gazeta do Povo, de 25/10/2004, pg. 12 – traz reportagem sobre


processo que discute Auto de Infração com efeito Suspensivo e
Processo de Suspensão de Carteira de habilitação.

o Jornal Gazeta do Povo, de 24/10/2004 – traz reportagem sobre tarifas


do pedágio aplicáveis a Motor-Homes (veículos de classificação
especial) – Resolução nº 538/1978.

 Não são nem veículos de passageiros, nem de cargas, nem


mistos;

 São veículos transformados, a partir (ou originário) de outro


(geralmente ônibus, ou caminhão);

 Opções para as Concessionárias de Pedágio:

a) Cobrar a tarifa mais barata (como veículo de passageiros) –


Fazendo incidir, assim o Código de Defesa do Consumidor,
pois se trata de um veículo não previsto na tabela de
preços do pedágio;
b) Incluir, na tabela de preços, uma nova tarifa para a
classificação Motor-Home;

c) Cobrar a tarifa considerando o veículo que lhe deu origem:


Ônibus, Caminhão ou Caminhonete.

7. HABILITAÇÃO – ARTS. 140 E SS, DO CTB (CATEGORIAS E REQUISITOS):

 Art. 140, do CTB: Veículos Automotores e Elétricos – Concessão de Carteira


de Habilitação é competência do DETRAN.

29
 Art. 141, do CTB: Ciclomotores – Especificações Técnicas:

o Com duas ou três rodas;

o Motores com até 50 cc;

o Velocidade Máxima até 50 Km/h

Ciclomotores exigem “Autorização para Dirigir Ciclomotores”, diferente (ou


separada) da Carteira Nacional de Habilitação, regulamentada pelo
CONTRAN e prevista no Anexo do Art. 10 da Resolução nº 50/1998 e na
Resolução nº 98/199.

Autorização para Ciclomotores – Concedida, originalmente, a maiores de


14 anos. Entretanto, a Resolução foi modificada, bastando que o condutor do
ciclomotor seja penalmente imputável.

Ainda é necessária, mas o DETRAN não a concede para menores de 18


anos, por conta da exigência da imputabilidade penal do condutor.

IMPORTANTE: Portanto, hoje, para se conduzir um Ciclomotor, há que se ter


mais de 18 anos, e solicitar, junto ao DETRAN, a Autorização para
Ciclomotores ou ter Habilitação de Categoria A (para motocicletas) – pois
quem pode o mais, pode o menos.

Na prática, a ausência de “Autorização para Dirigir Ciclomotores” é


considerada falta de habilitação – O que é um equívoco – Está Errado!

Crianças (menos de 12 anos) e Adolescentes (entre 12 e 18 anos)


conduzindo ciclomotor – Em tese, é um ato infracional! E, enseja aplicação de
Medida de Proteção Sócio-Educativa – Prevenção da Prática de Atos
Infracionais. CTB x ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Este
entendimento não está sendo adotado no Paraná.

 Art. 143, do CTB: Categorias de Carteira Nacional de Habilitação.

o Categoria A: Motos
o Categoria B: Carros e Caminhonetes (Passag., Carga, Mistos)
o Categoria C: Caminhão (Carga)
o Categoria D: Ônibus (Transporte Individual ou Coletivo)
o Categoria E: Carreta (Combinação de Veículos) e Trailers
(motorista + 8 passageiros ou mais).

Categoria Descrição
Veículos de 2 ou 3 rodas; Exame do DETRAN deve ser realizado com
motocicleta cujo motor tenha mais do que 125 cc (ou seja, 150 cc –
A
alteração promovida pelo CONTRAN para evitar exames com a moto
HONDA CG 125.
B Veículos não enquadrados na categoria A, cujo Peso Bruto Total (PBT)

30
não exceda 3,5 toneladas e sua capacidade (Lotação) seja o motorista e
no máximo 8 passageiros. Podendo dirigir Veículos tracionando reboques
/ semi-reboques desde que o PBT do conjunto todo seja inferior a 6
toneladas. Exame do DETRAN pode ser realizado com qualquer
automóvel.
Veículos cujo Peso Bruto Total (PBT) seja superior a 3,5 toneladas
C (Veículos de Carga). Exame do DETRAN deve ser realizado com veículo
cujo PBT seja igual ou superior a 6 toneladas.
Veículos de Passageiros com capacidade (Lotação) superior a 8
passageiros mais o motorista. Exame do DETRAN deve ser realizado
D
com veículo cuja lotação seja de pelo menos 20 passageiros mais o
motorista.
Combinação de Veículos – Unidade Tratora (aquela que vai puxar os
demais veículos) mais um ou dois reboques, semi-reboques, carretas,
E devendo a unidade tratora enquadrar-se nas Categorias B, C ou D e o(s)
veículo(s) tracionado(s) tiverem PBT igual ou superior a 6 toneladas, ou
com capacidade (Lotação) superior a 8 passageiros mais o motorista.

 Peso Bruto Total = Tara + Lotação PBT = T + L

o Tara – Peso do Veículo

o Lotação – Quanto se consegue transportar

 Exemplos:

o F 250 e Silverado – PBT > 3,5 ton Categoria C

o Besta Carga (Furgão) Categoria B

o Besta Passageiros (12 Lugares) Categoria D


Possui mais vidros do que a versão para carga

o HONDA BIS – Motoneta (> 50cc) Categoria A

o Ciclomotor < 50 cc “Autorização para Dirigir”

 Para efeitos de Exame do DETRAN, o câmbio automático é considerado


adaptação, e se apontada a deficiência (para pessoas com necessidades
especiais), incidem benefícios na compra de veículos adaptados.

 ATENÇÃO: Ônibus Bi-articulados – O Professor Marcelo Araújo e a Prefeitura


Municipal de Salvador, entendem que se deve exigir apenas Habilitação na
Categoria D, por considerarem o conjunto como sendo um único veículo (um
ônibus muito grande), e não uma combinação de veículos, pois se tratam de
articulações irremovíveis.

31
 Entretanto, tanto a Prefeitura Municipal de Curitiba quanto o resto dos
Municípios do Brasil entendem que é necessária a Habilitação na Categoria
E, por considerarem o conjunto como sendo uma Unidade Tratora mais dois
Reboques.

 O Art. 143, do CTB prevê expressamente que a combinação de 01 Unidade


Tratora + 02 Reboques / Semi-Reboques exige Habilitação Categoria E,
independentemente do PBT ou da Capacidade (Lotação) da unidade tratora,
ou de cada reboque ou semi-reboque.

Categoria B se o PBT de ambos veículos somados for inferior a 6 toneladas

3º Eixo Suspenso
32
 Se o número de eixos dos caminhões é preponderante para determinação da
tarifa do pedágio, então em veículos com mecanismo (dispositivo) de
suspensão de um dos eixos (geralmente chamado de 3º Eixo), se este estiver
elevado (suspenso) no momento em que cruzar a barreira do pedágio, o
mesmo não deve ser considerado, logo, a tarifa deverá ser menor.

 Evento da Semana:

o Jornal Gazeta do Povo, de 10/11/2004 – traz matéria sobre indicação


de vagas destinadas a estacionamento em vias públicas de veículos
particulares, caminhões e táxis.

o Fixas Brancas são utilizadas para delimitação de vagas de


estacionamento destinadas a veículos particulares, táxis e caminhões
– Disposição Regulamentada desde a década de 80.

o Faixas Amarelas são utilizadas para indicar local de estacionamento


proibido.

o Entretanto, em Curitiba, equivocadamente adotou-se o uso de faixas


amarelas para indicar estacionamento permitido apenas a caminhões e
táxis.

o Hoje, a Prefeitura está adotando faixas brancas para indicar


estacionamento de veículos tanto particulares, como caminhões e
táxis. Acontece que alguns motoristas mais antigos ainda se
confundem, por conta do velho hábito, e acabam sendo autuados. Este
argumento para defesa, não tem sido aceito pelos órgãos julgadores.

7.1. HABILITAÇÃO PARA ESTRANGEIROS – ART. 30, DA RESOLUÇÃO Nº 50/1998:

 Estrangeiro com Visto Definitivo: Deve dirigir-se ao DETRAN, munido da


carteira de habilitação estrangeira original, bem como uma tradução da
habilitação estrangeira, feita por tradutor juramentado (devidamente inscrito
na Junta Comercial do Estado). O DETRAN concede uma “Autorização para
Estrangeiro” e depois de um ano, ele pode obter a CNH.

o Estrangeiro Permanente: Todos podem dirigir com suas


Habilitações estrangeiras desde
o Estrangeiro Temporário: que emitidas por órgãos de países
com os quais o Brasil mantém acordos
o Turista Estrangeiro: e convenções de cooperação ou de
relação de reciprocidade.

33
 Art. 42, da Resolução nº 734/1989 exigia tradução da Carteira de
Habilitação, para os estrangeiros, que dirigissem veículos no Brasil, em
condição de turista, visto temporário e mesmo permanente.

 Art. 50, da Resolução nº 50/1998 retirou esta exigência de tradução.

 Careteira de Habilitação Internacional: É atribuição exclusiva do


DENATRAN, segundo previsão expressa do Art. 19, XX, do CTB.
o Entretanto o Touring Club do Brasil emite Carteiras de Habilitação
Internacional, com base na Carteira Nacional de Habilitação – Embora
não tenha nenhuma atribuição legal para tanto, muitos países a
aceitam, por apresentar a tradução, em diversos idiomas, de todas as
informações contidas na CNH.

 Brasileiro Habilitado no Estrangeiro: Ainda que Domiciliado no Estrangeiro,


o Brasileiro que lá se habilitou, deve obter, no Brasil, “Permissão para Dirigir”,
e somente depois de 01 (um) ano dirigindo com a “Permissão”, poderá obter a
CNH – Desde que penalmente imputável, portanto, deverá ter mais do que 18
anos. Resolução nº 98/1999.

o Com a “Permissão para Dirigir” o condutor deve ficar um ano sem


sofrer nenhuma autuação.

o Mediante Exame de Insanidade Mental, o Brasileiro Habilitado no


Exterior poderá solicitar sua CNH sem ter que passar por uma auto-
escola e sem ter que aguardar 01 (um) ano dirigindo com a
“Permissão”.

o Dificuldades: Paraguai – Facilidade em se obter a Carteira de


Habilitação. Logo, Brasileiros habilitados no Paraguai obtêm a Carteira
Nacional de Habilitação, sem passar pela exigência de dirigir por um
ano com a “Permissão”, ou seja, sem a necessidade de evitar
autuações pelo período de um ano.

o Discussão dos DETRAN’s de alguns Estados sobre aceitação de


habilitações paraguaias (para conduzir veículos automotores):
Alguns Estados da Federação, através de seus DETRAN’s recusam
(não aceitam) estas habilitações.

o É, na verdade, uma questão para o Ministério das Relações Exteriores


resolver, e não para ser decidida pelos DETRAN’s.

 No Brasil, o processo normal de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação


exige a permanência, do condutor, recém aprovado nos exames de
habilitação do DETRAN, pelo período de um ano, conduzindo veículos com a
“Permissão”, período este em que não poderá receber nenhuma autuação –
Assim, se a pessoa fizer o exame de habilitação logo após completar 18
anos, obterá sua CNH apenas com 19 anos.

34
 Por este motivo, o DETRAN / PR não concede Carteira Nacional de
Habilitação, para Brasileiros, com 18 anos, habilitados no Exterior, mas só
depois de completarem 19 anos.

 Assim, Brasileiros com 18 anos e habilitados no Estrangeiro obtém, junto ao


DETRAN / PR, apenas a “Permissão”, e após um ano, conseguem a CNH.

 O Professor Marcelo Araújo entende não ter cabimento esta negativa, pois a
Resolução nº 98/1999 não exige a obtenção da “Permissão” antes da CNH
para Brasileiros habilitados no Estrangeiro.

 Evento da Semana: Reunião dos prefeitos em Foz do Iguaçu – PR, para


discutir a Municipalização do Trânsito, que é obrigatória.

o Nos Municípios que não assumirem esta competência, o DETRAN


assumirá esta responsabilidade.

8. CRIMES DE TRÂNSITO – CAPÍTULO XIX, ARTS. 291 E SS DO CTB:

 CTB traz a Tipificação de Condutas consideradas Crimes de Trânsito.

 Acidente envolvendo Veículo Automotor.

 “Crimes Obstáculos” – Referem-se à tipificação de determinadas condutas


que tentam barrar (evitar) a ocorrência de crimes mais graves.

8.1. LOCAIS DE OCORRÊNCIA DOS CRIMES DE TRÂNSITO:

 Territorialidade do Código de Trânsito Brasileiro – Arts. 1º e 2º, do CTB –


Áreas onde não se aplicam o CTB, não se admitem a ocorrência de Crimes
de Trânsito, incidindo, nestes casos, o Código Penal.

o Exemplo: Área interna de empresas de ônibus / transportadoras /


pátios de colégios.

 Ou seja, Crimes de Trânsito ocorrem em vias públicas, e demais locais de


incidência do CTB.

8.2. VEÍCULO AUTOMOTOR:

 Veículo de Propulsão Humana – Bicicleta:

35
o Cidade próxima à Ilha de Marajó, no Amazonas, possui 10% de suas
vias públicas pavimentadas e 90% delas construídas com tablados de
madeira sobre águas fluviais.

o Apesar de serem “vias públicas” nestes tablados de madeira não se


aplica o CTB, pois segundo o Ordenamento Jurídico, transporte de
Veículos Automotores sobre Águas só pode se dar através de balsas
ou pontes.

 Acidente envolvendo vítima, causado por um ciclista (condutor + bicicleta –


veículo de propulsão humana), é Crime de Trânsito?
Não!

 A tipificação dos crimes de trânsito exige o envolvimento de Veículo


Automotor.

 Art. 291, do CTB – Veículos Automotores (aqueles que se movem por seus
próprios meios).

 Força Eólica: Veículos movidos pela força do vento (através de velas), não
se enquadram nem na classificação de Veículos de Propulsão Humana, nem
de Veículos Automotores – Trata-se de uma classificação especial de
veículos não prevista no CTB.

8.3. MEIO UTILIZADO PARA COMETER O CRIME:

 Veículo Automotor.

 Acidentes envolvendo Veículo Automotor, mas sendo Armas de Fogo, ou


Armas Brancas, o meio utilizado para cometer o crime, não se enquadram na
tipificação de crimes de trânsito – Nestes casos incidem as disposições do
Código Penal.

 Exemplo: Veículo Estacionado que desce desgovernado (sozinho), sem freios


e sem condutor, e causa a morte de um pedestre, por atropelamento – O
Professor Marcelo Araújo entende que não se trata de crime de trânsito –
Incide o Código Penal – O Responsável é aquele que o estacionou em
situação de risco.

 Crimes de trânsito são “Crimes de Mão Própria”, ou seja, exigem


necessariamente um condutor na direção de veículo automotor.

8.4. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL:

 Art. 291, do CTB faz referência à Lei nº 9.099/1995 – Lei dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais (para Crimes de Menor Potencial Ofensivo).

36
 Processo Penal e Código Penal – Prevêem situações Agravantes e
Atenuantes. Não existe um Processo Específico para os crimes de trânsito.

 Art. 291, parágrafo único, do CTB: Prevê a incidência dos Arts. 74


(Composição Cível), 76 (Transação Penal) e 88 (Representação pela Vítima),
da Lei nº 9.099/1995, refere-se aos seguintes crimes de trânsito:

o Art. 303, do CTB: Lesão Culposa – Pena de 6 meses a 2 anos;

o Art. 306, do CTB: Embriaguez – Pena de 6 meses a 3 anos;

o Art. 308, do CTB: Crime de Racha – Pena de 6 meses a 2 anos.

 A Transação Penal (acordo proposto pelo Ministério Público) – Prevista,


expressamente, no Art. 76, da Lei nº 9.099/1995 aplica-se aos três casos
(Lesão Culposa, Embriaguez ao Volante e Racha).

Art. 76: Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública


incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá
propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser
especificada na proposta.
1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a
metade.
2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de
liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação
de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem
como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação
do Juiz.
4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz
aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência,
sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco
anos.
5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82
desta Lei.
6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de
antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá
efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.

 O agente que cometeu o crime (ou o indiciado) pode transacionar apenas


uma vez a cada 5 (cinco) anos.

 A Composição Cível (ajuste entre as partes, com forca de título executivo


judicial) e a Representação da Vítima – Prevista, expressamente, nos Arts.
74 e 88, da Lei nº 9.099/1995 aplicam-se apenas aos casos em que há vítima
(Lesão Culposa e Embriaguez ao Volante).

37
Art. 74: A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo
Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo
civil competente.
Parágrafo único: Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal
pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao
direito de queixa ou representação.

Art. 88: Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de
representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões
culposas.

 Crime de Menor Potencial Ofensivo: é aquele em que a Pena Máxima


prevista em Abstrato é de detenção por período menor ou igual a 1 (um) ano.

 Para se aplicar as previsões da Lei nº 9.099/1995 ao caso concreto, é


necessário que se trate de Crime de Menor Potencial Ofensivo.

 Apesar dos crimes referidos no Art. 291, parágrafo único, do CTB, (Lesão
Culposa, Embriaguez ao Volante e Racha) não se enquadrarem na categoria
de Menor Potencial Ofensivo, pois as Penas Máximas e Abstrato são de
detenção de 2 anos, 3 anos e 2 anos, respectivamente, o Código de Trânsito
Brasileiro expressamente previu a aplicação de certos dispositivos da Lei nº
9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais), a saber, a
incidência de Substitutivos Penais ou Penas Alternativas.

 Tanto a Transação Penal, como a Composição Cível, e a Representação pela


Vítima, ainda que instaurado Inquérito Policial ou mesmo Termo
Circunstanciado de Infração Penal e, embora resultem de Ação Penal, não
ensejam em condenação, e, portanto, não implica em Registro na Ficha de
Antecedentes Criminais.

 Até 2001, por não serem considerados Crimes de Menor Potencial Ofensivo,
eram casos de abertura de Inquérito Policial (Competência da Justiça
Criminal Comum) e não de Termo Circunstanciado de Infração Penal
(Competência dos Juizados Especiais Criminais).

 A Lei nº 10.259/2001 – Lei dos Juizados Especiais Federais Cíveis e


Criminais considera Crimes de Menor Potencial Ofensivo aqueles em que a
Pena Máxima prevista em abstrato para menores ou iguais a 2 anos de
detenção.

 Com o advento desta Lei, o Crime de Lesão Corporal Culposa e o Crime de


Racha passaram a ser Crimes de Menor Potencial Ofensivo, sendo caso de
abertura de Termo Circunstanciado de Infração Penal, entretanto o Crime de
Embriaguez ao Volante, apesar de serem aplicáveis a Transação Penal, a
Composição Cível e a Representação pela Vítima, não se trata de Crime de
Menor Potencial Ofensivo, logo, é caso de instauração de Inquérito Policial.

38
 Em Curitiba, a Autoridade Policial ainda faz Termo Circunstanciado de
Infração Penal para Crimes de Embriaguez ao Volante – Está errado, pois
não se trata de um Crime de Menor Potencial Ofensivo.

 Em Curitiba há três Varas de Delitos de Trânsito e elas são competentes


para apreciar apenas 4 espécies de crimes de trânsito: Homicídio Culposo /
Lesão Corporal Culposa / Embriaguez ao Volante / Racha.

 Evento da Semana:

o Resolução nº 157, do CONTRAN – A partir de 01/01/2005 os


extintores de incêndio de pó químico que equipam os veículos
automotores, normalmente recarregáveis (validade de 1 ano) e de
categoria BC – R$ 40,00, deverão ser substituídos por extintores não
recarregáveis (validade 5 anos) de categoria ABC – R$ 60,00.

Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito vai obrigar os motoristas a mudar o


extintor de incêndio do carro. O equipamento usado hoje no Brasil é da categoria A e B,
capaz de combater incêndio em líquidos inflamáveis e equipamentos eletrônicos. Em
cinco anos, todos os carros terão de mudar para o extintor do tipo A, B e C, que combate
também o fogo em materiais sólidos, caso da borracha.

No Brasil, apenas duas empresas produzem o extintor exigido pelo Contran, mas Geraldo
Rangel, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, afirma que a
tecnologia do novo produto é internacionalmente reconhecida e aberta. Ou seja, segundo
ele, outras empresas já estão se encaminhando para a produção de extintores com esse
pó que também combate incêndios em materiais sólidos. "É uma evolução tecnológica. E
toda evolução tecnológica traz embutida a necessidade de avanço da indústria que se
dedica ao produto".

Os críticos afirmam que o novo modelo de extintor será mais caro, prejudicando o
consumidor, e que é uma exigência desnecessária. No entanto, Rangel discorda e diz que
o novo modelo traz algumas vantagens além da categoria C. "A durabilidade dele, por
exemplo, é de cinco anos. Atualmente, os extintores têm validade de três anos e exigem
recargas anuais após esse período", explica. Hoje, diz ele, o custo médio de um extintor
automotivo é de R$ 33. Cada recarga custa R$ 15. "Em cinco anos, seriam gastos uma
média de R$ 65. Já o modelo atual, que será aplicado, apresenta custo médio de R$ 60".

Jornal do Terra. Terça, 10 de agosto de 2004, 19h02. Acesso em 04/12/04. In:___


http://tv.terra.com.br/jornaldoterra/interna/0,,OI44182-EI1040,00.html

Como é o novo extintor que poderia substituir o atual?

Trata-se do modelo ABC, com pó de monofosfato de amônia (uma substância também


usada como fertilizante). Ele apaga fogo em materiais sólidos, como plásticos, borrachas,
espuma dos bancos, carpete e estofamento (que correspondem à categoria A), em
combustíveis líquidos (categoria B) e não provoca curto-circuito (categoria de
classificação C). É mais caro que o modelo BC (custa perto de 40 reais), mas a Abiex jura
que o preço cairá se esse equipamento virar obrigatório. Tem validade de cinco anos,
contra três anos do tradicional comprado novo (35 reais) e um ano do tradicional
recarregado (15 reais). Segundo a Abiex, o segredo da longevidade não vem do pó, mas
sim da vedação mais caprichada no cilindro. A sugestão do novo extintor feita ao Contran
também prevê o fim da recarga. Se for aprovada, entrará em vigor no meio de 2004.
Junto com a mudança dos extintores, a proposta prevê cursos de treinamento.

• Quem ganharia com a mudança do extintor?

39
“Se é para ter extintor, que pelo menos seja um eficiente”, diz Saltini. O modelo ABC é
mais seguro e, portanto, o público sai ganhando. A Abiex pode estar com a melhor das
intenções ao pedir a mudança da lei mas não custa notar que ela também deve ganhar
algum dinheiro com a mudança. Líderes da associação, as empresas Kidde e Yanes são
as únicas fornecedoras de extintor para os carros novos. As montadoras dizem que
pagam 10 reais por unidade, o que dá um faturamento bruto próximo de 14 milhões de
reais. Com o fim da reciclagem, as empresas ganhariam também o público que hoje
recarrega o extintor. Segundo o Sindincêndio, são cerca de 7 milhões de consumidores. O
sindicato também quer o extintor ABC, mas faz restrições ao fim da reciclagem: “Os
cilindros são feitos para serem recarregados, esse é um direito do público”, diz Irineu
Büller.

• Quem ganharia com o fim do extintor obrigatório?


Para quem acha o extintor uma inutilidade, a abolição seria o fim de uma despesa e de
um aborrecimento na hora de recarregá-lo no posto. Quem gosta poderia continuar com
o equipamento em dia, indiferente à mudança. As montadoras ficariam livres de comprar
os extintores – uma bela economia, se lembrarmos que até lâmpadas de ré têm entrado
na contenção de despesas.

• Em que países o extintor é obrigatório?


Só países chamados de “emergentes” exigem: Argentina, Bulgária, Costa Rica, El
Salvador, Chile, Guatemala... Na maioria dos lugares, o uso do extintor é optativo. É o
caso da China, Índia, Paraguai e Uruguai, além dos prósperos Alemanha, Bélgica,
Canadá, Japão, Espanha, França, Noruega, Itália... Os dados são da AEA.

• A obrigatoriedade em países pobres prova que estamos certos?


Dá para interpretar de várias formas. Uma versão otimista: países pobres tendem a ter
carros mal-conservados, que pegam fogo com maior freqüência. E uma pessimista:
países ricos têm governos menos sensíveis ao lobby de empresas que querem vender
extintor. As duas são mera opinião para conversa de bar, escolha a sua. Ou vamos a dois
fatos que chamam a atenção: o extintor não é obrigatório na Suécia, país com uma das
mais rigorosas e eficientes legislações de segurança no trânsito, nem nos Estados Unidos.
Os 50 estados americanos têm autonomia para criar essa lei, e nenhum deles quis.

• Por que o extintor não é obrigatório nos Estados Unidos?


O órgão americano responsável pela segurança viária (NHTSA) diz que não encontrou
argumentos que justificassem a compra de 200 milhões de extintores. E olha que eles
procuram bastante: todo ano, o departamento nacional de estatísticas de transporte faz
relatórios de quase 600 páginas.

Às vezes é doloroso manter essa posição contra o uso do extintor. Dia 29 de março, a
advogada americana Alice Dee Rainville mandou uma carta pedindo pela obrigatoriedade.
A família dela tinha acabado de morrer em um incêndio de automóvel. O NHTSA
respondeu que lamentava a perda, mas não mudaria uma linha em suas normas.
Segundo eles, o risco de alguém se queimar tentando apagar o fogo não compensaria os
benefícios. Pelas estatísticas americanas, um incêndio acontece em 0,2% das colisões em
geral e sobe para 2,9% dos acidentes fatais – ou seja, o choque foi tão forte que,
provavelmente, os passageiros já teriam falecido antes de o fogo aparecer. “Para resolver
o problema dos incêndios, preferimos tornar mais rígidas nossas normas de resistência à
colisão e contra o vazamento de combustível”, escreveu Jacqueline Glassman, chefe de
conselho do NHTSA.

• Como nós estamos de equipamento preventivo?


Em novembro de 2000, QUATRO RODAS realizou um crash test com Gol, Palio, Corsa e
Fiesta (deles, só o VW não mudou desde então), seguindo a norma americana. Os carros
bateram de frente em uma parede, a 50 km/h, e depois foram virados de cabeça para
baixo. Nenhum deles deixou a gasolina vazar.

“Hoje, praticamente todos os carros brasileiros saem de fábrica com um sistema que
interrompe a passagem de combustível em caso de colisão, chamado válvula inercial, e
dispositivos que cortam a corrente elétrica”, diz Sérgio Ricardo Fabiano, gerente técnico
do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), entidade privada que faz
simulações de acidente para estimar o custo do conserto. “Os modelos novos pegam
fogo, mas a tendência é isso ficar cada vez mais raro.” Por outro lado, as inovações
tecnológicas levam tempo para mudar o panorama do nosso trânsito. Nossa frota tem em
média nove anos, segundo o sindicato nacional de produtores de autopeças (Sindipeças).

40
• Vale a pena apagar o fogo?
O risco de enfrentar as chamas compensa cada vez menos. “Os carros modernos têm
mais peças de plástico e componentes eletrônicos, as primeiras peças a estragar em caso
de incêndio. Antes era possível reparar, mas está cada vez mais difícil”, diz o gerente do
Cesvi Brasil. “O extintor parece o antigo kit de primeiros socorros. Ele era útil, mas pouca
gente podia realmente tirar proveito.”

Revista Quatro Rodas. Acesso em 04/12/04. In:___


http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/0903extintores_001.shtml

o Categorias de Extintores de Incêndio:

 A – Combate fogo em materiais sólidos (ex: Borracha, Carpetes,


e Plásticos);

 B – Combate fogo em Líquidos Inflamáveis;

 C – Combate fogo em Equipamentos Eletrônicos sem causar


Curto-Circuito.

o Validade – Depende de Testes Hidrostáticos e Inspeções Visuais;

o Garantia – Deve ser dada pelo fabricante em caso de defeito;

o Eficiência – Deve cumprir sua função, ou seja, apagar o incêndio.

o Películas: DETRAN’s aplicam multa em veículos equipados com


películas “aparentemente” (pois ainda não há no processo de licitação
em andamento, para aquisição de Luxímetros) fora das especificações
técnicas estabelecidas pelo CONTRAN – Isto tem ocorrido nas cidades
de Rio de Janeiro, Araraquara, Goiânia e Porto Alegre.

8.5. CRIME DE EMBRIAGUEZ X INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA POR EXCESSO DE


ALCOOLEMIA:

 Álcool – Substância Entorpecente.

 Alcoolemia – Refere-se à ingestão de álcool, e pode ser constatada pela


presença de álcool (em gramas ou decigramas) diluídas no sangue, medido
através de exame de sangue, ou presente no ar alveolar, neste caso, medido
através de equipamento denominado Bafômetro.

o 0,6 g de álcool / litro de sangue = 0,3 mg de álcool / litro de ar alveolar


(Lei de Henry: Relação entre o volume de sangue e o volume de ar
alveolar => 1/2000);

 Certas infrações exigem medição – aferição objetiva, para sua verificação,


não sendo permitido, para a maioria das infrações, avaliações subjetivas da
Autoridade Policial ou do Agente de Trânsito.

41
 Ex: Excesso de Velocidade, Excesso de Alcoolemia, Altura mínima / máxima
de pára-choques, existência ou não de equipamentos de segurança
obrigatórios. Isto é, precisam ter resultados objetivos (comprováveis).

 Crime de Embriaguez refere-se a uma situação física. Não exige o “Exame


do Bafômetro”, e não está vinculado à presença de uma quantidade mínima
de álcool no sangue, ou presente no ar alveolar.

 Infração Administrativa por Excesso de Alcoolemia refere-se a uma


situação fática. Exige o “Teste do Bafômetro”, e está vinculado à presença de
uma quantidade mínima de álcool no sangue (superior a 0,6 g de álcool / litro
de sangue ou 0,3 mg de álcool / litro de ar alveolar), ou seja, a infração se
caracteriza se a quantidade de álcool for superior a 0,6 g de por litro de
sangue ou 0,3 mg de álcool / litro de ar alveolar – É uma Infração
Administrativa.

 Crime de Embriaguez: Art. 306, c/c Art. 291, do CTB

o Conduta tipificada (considerada crime) por conta do elevado perigo de


dano;

o Não há previsão legal sobre da quantidade de álcool no sangue capaz


de fazer incidir a tipicidade do Crime de Embriaguez, mas o Art. 291,
parágrafo único, do CTB estabelece que é crime quando houver
Embriaguez (fazendo menção ao estado ou condição física da pessoa,
ou seja, a percepção, pelo agente de trânsito, de que o condutor está
sob os efeitos do álcool);

o Para a polícia de Curitiba, todavia, basta estar visivelmente sob o efeito


do álcool, para que o condutor responda pelo crime de embriaguez.

o Avaliação subjetiva do agente de trânsito, para determinar a relação


de causalidade (nexo causal) entre os efeitos do álcool sobre o
condutor e acidente causado, ou o efetivo perigo de dano (ainda que
não haja acidente).

o Basta, portanto, envolver-se no acidente, e ser responsabilizado, por


estar sob a influência de álcool, ainda, que em quantidade inferior à
prevista para a infração.

o Pena: Detenção de 6 meses a 3 anos.

 Infração Administrativa por Excesso de Alcoolemia: Art. 165, do CTB

o 0,6 g de álcool / litro de sangue = 0,3 mg de álcool / litro de ar alveolar


(Lei de Henry: Relação entre o volume de sangue e o volume de ar
alveolar => 1/2000);

42
o Avaliação Objetiva, através da medição da quantidade de álcool por
litro de sangue do condutor – Bafômetro;

o Entretanto, como os efeitos do álcool variam de pessoa para pessoa,


não há como lavrar a infração apenas pela quantidade de bebida, pois
depende das condições da pessoa, ou seja, dos efeitos do álcool sobre
a percepção do condutor, isto é, dependendo da massa corporal pode-
se beber mais ou menos para atingir a quantidade acima mencionada,
bem como a perda ou diminuição da capacidade perceptiva
(percepção);

o Da mesma forma, os efeitos do álcool sobre o condutor depende da


quantidade de açúcar no organismo, dos alimentos ingeridos e dos
remédios que tenha tomado.

o A pessoa pode estar sob a influência dos efeitos do álcool (ou seja,
embriagada) e ao fazer o Exame do Bafômetro dar um resultado
inferior a 0,6 g de álcool / litro de sangue ou 0,3 mg de álcool / litro de
ar alveolar.

o Pena: Infração Gravíssima. Multiplicador 5 x (ou seja, R$ 957,69) –


Suspensão do Direito de Dirigir por período de 4 a 12 meses.

 Art. 276, do CTB: Quantidade menor ou igual a 0,6 g de álcool / litro de


sangue ou 0,3 mg de álcool / litro de ar alveolar (não pode dirigir), mas não
faz menção à infração, logo, não enseja autuação. Trata-se, na verdade, de
um preceito, sem sanção, havendo infração apenas quando ultrapassar a
quantidade.

 Art. 165, do CTB: Quantidade superior a 0,6 g de álcool / litro de sangue ou


0,3 mg de álcool / litro de ar alveolar - Infração Administrativa por Excesso de
Alcoolemia.

 O condutor não é obrigado a fazer o Exame do Bafômetro, pois ninguém é


obrigado a fazer prova contra si mesmo. Contudo, há quase uma presunção
de culpa, se o sujeito se negar a fazer o exame.

 A tendência do judiciário paranaense é no sentido de que se a pessoa se


recusa, o ônus passa a ser da pessoa para provar que não estava alcoolizada
(sob os efeitos do álcool).

 Recusa em realizar o Exame do Bafômetro – Presunção de Culpa, ou seja, a


presunção constitucional de inocência resta prejudicada.

 Art. 269, IX e 277, do CTB: Medidas Administrativas – Estabelecem formas


de o policial forçar (compelir) o condutor a fazer o Exame do Bafômetro.

o Retenção do veículo, entrega da CNH;

43
o Realização de teste de alcoolemia (o artigo não estabelece o meio
legal).

o Infração Administrativa por Desobediência em fazer o Exame do


Bafômetro – Infração grave (R$ 127,00 + 5 pontos na carteira), o
condutor é encaminhado à delegacia e há inversão do ônus da prova.
o Há previsão legal do policial exigir e o condutor obedecer, assim, há a
possibilidade de se interpretar de que a recusa se constitui em
desobediência (o Art. 195, do CTB prevê a desobediência ao
cumprimento de ordem policial).

 Conseqüências:

o Infração Administrativa por Excesso de Alcoolemia : Multa de R$


957,00 + 7 pontos na Carteira ou Suspensão da CNH por período de 4
a 12 meses.

o Crime de Embriaguez: Detenção de 6 meses a 3 anos.

 A recusa em realizar o Exame do Bafômetro impede a autuação pela Infração


Administrativa prevista no Art. 165, do CTB, ou seja, pelo por Excesso de
Alcoolemia, pois se não se tem a quantidade (medição) de álcool por litro de
sangue, não há como autuar como infração, pois esta exige,
obrigatoriamente, a determinação desta quantidade, pelo Exame de
Bafômetro. Portanto, para Autuação pela Infração por Excesso de Alcoolemia
é obrigatório o resultado do exame como prova.

 Em havendo a recusa na realização do Exame do Bafômetro, no Paraná,


autua-se o condutor, com base no Art. 195, do CTB (desobediência ao
cumprimento de ordem policial): R$ 127,00 + 5 pontos na carteira.

 A recusa em realizar o exame do bafômetro pode ser justificada se alegado


temor em contrair bactérias presentes não no tubinho por onde se assopra,
mas dentro do bafômetro.

 O crime, como independe de quantidade de álcool no sangue, em tese, basta


estar alcoolizado (sob os efeitos do álcool). Podem-se utilizar provas diversas:
testemunha, declaração médica, filmagens, etc.

 Se aceitar fazer o exame e o resultado for superior a 0,6 g de álcool / litro de


sangue ou 0,3 mg de álcool / litro de ar alveolar, o condutor é autuado pela
Infração Administrativa e será instaurado inquérito pelo crime (dependendo da
situação de risco).

 Se o resultado for igual ou inferior a 0,6 g de álcool / litro de sangue ou 0,3 mg


de álcool / litro de ar alveolar, não é infração, incidindo o Art. 276, do CTB –
proibição de dirigir, mas pode sofrer processo criminal, pela situação de risco
(alta velocidade, por exemplo).

44
 Há a possibilidade de fazer a transação penal (Art. 291, parágrafo único, do
CTB) – Art. 76, da Lei nº 9.099/1995.

 Há problemas com a seguradora, normalmente, porque se coloca cláusula


contratual prevendo que a recusa em realizar o Exame do Bafômetro é motivo
para não pagar o seguro (todavia, a cláusula é abusiva e discutível pelo
Código de Defesa do Consumidor).

 Pode haver cláusula no contrato de seguros prevendo o não pagamento do


seguro, caso o condutor esteja sob os efeitos do álcool. No entanto, ainda
que no auto de infração conste que havia indícios de álcool, o condutor pode
transacionar e, ainda assim obrigar a seguradora a pagar, porque a transação
não significa reconhecimento de que estava alcoolizado. Transação não
enseja Condenação.

 A transação é ato de disponibilidade do infrator que não significa


reconhecimento de culpa – Não há condenação.

 A Suspensão Condicional do Processo Art. 89, da Lei nº 9.099/1995 –


Aplicável aos Crimes cuja Pena Mínima Cominada for menor ou inferior a um
ano – Também não leva à Condenação do agente.

Art. 89: Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um
ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia,
poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado
não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes
os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do
Código Penal).
1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo
a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova,
sob as seguintes condições:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de freqüentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e
justificar suas atividades.
2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão,
desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser
processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do
dano.
4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do
prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em
seus ulteriores termos.

 Conclusão: Faz ou Não Faz o Exame? Se o condutor do veículo bebeu o


melhor é não fazer, mas se não bebeu, então, melhor fazer.

45
8.6. INCIDÊNCIA DE AGRAVANTES E ATENUANTES / CAUSAS DE AUMENTO DE PENA:

 As previsões dispostas no Código Penal também se aplicam aos crimes de


trânsito.

 Agravante: É a contribuir para o surgimento de uma situação de grande risco


de grave dano, ou seja, nas palavras do professor Marcelo Araújo, “uma
grande cáca que não aconteceu, mas poderia ter acontecido”.

 Profissão ou Atividade que exigir cuidados especiais para transporte de


passageiros ou de carga – Exemplo: Motoristas de ônibus, moto-taxi,
motoristas particulares, e mesmo a “tia” que, embora não dirija, vai cuidando
das criancinhas transportadas pelo ônibus da escola – Devem sempre manter
a atenção e cuidados especiais em veículos automotores, ainda que fora de
suas atividades profissionais, sob pena de incidência de Agravante, caso haja
algum acidente.

 Art. 230, do CTB: Alteração das características do veículo –


Responsabilidade do proprietário, mas o Agravante incidirá sobre o condutor
(pois a pena pelo cometimento do crime, não pode passar da pessoa do
agente).

 Faixa de Pedestres: Crimes praticados sobre as faixas de pedestre, fazem


incidir: Causa de Aumento de Pena – Só para crimes envolvendo Homicídio
e Lesão Corporal; Agravante – Para os demais crimes.

 Conclusão: A equipe que escreveu a parte criminal do Código de Trânsito


Brasileiro não foi a mesma que escreveu as disposições administrativas, pois
agravantes podem incidir, sem que haja nexo de causalidade com o caso
concreto.

9. CURIOSIDADE:

 Transitar sem placas – Veículos Novos têm 5 (cinco) dias, contados a partir
da data de emissão da Nota Fiscal pelo revendedor, para efetuar o registro do
veículo, podendo neste período transitar sem placas.

o Portaria nº 7/2000 do DENATRAN – Veículo comprado pela Internet –


Prazo de 5 dias, contados a partir do dia da saída do veículo da loja e
não da data de emissão da Nota Fiscal.

46
CRIMES DE TRÂNSITO DE MENOR POTENCIAL LESIVO

Edison Miguel da Silva Jr - Procurador de justiça em Goiás.

A interpretação gramatical é insuficiente para revelar o conteúdo da norma


ou constatar erro do legislador
A tarefa do intérprete das leis não é fácil, sobretudo nesses tempos de
inflação legislativa. O Código de Trânsito Brasileiro, na sua parte criminal, é mais
um exemplo dessa dificuldade. Várias são as polêmicas surgidas com a sua
promulgação. Este trabalho procura contribuir com o debate em torno de uma das
suas controvérsias: a aplicação da Lei 9.099/95 aos crimes de trânsito.
O parágrafo único do artigo 291 da Lei 9.503/97 determina que "Aplicam-se
aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa, de embriaguez ao volante, e de
participação em competição não autorizada o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995".
O texto, no sentido gramatical, é de uma clareza solar – aplicam-se aos
crimes de trânsito... o disposto nos arts.74, 76 e 88 da Lei 9.099/95. Vale dizer,
literalmente, aos crimes de trânsito nominados aplicam-se as medidas
despenalizadoras da Lei 9.099/95 relacionadas: a composição civil extintiva da
punibilidade, a aplicação de pena imediata impeditiva da persecução penal e a
necessidade de representação do ofendido para o seu início (investigações
prévias e oferecimento da denúncia). Sendo que as duas primeiras são
consensuais.
Contudo, foi-se o tempo no qual a exegese literal era o único método (ou o
principal) de se conhecer e aplicar o Direito. Carlos Maximiliano, em obra clássica,
ensina: "Nos primórdios da civilização, o Direito prevalece por ser a manifestação
47
da vontade divina, revelada ao legislador (...) O Direito reside, portanto, nas
palavras do legislador. As fórmulas são completas; se alguém não as compreende,
é porque não conhece o valor expressivo dos vocábulos. Cumpre estudar a fundo
a linguagem, e só por esse meio interpretar o texto. O primitivo hermeneuta fica
adstrito aos domínios dos lexicógrafos e dos gramáticos". Prosseguindo, o mestre
demonstra que hoje ocorre o contrário: a interpretação literal é insuficiente e
precária. Advertindo que: "Nunca será demais insistir sobre a crescente desvalia
do processo filológico, incomparavelmente inferior ao sistemático e ao que invoca
os fatores sociais (...) Só ignaros poderiam, ainda, orientar-se pelo suspeito
brocardo – verbis legis tenaciter inhaerendum – apeguemo-nos firmemente às
palavras da lei. Ninguém ousa invocá-lo; nem mesmo quem de fato o pratica". E
por fim esclarece o ilustre doutrinador no início do nosso século: "Ninguém
contesta o subsídio que pode prestar o conhecimento das leis e usos da
linguagem; estuda-se, todavia, o Direito, de preferência, nos livros de Direito".
Com efeito, a interpretação gramatical do dispositivo em estudo conduz a
uma contradição, pois ao mesmo tempo em que os dois últimos tipos mencionados
criminalizam conduta de perigo coletivo, manda aplicar medidas despenalizadoras
baseadas na vontade da vítima e na reparação dos danos sofridos por ela. Além
de condicionar a persecução penal à representação!? Os crimes de embriaguez ao
volante e participação em competição não autorizada são crimes sem dano real a
ser reparado e sem vítima determinada que possa representar ou celebrar
qualquer acordo (crimes de perigo coletivo). Portanto, o método gramatical é
insuficiente para revelar o conteúdo do parágrafo único do artigo 291 do CTB, pois
leva a uma situação materialmente paradoxal, ilógica e absurda.
Da mesma maneira, o referido método é insuficiente para se concluir pelo
erro do legislador. A tarefa interpretativa, na lição contemporânea de Ada Pellegrini
Grinover, compreende diversos momentos e aspectos, apresentando caráter
unitário, de modo a atingir seu objetivo somente quando exercida em sua inteireza
e complexidade. Logo, antes de concluir pelo erro do legislador, prossegue a
destacada Professora: "é preciso completar a interpretação de acordo com uma
operação sistemática mais ampla".
Assim, é necessário prosseguir o trabalho interpretativo, buscando o
conteúdo da norma (e não a intenção ou a vontade do legislador). Não se
podendo, neste primeiro momento, concluir nem pela situação materialmente
absurda e muito menos pelo erro do legislador (ignorando-se parte da norma), mas
tão-somente que outra é a intenção do texto.
Ampliação do conceito legal de infrações de menor potencial ofensivo pela
previsão de aplicação de medidas despenalizadoras próprias desse tipo de
infração
Segundo observa Márcia Haydée Porto de Carvalho, dos métodos
tradicionais de interpretação brotaram métodos modernos, como o lógico-
sistemático, o histórico-teleológico e o método voluntarista da Teoria Pura do
Direito.
Aplicando-se o método lógico-sistemático, ou seja, empregando os
elementos lógicos disponíveis e os princípios do sistema – uma vez que não só o
sistema informa uma norma como também uma norma informa todo o sistema – o

48
parágrafo único do artigo 291 do CTB ampliou o conceito legal de infrações de
menor potencial ofensivo acrescentando outro critério àqueles adotados pelo artigo
61 da Lei 9.099/95.
Predomina, hoje, que a Lei dos Juizados Especiais Criminais não definiu de
maneira exclusiva e única o conceito legal de infração de menor potencial
ofensivo. Conforme expressamente autorizado pela CF/Art.98-I, nada impede o
surgimento de novas hipóteses previstas em lei; inclusive com outros critérios que
não o máximo da pena cominada em abstrato ou a inexistência de procedimento
especial ou, ainda, tratar-se de contravenção (qualificação da infração).
Com a Lei 9.503/97, o critério adotado foi o nomen juris da infração
(qualificação do fato) ao determinar a aplicação de medidas despenalizadoras-
consensuais aplicadas exclusivamente a infrações de menor potencial ofensivo e
ordinariamente nos Juizados Especiais Criminais. Mantendo-se, dessa maneira, a
harmonia do sistema consensual de Justiça criminal implantado no Brasil pela Lei
9.099/95.
Assim, porque expressamente nominados (o que impede uma desordenada
ampliação analógica) aplicam-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa,
de embriaguez ao volante e de participação em competição não autorizada o
disposto na Lei 9.099/95, sendo essa a ratio legis do parágrafo único do artigo 291
do CTB: manter a competência dos juizados especiais em relação às condutas
delituosas no trânsito, à exceção do homicídio culposo.
Igualmente, o método histórico-teleológico que busca a ratio juris, isto é, o
fim que a lei precisa atingir em sua função prática, independentemente do seu
momento de criação, também permite a mesma conclusão: ampliação do conceito
legal de infração penal de menor potencial ofensivo pela previsão de aplicação de
medidas despenalizadoras próprias desse tipo de infração.
Em relação às condutas delituosas no trânsito (contravenções e crimes
relacionados à direção de veículo automotor, de então) com a criação e efetivação
dos Juizados Especiais Criminais diminuiu-se sensivelmente a impunidade. A
solução dos conflitos (penais e cíveis) com a Lei 9.099/95 passou a ser quase que
imediata. A possibilidade de reparação de danos, no caso de lesão corporal – por
exemplo, tornou-se efetiva. Ao autor do fato, no lugar de receber um castigo inútil,
quando a prescrição não atingia tal pretensão, passou-se a aplicar uma missão útil
à sociedade. Enfim, houve um aumento da eficiência na distribuição da Justiça.
Ora, a Lei 9.503/97 deve buscar exatamente esta função prática: aumentar a
eficiência na distribuição da Justiça. Logo, apesar de transformar contravenções
em crimes e aumentar a pena no crime de lesão corporal culposa – atendendo
mais uma funcionalização do direito penal que uma efetiva proteção de bens
jurídicos – o novo Código de Trânsito Brasileiro não poderia ignorar os avanços
dos Juizados Especiais Criminais, retornando essas condutas à competência do
juízo comum. Atende melhor à sua função prática o procedimento sumaríssimo
que tem início com o TCO e possibilidade de terminar antes de trinta dias do fato
do que aquele outro procedimento do juízo comum que levará mais de trinta dias
do fato só para o inquérito policial.

49
Concluindo o trabalho de exegese, dos três métodos modernos de
interpretação citados, resta analisar o dispositivo legal pelo método voluntarista da
Teoria Pura do Direito. Segundo a autora mencionada, este método refere-se à
interpretação feita por um órgão judiciário para aplicar a lei. O juiz ou tribunal deve
conjugar a interpretação cognoscitiva com um ato de vontade, pois deve escolher
uma entre as várias alternativas ofertadas pela atividade de cognição.
A interpretação é, nessa visão, mais um ato de decisão do que de cognição,
visto que a interpretação de uma lei freqüentemente não conduz a um só
significado, mas a vários, entretanto, apenas um, no ato da decisão judicial, é
positivado. E essa eleição ou preferência se dá na esfera da política do direito.
Dessa forma, considerando que o direito penal mínimo, inspirador da Lei
9.099/95, é a política criminal de maior destaque na atualidade, pelo método
voluntarista da Teoria Pura do Direito, a interpretação que amplia a competência
dos juizados especiais é a que melhor traduz uma política criminal baseada na
valorização da pessoa humana, sintetizada na mínima intervenção com a máxima
garantia. Portanto, aquela que deve prevalecer.
Todos os crimes de trânsito são infrações de menor potencial ofensivo, logo
abrangidos pela Lei 9.099/95, exceto o homicídio culposo
Sendo esse o conteúdo do parágrafo único do artigo 291 do CTB,
desaparece a polêmica em torno da representação para os crimes de embriaguez
ao volante ou participação em competição não autorizada porque o dispositivo
amplia o conceito de infração de menor potencial ofensivo e não simplesmente
transforma a natureza da ação penal dos crimes que nomina. Pela mesma razão,
perde significado o questionamento sobre a inaplicabilidade da transação penal
aos crimes elencados; embora com penas superiores a um ano são infrações de
menor potencial ofensivo definidas na lei.
Assim, como o caput do artigo 291 manda aplicar aos crimes de trânsito a
Lei 9.099/95 no que couber e o seu parágrafo único também determina a aplicação
dessa Lei àquelas condutas que menciona (apesar da pena cominada!), todos os
crimes de trânsito previstos no CTB são infrações de menor potencial ofensivo,
exceto o homicídio culposo – que, aliás, antes do novo Código, era a única
infração penal de trânsito que também não era processada e julgada pelos
juizados especiais.
Conclusão: a tarefa do intérprete
Finalizando, mais uma vez oportuna a lição de Carlos Maximiliano, sobre a
difícil tarefa do intérprete: "Ninguém ousará dizer que a música escrita, ou o drama
impresso, dispensem o talento e o preparo do intérprete. Este não se afasta da
letra, porém dá ao seu trabalho cunho pessoal, e faz ressaltarem belezas
imprevistas. Assim o juiz introduz pequenas e oportunas graduações, matizes
vários no texto expresso, e, sob a aparência de o observar à risca, em verdade
melhora, adapta às circunstâncias do fato concreto, aproxima do ideal do
verdadeiro Direito. Deste modo ele desempenha, à maravilha, o seu papel de
intermediário inteligente entre a lei e a vida."

50
http://www.serrano.neves.nom.br/cgd/012201/6a007.htm. Acesso em 02/07/2004

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS

A
ABDETRAN - Associação Brasileira dos Departamentos de Trânsito.

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de


veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local
apropriado para esse fim.

ADULTERAÇÃO - mudança e/ou alteração de modo irregular, com a finalidade de tornar irreconhecível a
situação anterior.

AFERIÇÃO DE GASES POLUENTES -  é o processo de medição dos níveis de emissão de fumaça e gases
poluentes, emitidos por todos os veículos que compõem a frota nacional.

AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de
trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou
patrulhamento.

AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - servidor civil, estatuário ou celetista ou, ainda, policial militar
designado pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência para lavrar
auto de infração.

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA -  é o contrato firmado entre o usuário e uma entidade financeira, na compra de
um veículo. A informação sobre a alienação fiduciária (restrição administrativa) é inserida nos documentos
desses veículos, com o objetivo de impedir a transferência de propriedade, até que haja a quitação do
financiamento. 

APREENSÃO DO VEÍCULO - significa que o veículo derá retido e retirado de circulação.

ARRENDAMENTO - conhecido também como leasing , é o contrato pelo qual alguém (pessoa física ou
jurídica) cede a outrem (pessoa física ou jurídica), por certo tempo e preço, o uso do veículo. A informação
sobre o arrendamento (restrição administrativa) é inserida nos documentos desses veículos, com o
objetivo de impedir a transferência de propriedade, até o cumprimento integral do contrato. 

ARRENDANTE - é a empresa que cede o veículo para uso de terceiro, por certo tempo e preço (leasing). 

51
ARRENDATÁRIO - pessoa física ou jurídica que, por meio de contrato de arrendamento mercantil ou
leasing, recebe o veículo, pagando pelo seu uso e tendo a opção de compra, no final do contrato, mediante
pagamento do saldo devedor ou residual. 

ARRESTO - informação inserida no cadastro do veículo quando a Justiça determina a apreensão dos bens
de
uma pessoa que tem dívidas, e cuja cobrança foi ou será ajuizada. O objetivo da inserção da restrição
administrativa no cadastro é impedir a transferência de propriedade do veículo, que poderá vir a ser
penhorado, caso seja proposta ação de execução judicial contra o devedor.

AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, com capacidade para até oito
pessoas, exclusive o condutor.

AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo integrante do Sistema


Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada.  

BAFÔMETRO - aparelho usado para medir a dosagem alcoólica do condutor.

BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical passando pelos centros das rodas traseiras extremas
e o ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os elementos rigidamente fixados ao mesmo.

BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito deste Código,
similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor.

BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento de bicicletas.

BIN- Base Índice Nacional,utilizado como fonte de informação para o sistema de Registro Nacional de
Veículos Automotores(Renavan).

BINCO- Base Índice Nacional de Condutores, utilizado como fonte de informação para o sistema de
Registro Nacional de Carteiras de Habilitação (Renach). 

BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre trilhos.

BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada por linhas longitudinais de bordo que
delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos.

BPRv - Batalhão da Polícia Rodoviária. Tem a função de realizar o policiamento ostensivo nas rodovias
estaduais e, por delegação, em algumas rodovias federais.

BPTRAN - Batalhão da Polícia de Trânsito. Atua na fiscalização, orientação e controle de tráfego em


Curitiba.

CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de
veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano,
sinalização, vegetação e outros fins.

CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro.

CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga com peso bruto total de até três mil e
quinhentos quilogramas.

CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo compartimento.

CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como separador de duas pistas de rolamento,
eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício).

CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a unidade de tração é capaz de tracionar, indicado
pelo fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de geração e multiplicação de momento de
força e resistência dos elementos que compõem a transmissão.

CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos automotores em sinal de regozijo, de reivindicação,


de protesto cívico ou de uma classe.

CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas cargas.

CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte de carga.

52
CARROCERIA- É a estrutura de chapa metálica onde se alojam os passageiros, dotada de mala para
bagagem, ferramentas e acessórios nos carros de passeio e utilitários. Nos utilitários com boléia
independente e nos caminhões, a parte traseira é considerada carroceria, geralmente aberta e destinada à
carga.

CARROCERIA BAÚ - Parte de um caminhão destinada ao acondicionamento da carga.

CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz utilizado na sinalização de vias e veículos


(olho-
de-gato).

CATEGORIA- É a habilidade e a responsabilidade que se requer do condutor, em função da utilização do


tipo de veículo que ele irá dirigir.

CENTEQ - Centro Nacional de Tecnologia em Qualidade para o Trânsito.

CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito.

CFC - Centro de Formação de Condutor, também conhecido como "auto-escola".

CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao transporte de pessoas.

CHASSI- Quadro de aço sobre o qual é montada toda a carroceria do veículo motorizado.

CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana.

CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por
sinalização específica.

CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada
não exceda a cinqüenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de
fabricação não exceda a cinqüenta quilômetros por hora.

CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum.

CIDADANIA - é exercer os direitos que o Estado e a sociedade lhe proporcionam, bem como respeitar os
deveres para com eles.

CIRETRAN- Circunscrição Regional de Trânsito.


COMPROVAÇÃO DE PODERES- comprovação de que determinada pessoa física tem poderes para assinar
por uma dada empresa, normalmente denominada de diretor, sócio ou procurador. Deverá constar poderes
específicos para a venda de bens móveis ou veículos.

CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS - é um documento legal que apresenta um acordo entre duas ou mais
pessoas, que tranferem entre si algum direito, onde um é o cedente (quem transfere) e o outro é o
cessionário(comprador), e a financeira(credora) é a anuente.

CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à direita, de mudança da direção original do veículo.

CMT - Capacidade Máxima de Tração. Relacionada diretamente com a capacidade potencial dos motores,
em relação ao suporte de carga a ser transportada.

CNH- Carteira Nacional de Habilitação. É o documento válido em todo o território nacional, emitido pelos
Detran, que habilita as pessoas a conduzirem veículos automotores nas vias públicas.

CNPJ- Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, antigo CGC. 

CONTRADIFE- Conselho de Trânsito do Distrito Federal.

CONTRAN- Conselho Nacional de Trânsito.

CRLV -  Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo. É o documento emitido anualmente pelo


Detran, que atesta a compatibilidade de veículo com as exigências legais determinadas pelo órgão
legislador de trânsito.

CRMI- Curso de Reeducação ao Motorista Infrator.

CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível.

CRV - Certificado de Registro de Veículo.  É o documento expedido pelo Detran, que define a propriedade
de um veículo à pessoa física ou jurídica. Por meio dele o vendedor formaliza a autorização para a
transferência de propriedade.

CTB- Código de Trânsito Brasileiro.     

53
CURSO DE RECICLAGEM- curso de 20(vinte) horas/aula a que deve submeter-se o condutor que teve o seu
direito de dirigir suspenso.

DCT- Divisão de Crimes de Trânsito.

DFRV- Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.

DESPACHANTE- profisseional com a atividade regulamentada pela Lei Estadual nº12327/98. Representa
um proprietário de veículo em transações com o DETRAN, sendo o responsável pela regular montagem dos
processos.

DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito. Órgão executivo  que integra a estrutura do Ministério da
Justiça, com autonomia administrativa e técnica, com jurisdição sobre todo o território nacional.

DEPATRI- Departamento de Crimes contra o Patrimonio.

DER - Departamento de Estrada de Rodagem. Órgão responsável pelas rodovias estaduais.

DETRAN- Departamento Estadual de Trânsito. Órgão executivo que, entre outras atribuições, administra a


documentação dos veículos e condutores, emite, suspende ou cassa a CNH.

DIREÇÃO DEFENSIVA- é evitar acidentes ou diminuir as consequências de um acidente inevitável, apesar


dos erros, das condições adversas e da irresponsabilidade de outros condutores e pedrestres.

DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha a função específica de proporcionar maior
segurança ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que possam colocar em risco sua
integridade física e dos demais usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.

DISTÂNCIA DE SEGURANÇA- é o espaço que o condutor sempre deve manter entre o seu veículo e o veículo
da frente. Este espaço deve ser suficiente para manobras em caso de necessidade.

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, órgão extinto que foi substituído pelo DNIT.

DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura deTransportes. Órgão responsável pelas rodovias


federais (BRs).

DPVAT - Seguro de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres. Mais conhecido
como "Seguro Obrigatório", é o seguro pago pelo proprietário do veículo junto com o licenciamento anual.

DSV- Departamento do Sistema Viário.

DTP - Divisão de Transporte Público.

EMPLACAMENTO- É a afixação de placas e lacre no veículo. O emplacamento é feito depois que o


proprietário recebe os documentos do veículo, relativos à primeira licença ou ao licenciamento anual.

ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou


desembarque de passageiros.

ESTRADA - via rural não pavimentada.

FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, delimitada por lei específica e sob
responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito competente com circunscrição sobre a via.

FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode ser subdividida,
sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a
circulação de veículos automotores.

FENASEG- Federação Nacional das Emp. Seguros Privados e de Capitalização.

54
FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de trânsito, por
meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades
executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas neste Código.

FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou impedimento de locomoção na faixa


apropriada.

FORMAL DE PARTILHA - é o documento legal que apresenta a repartição dos bens de uma herança, com a
devida anuência ou homologação do juiz.

FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a manter o veículo imóvel na ausência do condutor


ou, no caso de um reboque, se este se encontra desengatado.

FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a diminuir a marcha do veículo no caso de falha
do freio de serviço.

FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.

GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos agentes de


autoridades de trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres ou
emitir ordens, sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou norma constante deste Código.

GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos


condutores, para orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução brusca
de velocidade ou parada.

GRAVAME - é a denominação genérica de qualquer restrição à transferência de propriedade, por qualquer


motivo, de um dado veículo. Os principais tipos de gravame são: Alienação Fiduciária, Reserva de Domínio,
Penhor ou Arrecadamento Mercantil.

ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em
uma interseção.

INFRAÇÃO DE TRÂNSITO  - inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas


emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo
órgão ou entidade executiva do trânsito.

INMETRO- Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial.

INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para atender circunstância momentânea do trânsito.

INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por
tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.

IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - De responsabilidade da Secretaria da


Fazenda, esse imposto é cobrado na época do licenciamento anual de veículos.

JARI- Junta Administrativa de Recurso de Infração.

LACRE DO EMPLACAMENTO - Selo plástico, de utilização única, empregado na fixação da placa do veículo
na carroceria.

LAUDO DE INSPEÇÃO VEÍCULAR - Laudo que atesta que o veículo nele descrito e identificado sofreu
perícia(Art.104 - CTB) sobre suas condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de
ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo
CONTRAN para os itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e ruído.

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LEASING - veja ARRENDAMENTO.

LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações do proprietário de veículo, comprovado por


meio de documento específico (Certificado de Licenciamento Anual).

LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou


estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, parques, áreas de lazer,
calçadões.

LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo transporta, expressa em
quilogramas para os veículos de carga, ou número de pessoas, para os veículos de passageiros.

LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e que com elas se limita.

LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma grande distância do veículo.

LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar
ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que venham em sentido
contrário.

LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais usuários da via, que se encontram atrás do
veículo, que o condutor está aplicando o freio de serviço.

LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo destinada a indicar aos demais usuários da
via que o condutor tem o propósito de mudar de direção para a direita ou para a esquerda.

LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar atrás do veículo e advertir aos demais usuários
da via que o veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de marcha à ré.

LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a iluminação da via em caso de neblina, chuva forte
ou nuvens de pó.

LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indicar a presença e a largura do veículo.

MANOBRA - movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o veículo está no momento
em relação à via.

MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas, marcações, símbolos ou legendas, em tipos e
cores diversas, apostos ao pavimento da via.

MEIO AMBIENTE - é tudo que está a nossa volta. Isso abrange o ar a água, todas as formas de vida, bem
como tudo mais que nos cerca.

MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para até vinte passageiros.

MONATRAN - Movimento Nacional do Trânsito.

MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou sem side-car, dirigido por condutor em posição
montada.

MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posição sentada.

MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja carroçaria seja fechada e destinada a alojamento,
escritório, comércio ou finalidades análogas.

MTM - Sigla do Sistema Conveniado de Multas, originalmente nomeado Multas de Trânsito Municipal (daí o
"MTM"). É o sistema responsável por todo o tratamento de multas de trânsito no Paraná.

ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de vinte passageiros, ainda
que, em virtude de adaptações com vista à maior comodidade destes, transporte número menor.

OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo, pelo tempo estritamente necessário ao


carregamento ou descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou entidade
executivo de trânsito competente com circunscrição sobre a via.

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OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das
condições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir as interferências tais como
veículos quebrados, acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros
imediatos e informações aos pedestres e condutores.

PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar
embarque ou desembarque de passageiros.

PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea ou trilho de bonde com
pista própria.

PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem à frente de outro veículo que se desloca no
mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.

PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao


uso de pedestres ou veículos.

PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.

PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou elemento
físico separador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
excepcionalmente, de ciclistas.

PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obediência
às
normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes.

PATRULHAMENTO - direito real que vincula coisa móvel, ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta, em geral entregue a um credor.

PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.

PERMISSÃO PARA DIRIGIR - documento provisório, com validade de um ano, dado aos novos condutores,
candidatos à Carteira Nacional de Habilitação.

PERMISSIONÁRIO - portador de Permissão para Dirigir.

PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, constituído da soma da tara
mais a lotação.

PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmitido ao pavimento pela combinação de um
caminhão-trator mais seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques.

PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em caráter de advertência, destinada a indicar aos
demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência.

PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos
separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.

PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou suspensos sobre a pista,
transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou
legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais de trânsito.

POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de
prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de garantir obediência às normas
relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes.

PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens opostas de uma superfície líquida qualquer.
PRIMEIROS SOCORROS - são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em
perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitado o agravamento de seu estado, até que ela receba
assistência especializada.

PRONTUÁRIO DE VEÍCULO - trata-se do conjunto de registros dos dados cadastrais de um veículo. Cada
veículo, ao ser registrado, tem atribuído um número de RENAVAM, que passa a ser seu número cadastral, o
qual não será alterado, independentemente de sofrer ou não transferência de município.

PROPRIETÁRIO - entende-se como proprietário de um veículo aquele que tem o nome especificado no
anverso do CRV sem endosso, ou que conste no verso do CRV endossado com firma reconhecida ou que
esteja de posse do mesmo e comprove documentalmente a aquisição do veículo.

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R

REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor.

REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada ao uso de pedestres durante a
travessia da mesma.

REGISTRO DO VEÍCULO - ato de cadastrar um conjunto de informações de um determinado veículo e seu


proprietário, alimentados em um arquivo(informatizado ou não), dos quais, são responsáveis os
Departamentos Estaduais de Trânsito.

REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de regulamentação pelo órgão ou entidade


competente com circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de direção, tipo de
estacionamento, horários e dias.

REMOÇÃO DO VEÍCULO - significa transferir o veículo do local restrito para o local permitido, guinchando,
empurrando ou rebocando.

RENACH- Registro Nacional de Condutores Habilitados.

RENACON- Registro Nacional de Compensação de Multas Interestaduais.

RENAVAM- Registro Nacional de Veículos Automotores.

RENT- Registro Nacional de Trânsito.

RETENÇÃO DO VEÍCULO - significa que o veículo deverá permanecer no local até regularizar a situação e
ser liberado.

RETORNO - movimento de inversão total de sentido da direção original de veículos.

RODOVIA - via rural pavimentada.

SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apóia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por
meio de articulação.

SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se utilizam de placas, marcas viárias,
equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados exclusivamente a
ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres.

SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados na via pública com o
objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança
dos veículos e pedestres que nela circulam.

SINET - Sistema Nacional de Estatística do Trânsito.

SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente pelos agentes da autoridade de trânsito nas
vias, para orientar ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres, sobrepondo-se ou
completando sinalização existente no local ou norma estabelecida neste Código.

TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, do combustível, das
ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento,
expresso em quilogramas.

TERCEIRO EIXO - é o eixo adicional instalado em veículo de transporte de carga por empressa que não seja
a fabricante do veículo,seja o veículo novo ou não.
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à
traseira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades turísticas como alojamento, ou para
atividades comerciais.

TRÂNSITO - é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais para fins de circulação, parada ou
estacionamento e operações de carga e descarga.

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TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma faixa demarcada para outra.

TRATOR - veículo automotor construído para realizar trabalho agrícola, de construção e pavimentação e
tracionar outros veículos e equipamentos.

UFIR- Unidade Fiscal de Referência.

ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em
menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem.

UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora de estrada.  

VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados, sendo um deles automotor.

VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que
serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos
utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linha
elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).

VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de carga, podendo transportar dois passageiros,
exclusive o condutor.

VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido fabricado há mais de trinta anos, conserva suas
características originais de fabricação e possui valor histórico próprio.

VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o primeiro um veículo automotor e os demais


reboques ou equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem ou pavimentação.

VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado ao transporte de carga com peso bruto total
máximo superior a dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte passageiros.

VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte de pessoas e suas bagagens.

VEÍCULO LEILOADO - é aquele cuja venda, por quaisquer razões, foi intermediada por um leiloeiro, que
emitiu Nota Fiscal.

VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiro. 

VEÍCULO SALVADO - é aquele que, em função de colisão ou roubo/furto, teve seu valor indenizado pela
seguradora ao segurado. Ao receber o dinheiro do seguro, o dono do veículo transfere a propriedade à
seguradora, que passa a ter o direito de venda.

VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o
acostamento, ilha e canteiro central.

VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com
acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões
da cidade.

VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair
das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade.

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções
em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.

VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso
local ou a áreas restritas.

VIA RURAL - estradas e rodovias.

VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação pública, situados na
área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão.

VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias destinadas à circulação prioritária de pedestres.
VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno ou servir de passagem
superior.

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VISTORIA - É a inspeção das características físicas do veículo - marca, modelo, ano de fabricação, cor,
categoria, etc. - e do funcionamento dos seus componentes mecânicos e elétricos, além dos equipamentos
obrigatórios. O principal objetivo da vistoria é proporcionar maior segurança ao trânsito, aumentar a vida
útil do veículo e melhorar as condições ambientais das cidades, com reflexo positivo para toda a
sociedade.

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