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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

• Carga Horária: 18 h/a

• Instrutor: Keyla moura


Histórico
• 1941 – O primeiro Código de Trânsito, foi instituído em 28
de janeiro;
• 1966 – Lei 5108, Código Nacional de Trânsito, setembro;
• 1968 – Regulamento do CNT – Decreto 62127;
• Em 23 de setembro de 1997 foi promulgada pelo Congresso
Nacional a Lei no 9.503 que instituiu o CTB, entrando em
vigor em 22 de janeiro de 1998, estabelecendo, logo em
seu artigo primeiro, aquela que seria a maior de suas
diretrizes. “O trânsito seguro é um direito de todos e um
dever dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito”.
A convenção de Viena na Áustria, em 08/11/1968, visava tornar
internacional certos aspectos do trânsito...
O CTB, Lei 9503 de 23/09/97
- Todo condutor tem a obrigação de conhecer e cumprir a
legislação de Trânsito e estará sujeito a multas e demais
penalidades sempre que desobedecê-las.
- O condutor é responsável por todos os atos no trânsito. O
desconhecimento da lei não pode ser usado em defesa do
infrator.
- O CTB é composto por 21 capítulos e 323 Artigos.
• 01 - Disposições Preliminares
• 02 - Do Sistema Nacional de Trânsito
• 03 - Das Normas Gerais de Circulação e Conduta
• 04 - Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados
• 05 - Do Cidadão
• 06 - Da Educação para o Trânsito
• 07 - Da Sinalização de Trânsito
O CTB – Lei 9503 de 23/09/97
• 08 - Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização
e do Policiamento Ostensivo de Trânsito
• 09 - Dos Veículos
• 10 - Dos Veículos em Circulação Internacional
• 11 - Do Registro de Veículos
• 12 - Do Licenciamento
• 13 - Da Condução de Escolares
• 13-a. Da Condução de Motofrete
• 14 - Da habilitação
• 15 - Das infrações
• 16 - Das Penalidades
• 17 - Das Medidas Administrativas
• 18 - Do Processo Administrativo
• 19 - Dos Crimes de Trânsito
• 20 - Das Disposições Finais e Transitórias.
Disposições Preliminares / Cap. I:
Objetivo Geral:
•Conhecer as leis, Normas e regras que
regulamentam o CTB (Código de Trânsito
Brasileiro), a fim de atuar neste espaço como um
cidadão consciente de seus direitos e deveres:
Objetivos Específicos:
•Conhecer as premissas que regem o CTB, bem
como seus órgãos e sistemas;
•Conhecer os direitos e deveres de um cidadão no
trânsito.
O trânsito:
Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas,
veículos, e animais, isolados ou em grupos, conduzidos
ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento
e operação de carga ou descarga.
• Os componentes do sistema nacional de trânsito
respondem no âmbito de suas respectivas competências
por danos causados aos cidadãos, em virtude de ação,
omissão ou erro de execução e manutenção de
programas, projetos e serviços que garantam o exercício
do trânsito seguro.
• Trânsito em condições seguras é um direito de todos;
Todos os órgãos de trânsito darão prioridade em suas ações à
defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do
meio ambiente.
Elementos do Trânsito:
O trânsito é a associação de três elementos
básicos:
1)O ser humano – Que reage de forma diferente
diante de uma situação de perigo;
2)O veículo – Criado para melhoria dos
deslocamentos de pessoas, animais e objetos,
e;
3)A via – Superfície por onde transitam veículos,
pessoas e animais.
As Vias de trânsito:
São vias terrestres a superfície por onde
transitam veículos, pessoas e animais,
compreendendo:
• A pista de rolamento:
• Acostamentos;
• Calçadas
• Passeios públicos;
• Ilhas e canteiros centrais.
São vias de trânsito as praias e as vias
internas dos condomínios.
As Vias de trânsito:
As vias de trânsito se classificam em: (Art. 60 e Anexo I do
CTB).
Vias Rurais:
• Rodovias - Vias rurais pavimentadas;
• Estradas – Vias rurais não pavimentadas.
Vias urbanas:
• Vias de trânsito rápido – Não possuem cruzamentos diretos,
semáforos ou passagem de pedestre em nível;
• Vias arteriais – Ligam diferentes regiões de uma cidade, com
cruzamentos ou interseções geralmente controladas por
semáforos;
• Vias coletoras – Coletam e distribuem o trânsito dentro das
regiões da cidade e dão acesso a vias de maior porte;
• Vias locais – Vias de trânsito local, com cruzamentos sem
semáforos.
Velocidade Máxima nas Vias:
A velocidade máxima em cada via é definida pela legislação
de trânsito e pela sinalização. Em vias não sinalizadas, os limites de
velocidade são os seguintes, (Art. 61 do CTB):
Em vias urbanas:
• 30 km/h nas vias locais;
• 40 km/h nas vias coletoras;
• 60 km/h nas vias arteriais;
• 80 km/h nas vias de trânsito rápido.
Em rodovias:pista dupla
• 110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas;
• 90 km/h para ônibus e micro-ônibus;
Em rodovias:pista simples
100 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas;
Em estradas:
• 60 km/h.
A velocidade mínima não poderá ser inferior a metade da máxima
estabelecida no local, (Art. 62 do CTB)...
Elementos do trânsito:
As disposições do Código de Trânsito
Brasileiro – CTB, são aplicáveis a
todos os veículos, bem como aos
proprietários, condutores dos veículos
nacionais ou estrangeiros ou às
pessoas nele expressamente
mencionadas.
Legislação de trânsito:

• São as normas legais que


disciplinam e orientam todas as
atividades que envolvem o
trânsito nas vias abertas à
circulação, uniformizando os
conhecimentos.
Composição da legislação de trânsito:
• Lei – Norma jurídica obrigatória, de efeito social,
emanada do poder legislativo que elabora, vota,
e é sancionada pelo Presidente da República.
• Resolução – São atos administrativos normativos
expedidos pelas autoridades do Executivo.
• Deliberações – São atos administrativos
normativos;
• Portarias – São atos da autoridade do Executivo
de conceder, credenciar, dispor, alterar e nomear.
Sistema Nacional de Trânsito - SNT / Cap. II:
É o conjunto de órgãos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, cabendo ao
Ministério das Cidades a coordenação máxima do SNT
(Decreto 4711 de 29/05/2003:
•Finalidades:
Exercício das atividades de planejamento,
administração, normatização, pesquisa, registro e
licenciamento de veículos, formação, habilitação e
reciclagem de condutores, educação, engenharia,
operação do sistema viário, policiamento, fiscalização,
julgamento de infrações e de recursos e aplicação de
penalidades (cap. II, Seção I, Art. 5º do CTB).
Sistema Nacional de Trânsito - SNT:

Objetivos do STN:
1. Segurança, fluidez, conforto, defesa
ambiental e educação;
2. Padronização de critérios técnicos,
administrativos e financeiros;
3. Fluxo de dados;
4. Realizar ações em defesa da vida.
Composição do SNT:

O SNT é composto por Órgãos e Entidades:


• Normativos;
• Executivos e recursais,
No âmbito Federal, Estadual e Municipal.
Órgãos Normativos:
São órgãos com funções coordenadora, consultiva e
normativa que permitem explicitar a execução da
Lei (Art. 7º do CTB).
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito:
• É o órgão máximo normativo, e coordenador do
sistema, ao qual compete estabelecer as normas
regulamentares e as diretrizes da política nacional
de trânsito. O CONTRAN também emite resoluções;
Composição do CONTRAN:
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, com sede
no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão
máximo executivo de trânsito da União, tem um
representantes dos seguintes ministérios:
1. da Ciência e Tecnologia;
2. da Educação e do desporto;
3. do Exército;
4. do Meio Ambiente e da Amazônia legal;
5. dos Transportes;
6. das Cidades;
7. da Saúde; e
8. Da Justiça.
Órgãos Normativos:

CETRAN – Conselho Estadual de Trânsito.


• É o órgão normativo, consultivo e
coordenador na esfera estadual.
CONTRANDIFE – Cons. de Trânsito do DF
• Tem os mesmos poderes e
competências dos CETRANs, limitado a
jurisdição do Distrito Federal.
Órgãos Executivos:
São órgãos responsáveis pelo cumprimento das leis
de trânsito (Art. 8º ao 25º do CTB).
DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito
• É o órgão máximo executivo da União ao qual
compete coordenar, supervisionar e fiscalizar a
execução da política e do programa nacional de
trânsito, cabe ainda organizar e manter:
* BINCO - Base Índice Nacional de Condutores;
* RENACH - Registro Nacional da Cond.
Habilitados;
* RENAVAM - Registro Nacional de Veículos
Automotores.
Órgãos Executivos:

DETRANs – Departamentos Estaduais de Trânsito;


• Órgão executivos dos Estados e do Distrito Federal:
COMPETÊNCIAS – Cumpre e faz cumprir a
legislação de trânsito nos limites da sua jurisdição,
compete-lhe ainda, fiscalizar e controlar o processo
de formação, aperfeiçoamento, reciclagem e
suspensão de condutores, vistoriar, inspecionar,
registrar e licenciar veículos e ainda expedir as
PPDs e CNHs.
Órgãos Executivos
CIRETRAN - Circunscrição Regional de
Trânsito;
• Órgãos de trânsito subordinados aos
DETRANS;
PREFEITURAS MUNICIPAIS;
• O CONTRAN, entende que cada município
deve gerir seu próprio trânsito, controlando
o fluxo de veículos, ciclistas, pedestres e
animais, dentro de seus limites territoriais.
Órgãos Executivos Rodoviários:
DNIT - Departamento Nacional de Infra estrutura
de Transporte Terrestre;
• Órgão executivo da União com jurisdição sobre
as rodovias e estradas federais (Emite AET):
DER - Departamento de Estradas e Rodagens;
• Órgão executivos rodoviário dos Estados e do
Distrito Federal, com jurisdição sobre as
rodovias e estradas Estaduais.
DMER - Departamento Municipal de Estradas e
Rodagens:
• As mesmas atribuições dos DERs, só que no
âmbito dos municípios.
Órgãos Executivos Fiscalizadores
PRF - Polícia Rodoviária Federal;
• Compete-lhe efetuar o policiamento ostensivo e
fiscalizador nas estradas e rodovias federais,
aplicar e arrecadar multas, efetuar levantamentos
dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços
de atendimento, socorro e salvamento de vítimas;
PMRE - Policia Militar Rodoviária Estadual;
• Tem a mesma competência da PRF no âmbito das
rodovias e estradas estaduais.
PM Policia Militar;
• Tem competência para executar a fiscalização de
trânsito, quando e conforme convênio com outros
órgãos executivos e municipais.
Órgãos Executivos Recursais
JARI - Junta Administrativa de Recursos de
Infrações;
COMPETÊNCIA:
•Julgar os recursos interpostos pelos
infratores que tenham sido autuados pelos
órgãos fiscalizadores.
Distribuição da Arrecadação;
O total arrecadado com as multas será assim
distribuído:
• 05% - Destinado ao FUNSET – Fundo de
Segurança e Educação para o Trânsito, para que
seja efetuado a educação no trânsito desde o
primeiro, até o terceiro grau.
• 10% - Destinado para a segurança social;
• 85% - Distribuído entre Engenharia, Policiamento
e Fiscalização no trânsito.
Pedestres e Condutores não Motorizados;
Cap. IV Art. 68 do CTB:
• É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou
passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos
das vias rurais para circulação, podendo a autoridade
competente permitir a utilização de parte da calçada para
outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de
pedestres (Art. 68);
• O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao
pedestre em direitos e deveres;
• Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de
pedestres em boas condições de visibilidade, higiene,
segurança e sinalização.
É dever do pedestre:
• Nas estradas andar sempre no sentido contrário
ao dos veículos e em fila única, utilizando
obrigatoriamente o acostamento, onde existir;
• Nas vias urbanas, onde não houver calçadas ou
faixas privativas a ele destinadas, ou nas vias
rurais quando não houver acostamento ou
quando não for possível utilizá-lo, a circulação
de pedestre deverá ser feita sempre pela
esquerda da via, em fila única e em sentido
contrário a do veículos;
É dever do pedestre:

• Somente cruzar a via na faixa própria,


obedecendo a sinalização;
• Quando não houver faixa própria, atravessar com
cuidado e utilizar a calçada ou acostamento.

A desobediência a sinalização de trânsito pelos


pedestres pode ser punida com multa de 50% do
valor da infração de natureza Leve.
Do Cidadão no Trânsito (Cap. V):
Os direitos e deveres do cidadão são claramente definidos no
CTB.
É seu dever:
• Transitar sem perigo ou obstáculo para os demais usuários da
via (Art. 26 e 27 do CTB), todos as demais regras derivam desse
conceito.
São seus direitos:
• Utilizar as vias sinalizadas;
• Sugerir alterações a qualquer artigo ou norma do CTB, e obter
resposta por escrito, (Art. 72 e 73 do CTB);
• Cobrar das autoridades a educação para o trânsito (Art. 74),
que é prioridade definida no CTB.
As campanhas de trânsito devem esclarecer quais as
atribuições dos órgãos pertencentes ao Sistema Nacional de
Trânsito e como proceder a tais solicitações.
Educação para Trânsito (Cap. VI):
A educação para o trânsito é direito de todos e dever
prioritário dos componentes do SNT (Art. 74 do CTB):
• É obrigatória a existência de coordenação
educacional em cada órgão ou entidade componente
do SNT, devendo manter escolas públicas conforme
determina o CONTRAN;
• A educação para o trânsito será promovida na pré-
escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
ações coordenadas entre os órgãos e entidades do
SNT e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de
atuação   Art. 76. .
Educação para Trânsito:
A instrução do candidato a CNH deve ser orientada no
sentido de :
• Saber o que é legislação de trânsito e sua
aplicabilidade;
• Tenha o controle técnico do veículo e o controle
emocional;
• Obediência a legislação, faça cumpri-la em seu favor e
dos demais usuário da via.
• Sendo bem informado, quanto aos aspectos legais,
promova um trânsito seguro e confiável.
Conduzir é um todo, ou seja, é o veículo, o condutor, o
conhecimento teórico, a prática, as leis, as vias, e os pedestres.
A atenção e os acidentes no trânsito:

São causadores de acidentes:


• Sair as vias públicas embriagado;
• Caminhar contra o fluxo de veículos;
• Surgir repentinamente pelas laterais da via;
• Sair subitamente por trás dos veículos;
• Estar indeciso numa travessia;
• Não ter conhecimento das regras de
circulação e de seus deveres como pedestres.
Acidentes causados pelo condutor:

São muitas as causas de acidentes


provocadas pelos condutores, dentre elas:
• Má visibilidade;
• Não observância nas travessias das vias de
sentido único;
• Dar marcha à ré sem a devida atenção;
• O não seguimento à sinalização das vias.
Aspectos negativos do condutor:

• A imprudência;
• A negligência; e
• A imperícia.
Atitudes imprudentes do condutor:
• Ultrapassagem forçada;
• Equipamentos de segurança do veículo
defeituosos ou mal conservados;
• Dirigir após ter ingerido bebida alcoólica;
• Dirigir após utilização de substância tóxicas;
• Imprimir velocidade incompatível com via;
• Desrespeitar a sinalização de trânsito;
• Desrespeitar os pedestres.
Atitudes negligentes:
• Não portar no veículo que está conduzindo,
os equipamentos obrigatórios;
• Não dar a devida manutenção a estes
equipamentos;
• Não dirigir defensivamente;
• Não portar os documentos obrigatórios.
Imperícia do condutor;

• Inabilidade técnica – não ter domínio e


habilidade sobre o veículo;
• Inaptidão – não está capacitado para
dirigir.
Os órgãos de trânsito:
Parágrafo único.
• Os órgãos e entidades de trânsito poderão
prestar serviços de capacitação técnica,
assessoria e monitoramento das
atividades relativas ao trânsito durante
prazo a ser estabelecido entre as partes,
com ressarcimento dos custos
apropriados.

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