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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

CTB - Aulas Resumo


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CTB - AULAS RESUMO


LEI N. 9.503/1997 – CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
(CTB) E SUAS ALTERAÇÕES

PRINCIPAIS CONCEITOS
O art. 1º do CTB e o seu Anexo I trazem os principais conceitos e definições.
Dentre os mais importantes, é possível destacar:
TRÂNSITO – é a movimentação e imobilização de pessoas veículos e animais nas vias
terrestres (Anexo I).
Vale lembrar que o art. 1º traz a seguinte definição para trânsito: “Considera-se trânsito
a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou
não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga”.
Vias Terrestres – ruas, avenidas, logradouros, caminhos, passagens, rodovias, estra-
das, praias abertas à circulação, vias internas dos condomínios, vias e áreas de estacio-
namento privado de uso coletivo.
Ou seja, o CTB é aplicável nas vias terrestres abertas à circulação. Vale destacar que
estacionamentos de shoppings e supermercados, desde que sejam de uso coletivo,
também permitem a incidência do CTB, principalmente no que tange à infração por
estacionar em vagas de pessoas com deficiência e idosos (ou seja, vagas reservadas).
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Caminhonete x Camioneta

O Anexo I do CTB prevê que caminhonete é o veículo destinado ao transporte de


carga com peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas. Se exceder esse
peso, é um caminhão.
Já a caminhoneta é um veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga
no mesmo compartimento. Ex.: SUV.
Vale lembrar que peso bruto total (PBT) é a soma da tara (peso do veículo vazio) e da lotação.

Motocicleta x Motoneta

Primeiramente, é importante lembrar a definição do CTB para ciclomotor:


Veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de motor de combustão interna, cuja
cilindrada não exceda a 50 cm3 (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol3
(três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão elétrica com

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potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação


não exceda a 50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora).
A bicicleta é um veículo de propulsão humana. É considerada bicicleta elétrica o veí-
culo que tem aceleração no pedal e atinge até 30 km/h. Se o mecanismo de aceleração
for na mão, então é considerada um ciclomotor.
A diferença entre motocicleta e motoneta reside na posição de pilotagem. Na moto-
cicleta, o condutor vai montado, já na motoneta, a posição de pilotagem é sentado.
Em uma rodovia de pista simples e sem sinalização, o limite de velocidade para as
motocicletas é de 100 km/h, já para as motonetas é de 90 km/h. Já se a pista for dupla
e não houver sinalização, o limite de velocidade é de 110 km/h para a motocicleta e 100
km/h para a motoneta.

Parada x Estacionamento

A parada é o tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembar-


que de passageiros. Qualquer tempo superior a isso e a operação de carga e descarga são
considerados estacionamento (vide art. 47, CTB).
Vale lembrar que o conceito de noite, para o CTB, é o período do dia compreendido entre
o pôr-do-sol e o nascer do sol. Durante a noite, os condutores devem usar a luz baixa do farol.
O agente de trânsito é o servidor do DETRAN ou de outro órgão de trânsito. Já o
agente da autoridade de trânsito pode ser o agente de trânsito, o policial rodoviário
federal e, mediante convênio, os policiais militares e os policiais legislativos.
A autoridade de trânsito é o dirigente máximo do órgão ou entidade executiva de trânsito.
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SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO – COMPOSIÇÃO E


COMPETÊNCIAS (ART. 1º AO 25-A)
O Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é um conjunto de órgãos e entidades da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que tem por finalidade cuidar de todo
o processo de aprendizagem, licenciamento, registro, planejamento, administração,
engenharia de tráfego, educação de trânsito e fiscalização de trânsito.
São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:
I – estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez,
ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;

Obs.: vale lembrar que o objetivo do CTB é a proteção à vida, nela incluída a preservação
do meio ambiente e a saúde.

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II – fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de critérios técnicos,


financeiros e administrativos para a execução das atividades de trânsito;

Obs.: ou sejam o SNT quer que todos os órgãos que o compõem trabalhem de forma
padronizada.

III – estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre os seus diver-


sos órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.

COMPOSIÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO


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UNIÃO ESTADOS/DF MUNÍCIPIOS


Órgãos Normativos e CETRAN – Estados;
CONTRAN CETRAN
Consultivos: CONTRADIFE – DF
O.M.E.TRAN – Órgãos
Órgãos e Entidades Execu-
SENATRAN DETRAN Municipais Executivos de
tivos de Trânsito:
Trânsito
Órgãos e Entidades Exe- O.M.E.R.TRAN – Órgãos
cutivos Rodoviários de DNIT DER Municipais Executivos
Trânsito: Rodoviários de Trânsito
PM dos Estados e
Instituições Fiscalizadoras PRF -
do DF
Órgãos Recursais JARI JARI JARI

Obs.: não fazem parte do SNT a Polícia Federal, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros
Militar e as Guardas Municipais.

Vale destacar:
CONTRAN: órgão responsável por estabelecer as resoluções que regulamentam
vários artigos do CTB.
CETRAN e CONTRADIFE: elaboram normas e recebem consultas no âmbito dos esta-
dos e do Distrito Federal.
SENATRAN: órgão máximo executivo de trânsito da União.
DETRAN: órgão executivo de trânsito dos estados.
Órgãos Municipais Executivos de Trânsito: podem receber nomes distintos em cada
município (ex.: O.M.E.TRAN).

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COORDENAÇÃO MÁXIMA DO SISTEMA NACIONAL DE


TRÂNSITO – SNT
Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou órgão da Presidência
responsável pela coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará
vinculado o CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de trânsito da União.
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Com a nova redação dada pela Lei n. 14.599/2023 ao artigo 10 do CTB, o CONTRAN
será presidido pelo Ministro de Estado ao qual estiver subordinado o órgão máximo exe-
cutivo de trânsito da União. Atualmente é o Ministro dos Transportes.

Fique atento:

• Coordenação Máxima do SNT: Ministério dos Transportes;


• Órgão Máximo Normativo e Consultivo da União: CONTRAN;
• Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União: SENATRAN.

DICA: NOVA COMPOSIÇÃO DO CONTRAN (DESTRIMCA MJS)


O CONTRAN, com sede no Distrito Federal, é composto dos Ministros de Estado res-
ponsáveis pelas seguintes áreas de competência:

Defesa; Meio ambiente;


Educação; Justiça;
Saúde; Segurança pública.
Transportes terrestres;
Relações exteriores; (Mnemônico: DESTRINCA MJS)
25m Indústria e comércio;
Mobilidade urbana;
Ciência, tecnologia e inovações;
Agropecuária;

Continua o CTB:
Art. 10, § 3º-A. O Contran será presidido pelo Ministro de Estado ao qual esti-
ver subordinado o órgão máximo executivo de trânsito da União. (Incluído pela Lei n.
14.599, de 2023)

Obs.: atualmente, o CONTRAN é presidido pelo Ministro dos Transportes.

§ 5º Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União atuar


como Secretário-Executivo do Contran.

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§ 6º O quórum de votação e de aprovação no Contran é o de maioria absoluta.” (NR)


Vale lembrar que as resoluções que normatizam o CTB são criadas pelo CONTRAN. As deli-
berações são criadas pelo presidente do órgão, que atualmente é o Ministro dos Transportes.

Principais competências do CONTRAN – (Art. 12, CTB)

I – estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as diretrizes da


Política Nacional de Trânsito;
II – coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a integração
de suas atividades;
IV – criar Câmaras Temáticas;

Obs.: as Câmaras Temáticas são órgãos técnicos vinculados ao CONTRAN e que dão
suporte às decisões do colegiado.

XIV – dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito da


União, dos Estados e do Distrito Federal.
É importante destacar que quando o conflito envolve órgãos municipais, quem
resolve é o CETRAN e o CONTRANDIFE.
As resoluções do CONTRAN são estabelecidas para regulamentar determinados arti-
gos do CTB. Antes de serem publicadas, as resoluções devem ser abertas na internet para
consulta pública, que fica disponível para acesso por dois anos após o seu encerramento.
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Também por meio de resoluções e com 90 dias de antecedência, o CONTRAN pode
aumentar o valor das multas aplicadas e arrecadadas.
Quando é preciso criar uma norma sobre assunto relevante, mas não há tempo hábil
para reunir todo o conselho, o presidente do CONTRAN pode criar uma deliberação, que
não precisa passar por consulta pública, vale por até 120 dias e tem força de resolução.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Paulo Sergio.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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