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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

BREVE HISTÓRICO
O quanto caminhamos até a chegada do “Novo
Código de Trânsito Brasileiro – CTB":

1941 - Decreto-Lei Nº 2.994, estabeleceu o primeiro Código


Nacional de Trânsito;
1941 - Decreto-Lei Nº 3.651, Dá nova redação ao Código
Nacional de Trânsito. Cria o Conselho Nacional de Trânsito
(Contran)
1966 - Lei nº 5.108, Institui o segundo Código Nacional de
Trânsito.
1967 - Decreto-Lei 237, Modifica o Código Nacional de Trânsito e
cria o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran)
1997 – Lei 9.503, nosso atual Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
(Lei Federal Nº 9.503/97)

Passou a vigorar em 22 de janeiro de 1998, nos termos


do Art. 340.

“Este Código entra em vigor cento e vinte dias após a data


de sua publicação”.

Possui 341 Artigos, divididos em 20 Capítulos


Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
(Lei Federal Nº 9.503/97)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (arts 1º a 4º)

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional,


abertas à circulação, rege-se por este Código.

O QUE É TRÂNSITO?
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga.

§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e


entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito
das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)

O Sistema Nacional de Trânsito, ganhou atenção especial no CTB, com um capítulo


destinado a sua organização.

Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o
exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa,
registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de
condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento,
fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades.

Esse Sistema é composto por órgãos normativos, executivos, fiscalizadores


e julgadores.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO (arts 5º a 25º)
CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)
CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)

Órgãos Normativos

São os Conselhos de Trânsito, que estabelecem as normas para o cumprimento do


CTB. Coordenam as atividades de outros órgãos ligados ao trânsito e prestam
esclarecimentos e orientação acerca da legislação de trânsito em vigor. Somente
existem em âmbito nacional e estadual.

CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito

É o órgão máximo normativo nacional, coordenador de todas as políticas e dos


órgãos que fazem parte do Sistema Nacional de Trânsito.
Suas funções estão detalhadas no CTB, Capítulo II, seção II,
artigo 12.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)

CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito e CONTRANDIFE - Conselho de


Trânsito do Distrito Federal

São os órgãos normativos em âmbito estadual e do Distrito Federal,


respectivamente. Cada Estado deve ter seu CETRAN, com sede em sua respectiva
capital. As principais responsabilidades do Cetrans são: o acompanhamento e
coordenação de atividades de administração, educação, engenharia, fiscalização,
policiamento ostensivo de trânsito, formação de condutores, registro e
licenciamento de veículos.

Suas funções estão detalhadas no CTB, Capítulo II, artigos 14 e 15.


CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)

Órgãos Executivos

São os responsáveis por colocar em prática as leis de trânsito, fazendo-as serem


cumpridas.

DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito


SENATRAN- Decreto 10.788/21

É o órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito, com sede em


Brasília-DF, tem jurisdição sobre todo o território nacional.
Compete ao DENATRAN, entre outras , trabalhar em conjunto com os órgãos dos
Sistemas Nacionais de Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, em prol de
ações pela ordem e segurança no trânsito.

Suas funções são especificadas no Capítulo II, artigo 19.


CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)

Órgãos Executivos

SENATRAN- Decreto 10.788/21

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) foi substituído pela


SECRETARIA NACIONAL DE TRÂNSITO, sendo essa, um dos órgãos
específicos singulares do Ministério de Infraestrutura, organizada em 3
departamentos, conforme artigo 2º, inciso II, alínea 'd’:
1. Departamento de Gestão da Política de Trânsito;
2. Departamento de Segurança no Trânsito;
3. Departamento de Regulação e Fiscalização.
Cumpre destacar que a SECRETARIA NACIONAL DE TRÂNSITO, passa a ser o
órgão máximo executivo de trânsito da União, nos termos do Art.30 do decreto,
cabendo a ela exercer as competências estabelecidas no Art. 19 CTB.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)

DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito

É o órgão executivo Estadual. Cada Estado possui o seu DETRAN, assim como o
Distrito Federal. Sua principal função, por delegação do DENATRAN,
SENATRAN, está na organização de todo o processo de formação e reciclagem de
condutores, inclusive com a emissão e cassação da Carteira Nacional de
Habilitação; vistoria e emplacamento de veículos, expedindo o Certificado de
Registro e o Licenciamento Anual; aplicação de multas e outras atribuições.

Suas funções estão explicitadas no Capítulo II, artigo 22.


CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)
Entidades executivas de trânsito dos municípios

São responsáveis pelo cumprimento da legislação de trânsito no território do


município, sendo subordinadas ao DETRAN. Suas responsabilidades incluem
planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, pedestres, ciclistas e
animais, e por implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e
os equipamentos de controle viário.
Atribuições são mencionadas no Capítulo II, artigo 24.

DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte e DAER/DER


Departamento Autônomo Estadual de Estradas de Rodagem

São órgãos executivos rodoviários, com atuação nas esferas federal e estaduais,
respectivamente. Sua responsabilidade é garantir a movimentação adequada de
pessoas e bens nos sistemas rodoviários federal, estadual e municipal. Suas funções,
Capítulo II, artigo 21.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)
Órgãos fiscalizadores

São os Controladores do cumprimento da lei, de acordo com a sua circunscrição.


Também podem exercer fiscalização, por meio de corpo próprio de funcionários
destacados para essa função.

Polícia Rodoviária Federal

Atuação nas rodovias federais, sua missão principal é exercer patrulhamento


ostensivo.
Suas funções, Capítulo II, artigo 20.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(arts 5º a 25º)
Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal

Podem trabalhar em conjunto com agentes de órgãos executivos de trânsito para


fiscalização.
Suas funções, Capítulo II, artigo 23.

Órgãos julgadores

São juntas administrativas compostas para julgar os recursos interpostos por


condutores que não concordam com penalidades ou multas a eles impostos por um
órgão executivo . Cada órgão executivo tem a sua junta.

JARI - Junta Administrativa de Recursos de Infrações


Regidas pelos artigos 16 e 17 do CTB, as JARIs atuam junto a órgãos executivos
em todos os âmbitos: nacional, estadual e municipal, julgando recursos interpostos.
Das Vias e Velocidades

CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS;


O CTB em seu Capítulo III, artigo 60, estabelece os diferentes tipos de vias

Vias urbanas, que são: vias de trânsito rápido, vias arteriais, vias coletoras, vias locais.
Das Vias e Velocidades

- vias rurais, essas: rodovias, estradas.


Das Vias e Velocidades

O Art. 61 do CTB, trata da velocidade:

“A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas suas
características técnicas e as condições de trânsito.

§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:

I - nas vias urbanas:”


Das Vias e Velocidades
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:

Classificação :
As vias de trânsito rápido tem trânsito livre, sem cruzamentos ou interseções que interrompam o
fluxo de veículos.

Exemplo: “Avenida Castelo Branco” ( a que mais se aproxima)


Das Vias e Velocidades

b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;

As arteriais são as principais avenidas de uma cidade, destinadas à ligação entre bairros.
A maioria delas são semaforizadas e possui conexão com vias coletoras e locais, assim como
permitem acesso aos imóveis às suas margens.

Exemplo: Avenida João Pessoa, Porto Alegre.


Das Vias e Velocidades

c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;

As coletoras, caracterizam por permitir e distribuir o trânsito dentro de cada região da cidade,
garantindo o acesso a vias arteriais ou trânsito rápido.

Exemplo: Rua Ramiro Barcelos, Rua Gen. Lima e Silva.


Das Vias e Velocidades

d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;

São vias não semaforizadas e com pouco fluxo de trânsito, as vias locais são ruas de pequeno porte
utilizadas normalmente para circulação local e acesso a áreas restritas.

Exemplo: vias internas, acesso a condomínios.


Das Vias e Velocidades
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de
sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito.

§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será


de:

II - nas vias rurais:


Das Vias e Velocidades

a) nas rodovias de pista dupla:

1) 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis, camionetas,
caminhonetes e motocicletas; (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)

2) 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos;

Exemplo: freeway
Das Vias e Velocidades

Camioneta Utilitário/Misto

Caminhonete
Das Vias e Velocidades

b) nas rodovias de pista simples:

1) 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, camionetas,


caminhonetes e motocicletas; (Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)

2) 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos;

As rodovias são vias rurais asfaltadas, com limites de velocidade definidos de acordo com o tipo
de veículo. Há rodovias de pista dupla e de pista simples.

Exemplo: Rodovia Cristóvão Pereira de Abreu/ERS030.


Das Vias e Velocidades

c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).

As estradas são vias rurais não asfaltadas, com pavimento de terra batida geralmente.
Das Vias e Velocidades
Compõe as vias Urbanas
Das Vias e Velocidades

Vias e Velocidades
Das Vias e Velocidades

Aula

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