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LEGISLAÇÃO AGENTE DE MOBILIDADE URBANA – JOÃO PESSOA

➢ CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO


➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 14/98 - EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA A FROTA DE VEÍCULOS EM
CIRCULAÇÃO
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 24/98 - IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 26/98 - TRANSPORTE DE CARGA EM VEÍCULOS DESTINADOS AO TRANSPORTE
DE PASSAGEIROS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 36/98 - SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 43/98 - COMPLEMENTA A RESOLUÇÃO Nº 14/98, QUE DISPÕE SOBRE
EQUIPAMENTOS DE USO OBRIGATÓRIO NOS VEÍCULOS AUTOMOTORES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 46/98 - EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA OBRIGATÓRIOS PARA AS BICICLETAS.
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 87/99 - EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA A FROTA DE VEÍCULOS EM
CIRCULAÇÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 108/99 - RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DE MULTAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 110/00 - CALENDÁRIO RENOVAÇÃO LICENCIAMENTO
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 136/02 - VALORES DAS MULTAS DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 149/03 - UNIFORMIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DA
LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 227/07 - SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE VEÍCULOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 242/07 - INSTALAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS GERADORES DE
IMAGENS NOS VEÍCULOS AUTOMOTORES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 432/13 - FISCALIZAÇÃO DE ALCOOLEMIA
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 508/14 - REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA A CIRCULAÇÃO, A TÍTULO
PRECÁRIO, DE VEÍCULO DE CARGA OU MISTO TRANSPORTANDO PASSAGEIROS NO COMPARTIMENTO DE
CARGAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 581/16 - ALTERAR A RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 24, DE 21 DE MAIO DE 1998, QUE
ESTABELECE O CRITÉRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS, A QUE SE REFERE O ART. 114, DO CTB
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 811/20 - PROCEDIMENTOS PARA INTEGRAÇÃO DOS MUNICÍPIOS AO SISTEMA
NACIONAL DE TRÂNSITO (SNT)
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 819/21 - TRANSPORTE DE CRIANÇAS MENORES DE 10 ANOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 900/22 - PADRONIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA APRESENTAÇÃO DE
DEFESA PRÉVIA E DE RECURSO, EM 1ª E 2ª INSTÂNCIAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 911/22 - TRÂNSITO DE VEÍCULOS NOVOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 912/22 - EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA A FROTA DE VEÍCULOS EM
CIRCULAÇÃO
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 914/22 - UTILIZAÇÃO DE SEMIRREBOQUES POR MOTOCICLETAS E MOTONETA
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 918/22 - PROCEDIMENTOS PARA A APLICAÇÃO DAS MULTAS POR INFRAÇÕES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 919/22 - EXTINTORES DE INCÊNDIO DE INSTALAÇÃO OBRIGATÓRIA OU
FACULTATIVA NOS VEÍCULOS AUTOMOTORES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 930/22 - CURSO ESPECIALIZADO OBRIGATÓRIO DESTINADO AOS
PROFISSIONAIS EM TRANSPORTE DE PASSAGEIROS (MOTOTAXISTA) E EM ENTREGA DE MERCADORIAS
(MOTOFRETISTA)
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 940/22 - CAPACETE
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 955/22 - TRANSPORTE DE CARGA NAS PARTES EXTERNAS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 958/22 - LIMITES DE EMISSÕES DE GASES E PARTÍCULAS PELO ESCAPAMENTO
DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 967/22 - CRITÉRIOS PARA A BAIXA DO REGISTRO DE VEÍCULOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 969/22 - SISTEMA DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 976/22 - REFERENDA A DELIBERAÇÃO CONTRAN Nº 259, DE 26 DE MAIO DE
2022, QUE ALTERA A RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 886, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2021
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 985/22 - MANUAL BRASILEIRO DE FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 991/23 - ALTERA A RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 918, DE 28 DE MARÇO DE 2022
➢ RESOLUÇÃO CONTRAN N° 996/23 - CICLOMOTORES, BICICLETAS ELÉTRICAS E EQUIPAMENTOS DE
MOBILIDADE INDIVIDUAL AUTOPROPELIDOS
➢ CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO CAPÍTULO II
(LEI N° 9.503/97) Do Sistema Nacional De Trânsito
Seção I
CAPÍTULO I Disposições Gerais
Disposições Preliminares
Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias conjunto de órgãos e entidades da União, dos
terrestres do território nacional, abertas à Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que
circulação, rege-se por este Código. tem por finalidade o exercício das atividades de
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por planejamento, administração, normatização,
pessoas, veículos e animais, isolados ou em pesquisa, registro e licenciamento de veículos,
grupos, conduzidos ou não, para fins de formação, habilitação e reciclagem de condutores,
circulação, parada, estacionamento e operação de educação, engenharia, operação do sistema
carga ou descarga. viário, policiamento, fiscalização, julgamento de
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um infrações e de recursos e aplicação de
direito de todos e dever dos órgãos e penalidades.
entidades componentes do Sistema Nacional Art. 6º São objetivos básicos do Sistema
de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das Nacional de Trânsito:
respectivas competências, adotar as medidas I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de
destinadas a assegurar esse direito. Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do conforto, à defesa ambiental e à educação para o
Sistema Nacional de Trânsito respondem, no trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
âmbito das respectivas competências, II - fixar, mediante normas e procedimentos, a
objetivamente, por danos causados aos padronização de critérios técnicos, financeiros e
cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na administrativos para a execução das atividades de
execução e manutenção de programas, projetos e trânsito;
serviços que garantam o exercício do direito do III - estabelecer a sistemática de fluxos
trânsito seguro. permanentes de informações entre os seus
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o
pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito processo decisório e a integração do Sistema.
darão prioridade em suas ações à defesa da vida,
nela incluída a preservação da saúde e do meio- Seção II
ambiente. Da Composição e da Competência do Sistema
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as Nacional de Trânsito
ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos,
as passagens, as estradas e as rodovias, que Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito
terão seu uso regulamentado pelo órgão ou os seguintes órgãos e entidades:
entidade com circunscrição sobre elas, de acordo I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN,
com as peculiaridades locais e as circunstâncias coordenador do Sistema e órgão máximo
especiais. normativo e consultivo;
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN
são consideradas vias terrestres as praias abertas e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
à circulação pública, as vias internas pertencentes CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e
aos condomínios constituídos por unidades coordenadores;
autônomas e as vias e áreas de estacionamento III - os órgãos e entidades executivos de trânsito
de estabelecimentos privados de uso coletivo. da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis Municípios;
a qualquer veículo, bem como aos proprietários, IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários
condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
e às pessoas nele expressamente mencionadas. Municípios;
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos V - a Polícia Rodoviária Federal;
para os efeitos deste Código são os constantes do VI - as Polícias Militares dos Estados e do
Anexo I. Distrito Federal; e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Art. 10-A. Poderão ser convidados a participar de
Infrações - JARI. reuniões do Contran, sem direito a voto,
Art. 7°-A. A autoridade portuária ou a entidade representantes de órgãos e entidades setoriais
concessionária de porto organizado poderá responsáveis ou impactados pelas propostas ou
celebrar convênios com os órgãos previstos no matérias em exame.
art. 7°, com a interveniência dos Municípios e Art. 12. Compete ao CONTRAN:
Estados, juridicamente interessados, para o fim I - estabelecer as normas regulamentares
específico de facilitar a autuação por referidas neste Código e as diretrizes da Política
descumprimento da legislação de trânsito. Nacional de Trânsito;
§ 1° O convênio valerá para toda a área física do II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de
porto organizado, inclusive, nas áreas dos Trânsito, objetivando a integração de suas
terminais alfandegados, nas estações de atividades;
transbordo, nas instalações portuárias públicas de IV - criar Câmaras Temáticas;
pequeno porte e nos respectivos estacionamentos V - estabelecer seu regimento interno e as
ou vias de trânsito internas. diretrizes para o funcionamento dos CETRAN e
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os CONTRANDIFE;
Municípios organizarão os respectivos órgãos e VI - estabelecer as diretrizes do regimento das
entidades executivos de trânsito e executivos JARI;
rodoviários, estabelecendo os limites VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das
circunscricionais de suas atuações. normas contidas neste Código e nas resoluções
Art. 9º O Presidente da República designará o complementares;
ministério ou órgão da Presidência responsável VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos
pela coordenação máxima do Sistema Nacional para o enquadramento das condutas
de Trânsito, ao qual estará vinculado o expressamente referidas neste Código, para a
CONTRAN e subordinado o órgão máximo fiscalização e a aplicação das medidas
executivo de trânsito da União. administrativas e das penalidades por infrações e
Art.10. O Contran, com sede no Distrito Federal, para a arrecadação das multas aplicadas e o
é composto dos Ministros de Estado responsáveis repasse dos valores arrecadados;
pelas seguintes áreas de competência: IX - responder às consultas que lhe forem
III - ciência, tecnologia e inovações; formuladas, relativas à aplicação da legislação de
IV - educação; trânsito;
V - defesa; X - normatizar os procedimentos sobre a
VI - meio ambiente; aprendizagem, habilitação, expedição de
XXII - saúde; documentos de condutores, e registro e
XXIII - justiça; licenciamento de veículos;
XXIV - relações exteriores; XI - aprovar, complementar ou alterar os
XXVI - indústria e comércio; dispositivos de sinalização e os dispositivos e
XXVII - agropecuária; equipamentos de trânsito;
XXVIII - transportes terrestres; XIII - avocar, para análise e soluções, processos
XXIX - segurança pública; e sobre conflitos de competência ou circunscrição,
XXX - mobilidade urbana. ou, quando necessário, unificar as decisões
§ 3º-A O Contran será presidido pelo Ministro de administrativas; e
Estado ao qual estiver subordinado o órgão XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e
máximo executivo de trânsito da União. competência de trânsito no âmbito da União, dos
§ 4º Os Ministros de Estado poderão fazer-se Estados e do Distrito Federal.
representar por servidores de nível hierárquico XV - normatizar o processo de formação do
igual ou superior ao Cargo Comissionado candidato à obtenção da Carteira Nacional de
Executivo (CCE) nível 17, ou por oficial-general, Habilitação, estabelecendo seu conteúdo didático-
na hipótese de tratar-se de militar. pedagógico, carga horária, avaliações, exames,
§ 5º Compete ao dirigente do órgão máximo execução e fiscalização.
executivo de trânsito da União atuar como § 1º As propostas de normas regulamentares de
Secretário-Executivo do Contran. que trata o inciso I do caput deste artigo serão
§ 6º O quórum de votação e de aprovação no submetidas a prévia consulta pública, por meio
Contran é o de maioria absoluta. da rede mundial de computadores, pelo período
mínimo de 30 (trinta) dias, antes do exame da II - elaborar normas no âmbito das respectivas
matéria pelo CONTRAN. competências;
§ 2º As contribuições recebidas na consulta III - responder a consultas relativas à aplicação da
pública de que trata o § 1º deste artigo ficarão à legislação e dos procedimentos normativos de
disposição do público pelo prazo de 2 (dois) trânsito;
anos, contado da data de encerramento da IV - estimular e orientar a execução de campanhas
consulta pública. educativas de trânsito;
§ 3º Em caso de urgência e de relevante interesse V - julgar os recursos interpostos contra
público, o Presidente do CONTRAN poderá editar decisões:
deliberação, ad referendum do Plenário, para fins a) das JARI;
do disposto no inciso I do caput. b) dos órgãos e entidades executivos estaduais,
§ 4º A deliberação de que trata o § 3º deste artigo: nos casos de inaptidão permanente constatados
I - na hipótese de não ser aprovada pelo nos exames de aptidão física, mental ou
Plenário do CONTRAN no prazo de 120 (cento e psicológica;
vinte) dias, perderá sua eficácia, com VI - indicar um representante para compor a
manutenção dos efeitos dela decorrentes; e comissão examinadora de candidatos portadores
II - não está sujeita ao disposto nos §§ 1º e 2º de deficiência física à habilitação para conduzir
deste artigo, vedada sua reedição. veículos automotores;
§ 5º Norma do CONTRAN poderá dispor sobre o VIII - acompanhar e coordenar as atividades de
uso de sinalização horizontal ou vertical que administração, educação, engenharia,
utilize técnicas de estímulos comportamentais fiscalização, policiamento ostensivo de trânsito,
para a redução de sinistros de trânsito. formação de condutores, registro e licenciamento
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos de veículos, articulando os órgãos do Sistema no
vinculados ao CONTRAN, são integradas por Estado, reportando-se ao CONTRAN;
especialistas e têm como objetivo estudar e IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e
oferecer sugestões e embasamento técnico competência de trânsito no âmbito dos Municípios;
sobre assuntos específicos para decisões X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento
daquele colegiado. das exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art.
§ 1º Cada Câmara é constituída por especialistas 333.
representantes de órgãos e entidades executivos XI - designar, em caso de recursos deferidos e na
da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e hipótese de reavaliação dos exames, junta
dos Municípios, em igual número, pertencentes ao especial de saúde para examinar os candidatos à
Sistema Nacional de Trânsito, além de habilitação para conduzir veículos automotores.
especialistas representantes dos diversos Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V,
segmentos da sociedade relacionados com o julgados pelo órgão, não cabe recurso na esfera
trânsito, todos indicados segundo regimento administrativa.
específico definido pelo CONTRAN e designados Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do
pelo ministro ou dirigente coordenador máximo do CONTRANDIFE são nomeados pelos
Sistema Nacional de Trânsito. Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
§ 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no respectivamente, e deverão ter reconhecida
parágrafo anterior, serão representados por experiência em matéria de trânsito.
pessoa jurídica e devem atender aos requisitos § 1º Os membros dos CETRAN e do
estabelecidos pelo CONTRAN. CONTRANDIFE são nomeados pelos
§ 3º A coordenação das Câmaras Temáticas será Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
exercida por representantes do órgão máximo respectivamente.
executivo de trânsito da União ou dos Ministérios § 2º Os membros do CETRAN e do
representados no Contran, conforme definido no CONTRANDIFE deverão ser pessoas de
ato de criação de cada Câmara Temática. reconhecida experiência em trânsito.
Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de § 3º O mandato dos membros do CETRAN e do
Trânsito - CETRAN e ao Conselho de Trânsito do CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a
Distrito Federal - CONTRANDIFE: recondução.
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade
normas de trânsito, no âmbito das respectivas executivos de trânsito ou rodoviário funcionarão
atribuições; Juntas Administrativas de Recursos de Infrações -
JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo delegação aos órgãos executivos dos Estados e
julgamento dos recursos interpostos contra do Distrito Federal;
penalidades por eles impostas. VIII - organizar e manter o Registro Nacional de
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, Carteiras de Habilitação - RENACH;
observado o disposto no inciso VI do art. 12, e IX - organizar e manter o Registro Nacional de
apoio administrativo e financeiro do órgão ou Veículos Automotores - RENAVAM;
entidade junto ao qual funcionem. X - organizar a estatística geral de trânsito no
Art. 17. Compete às JARI: território nacional, definindo os dados a serem
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; fornecidos pelos demais órgãos e promover sua
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de divulgação;
trânsito e executivos rodoviários informações XI - estabelecer modelo padrão de coleta de
complementares relativas aos recursos, informações sobre as ocorrências de sinistros de
objetivando uma melhor análise da situação trânsito e as estatísticas de trânsito;
recorrida; XII - administrar fundo de âmbito nacional
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos destinado à segurança e à educação de trânsito;
de trânsito e executivos rodoviários informações XIII - coordenar a administração do registro das
sobre problemas observados nas autuações e infrações de trânsito, da pontuação e das
apontados em recursos, e que se repitam penalidades aplicadas no prontuário do infrator, da
sistematicamente. arrecadação de multas e do repasse de que trata
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de o § 1º do art. 320;
trânsito da União: XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito Nacional de Trânsito informações sobre registros
e a execução das normas e diretrizes de veículos e de condutores, mantendo o fluxo
estabelecidas pelo CONTRAN, no âmbito de suas permanente de informações com os demais
atribuições; órgãos do Sistema;
II - proceder à supervisão, à coordenação, à XV - promover, em conjunto com os órgãos
correição dos órgãos delegados, ao controle e à competentes do Ministério da Educação, de
fiscalização da execução da Política Nacional de acordo com as diretrizes do CONTRAN, a
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; elaboração e a implementação de programas de
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas educação de trânsito nos estabelecimentos de
Nacionais de Trânsito, de Transporte e de ensino;
Segurança Pública, objetivando o combate à XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos
violência no trânsito, promovendo, coordenando e para a educação de trânsito;
executando o controle de ações para a XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos
preservação do ordenamento e da segurança do sobre o trânsito;
trânsito; XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a submeter à aprovação do CONTRAN, a
administração pública ou privada, referentes à complementação ou alteração da sinalização e
segurança do trânsito; dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
V - supervisionar a implantação de projetos e XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar
programas relacionados com a engenharia, os manuais e normas de projetos de
educação, administração, policiamento e implementação da sinalização, dos dispositivos e
fiscalização do trânsito e outros, visando à equipamentos de trânsito aprovados pelo
uniformidade de procedimento; CONTRAN;
VI - estabelecer procedimentos sobre a XX - expedir a permissão internacional para
aprendizagem e habilitação de condutores de conduzir veículo e o certificado de passagem nas
veículos, a expedição de documentos de alfândegas mediante delegação aos órgãos
condutores, de registro e licenciamento de executivos dos Estados e do Distrito Federal ou a
veículos; entidade habilitada para esse fim pelo poder
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira público federal;
Nacional de Habilitação, os Certificados de XXI - promover a realização periódica de reuniões
Registro e o de Licenciamento Anual mediante regionais e congressos nacionais de trânsito, bem
como propor a representação do Brasil em § 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito
congressos ou reuniões internacionais; e executivos rodoviários da União, dos Estados,
XXII - propor acordos de cooperação com do Distrito Federal e dos Municípios fornecerão,
organismos internacionais, com vistas ao obrigatoriamente, mês a mês, os dados
aperfeiçoamento das ações inerentes à segurança estatísticos para os fins previstos no inciso X.
e educação de trânsito; Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal,
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, no âmbito das rodovias e estradas federais:
treinamento e especialização do pessoal I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as
encarregado da execução das atividades de normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
engenharia, educação, policiamento ostensivo, II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
fiscalização, operação e administração de trânsito, operações relacionadas com a segurança pública,
propondo medidas que estimulem a pesquisa com o objetivo de preservar a ordem,
científica e o ensino técnico-profissional de incolumidade das pessoas, o patrimônio da União
interesse do trânsito, e promovendo a sua e o de terceiros;
realização; III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as
XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao penalidades de advertência por escrito e multa e
trânsito interestadual e internacional; as medidas administrativas cabíveis, com a
XXV - elaborar e submeter à aprovação do notificação dos infratores e a arrecadação das
CONTRAN as normas e requisitos de segurança multas aplicadas e dos valores provenientes de
veicular para fabricação e montagem de veículos, estadia e remoção de veículos, objetos e animais
consoante sua destinação; e de escolta de veículos de cargas
XXVI - estabelecer procedimentos para a superdimensionadas ou perigosas;
concessão do código marca-modelo dos veículos IV - efetuar levantamento dos locais de sinistros
para efeito de registro, emplacamento e de trânsito e dos serviços de atendimento, socorro
licenciamento; e salvamento de vítimas;
XXVII - instruir os recursos interpostos das V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e
decisões do CONTRAN, ao ministro ou dirigente adotar medidas de segurança relativas aos
coordenador máximo do Sistema Nacional de serviços de remoção de veículos, escolta e
Trânsito; transporte de carga indivisível;
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação VI - assegurar a livre circulação nas rodovias
de trânsito e submetê-los, com proposta de federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a
solução, ao Ministério ou órgão coordenador adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo
máximo do Sistema Nacional de Trânsito; cumprimento das normas legais relativas ao direito
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, de vizinhança, promovendo a interdição de
administrativo e financeiro ao CONTRAN. construções e instalações não autorizadas;
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos
Infrações de Trânsito (Renainf). sobre sinistros de trânsito e suas causas,
XXXI - organizar e manter o Registro Nacional de adotando ou indicando medidas operacionais
Sinistros e Estatísticas de Trânsito (Renaest). preventivas e encaminhando-os ao órgão
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a rodoviário federal;;
deficiência técnica ou administrativa ou a prática VIII - implementar as medidas da Política Nacional
constante de atos de improbidade contra a fé de Segurança e Educação de Trânsito;
pública, contra o patrimônio ou contra a IX - promover e participar de projetos e programas
administração pública, o órgão executivo de de educação e segurança, de acordo com as
trânsito da União, mediante aprovação do diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
CONTRAN, assumirá diretamente ou por X - integrar-se a outros órgãos e entidades do
delegação, a execução total ou parcial das Sistema Nacional de Trânsito para fins de
atividades do órgão executivo de trânsito estadual arrecadação e compensação de multas impostas
que tenha motivado a investigação, até que as na área de sua competência, com vistas à
irregularidades sejam sanadas. unificação do licenciamento, à simplificação e à
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de celeridade das transferências de veículos e de
trânsito da União disporá sobre sua estrutura prontuários de condutores de uma para outra
organizacional e seu funcionamento. unidade da Federação;
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do
ruído produzidos pelos veículos automotores ou Sistema Nacional de Trânsito para fins de
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no arrecadação e compensação de multas impostas
art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às na área de sua competência, com vistas à
ações específicas dos órgãos ambientais. unificação do licenciamento, à simplificação e à
XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito celeridade das transferências de veículos e de
de dirigir, quando prevista de forma específica prontuários de condutores de uma para outra
para a infração cometida, e comunicar a aplicação unidade da Federação;
da penalidade ao órgão máximo executivo de XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e
trânsito da União. ruído produzidos pelos veículos automotores ou
XIII - realizar perícia administrativa nos locais de pela sua carga, de acordo com o estabelecido no
sinistros de trânsito. art. 66, além de dar apoio às ações específicas
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades dos órgãos ambientais locais, quando solicitado;
executivos rodoviários da União, dos Estados, XIV - vistoriar veículos que necessitem de
do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de autorização especial para transitar e estabelecer
sua circunscrição: os requisitos técnicos a serem observados para a
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as circulação desses veículos.
normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; XV - aplicar a penalidade de suspensão do direito
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o de dirigir, quando prevista de forma específica
trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e para a infração cometida, e comunicar a aplicação
promover o desenvolvimento da circulação e da da penalidade ao órgão máximo executivo de
segurança de ciclistas; trânsito da União.
III - implantar, manter e operar o sistema de Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades
sinalização, os dispositivos e os equipamentos de executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
controle viário; Federal, no âmbito de sua circunscrição:
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as
sinistros de trânsito e suas causas; normas de trânsito, no âmbito das respectivas
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de atribuições;
policiamento ostensivo de trânsito, as respectivas II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de
diretrizes para o policiamento ostensivo de formação, de aperfeiçoamento, de reciclagem e de
trânsito; suspensão de condutores e expedir e cassar
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir
aplicar as penalidades de advertência, por escrito, e Carteira Nacional de Habilitação, mediante
e ainda as multas e medidas administrativas delegação do órgão máximo executivo de trânsito
cabíveis, notificando os infratores e arrecadando da União;
as multas que aplicar; III - vistoriar, inspecionar as condições de
VII - arrecadar valores provenientes de estada e segurança veicular, registrar, emplacar e licenciar
remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos, com a expedição dos Certificados de
veículos de cargas superdimensionadas ou Registro de Veículo e de Licenciamento Anual,
perigosas; mediante delegação do órgão máximo executivo
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e de trânsito da União;
medidas administrativas cabíveis, relativas a IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias
infrações por excesso de peso, dimensões e Militares, as diretrizes para o policiamento
lotação dos veículos, bem como notificar e ostensivo de trânsito;
arrecadar as multas que aplicar; V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no aplicar as medidas administrativas cabíveis pelas
art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando infrações previstas neste Código, excetuadas
as multas nele previstas; aquelas de competência privativa dos órgãos e
X - implementar as medidas da Política Nacional entidades executivos de trânsito dos Municípios
de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; previstas no § 4º do art. 24 deste Código, no
XI - promover e participar de projetos e programas exercício regular do poder de polícia de trânsito;
de educação e segurança, de acordo com as VI - aplicar as penalidades por infrações previstas
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; neste Código, excetuadas aquelas de
competência privativa dos órgãos e entidades
executivos de trânsito dos Municípios previstas no II - a infração previr a penalidade de suspensão
§ 4º do art. 24 deste Código, notificando os do direito de dirigir de forma específica e a
infratores e arrecadando as multas que aplicar; autuação tiver sido efetuada pelo próprio órgão
VII - arrecadar valores provenientes de estada e executivo estadual de trânsito.
remoção de veículos e objetos; § 2º Compete privativamente aos órgãos ou
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da entidades executivos de trânsito dos Estados e do
União a suspensão e a cassação do direito de Distrito Federal executar a fiscalização de trânsito,
dirigir e o recolhimento da Carteira Nacional de autuar e aplicar as medidas administrativas e
Habilitação; penalidades previstas nos arts. 165-D, 233, 240,
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos 241, 242 e 243 e no § 5º do art. 330 deste Código
sobre sinistros de trânsito e suas causas; Art. 23. Compete às Polícias Militares dos
X - credenciar órgãos ou entidades para a Estados e do Distrito Federal:
execução de atividades previstas na legislação de III - executar a fiscalização de trânsito, quando e
trânsito, na forma estabelecida em norma do conforme convênio firmado, como agente do
CONTRAN; órgão ou entidade executivos de trânsito ou
XI - implementar as medidas da Política Nacional executivos rodoviários, concomitantemente com
de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; os demais agentes credenciados;
XII - promover e participar de projetos e Art. 24. Compete aos órgãos e entidades
programas de educação e segurança de trânsito executivos de trânsito dos Municípios, no
de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo âmbito de sua circunscrição:
CONTRAN; I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
Sistema Nacional de Trânsito para fins de II - planejar, projetar, regulamentar e operar o
arrecadação e compensação de multas impostas trânsito de veículos, de pedestres e de animais e
na área de sua competência, com vistas à promover o desenvolvimento, temporário ou
unificação do licenciamento, à simplificação e à definitivo, da circulação, da segurança e das áreas
celeridade das transferências de veículos e de de proteção de ciclistas;
prontuários de condutores de uma para outra III - implantar, manter e operar o sistema de
unidade da Federação; sinalização, os dispositivos e os equipamentos de
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos controle viário;
de trânsito e executivos rodoviários municipais, os IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos
dados cadastrais dos veículos registrados e dos sobre os sinistros de trânsito e suas causas;
condutores habilitados, para fins de imposição e V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de
notificação de penalidades e de arrecadação de polícia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o
multas nas áreas de suas competências; policiamento ostensivo de trânsito;
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e VI - executar a fiscalização de trânsito em vias
ruído produzidos pelos veículos automotores ou terrestres, edificações de uso público e edificações
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as
art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às penalidades de advertência por escrito e multa e
ações específicas dos órgãos ambientais locais; as medidas administrativas cabíveis pelas
XVI - articular-se com os demais órgãos do infrações previstas neste Código, excetuadas
Sistema Nacional de Trânsito no Estado, sob aquelas de competência privativa dos órgãos ou
coordenação do respectivo CETRAN. entidades executivos de trânsito dos Estados e do
XVII - criar, implantar e manter escolas públicas de Distrito Federal previstas no § 2º do art. 22 deste
trânsito, destinadas à educação de crianças, Código, notificando os infratores e arrecadando as
adolescentes, jovens e adultos, por meio de aulas multas que aplicar;
teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no
comportamento no trânsito. art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando
§ 1º. As competências descritas no inciso II do as multas nele previstas;
caput deste artigo relativas ao processo de X - implantar, manter e operar sistema de
suspensão de condutores serão exercidas estacionamento rotativo pago nas vias;
quando: XI - arrecadar valores provenientes de estada e
I - o condutor atingir o limite de pontos remoção de veículos e objetos, e escolta de
estabelecido no inciso I do art. 261 deste Código;
veículos de cargas superdimensionadas ou § 1º As competências relativas a órgão ou
perigosas; entidade municipal serão exercidas no Distrito
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e Federal por seu órgão ou entidade executivos de
adotar medidas de segurança relativas aos trânsito.
serviços de remoção de veículos, escolta e § 2º Para exercer as competências estabelecidas
transporte de carga indivisível; neste artigo, os Municípios deverão integrar-se
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do ao Sistema Nacional de Trânsito, por meio de
Sistema Nacional de Trânsito para fins de órgão ou entidade executivos de trânsito ou
arrecadação e compensação de multas impostas diretamente por meio da prefeitura municipal,
na área de sua competência, com vistas à conforme previsto no art. 333 deste Código.
unificação do licenciamento, à simplificação e à § 3º O exercício das atribuições previstas no inciso
celeridade das transferências de veículos e de VI do caput deste artigo no âmbito de edificações
prontuários dos condutores de uma para outra privadas de uso coletivo somente se aplica para
unidade da Federação; infrações de uso de vagas reservadas em
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de estacionamentos.
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; § 4º Compete privativamente aos órgãos e
XV - promover e participar de projetos e entidades executivos de trânsito dos Municípios,
programas de educação e segurança de trânsito no âmbito de sua circunscrição, executar a
de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
CONTRAN; medidas administrativas e penalidades previstas
XVI - planejar e implantar medidas para redução nos arts. 95, 181, 182, 183, 218 e 219, nos incisos
da circulação de veículos e reorientação do V e X do caput do art. 231 e nos arts. 245, 246 e
tráfego, com o objetivo de diminuir a emissão 279-A deste Código.
global de poluentes; Art. 24-A. Compete concorrentemente aos
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, órgãos e entidades executivos de trânsito dos
veículos de tração e propulsão humana e de Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar
penalidades e arrecadando multas decorrentes de as medidas administrativas e penalidades
infrações; previstas neste Código, observado o disposto no §
XVIII - conceder autorização para conduzir 2º do art. 22 e no § 4º do art. 24 deste Código.
veículos de propulsão humana e de tração animal; Parágrafo único. As competências privativas
XIX - articular-se com os demais órgãos do previstas no § 2º do art. 22 e no § 4º do art. 24
Sistema Nacional de Trânsito no Estado, sob podem ser delegadas por meio do convênio de
coordenação do respectivo CETRAN; que trata o art. 25 deste Código
XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do
ruído produzidos pelos veículos automotores ou Sistema Nacional de Trânsito poderão celebrar
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no convênio delegando as atividades previstas neste
art. 66, além de dar apoio às ações específicas de Código, com vistas à maior eficiência e à
órgão ambiental local, quando solicitado; segurança para os usuários da via.
XXI - vistoriar veículos que necessitem de § 1º Os órgãos e entidades de trânsito poderão
autorização especial para transitar e estabelecer prestar serviços de capacitação técnica,
os requisitos técnicos a serem observados para a assessoria e monitoramento das atividades
circulação desses veículos. relativas ao trânsito durante prazo a ser
XXII - aplicar a penalidade de suspensão do direito estabelecido entre as partes, com ressarcimento
de dirigir, quando prevista de forma específica dos custos apropriados.
para a infração cometida, e comunicar a aplicação § 2º Quando não houver órgão ou entidade
da penalidade ao órgão máximo executivo de executivos de trânsito no respectivo Município, o
trânsito da União; convênio de que trata o caput deste artigo poderá
XXIII - criar, implantar e manter escolas públicas ser celebrado diretamente pela prefeitura
de trânsito, destinadas à educação de crianças, municipal com órgão ou entidade que integre o
adolescentes, jovens e adultos, por meio de aulas Sistema Nacional de Trânsito, permitido, inclusive,
teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e o consórcio com outro ente federativo.
comportamento no trânsito. Art. 25-A. Os agentes dos órgãos policiais da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a
que se referem o inciso IV do caput do art. 51 e o terá preferência de passagem:
inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de
Federal , respectivamente, mediante convênio rodovia, aquele que estiver circulando por ela;
com o órgão ou entidade de trânsito com b) no caso de rotatória, aquele que estiver
circunscrição sobre a via, poderão lavrar auto de circulando por ela;
infração de trânsito e remetê-lo ao órgão c) nos demais casos, o que vier pela direita do
competente, nos casos em que a infração condutor;
cometida nas adjacências do Congresso Nacional IV - quando uma pista de rolamento comportar
ou nos locais sob sua responsabilidade várias faixas de circulação no mesmo sentido, são
comprometer objetivamente os serviços ou colocar as da direita destinadas ao deslocamento dos
em risco a incolumidade das pessoas ou o veículos mais lentos e de maior porte, quando
patrimônio das respectivas Casas Legislativas. não houver faixa especial a eles destinada, e as
Parágrafo único. Para atuarem na fiscalização de da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao
trânsito, os agentes mencionados no caput deste deslocamento dos veículos de maior velocidade;
artigo deverão receber treinamento específico V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas
para o exercício das atividades, conforme e nos acostamentos, só poderá ocorrer para que
regulamentação do Contran. se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas
especiais de estacionamento;
CAPÍTULO III VI - os veículos precedidos de batedores terão
Das Normas Gerais De Circulação E Conduta prioridade de passagem, respeitadas as demais
normas de circulação;
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem: VII - os veículos destinados a socorro de incêndio
I - abster-se de todo ato que possa constituir e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e
perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de operação de trânsito e as ambulâncias, além de
pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a prioridade no trânsito, gozam de livre circulação,
propriedades públicas ou privadas; estacionamento e parada, quando em serviço de
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo urgência, de policiamento ostensivo ou de
perigoso, atirando, depositando ou abandonando preservação da ordem pública, observadas as
na via objetos ou substâncias, ou nela criando seguintes disposições:
qualquer outro obstáculo. a) quando os dispositivos regulamentares de
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação alarme sonoro e iluminação intermitente estiverem
nas vias públicas, o condutor deverá verificar a acionados, indicando a proximidade dos veículos,
existência e as boas condições de funcionamento todos os condutores deverão deixar livre a
dos equipamentos de uso obrigatório, bem como passagem pela faixa da esquerda, indo para a
assegurar-se da existência de combustível direita da via e parando, se necessário;
suficiente para chegar ao local de destino. b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter avistarem a luz intermitente, deverão aguardar no
domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e passeio e somente atravessar a via quando o
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. veículo já tiver passado pelo local;
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de
abertas à circulação obedecerá às seguintes iluminação intermitente somente poderá ocorrer
normas: por ocasião da efetiva prestação de serviço de
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, urgência;
admitindo-se as exceções devidamente d) a prioridade de passagem na via e no
sinalizadas; cruzamento deverá se dar com velocidade
II - o condutor deverá guardar distância de reduzida e com os devidos cuidados de
segurança lateral e frontal entre o seu e os segurança, obedecidas as demais normas deste
demais veículos, bem como em relação ao bordo Código;
da pista, considerando-se, no momento, a e) as prerrogativas de livre circulação e de parada
velocidade e as condições do local, da circulação, serão aplicadas somente quando os veículos
do veículo e as condições climáticas; estiverem identificados por dispositivos
III - quando veículos, transitando por fluxos que se regulamentares de alarme sonoro e iluminação
cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, intermitente;
f) a prerrogativa de livre estacionamento será sempre responsáveis pela segurança dos
aplicada somente quando os veículos estiverem menores, os motorizados pelos não motorizados
identificados por dispositivos regulamentares de e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
iluminação intermitente; § 3º Compete ao CONTRAN regulamentar os
VIII - os veículos prestadores de serviços de dispositivos de alarme sonoro e iluminação
utilidade pública, quando em atendimento na via, intermitente previstos no inciso VII do caput deste
gozam de livre parada e estacionamento no artigo.
local da prestação de serviço, desde que § 4º Em situações especiais, ato da autoridade
devidamente sinalizados, devendo estar máxima federal de segurança pública poderá
identificados na forma estabelecida pelo dispor sobre a aplicação das exceções tratadas no
CONTRAN; inciso VII do caput deste artigo aos veículos
IX - a ultrapassagem de outro veículo em oficiais descaracterizados.
movimento deverá ser feita pela esquerda, Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro
obedecida a sinalização regulamentar e as demais que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo,
normas estabelecidas neste Código, exceto deverá:
quando o veículo a ser ultrapassado estiver I - se estiver circulando pela faixa da esquerda,
sinalizando o propósito de entrar à esquerda; deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma marcha;
ultrapassagem, certificar-se de que: II - se estiver circulando pelas demais faixas,
a) nenhum condutor que venha atrás haja manter-se naquela na qual está circulando, sem
começado uma manobra para ultrapassá-lo; acelerar a marcha.
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando
não haja indicado o propósito de ultrapassar um em fila, deverão manter distância suficiente entre
terceiro; si para permitir que veículos que os ultrapassem
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre possam se intercalar na fila com segurança.
numa extensão suficiente para que sua manobra Art. 31. O condutor que tenha o propósito de
não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que ultrapassar um veículo de transporte coletivo que
venha em sentido contrário; esteja parado, efetuando embarque ou
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem desembarque de passageiros, deverá reduzir a
deverá: velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou
a) indicar com antecedência a manobra parar o veículo com vistas à segurança dos
pretendida, acionando a luz indicadora de direção pedestres.
do veículo ou por meio de gesto convencional de Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar
braço; veículos em vias com duplo sentido de direção e
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais pista única, nos trechos em curvas e em aclives
ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma sem visibilidade suficiente, nas passagens de
distância lateral de segurança; nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa pedestres, exceto quando houver sinalização
de trânsito de origem, acionando a luz indicadora permitindo a ultrapassagem.
de direção do veículo ou fazendo gesto Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o
convencional de braço, adotando os cuidados condutor não poderá efetuar ultrapassagem.
necessários para não pôr em perigo ou obstruir o Art. 34. O condutor que queira executar uma
trânsito dos veículos que ultrapassou; manobra deverá certificar-se de que pode
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos executá-la sem perigo para os demais usuários da
terão preferência de passagem sobre os demais, via que o seguem, precedem ou vão cruzar com
respeitadas as normas de circulação. ele, considerando sua posição, sua direção e sua
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas velocidade.
alíneas “a” e “b” do inciso X e “a” e “b” do inciso XI Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que
aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser implique um deslocamento lateral, o condutor
realizada tanto pela faixa da esquerda como pela deverá indicar seu propósito de forma clara e com
da direita. a devida antecedência, por meio da luz indicadora
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e de direção de seu veículo, ou fazendo gesto
conduta estabelecidas neste artigo, em ordem convencional de braço.
decrescente, os veículos de maior porte serão
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento existência de risco à segurança para os veículos
lateral a transposição de faixas, movimentos de que circulam no sentido contrário;
conversão à direita, à esquerda e retornos. V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, seguintes situações:
procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá a) em imobilizações ou situações de emergência;
dar preferência aos veículos e pedestres que por b) quando a regulamentação da via assim o
ela estejam transitando. determinar;
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a VI - durante a noite, em circulação, o condutor
conversão à esquerda e a operação de retorno manterá acesa a luz de placa;
deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes
estes não existirem, o condutor deverá aguardar de posição quando o veículo estiver parado para
no acostamento, à direita, para cruzar a pista com fins de embarque ou desembarque de passageiros
segurança. e carga ou descarga de mercadorias.
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, § 1º Os veículos de transporte coletivo de
em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor passageiros, quando circularem em faixas ou
deverá: pistas a eles destinadas, e as motocicletas,
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de
máximo possível do bordo direito da pista e farol de luz baixa durante o dia e à noite.
executar sua manobra no menor espaço possível; § 2º Os veículos que não dispuserem de luzes de
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se rodagem diurna deverão manter acesos os faróis
o máximo possível de seu eixo ou da linha nas rodovias de pista simples situadas fora dos
divisória da pista, quando houver, caso se trate de perímetros urbanos, mesmo durante o dia.
uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer
bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um uso de buzina, desde que em toque breve, nas
só sentido. seguintes situações:
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança I - para fazer as advertências necessárias a fim de
de direção, o condutor deverá ceder passagem evitar sinistros;
aos pedestres e ciclistas, aos veículos que II - fora das áreas urbanas, quando for
transitem em sentido contrário pela pista da via da conveniente advertir a um condutor que se tem o
qual vai sair, respeitadas as normas de propósito de ultrapassá-lo.
preferência de passagem. Art. 42. Nenhum condutor deverá frear
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno bruscamente seu veículo, salvo por razões de
deverá ser feita nos locais para isto determinados, segurança.
quer por meio de sinalização, quer pela existência Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor
de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais deverá observar constantemente as condições
que ofereçam condições de segurança e fluidez, físicas da via, do veículo e da carga, as condições
observadas as características da via, do veículo, meteorológicas e a intensidade do trânsito,
das condições meteorológicas e da movimentação obedecendo aos limites máximos de
de pedestres e ciclistas. velocidade estabelecidos para a via, além de:
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às I - não obstruir a marcha normal dos demais
seguintes determinações: veículos em circulação sem causa justificada,
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, transitando a uma velocidade anormalmente
por meio da utilização da luz baixa: reduzida;
a) à noite; II - sempre que quiser diminuir a velocidade de
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, seu veículo deverá antes certificar-se de que pode
neblina ou cerração; fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar outros condutores, a não ser que haja perigo
luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao iminente;
segui-lo; III - indicar, de forma clara, com a antecedência
III - a troca de luz baixa e alta, de forma necessária e a sinalização devida, a manobra de
intermitente e por curto período de tempo, com o redução de velocidade.
objetivo de advertir outros motoristas, só poderá Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de
ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar cruzamento, o condutor do veículo deve
o veículo que segue à frente ou para indicar a demonstrar prudência especial, transitando em
velocidade moderada, de forma que possa deter Parágrafo único. O embarque e o desembarque
seu veículo com segurança para dar passagem a devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto
pedestre e a veículos que tenham o direito de para o condutor.
preferência. Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das
Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à áreas adjacentes às estradas e rodovias
direita diante de sinal vermelho do semáforo onde obedecerá às condições de segurança do trânsito
houver sinalização indicativa que permita essa estabelecidas pelo órgão ou entidade com
conversão, observados os arts. 44, 45 e 70 deste circunscrição sobre a via.
Código. Art. 51. Nas vias internas pertencentes a
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do condomínios constituídos por unidades
semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor autônomas, a sinalização de regulamentação da
pode entrar em uma interseção se houver via será implantada e mantida às expensas do
possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo condomínio, após aprovação dos projetos pelo
na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
passagem do trânsito transversal. Art. 52. Os veículos de tração animal serão
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização conduzidos pela direita da pista, junto à guia da
temporária de um veículo no leito viário, em calçada (meio-fio) ou acostamento, sempre que
situação de emergência, deverá ser providenciada não houver faixa especial a eles destinada,
a imediata sinalização de advertência, na forma devendo seus condutores obedecer, no que
estabelecida pelo CONTRAN. couber, às normas de circulação previstas neste
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, Código e às que vierem a ser fixadas pelo órgão
a parada deverá restringir-se ao tempo ou entidade com circunscrição sobre a via.
indispensável para embarque ou desembarque de Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só
passageiros, desde que não interrompa ou podem circular nas vias quando conduzidos por
perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de um guia, observado o seguinte:
pedestres. I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos
Parágrafo único. A operação de carga ou deverão ser divididos em grupos de tamanho
descarga será regulamentada pelo órgão ou moderado e separados uns dos outros por
entidade com circunscrição sobre a via e é espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
considerada estacionamento. II - os animais que circularem pela pista de
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou rolamento deverão ser mantidos junto ao bordo da
descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá pista.
ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas
bordo da pista de rolamento e junto à guia da e ciclomotores só poderão circular nas vias:
calçada (meio-fio), admitidas as exceções I - utilizando capacete de segurança, com viseira
devidamente sinalizadas. ou óculos protetores;
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os II - segurando o guidom com as duas mãos;
veículos parados, estacionados ou em operação III - usando vestuário de proteção, de acordo com
de carga ou descarga deverão estar situados fora as especificações do CONTRAN.
da pista de rolamento. Art. 55. Os passageiros de motocicletas,
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados motonetas e ciclomotores só poderão ser
de duas rodas será feito em posição perpendicular transportados:
à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo I - utilizando capacete de segurança;
quando houver sinalização que determine outra II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em
condição. assento suplementar atrás do condutor;
§ 3º O estacionamento dos veículos sem III - usando vestuário de proteção, de acordo com
abandono do condutor poderá ser feito somente as especificações do CONTRAN.
nos locais previstos neste Código ou naqueles Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos
regulamentados por sinalização específica. pela direita da pista de rolamento,
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão preferencialmente no centro da faixa mais à direita
abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer ou no bordo direito da pista sempre que não
do veículo sem antes se certificarem de que isso houver acostamento ou faixa própria a eles
não constitui perigo para eles e para outros destinada, proibida a sua circulação nas vias de
usuários da via.
trânsito rápido e sobre as calçadas das vias 2. 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para
urbanas. os demais veículos;
Parágrafo único. Quando uma via comportar b) nas rodovias de pista simples:
duas ou mais faixas de trânsito e a da direita for 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para
destinada ao uso exclusivo de outro tipo de automóveis, camionetas, caminhonetes e
veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa motocicletas;
adjacente à da direita. 2. (2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista os demais veículos;
dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros
quando não houver ciclovia, ciclo faixa, ou por hora).
acostamento, ou quando não for possível a § 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário
utilização destes, nos bordos da pista de com circunscrição sobre a via poderá
rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentar, por meio de sinalização,
regulamentado para a via, com preferência sobre velocidades superiores ou inferiores àquelas
os veículos automotores. estabelecidas no parágrafo anterior.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser
circunscrição sobre a via poderá autorizar a inferior à metade da velocidade máxima
circulação de bicicletas no sentido contrário ao estabelecida, respeitadas as condições
fluxo dos veículos automotores, desde que operacionais de trânsito e da via.
dotado o trecho com ciclo faixa. Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez)
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e
sinalizado pelo órgão ou entidade com quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser
circunscrição sobre a via, será permitida a transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo
circulação de bicicletas nos passeios. de retenção adequado para cada idade, peso e
Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo altura, salvo exceções relacionadas a tipos
com sua utilização, classificam-se em: específicos de veículos regulamentadas pelo
I - vias urbanas: Contran.
a) via de trânsito rápido; Parágrafo único. O Contran disciplinará o uso
b) via arterial; excepcional de dispositivos de retenção no banco
c) via coletora; dianteiro do veículo e as especificações técnicas
d) via local; dos dispositivos de retenção a que se refere o
II - vias rurais: caput deste artigo.
a) rodovias; Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de
b) estradas. segurança para condutor e passageiros em todas
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via as vias do território nacional, salvo em situações
será indicada por meio de sinalização, obedecidas regulamentadas pelo CONTRAN.
suas características técnicas e as condições de Art. 67. As provas ou competições desportivas,
trânsito. inclusive seus ensaios, em via aberta à circulação,
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, só poderão ser realizadas mediante prévia
a velocidade máxima será de: permissão da autoridade de trânsito com
I - nas vias urbanas: circunscrição sobre a via e dependerão de:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de I - autorização expressa da respectiva
trânsito rápido: confederação desportiva ou de entidades
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias estaduais a ela filiadas;
arteriais; II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias materiais à via;
coletoras; III - contrato de seguro contra riscos e sinistros em
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; favor de terceiros;
II - nas vias rurais: IV - prévio recolhimento do valor correspondente
a) nas rodovias de pista dupla: aos custos operacionais em que o órgão ou
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) entidade permissionária incorrerá.
para automóveis, camionetas, caminhonetes e Parágrafo único. A autoridade com circunscrição
motocicletas; sobre a via arbitrará os valores mínimos da
caução ou fiança e do contrato de seguro.
CAPÍTULO III-A § 7° Nenhum transportador de cargas ou coletivo
Da Condução De Veículos Por Motoristas de passageiros, embarcador, consignatário de
Profissionais cargas, operador de terminais de carga, operador
de transporte multimodal de cargas ou agente de
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos cargas ordenará a qualquer motorista a seu
motoristas profissionais: serviço, ainda que subcontratado, que conduza
I - de transporte rodoviário coletivo de veículo referido no caput sem a observância do
passageiros; disposto no § 6°.
II - de transporte rodoviário de cargas. § 8º Regulamentação do CONTRAN definirá as
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional situações excepcionais de inobservância
dirigir por mais de 5 (cinco) horas e meia justificada do tempo de direção e de descanso
ininterruptas veículos de transporte rodoviário pelos motoristas profissionais condutores de
coletivo de passageiros ou de transporte veículos ou composições de transporte rodoviário
rodoviário de cargas. de cargas justificadas por indisponibilidade de
§ 1° Serão observados 30 (trinta) minutos para pontos de parada e de descanso na rota
descanso dentro de cada 6 (seis) horas na programada para a viagem ou por exaurimento
condução de veículo de transporte de carga, das vagas de estacionamento neles disponíveis.
sendo facultado o seu fracionamento e o do § 9º O órgão competente da União ou, conforme o
tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 caso, a autoridade do ente da Federação com
(cinco) horas e meia contínuas no exercício da circunscrição sobre a via publicará e revisará,
condução. periodicamente, relação dos espaços destinados a
§ 1°-A.Serão observados 30 (trinta) minutos para pontos de parada e de descanso disponibilizados
descanso a cada 4 (quatro) horas na condução aos motoristas profissionais condutores de
de veículo rodoviário de passageiros, sendo veículos ou composições de transporte rodoviário
facultado o seu fracionamento e o do tempo de de cargas, especialmente entre os previstos no
direção. art. 10 da Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015,
§ 2° Em situações excepcionais de inobservância indicando o número de vagas de estacionamento
justificada do tempo de direção, devidamente disponíveis em cada localidade.
registradas, o tempo de direção poderá ser Art. 67-E. O motorista profissional é responsável
elevado pelo período necessário para que o por controlar e registrar o tempo de condução
condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar estipulado no art. 67-C, com vistas à sua estrita
que ofereça a segurança e o atendimento observância.
demandados, desde que não haja § 1° A não observância dos períodos de descanso
comprometimento da segurança rodoviária. estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista
§ 3° O condutor é obrigado, dentro do período profissional às penalidades daí decorrentes,
de 24 (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo previstas neste Código.
de 11 (onze) horas de descanso, que podem ser § 1º-A.Não estará sujeito às penalidades previstas
fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com neste Código o motorista profissional condutor de
os intervalos mencionados no § 1°, observadas no veículos ou composições de transporte rodoviário
primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de de cargas que não observar os períodos de
descanso. direção e de descanso quando ocorrer a situação
§ 4° Entende-se como tempo de direção ou de excepcional descrita no § 8º do art. 67-C deste
condução apenas o período em que o condutor Código.
estiver efetivamente ao volante, em curso entre a § 2° O tempo de direção será controlado mediante
origem e o destino. registrador instantâneo inalterável de
§ 5° Entende-se como início de viagem a partida velocidade e tempo e, ou por meio de anotação
do veículo na ida ou no retorno, com ou sem em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de
carga, considerando-se como sua continuação as trabalho externo, ou por meios eletrônicos
partidas nos dias subsequentes até o destino. instalados no veículo, conforme norma do
§ 6° O condutor somente iniciará uma viagem Contran.
após o cumprimento integral do intervalo de § 3° O equipamento eletrônico ou registrador
descanso previsto no § 3° deste artigo. deverá funcionar de forma independente de
qualquer interferência do condutor, quanto aos
dados registrados.
§ 4° A guarda, a preservação e a exatidão das I - onde não houver faixa ou passagem, o
informações contidas no equipamento registrador cruzamento da via deverá ser feito em sentido
instantâneo inalterável de velocidade e de tempo perpendicular ao de seu eixo;
são de responsabilidade do condutor. II - para atravessar uma passagem sinalizada
para pedestres ou delimitada por marcas sobre
CAPÍTULO IV a pista:
Dos Pedestres E Condutores De Veículos Não a) onde houver foco de pedestres, obedecer às
Motorizados indicações das luzes;
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa
passeios ou passagens apropriadas das vias o fluxo de veículos;
urbanas e dos acostamentos das vias rurais para III - nas interseções e em suas proximidades,
circulação, podendo a autoridade competente onde não existam faixas de travessia, os
permitir a utilização de parte da calçada para pedestres devem atravessar a via na continuação
outros fins, desde que não seja prejudicial ao da calçada, observadas as seguintes normas:
fluxo de pedestres. a) não deverão adentrar na pista sem antes se
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta certificar de que podem fazê-lo sem obstruir o
equipara-se ao pedestre em direitos e deveres. trânsito de veículos;
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os
passeios ou quando não for possível a utilização pedestres não deverão aumentar o seu percurso,
destes, a circulação de pedestres na pista de demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.
rolamento será feita com prioridade sobre os Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando
veículos, pelos bordos da pista, em fila única, a via sobre as faixas delimitadas para esse fim
exceto em locais proibidos pela sinalização e nas terão prioridade de passagem, exceto nos locais
situações em que a segurança ficar com sinalização semafórica, onde deverão ser
comprometida. respeitadas as disposições deste Código.
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver Parágrafo único. Nos locais em que houver
acostamento ou quando não for possível a sinalização semafórica de controle de passagem
utilização dele, a circulação de pedestres, na pista será dada preferência aos pedestres que não
de rolamento, será feita com prioridade sobre os tenham concluído a travessia, mesmo em caso de
veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em mudança do semáforo liberando a passagem dos
sentido contrário ao deslocamento de veículos, veículos.
exceto em locais proibidos pela sinalização e nas Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição
situações em que a segurança ficar sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e
comprometida. passagens de pedestres em boas condições de
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas visibilidade, higiene, segurança e sinalização
obras de arte a serem construídas, deverá ser
previsto passeio destinado à circulação dos CAPÍTULO V
pedestres, que não deverão, nessas condições, Do Cidadão
usar o acostamento.
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o
passagem para pedestres, o órgão ou entidade direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou
com circunscrição sobre a via deverá assegurar a entidades do Sistema Nacional de Trânsito,
devida sinalização e proteção para circulação de sinalização, fiscalização e implantação de
pedestres. equipamentos de segurança, bem como sugerir
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o alterações em normas, legislação e outros
pedestre tomará precauções de segurança, assuntos pertinentes a este Código.
levando em conta, principalmente, a visibilidade, a Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao
distância e a velocidade dos veículos, utilizando Sistema Nacional de Trânsito têm o dever de
sempre as faixas ou passagens a ele destinadas analisar as solicitações e responder, por escrito,
sempre que estas existirem numa distância de dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade
até cinquenta metros dele, observadas as ou não de atendimento, esclarecendo ou
seguintes disposições: justificando a análise efetuada, e, se pertinente,
informando ao solicitante quando tal evento I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um
ocorrerá. currículo interdisciplinar com conteúdo
Parágrafo único. As campanhas de trânsito programático sobre segurança de trânsito;
devem esclarecer quais as atribuições dos órgãos II - a adoção de conteúdos relativos à educação
e entidades pertencentes ao Sistema Nacional de para o trânsito nas escolas de formação para o
Trânsito e como proceder a tais solicitações. magistério e o treinamento de professores e
multiplicadores;
CAPÍTULO VI III - a criação de corpos técnicos interprofissionais
Da Educação Para O Trânsito para levantamento e análise de dados estatísticos
relativos ao trânsito;
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de IV - a elaboração de planos de redução de
todos e constitui dever prioritário para os sinistros de trânsito com os núcleos
componentes do Sistema Nacional de Trânsito. interdisciplinares universitários de trânsito, com
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação vistas à integração universidades-sociedade na
educacional em cada órgão ou entidade área de trânsito.
componente do Sistema Nacional de Trânsito. Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito,
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito caberá ao Ministério da Saúde, mediante proposta
deverão promover, dentro de sua estrutura do CONTRAN, estabelecer campanha nacional
organizacional ou mediante convênio, o para esclarecer condutas a serem seguidas nos
funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, primeiros socorros em caso de sinistros de
nos moldes e padrões estabelecidos pelo trânsito.
CONTRAN. Parágrafo único. As campanhas terão caráter
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, permanente por intermédio do Sistema Único de
os temas e os cronogramas das campanhas de Saúde - SUS, sendo intensificadas nos períodos e
âmbito nacional que deverão ser promovidas por na forma estabelecidos no art. 76.
todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou
de Trânsito, em especial nos períodos referentes entidades componentes do Sistema Nacional de
às férias escolares, feriados prolongados e à Trânsito os mecanismos instituídos nos arts. 77-B
Semana Nacional de Trânsito. a 77-E para a veiculação de mensagens
§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional educativas de trânsito em todo o território
de Trânsito deverão promover outras campanhas nacional, em caráter suplementar às campanhas
no âmbito de sua circunscrição e de acordo com previstas nos arts. 75 e 77.
as peculiaridades locais. Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à
§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de divulgação ou promoção, nos meios de
caráter permanente, e os serviços de rádio e comunicação social, de produto oriundo da
difusão sonora de sons e imagens explorados pelo indústria automobilística ou afim, incluirá,
poder público são obrigados a difundi-las obrigatoriamente, mensagem educativa de
gratuitamente, com a frequência recomendada trânsito a ser conjuntamente veiculada.
pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de § 1° Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E,
Trânsito. consideram-se produtos oriundos da indústria
Art. 76. A educação para o trânsito será automobilística ou afins:
promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e I - os veículos rodoviários automotores de
3º graus, por meio de planejamento e ações qualquer espécie, incluídos os de passageiros e
coordenadas entre os órgãos e entidades do os de carga;
Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da II - os componentes, as peças e os acessórios
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos utilizados nos veículos mencionados no inciso I.
Municípios, nas respectivas áreas de atuação. § 2° O disposto no caput deste artigo aplica-se à
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste propaganda de natureza comercial, veiculada
artigo, o Ministério da Educação, mediante por iniciativa do fabricante do produto, em
proposta do Contran e do Conselho de Reitores qualquer das seguintes modalidades:
das Universidades Brasileiras, diretamente ou I - rádio;
mediante convênio, promoverá:: II - televisão;
III - jornal;
IV - revista;
V - outdoor. para aplicação exclusiva em programas de que
§ 3° Para efeito do disposto no § 2°, equiparam- trata este artigo.
se ao fabricante o montador, o encarroçador, o Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de
importador e o revendedor autorizado dos veículos trânsito poderão firmar convênio com os órgãos de
e demais produtos discriminados no § 1° deste educação da União, dos Estados, do Distrito
artigo. Federal e dos Municípios, objetivando o
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade cumprimento das obrigações estabelecidas neste
veiculada em outdoor instalado à margem de capítulo.
rodovia, dentro ou fora da respectiva faixa de
domínio, a obrigação prevista no art. 77-B CAPÍTULO VII
estende-se à propaganda de qualquer tipo de Da Sinalização De Trânsito
produto e anunciante, inclusive àquela de caráter
institucional ou eleitoral. Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito longo da via, sinalização prevista neste Código e
(CONTRAN) especificará o conteúdo e o padrão em legislação complementar, destinada a
de apresentação das mensagens, bem como os condutores e pedestres, vedada a utilização de
procedimentos envolvidos na respectiva qualquer outra.
veiculação, em conformidade com as diretrizes § 1º A sinalização será colocada em posição e
fixadas para as campanhas educativas de trânsito condições que a tornem perfeitamente visível e
a que se refere o art. 75. legível durante o dia e a noite, em distância
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em compatível com a segurança do trânsito, conforme
desacordo com as condições fixadas nos arts. 77- normas e especificações do CONTRAN.
A a 77-D constitui infração punível com as § 2º O órgão máximo executivo de trânsito da
seguintes sanções: União poderá autorizar, em caráter experimental e
I - advertência por escrito; por período prefixado, a utilização de sinalização e
II - suspensão, nos veículos de divulgação da equipamentos não previstos neste Código.
publicidade, de qualquer outra propaganda do § 3º A responsabilidade pela instalação da
produto, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias; sinalização nas vias internas pertencentes aos
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e condomínios constituídos por unidades autônomas
sete reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e e nas vias e áreas de estacionamento de
cinco reais), cobrada do dobro até o quíntuplo em estabelecimentos privados de uso coletivo é de
caso de reincidência. seu proprietário.
§ 1° As sanções serão aplicadas isolada ou Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é
cumulativamente, conforme dispuser o proibido colocar luzes, publicidade, inscrições,
regulamento. vegetação e mobiliário que possam gerar
§ 2° Sem prejuízo do disposto no caput deste confusão, interferir na visibilidade da sinalização e
artigo, qualquer infração acarretará a imediata comprometer a segurança do trânsito.
suspensão da veiculação da peça publicitária até Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de
que sejam cumpridas as exigências fixadas nos trânsito e respectivos suportes, ou junto a ambos,
arts. 77-A a 77-D. qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação, do e símbolos que não se relacionem com a
Trabalho e Emprego, dos Transportes e da Justiça mensagem da sinalização.
e Segurança Pública, por intermédio do Contran, Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer
desenvolverão e implementarão programas legendas ou símbolos ao longo das vias
destinados à prevenção de sinistros. condiciona-se à prévia aprovação do órgão ou
Parágrafo único. O percentual de dez por cento entidade com circunscrição sobre a via.
do total dos valores arrecadados destinados à Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com
Previdência Social, do Prêmio do Seguro circunscrição sobre a via poderá retirar ou
Obrigatório de Danos Pessoais causados por determinar a imediata retirada de qualquer
Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, elemento que prejudique a visibilidade da
de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de sinalização viária e a segurança do trânsito, com
1974, serão repassados mensalmente ao ônus para quem o tenha colocado.
Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via CAPÍTULO VIII
à travessia de pedestres deverão ser sinalizados Da Engenharia De Tráfego, Da Operação, Da
com faixas pintadas ou demarcadas no leito da Fiscalização E Do Policiamento Ostensivo De
via. Trânsito
Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina,
oficinas, estacionamentos ou garagens de uso Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e
coletivo deverão ter suas entradas e saídas regulamentos a serem adotados em todo o
devidamente identificadas, na forma território nacional quando da implementação das
regulamentada pelo CONTRAN. soluções adotadas pela Engenharia de Tráfego,
Art. 86-A. As vagas de estacionamento assim como padrões a serem praticados por todos
regulamentado de que trata o inciso XVII do art. os órgãos e entidades do Sistema Nacional de
181 desta Lei deverão ser sinalizadas com as Trânsito.
respectivas placas indicativas de destinação e Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa
com placas informando os dados sobre a infração transformar-se em pólo atrativo de trânsito
por estacionamento indevido. poderá ser aprovado sem prévia anuência do
Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: órgão ou entidade com circunscrição sobre a
I - verticais; via e sem que do projeto conste área para
II - horizontais; estacionamento e indicação das vias de
III - dispositivos de sinalização auxiliar; acesso adequadas.
IV - luminosos; Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à
V - sonoros; segurança de veículos e pedestres, tanto na via
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor. quanto na calçada, caso não possa ser retirado,
Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser deve ser devida e imediatamente sinalizado.
entregue após sua construção, ou reaberta ao Parágrafo único. É proibida a utilização das
trânsito após a realização de obras ou de ondulações transversais e de sonorizadores como
manutenção, enquanto não estiver devidamente redutores de velocidade, salvo em casos especiais
sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a definidos pelo órgão ou entidade competente, nos
garantir as condições adequadas de segurança na padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN.
circulação. Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa
Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em perturbar ou interromper a livre circulação de
obras deverá ser afixada sinalização específica e veículos e pedestres, ou colocar em risco sua
adequada. segurança, será iniciada sem permissão prévia do
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
prevalência: sobre a via.
I - as ordens do agente de trânsito sobre as § 1º A obrigação de sinalizar é do responsável
normas de circulação e outros sinais; pela execução ou manutenção da obra ou do
II - as indicações do semáforo sobre os demais evento.
sinais; § 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade
III - as indicações dos sinais sobre as demais de trânsito com circunscrição sobre a via avisará a
normas de trânsito. comunidade, por intermédio dos meios de
Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas comunicação social, com quarenta e oito horas
neste Código por inobservância à sinalização de antecedência, de qualquer interdição da via,
quando esta for insuficiente ou incorreta. indicando-se os caminhos alternativos a serem
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com utilizados.
circunscrição sobre a via é responsável pela § 3º O descumprimento do disposto neste artigo
implantação da sinalização, respondendo pela sua será punido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um
falta, insuficiência ou incorreta colocação. reais e trinta e cinco centavos) a R$ 488,10
§ 2º O CONTRAN editará normas (quatrocentos e oitenta e oito reais e dez
complementares no que se refere à interpretação, centavos), independentemente das cominações
colocação e uso da sinalização. cíveis e penais cabíveis, além de multa diária no
mesmo valor até a regularização da situação, a
partir do prazo final concedido pela autoridade de
trânsito, levando-se em consideração a dimensão
da obra ou do evento e o prejuízo causado ao 4 - trator misto;
trânsito. f) especial;
§ 4º Ao servidor público responsável pela 1 - motocicleta;
inobservância de qualquer das normas previstas 2 - triciclo;
neste e nos arts. 93 e 94, a autoridade de trânsito 3 - automóvel;
aplicará multa diária na base de cinquenta por 4 - trator misto;
cento do dia de vencimento ou remuneração 5 - micro-ônibus
devida enquanto permanecer a irregularidade. 6 - ônibus
7 - reboque ou semirreboque
CAPÍTULO IX 8 - camioneta
Dos Veículos 9 - caminhão
Seção I 10 - caminhão-trator
Disposições Gerais 11 - caminhonete
12 - utilitário
Art. 96. Os veículos classificam-se em: 13 - motor-casa
I - quanto à tração: g) de coleção;
a) automotor; III - quanto à categoria:
c) de propulsão humana; a) oficial;
d) de tração animal; b) de representação diplomática, de repartições
e) reboque ou semi-reboque; consulares de carreira ou organismos
II - quanto à espécie: internacionais acreditados junto ao Governo
a) de passageiros: brasileiro;
1 - bicicleta; c) particular;
2 - ciclomotor; d) de aluguel;
3 - motoneta; e) de aprendizagem.
4 - motocicleta; Art. 97. As características dos veículos, suas
5 - triciclo; especificações básicas, configuração e condições
6 - quadriciclo; essenciais para registro, licenciamento e
7 - automóvel; circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN,
8 - microônibus; em função de suas aplicações.
9 - ônibus; Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável
10 - bonde; poderá, sem prévia autorização da autoridade
11 - reboque ou semi-reboque; competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no
12 - charrete; veículo modificações de suas características de
b) de carga: fábrica.
1 - motoneta; § 1º Os veículos e motores novos ou usados que
2 - motocicleta; sofrerem alterações ou conversões são
3 - triciclo; obrigados a atender aos mesmos limites e
4 - quadriciclo; exigências de emissão de poluentes e ruído
5 - caminhonete; previstos pelos órgãos ambientais
6 - caminhão; competentes e pelo CONTRAN, cabendo à
7 - reboque ou semi-reboque; entidade executora das modificações e ao
8 - carroça; proprietário do veículo a responsabilidade pelo
9 - carro-de-mão; cumprimento das exigências.
c) misto: § 2º Veículos classificados na espécie misto, tipo
1 - camioneta; utilitário, carroçaria jipe poderão ter alterado o
2 - utilitário; diâmetro externo do conjunto formado por roda e
3 - outros; pneu, observadas restrições impostas pelo
d) de competição; fabricante e exigências fixadas pelo Contran.
e) de tração: Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias
1 - caminhão-trator; terrestres o veículo cujo peso e dimensões
2 - trator de rodas; atenderem aos limites estabelecidos pelo
3 - trator de esteiras; CONTRAN.
§ 1º O excesso de peso será aferido por
equipamento de pesagem ou pela verificação de ou a terceiros.
documento fiscal, na forma estabelecida pelo § 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre
CONTRAN. caminhões poderá ser concedida, pela autoridade
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites com circunscrição sobre a via, autorização
de peso bruto total e peso bruto transmitido por especial de trânsito, com prazo de seis meses,
eixo de veículos à superfície das vias, quando atendidas as medidas de segurança consideradas
aferido por equipamento, na forma estabelecida necessárias.
pelo CONTRAN. § 4º O Contran estabelecerá os requisitos mínimos
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados e específicos a serem observados pela autoridade
na pesagem de veículos serão aferidos de acordo com circunscrição sobre a via para a concessão
com a metodologia e na periodicidade da autorização de que trata o caput deste artigo
estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou quando o veículo ou a combinação de veículos
entidade de metrologia legal. trafegar exclusivamente em via rural não
§ 4º Somente poderá haver autuação, por ocasião pavimentada, os quais deverão contemplar o
da pesagem do veículo, quando o veículo ou a caráter diferenciado e regional dessas vias.
combinação de veículos ultrapassar os limites de Art. 102. O veículo de carga deverá estar
peso fixados, acrescidos da respectiva tolerância. devidamente equipado quando transitar, de modo
§ 5º O fabricante fará constar em lugar visível da a evitar o derramamento da carga sobre a via.
estrutura do veículo e no Renavam o limite Parágrafo único. O CONTRAN fixará os
técnico de peso por eixo, na forma definida pelo requisitos mínimos e a forma de proteção das
Contran. cargas de que trata este artigo, de acordo com a
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de sua natureza.
veículos poderá transitar com lotação de
passageiros, com peso bruto total, ou com peso Seção II
bruto total combinado com peso por eixo, superior Da Segurança dos Veículos
ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a
capacidade máxima de tração da unidade tratora. Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de quando atendidos os requisitos e condições de
passageiros poderão ser dotados de pneus segurança estabelecidos neste Código e em
extralargos. normas do CONTRAN.
§ 2º O CONTRAN regulamentará o uso de pneus § 1º Os fabricantes, os importadores, os
extralargos para os demais veículos. montadores e os encarroçadores de veículos
§ 3º É permitida a fabricação de veículos de deverão emitir certificado de segurança,
transporte de passageiros de até 15 m (quinze indispensável ao cadastramento no RENAVAM,
metros) de comprimento na configuração de nas condições estabelecidas pelo CONTRAN.
chassi 8x2. § 2º O CONTRAN deverá especificar os
Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veículos procedimentos e a periodicidade para que os
utilizados no transporte de carga que não se fabricantes, os importadores, os montadores e os
enquadre nos limites de peso e dimensões encarroçadores comprovem o atendimento aos
estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, requisitos de segurança veicular, devendo, para
pela autoridade com circunscrição sobre a via, isso, manter disponíveis a qualquer tempo os
autorização especial de trânsito, com prazo resultados dos testes e ensaios dos sistemas e
certo, válida para cada viagem ou por período, componentes abrangidos pela legislação de
atendidas as medidas de segurança consideradas segurança veicular.
necessárias, conforme regulamentação do § 3º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter
Contran. experimental e por período prefixado, a circulação
§ 1º A autorização será concedida mediante de veículos ou combinação de veículos em
requerimento que especificará as características condições não previstas no caput deste artigo
do veículo ou combinação de veículos e de carga, Art. 104. Os veículos em circulação terão suas
o percurso, a data e o horário do deslocamento condições de segurança, de controle de emissão
inicial. de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da inspeção, que será obrigatória, na forma e
responsabilidade por eventuais danos que o periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para
veículo ou a combinação de veículos causar à via
os itens de segurança e pelo CONAMA para revendedores devem comercializar os seus
emissão de gases poluentes e ruído. veículos com os equipamentos obrigatórios
§ 5º Será aplicada a medida administrativa de definidos neste artigo, e com os demais
retenção aos veículos reprovados na inspeção estabelecidos pelo CONTRAN.
de segurança e na de emissão de gases § 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o
poluentes e ruído. atendimento do disposto neste artigo.
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o § 5° A exigência estabelecida no inciso VII do
caput deste artigo, durante 3 (três) anos a partir do caput deste artigo será progressivamente
primeiro licenciamento, os veículos novos incorporada aos novos projetos de automóveis e
classificados na categoria particular, com dos veículos deles derivados, fabricados,
capacidade para até 7 (sete) passageiros, desde importados, montados ou encarroçados, a partir
que mantenham suas características originais de do 1° (primeiro) ano após a definição pelo Contran
fábrica e não se envolvam em sinistro de trânsito das especificações técnicas pertinentes e do
com danos de média ou grande monta. respectivo cronograma de implantação e a partir
§ 7º Para os demais veículos novos, o período de do 5° (quinto) ano, após esta definição, para os
que trata o § 6º deste artigo será de 2 (dois) anos, demais automóveis zero quilômetro de modelos ou
desde que mantenham suas características projetos já existentes e veículos deles derivados.
originais de fábrica e não se envolvam em sinistro § 6° A exigência estabelecida no inciso VII do
de trânsito com danos de média ou grande monta. caput deste artigo não se aplica aos veículos
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos destinados à exportação.
veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de
CONTRAN: modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer
I - cinto de segurança, conforme regulamentação substituição de equipamento de segurança
específica do CONTRAN, com exceção dos especificado pelo fabricante, será exigido, para
veículos destinados ao transporte de passageiros licenciamento e registro, certificado de
em percursos em que seja permitido viajar em pé; segurança expedido por instituição técnica
II - para os veículos de transporte e de condução credenciada por órgão ou entidade de
escolar, os de transporte de passageiros com mais metrologia legal, conforme norma elaborada pelo
de dez lugares e os de carga com peso bruto total CONTRAN.
superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis Parágrafo único. Quando se tratar de blindagem
quilogramas, equipamento registrador instantâneo de veículo, não será exigido qualquer outro
inalterável de velocidade e tempo; documento ou autorização para o registro ou o
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de licenciamento.
veículos automotores, segundo normas Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao
estabelecidas pelo CONTRAN; transporte individual ou coletivo de passageiros,
V - dispositivo destinado ao controle de emissão deverão satisfazer, além das exigências previstas
de gases poluentes e de ruído, segundo normas neste Código, às condições técnicas e aos
estabelecidas pelo CONTRAN. requisitos de segurança, higiene e conforto
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização estabelecidos pelo poder competente para
noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa
espelho retrovisor do lado esquerdo. atividade.
VII - equipamento suplementar de retenção - air Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus,
bag frontal para o condutor e o passageiro do a autoridade com circunscrição sobre a via poderá
banco dianteiro. autorizar, a título precário, o transporte de
VIII - luzes de rodagem diurna. passageiros em veículo de carga ou misto,
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos desde que obedecidas as condições de segurança
equipamentos obrigatórios dos veículos e estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN.
determinará suas especificações técnicas. Parágrafo único. A autorização citada no caput
§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com não poderá exceder a doze meses, prazo a partir
equipamento ou acessório proibido, sendo o do qual a autoridade pública responsável deverá
infrator sujeito às penalidades e medidas implantar o serviço regular de transporte coletivo
administrativas previstas neste Código. de passageiros, em conformidade com a
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os legislação pertinente e com os dispositivos deste
montadores, os encarroçadores de veículos e os Código.
Art. 109. O transporte de carga em veículos § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia
destinados ao transporte de passageiros só pode permissão da autoridade executiva de trânsito,
ser realizado de acordo com as normas fazer, ou ordenar que se faça, modificações da
estabelecidas pelo CONTRAN. identificação de seu veículo.
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de Art. 115. O veículo será identificado externamente
suas características para competição ou finalidade por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta
análoga só poderá circular nas vias públicas com lacrada em sua estrutura, obedecidas as
licença especial da autoridade de trânsito, em especificações e modelos estabelecidos pelo
itinerário e horário fixados. CONTRAN.
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do § 1º Os caracteres das placas serão
veículo: individualizados para cada veículo e o
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou acompanharão até a baixa do registro, sendo
similares nos veículos em movimento, salvo nos vedado seu reaproveitamento.
que possuam espelhos retrovisores em ambos os § 2º As placas com as cores verde e amarela da
lados. Bandeira Nacional serão usadas somente pelos
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou veículos de representação pessoal do Presidente
não, painéis decorativos ou pinturas, quando e do Vice-Presidente da República, dos
comprometer a segurança do veículo, na forma de Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos
regulamentação do CONTRAN. Deputados, do Presidente e dos Ministros do
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição Supremo Tribunal Federal, dos Ministros de
de caráter publicitário ou qualquer outra que possa Estado, do Advogado-Geral da União e do
desviar a atenção dos condutores em toda a Procurador-Geral da República.
extensão do pára-brisa e da traseira dos veículos, § 3º Os veículos de representação dos
salvo se não colocar em risco a segurança do Presidentes dos Tribunais Federais, dos
trânsito. Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e
Art. 113. Os importadores, as montadoras, as Municipais, dos Presidentes das Assembleias
encarroçadoras e fabricantes de veículos e Legislativas, das Câmaras Municipais, dos
autopeças são responsáveis civil e Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito
criminalmente por danos causados aos usuários, Federal, e do respectivo chefe do Ministério
a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças
falhas oriundas de projetos e da qualidade dos Armadas terão placas especiais, de acordo com
materiais e equipamentos utilizados na sua os modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
fabricação. § 4° Os aparelhos automotores destinados a puxar
ou a arrastar maquinaria de qualquer natureza ou
Seção III a executar trabalhos de construção ou de
Da Identificação do Veículo pavimentação são sujeitos ao registro na
repartição competente, se transitarem em via
Art. 114. O veículo será identificado pública, dispensados o licenciamento e o
obrigatoriamente por caracteres gravados no emplacamento.
chassi ou no monobloco, reproduzidos em outras § 4°-A. Os tratores e demais aparelhos
partes, conforme dispuser o CONTRAN. automotores destinados a puxar ou a arrastar
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou maquinaria agrícola ou a executar trabalhos
montador, de modo a identificar o veículo, seu agrícolas, desde que facultados a transitar em via
fabricante e as suas características, além do ano pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus,
de fabricação, que não poderá ser alterado. em cadastro específico do Ministério da
§ 2º As regravações, quando necessárias, Agricultura e Pecuária, acessível aos
dependerão de prévia autorização da autoridade componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
executiva de trânsito e somente serão § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos
processadas por estabelecimento por ela veículos de uso bélico.
credenciado, mediante a comprovação de § 6º Os veículos de duas ou três rodas são
propriedade do veículo, mantida a mesma dispensados da placa dianteira.
identificação anterior, inclusive o ano de § 7° Excepcionalmente, mediante autorização
fabricação. específica e fundamentada das respectivas
corregedorias e com a devida comunicação
aos órgãos de trânsito competentes, os exista acordo ou tratado internacional, reger-se-á
veículos utilizados por membros do Poder pelas disposições deste Código, pelas convenções
Judiciário e do Ministério Público que exerçam e acordos internacionais ratificados.
competência ou atribuição criminal poderão Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos
temporariamente ter placas especiais, de forma de controle de fronteira comunicarão diretamente
a impedir a identificação de seus usuários ao RENAVAM a entrada e saída temporária ou
específicos, na forma de regulamento a ser definitiva de veículos.
emitido, conjuntamente, pelo Conselho Nacional § 1º Os veículos licenciados no exterior não
de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do poderão sair do território nacional sem o prévio
Ministério Público - CNMP e pelo Conselho pagamento ou o depósito, judicial ou
Nacional de Trânsito - CONTRAN. administrativo, dos valores correspondentes às
§ 8° Os veículos artesanais utilizados para infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento
trabalho agrícola (jericos), para efeito do registro de danos que tiverem causado ao patrimônio
de que trata o § 4°-A, ficam dispensados da público ou de particulares, independentemente da
exigência prevista no art. 106. fase do processo administrativo ou judicial
§ 9º As placas que possuírem tecnologia que envolvendo a questão.
permita a identificação do veículo ao qual estão § 2º Os veículos que saírem do território nacional
atreladas são dispensadas da utilização do lacre sem o cumprimento do disposto no § 1º e que
previsto no caput, na forma a ser regulamentada posteriormente forem flagrados tentando ingressar
pelo Contran. ou já em circulação no território nacional serão
§ 10. O Contran estabelecerá os meios técnicos, retidos até a regularização da situação.
de uso obrigatório, para garantir a identificação
dos veículos que transitarem por rodovias e vias CAPÍTULO XI
urbanas com cobrança de uso pelo sistema de Do Registro De Veículos
livre passagem.
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, Art. 120. Todo veículo automotor, articulado,
dos Estados e do Distrito Federal, devidamente reboque ou semirreboque, deve ser registrado
registrados e licenciados, ou aqueles sob posse perante o órgão executivo de trânsito do Estado
dos órgãos de segurança pública, somente ou do Distrito Federal, no Município de domicílio
quando estritamente usados em serviço reservado ou residência de seu proprietário, na forma da lei..
de caráter policial, poderão usar placas § 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados
particulares, obedecidos os critérios e os limites e do Distrito Federal somente registrarão veículos
estabelecidos pela legislação que regula o uso de oficiais de propriedade da administração direta, da
veículo oficial. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Parágrafo único. As placas a que se refere o Municípios, de qualquer um dos poderes, com
caput deste artigo serão concedidas mediante indicação expressa, por pintura nas portas, do
solicitação aos órgãos executivos de trânsito dos nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em
Estados e do Distrito Federal e serão vinculadas cujo nome o veículo será registrado, excetuando-
ao órgão de segurança pública solicitante se os veículos de representação e os previstos no
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os art. 116.
coletivos de passageiros deverão conter, em local § 2º O disposto neste artigo não se aplica ao
facilmente visível, a inscrição indicativa de sua veículo de uso bélico.
tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto total Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o
combinado (PBTC) ou capacidade máxima de Certificado de Registro de Veículo (CRV), em
tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário,
desacordo com sua classificação. de acordo com os modelos e com as
especificações estabelecidos pelo Contran, com
CAPÍTULO X as características e as condições de
Dos Veículos Em Circulação Internacional invulnerabilidade à falsificação e à adulteração.
Art. 122. Para a expedição do Certificado de
Art. 118. A circulação de veículo no território Registro de Veículo o órgão executivo de trânsito
nacional, independentemente de sua origem, em consultará o cadastro do RENAVAM e exigirá do
trânsito entre o Brasil e os países com os quais proprietário os seguintes documentos:
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou anterior, que poderá ser substituída por
revendedor, ou documento equivalente expedido informação do RENAVAM;
por autoridade competente; VIII - comprovante de quitação de débitos relativos
II - documento fornecido pelo Ministério das a tributos, encargos e multas de trânsito
Relações Exteriores, quando se tratar de veículo vinculados ao veículo, independentemente da
importado por membro de missões diplomáticas, responsabilidade pelas infrações cometidas;
de repartições consulares de carreira, de X - comprovante relativo ao cumprimento do
representações de organismos internacionais e de disposto no art. 98, quando houver alteração nas
seus integrantes. características originais do veículo que afetem a
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo emissão de poluentes e ruído;
Certificado de Registro de Veículo quando: XI - comprovante de aprovação de inspeção
I - for transferida a propriedade; veicular e de poluentes e ruído, quando for o caso,
II - o proprietário mudar o Município de domicílio conforme regulamentações do CONTRAN e do
ou residência; CONAMA.
III - for alterada qualquer característica do veículo; Parágrafo único. Os veículos cuja transferência
IV - houver mudança de categoria. de propriedade seja resultado de apreensão ou de
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o confisco por decisão judicial, leilão de veículo
prazo para o proprietário adotar as providências recolhido em depósito ou de doação a órgãos ou
necessárias à efetivação da expedição do novo entidades da administração pública são
Certificado de Registro de Veículo é de trinta dispensados do cumprimento do disposto no
dias, sendo que nos demais casos as inciso VIII do caput deste artigo, e os débitos
providências deverão ser imediatas. existentes devem ser cobrados do proprietário
§ 2º No caso de transferência de domicílio ou anterior.
residência no mesmo Município, o proprietário Art. 125. As informações sobre o chassi, o
comunicará o novo endereço num prazo de trinta monobloco, os agregados e as características
dias e aguardará o novo licenciamento para originais do veículo deverão ser prestadas ao
alterar o Certificado de Licenciamento Anual. RENAVAM:
§ 3º A expedição do novo certificado será I - pelo fabricante ou montadora, antes da
comunicada ao órgão executivo de trânsito que comercialização, no caso de veículo nacional;
expediu o anterior e ao RENAVAM. II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo
Art. 124. Para a expedição do novo Certificado importado por pessoa física;
de Registro de Veículo serão exigidos os III - pelo importador, no caso de veículo importado
seguintes documentos: por pessoa jurídica.
I - Certificado de Registro de Veículo anterior; Parágrafo único. As informações recebidas pelo
II - Certificado de Licenciamento Anual; RENAVAM serão repassadas ao órgão executivo
III - comprovante de transferência de propriedade, de trânsito responsável pelo registro, devendo
quando for o caso, conforme modelo e normas este comunicar ao RENAVAM, tão logo seja o
estabelecidas pelo CONTRAN; veículo registrado.
IV - Certificado de Segurança Veicular e de Art. 126.O proprietário de veículo irrecuperável,
emissão de poluentes e ruído, quando houver ou destinado à desmontagem, deverá requerer a
adaptação ou alteração de características do baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos
veículo; pelo Contran, vedada a remontagem do veículo
V - comprovante de procedência e justificativa da sobre o mesmo chassi de forma a manter o
propriedade dos componentes e agregados registro anterior.
adaptados ou montados no veículo, quando § 1º A obrigação de que trata este artigo é da
houver alteração das características originais de companhia seguradora ou do adquirente do
fábrica; veículo destinado à desmontagem, quando estes
VI - autorização do Ministério das Relações sucederem ao proprietário.
Exteriores, no caso de veículo da categoria de § 2º A existência de débitos fiscais ou de multas
missões diplomáticas, de repartições consulares de trânsito e ambientais vinculadas ao veículo não
de carreira, de representações de organismos impede a baixa do registro.
internacionais e de seus integrantes; Art. 127.O órgão executivo de trânsito competente
VII - certidão negativa de roubo ou furto de só efetuará a baixa do registro após prévia
veículo, expedida no Município do registro consulta ao cadastro do RENAVAM.
Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, Certificado de Registro de Veículo, em meio
deverá ser esta comunicada, de imediato, ao físico e/ou digital, à escolha do proprietário, de
RENAVAM. acordo com o modelo e com as especificações
Art. 128. Não será expedido novo Certificado de estabelecidos pelo Contran.
Registro de Veículo enquanto houver débitos § 1º O primeiro licenciamento será feito
fiscais e de multas de trânsito e ambientais, simultaneamente ao registro.
vinculadas ao veículo, independentemente da § 2º O veículo somente será considerado
responsabilidade pelas infrações cometidas. licenciado estando quitados os débitos relativos
Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos a tributos, encargos e multas de trânsito e
de propulsão humana e dos veículos de tração ambientais, vinculados ao veículo,
animal obedecerão à regulamentação independentemente da responsabilidade pelas
estabelecida em legislação municipal do infrações cometidas.
domicílio ou residência de seus proprietários. § 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá
Art. 129-A. O registro dos tratores e demais comprovar sua aprovação nas inspeções de
aparelhos automotores destinados a puxar ou a segurança veicular e de controle de emissões de
arrastar maquinaria agrícola ou a executar gases poluentes e de ruído, conforme disposto no
trabalhos agrícolas será efetuado, sem ônus, pelo art. 104.
Ministério da Agricultura e Pecuária, diretamente § 4º As informações referentes às campanhas de
ou mediante convênio. chamamento de consumidores para substituição
Art. 129-B. O registro de contratos de garantias de ou reparo de veículos realizadas a partir de 1º de
alienação fiduciária em operações financeiras, outubro de 2019 e não atendidas no prazo de 1
consórcio, arrendamento mercantil, reserva de (um) ano, contado da data de sua comunicação,
domínio ou penhor será realizado nos órgãos ou deverão constar do Certificado de
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Licenciamento Anual.
Distrito Federal, em observância ao disposto no § § 5º Após a inclusão das informações de que trata
1º do art. 1.361 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro o § 4º deste artigo no Certificado de Licenciamento
de 2002 (Código Civil), e na Lei nº 13.709, de 14 Anual, o veículo somente será licenciado mediante
de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de comprovação do atendimento às campanhas de
Dados Pessoais) chamamento de consumidores para substituição
Parágrafo único. O registro previsto no caput ou reparo de veículos.
deste artigo será executado por empresas § 6º O CONTRAN regulamentará a inserção dos
registradoras de contrato especializadas, na dados no Certificado de Licenciamento Anual
modalidade de credenciamento pelos órgãos referentes às campanhas de chamamento de
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito consumidores para substituição ou reparo de
Federal, observado o disposto no inciso III do veículos realizadas antes da data prevista no § 4º
parágrafo único do art. 79 da Lei nº 14.133, de 1º deste artigo.
de abril de 2021. § 7º O CONTRAN, excepcionalmente, poderá
prorrogar a exigência do disposto no § 5º deste
CAPÍTULO XII artigo diante da comprovada falta de peças ou da
Do Licenciamento necessidade de escalonamento para o
atendimento ao chamamento dos consumidores,
Art. 130. Todo veículo automotor, articulado, avaliadas as questões de segurança viária.
reboque ou semirreboque, para transitar na via, Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao
deverá ser licenciado anualmente pelo órgão licenciamento e terão sua circulação regulada pelo
executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o
Federal, onde estiver registrado o veículo.. Município de destino.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica a § 1° O disposto neste artigo aplica-se, igualmente,
veículo de uso bélico. aos veículos importados, durante o trajeto entre a
§ 2º No caso de transferência de residência ou alfândega ou entreposto alfandegário e o
domicílio, é válido, durante o exercício, o Município de destino.
licenciamento de origem. Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual Licenciamento Anual.
será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Parágrafo único. O porte será dispensado
quando, no momento da fiscalização, for possível
ter acesso ao devido sistema informatizado para inalterável de velocidade e tempo;
verificar se o veículo está licenciado. V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, dispostas nas extremidades da parte superior
expirado o prazo previsto no § 1º do art. 123 deste dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na
Código sem que o novo proprietário tenha tomado extremidade superior da parte traseira;
as providências necessárias à efetivação da VI - cintos de segurança em número igual à
expedição do novo Certificado de Registro de lotação;
Veículo, o antigo proprietário deverá encaminhar VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios
ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do estabelecidos pelo CONTRAN.
Distrito Federal, no prazo de 60 (sessenta) dias, Art. 137. A autorização a que se refere o artigo
cópia autenticada do comprovante de anterior deverá ser afixada na parte interna do
transferência de propriedade, devidamente veículo, em local visível, com inscrição da lotação
assinado e datado, sob pena de ter que se permitida, sendo vedada a condução de escolares
responsabilizar solidariamente pelas penalidades em número superior à capacidade estabelecida
impostas e suas reincidências até a data da pelo fabricante.
comunicação. Art. 138. O condutor de veículo destinado à
Parágrafo único. O comprovante de transferência condução de escolares deve satisfazer os
de propriedade de que trata o caput deste artigo seguintes requisitos:
poderá ser substituído por documento eletrônico I - ter idade superior a vinte e um anos;
com assinatura eletrônica válida, na forma II - ser habilitado na categoria D;
regulamentada pelo CONTRAN. IV - não ter cometido mais de uma infração
Art. 134-A. O CONTRAN especificará as gravíssima nos 12 (doze) últimos meses;
bicicletas motorizadas e equiparados não sujeitos V - ser aprovado em curso especializado, nos
ao registro, ao licenciamento e ao emplacamento termos da regulamentação do CONTRAN.
para circulação nas vias. Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao competência municipal de aplicar as exigências
transporte individual ou coletivo de passageiros de previstas em seus regulamentos, para o transporte
linhas regulares ou empregados em qualquer de escolares.
serviço remunerado, para registro, licenciamento e
respectivo emplacamento de característica CAPÍTULO XIII-A
comercial, deverão estar devidamente autorizados Da Condução De Moto-Frete
pelo poder público concedente.
Art. 139-A. As motocicletas e motonetas
CAPÍTULO XIII destinadas ao transporte remunerado de
Da Condução De Escolares mercadorias (moto-frete) somente poderão
circular nas vias com autorização emitida pelo
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à órgão ou entidade executivo de trânsito dos
condução coletiva de escolares somente poderão Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para
circular nas vias com autorização emitida pelo tanto:
órgão ou entidade executivos de trânsito dos I - registro como veículo da categoria de aluguel;
Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para II - instalação de protetor de motor mata-cachorro,
tanto: fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o
I - registro como veículo de passageiros; motor e a perna do condutor em caso de
II - inspeção semestral para verificação dos tombamento, nos termos de regulamentação do
equipamentos obrigatórios e de segurança; Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN;
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com III - instalação de aparador de linha antena corta-
quarenta centímetros de largura, à meia altura, em pipas, nos termos de regulamentação do Contran;
toda a extensão das partes laterais e traseira da IV - inspeção semestral para verificação dos
carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, equipamentos obrigatórios e de segurança.
sendo que, em caso de veículo de carroçaria § 1° A instalação ou incorporação de dispositivos
pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas para transporte de cargas deve estar de acordo
devem ser invertidas; com a regulamentação do CONTRAN.
IV - equipamento registrador instantâneo § 2° É proibido o transporte de combustíveis,
produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos pelas categorias B e C e de veículo motorizado
veículos de que trata este artigo, com exceção do utilizado no transporte de passageiros cuja lotação
gás de cozinha e de galões contendo água exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista;
mineral, desde que com o auxílio de side-car, nos V - Categoria E - condutor de combinação de
termos de regulamentação do CONTRAN. veículos em que a unidade tratora se enquadre
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
competência municipal ou estadual de aplicar as reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha
exigências previstas em seus regulamentos para 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso
as atividades de moto-frete no âmbito de suas bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito)
circunscrições. lugares.
§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor
CAPÍTULO XIV deverá estar habilitado no mínimo há 1 (um) ano
Da Habilitação na categoria B e não ter cometido mais de uma
infração gravíssima nos últimos 12 (doze)
Art. 140. A habilitação para conduzir veículo meses.
automotor será apurada por meio de exames que § 2° São os condutores da categoria B autorizados
deverão ser realizados no órgão ou entidade a conduzir veículo automotor da espécie motor-
executivos do Estado ou do Distrito Federal, do casa, definida nos termos do Anexo I deste
domicílio ou residência do candidato, ou na sede Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg (seis mil
estadual ou distrital do próprio órgão, e o condutor quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8
deverá preencher os seguintes requisitos: (oito) lugares, excluído o do motorista.
I - ser penalmente imputável; § 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor
II - saber ler e escrever; da combinação de veículos com mais de uma
III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente. unidade tracionada, independentemente da
Parágrafo único. As informações do candidato à capacidade de tração ou do peso bruto total.
habilitação serão cadastradas no RENACH. § 4º Respeitada a capacidade máxima de tração
Art. 141. O processo de habilitação e as normas da unidade tratora, os condutores das categorias
relativas à aprendizagem para conduzir veículos B, C e D podem conduzir combinação de veículos
automotores e à autorização para conduzir cuja unidade tratora se enquadre na respectiva
ciclomotores serão regulamentados pelo Contran. categoria de habilitação e cuja unidade acoplada,
§ 1º A autorização para conduzir veículos de reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha
propulsão humana e de tração animal ficará a menos de 6.000 kg (seis mil quilogramas) de peso
cargo dos Municípios. bruto total, e cuja lotação não exceda a 8 (oito)
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida lugares.
em outro país está subordinado às condições Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o
estabelecidas em convenções e acordos trator misto ou o equipamento automotor
internacionais e às normas do CONTRAN. destinado à movimentação de cargas ou execução
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas de trabalho agrícola, de terraplenagem, de
categorias de A a E, obedecida a seguinte construção ou de pavimentação só podem ser
gradação: conduzidos na via pública por condutor
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado habilitado nas categorias C, D ou E.
de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; Parágrafo único. O trator de roda e os
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, equipamentos automotores destinados a executar
não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto trabalhos agrícolas poderão ser conduzidos em
total não exceda a três mil e quinhentos via pública também por condutor habilitado na
quilogramas e cuja lotação não exceda a oito categoria B.
lugares, excluído o do motorista; Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E
III - Categoria C - condutor de veículo abrangido ou para conduzir veículo de transporte coletivo
pela categoria B e de veículo motorizado utilizado de passageiros, de escolares, de emergência ou
em transporte de carga cujo peso bruto total de produto perigoso, o candidato deverá
exceda a 3.500 kg (três mil e quinhentos preencher os seguintes requisitos:
quilogramas); I - ser maior de vinte e um anos;
IV - Categoria D - condutor de veículo abrangido II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no III - a cada 3 (três) anos, para condutores com
mínimo há um ano na categoria C, quando idade igual ou superior a 70 (setenta) anos.
pretender habilitar-se na categoria D; e § 3° O exame previsto no § 2° incluirá avaliação
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando psicológica preliminar e complementar sempre que
pretender habilitar-se na categoria E; a ele se submeter o condutor que exerce atividade
III - não ter cometido mais de uma infração remunerada ao veículo, incluindo-se esta
gravíssima nos últimos 12 (doze) meses; avaliação para os demais candidatos apenas no
IV - ser aprovado em curso especializado e em exame referente à primeira habilitação.
curso de treinamento de prática veicular em § 4º Quando houver indícios de deficiência física
situação de risco, nos termos da normatização do ou mental, ou de progressividade de doença que
CONTRAN. possa diminuir a capacidade para conduzir o
Parágrafo único. A participação em curso veículo, os prazos previstos nos incisos I, II e III do
especializado previsto no inciso IV independe da § 2º deste artigo poderão ser diminuídos por
observância do disposto no inciso III. proposta do perito examinador.
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para § 5° O condutor que exerce atividade remunerada
conduzir ambulâncias, o candidato deverá ao veículo terá essa informação incluída na sua
comprovar treinamento especializado e Carteira Nacional de Habilitação, conforme
reciclagem em cursos específicos a cada 5 especificações do Conselho Nacional de Trânsito
(cinco) anos, nos termos da normatização do – CONTRAN.
Contran. § 6º Os exames de aptidão física e mental e a
Art. 146. Para conduzir veículos de outra avaliação psicológica deverão ser analisados
categoria o condutor deverá realizar exames objetivamente pelos examinados, limitados aos
complementares exigidos para habilitação na aspectos técnicos dos procedimentos realizados,
categoria pretendida. conforme regulamentação do CONTRAN, e
Art. 147. O candidato à habilitação deverá subsidiarão a fiscalização prevista no § 7º deste
submeter-se a exames realizados pelo órgão artigo.
executivo de trânsito, na ordem descrita a seguir, § 7º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito
e os exames de aptidão física e mental e a dos Estados e do Distrito Federal, com a
avaliação psicológica deverão ser realizados por colaboração dos conselhos profissionais de
médicos e psicólogos peritos examinadores, medicina e psicologia, deverão fiscalizar as
respectivamente, com titulação de especialista em entidades e os profissionais responsáveis pelos
medicina do tráfego e em psicologia do trânsito, exames de aptidão física e mental e pela
conferida pelo respectivo conselho profissional, avaliação psicológica no mínimo 1 (uma) vez por
conforme regulamentação do Contran: ano.
I - de aptidão física e mental; Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva
III - escrito, sobre legislação de trânsito; é assegurada acessibilidade de comunicação,
IV - de noções de primeiros socorros, conforme mediante emprego de tecnologias assistivas ou de
regulamentação do CONTRAN; ajudas técnicas em todas as etapas do processo
V - de direção veicular, realizado na via pública, de habilitação.
em veículo da categoria para a qual estiver § 1° O material didático audiovisual utilizado em
habilitando-se. aulas teóricas dos cursos que precedem os
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação exames previstos no art. 147 desta Lei deve ser
dos respectivos examinadores serão registrados acessível, por meio de subtitulação com legenda
no RENACH. oculta associada à tradução simultânea em Libras.
§ 2º O exame de aptidão física e mental, a ser § 2° É assegurado também ao candidato com
realizado no local de residência ou domicílio do deficiência auditiva requerer, no ato de sua
examinado, será preliminar e renovável com a inscrição, os serviços de intérprete da Libras, para
seguinte periodicidade: acompanhamento em aulas práticas e teóricas.
I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de
idade inferior a 50 (cinquenta) anos; direção veicular, poderão ser aplicados por
II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com entidades públicas ou privadas credenciadas pelo
idade igual ou superior a 50 (cinquenta) anos e órgão executivo de trânsito dos Estados e do
inferior a 70 (setenta) anos; Distrito Federal, de acordo com as normas
estabelecidas pelo CONTRAN.
§ 1º A formação de condutores deverá incluir, § 6° O resultado do exame somente será
obrigatoriamente, conceitos de direção divulgado para o interessado e não poderá ser
defensiva e de proteção ao meio ambiente utilizado para fins estranhos ao disposto neste
relacionados com o trânsito. artigo ou no § 6° do art. 168 da Consolidação das
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
Permissão para Dirigir, com validade de um no 5.452, de 1o de maio de 1943.
ano. § 7º O exame será realizado, em regime de livre
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo
conferida ao condutor no término de um ano, órgão máximo executivo de trânsito da União, nos
desde que o mesmo não tenha cometido nenhuma termos das normas do CONTRAN, vedado aos
infração de natureza grave ou gravíssima ou seja entes públicos:
reincidente em infração média. I - fixar preços para os exames;
§ 4º A não obtenção da Carteira Nacional de II - limitar o número de empresas ou o número de
Habilitação, tendo em vista a incapacidade de locais em que a atividade pode ser exercida; e
atendimento do disposto no parágrafo anterior, III - estabelecer regras de exclusividade territorial.
obriga o candidato a reiniciar todo o processo § 8º A não realização do exame previsto neste
de habilitação. artigo acarretará ao condutor:
§ 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN I - nos casos de que trata o caput deste artigo, o
poderá dispensar os tripulantes de aeronaves que impedimento de obter ou de renovar a Carteira
apresentarem o cartão de saúde expedido pelas Nacional de Habilitação até que seja realizado o
Forças Armadas ou pelo Departamento de exame com resultado negativo e a aplicação das
Aeronáutica Civil, respectivamente, da prestação sanções previstas no art. 165-B deste Código;
do exame de aptidão física e mental. II - no caso do § 2º, a aplicação das sanções
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E previstas no § 5º deste artigo e nos arts. 165-B e
deverão comprovar resultado negativo em exame 165-D deste Código, conforme a irregularidade
toxicológico para a obtenção e a renovação da verificada.
Carteira Nacional de Habilitação.. § 9º Compete ao órgão máximo executivo de
§ 1° O exame de que trata este artigo buscará trânsito da União comunicar aos condutores, por
aferir o consumo de substâncias psicoativas que, meio do sistema de notificação eletrônica de que
comprovadamente, comprometam a capacidade trata o art. 282-A deste Código, o vencimento do
de direção e deverá ter janela de detecção prazo para a realização do exame com 30 (trinta)
mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das dias de antecedência, bem como as penalidades
normas do Contran. decorrentes da sua não realização.
§ 2º Além da realização do exame previsto no Art. 150. Ao renovar os exames previstos no
caput deste artigo, os condutores das categorias artigo anterior, o condutor que não tenha curso de
C, D e E com idade inferior a 70 (setenta) anos direção defensiva e primeiros socorros deverá a
serão submetidos a novo exame a cada período eles ser submetido, conforme normatização do
de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir da CONTRAN.
obtenção ou renovação da Carteira Nacional de Parágrafo único. A empresa que utiliza
Habilitação, independentemente da validade dos condutores contratados para operar a sua frota de
demais exames de que trata o inciso I do caput do veículos é obrigada a fornecer curso de direção
art. 147 deste Código. defensiva, primeiros socorros e outros conforme
§ 4º É garantido o direito de contraprova e de normatização do CONTRAN.
recurso administrativo, sem efeito suspensivo, Art. 152. O exame de direção veicular será
no caso de resultado positivo para os exames de realizado perante comissão integrada por 3
que trata este artigo, nos termos das normas do (três) membros designados pelo dirigente do
Contran. órgão executivo local de trânsito.
§ 5º O resultado positivo no exame previsto no § § 1º Na comissão de exame de direção veicular,
2º deste artigo acarretará ao condutor: pelo menos um membro deverá ser habilitado na
II - a suspensão do direito de dirigir pelo período categoria igual ou superior à pretendida pelo
de 3 (três) meses, condicionado o levantamento candidato.
da suspensão à inclusão no Renach de resultado § 2º Os militares das Forças Armadas e os
negativo em novo exame, vedada a aplicação de policiais e bombeiros dos órgãos de segurança
outras penalidades, ainda que acessórias. pública da União, dos Estados e do Distrito
Federal que possuírem curso de formação de I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo
condutor ministrado em suas corporações serão órgão executivo de trânsito;
dispensados, para a concessão do documento de II - acompanhado o aprendiz por instrutor
habilitação, dos exames aos quais se houverem autorizado.
submetido com aprovação naquele curso, desde § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo
que neles sejam observadas as normas utilizado na aprendizagem poderá conduzir
estabelecidas pelo CONTRAN. apenas mais um acompanhante.
§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação,
interessado na dispensa de que trata o § 2º expedida em meio físico e digital, de acordo com
instruirá seu requerimento com ofício do as especificações do Contran, atendidos os pré-
comandante, chefe ou diretor da unidade requisitos estabelecidos neste Código, conterá
administrativa onde prestar serviço, do qual fotografia, identificação e número de inscrição no
constarão o número do registro de identificação, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor,
naturalidade, nome, filiação, idade e categoria em terá fé pública e equivalerá a documento de
que se habilitou a conduzir, acompanhado de identidade em todo o território nacional.
cópia das atas dos exames prestados. § 1º É obrigatório o porte da Permissão para
Art. 153. O candidato habilitado terá em seu Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação
prontuário a identificação de seus instrutores e quando o condutor estiver à direção do veículo.
examinadores, que serão passíveis de punição § 1º-A O porte do documento de habilitação será
conforme regulamentação a ser estabelecida pelo dispensado quando, no momento da fiscalização,
CONTRAN. for possível ter acesso ao sistema
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos informatizado para verificar se o condutor está
instrutores e examinadores serão de advertência, habilitado.
suspensão e cancelamento da autorização para § 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional
o exercício da atividade, conforme a falta de Habilitação será regulamentada pelo
cometida. CONTRAN.
Art. 154. Os veículos destinados à formação de § 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a
condutores serão identificados por uma faixa Permissão para Dirigir somente terão validade
amarela, de vinte centímetros de largura, pintada para a condução de veículo quando apresentada
ao longo da carroçaria, à meia altura, com a em original.
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. § 6º A identificação da Carteira Nacional de
Parágrafo único. No veículo eventualmente Habilitação expedida e a da autoridade expedidora
utilizado para aprendizagem, quando autorizado serão registradas no RENACH.
para servir a esse fim, deverá ser afixada ao longo § 7º A cada condutor corresponderá um único
de sua carroçaria, à meia altura, faixa branca registro no RENACH, agregando-se neste todas
removível, de vinte centímetros de largura, com a as informações.
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. § 8º A renovação da validade da Carteira Nacional
Art. 155. A formação de condutor de veículo de Habilitação ou a emissão de uma nova via
automotor será realizada por instrutor autorizado somente será realizada após quitação de débitos
pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou constantes do prontuário do condutor.
do Distrito Federal, pertencente ou não à entidade § 10. A validade da Carteira Nacional de
credenciada.. Habilitação está condicionada ao prazo de
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida vigência do exame de aptidão física e mental.
autorização para aprendizagem, de acordo com § 12. Os órgãos ou entidades executivos de
a regulamentação do CONTRAN, após aprovação trânsito dos Estados e do Distrito Federal enviarão
nos exames de aptidão física, mental, de primeiros por meio eletrônico, com 30 (trinta) dias de
socorros e sobre legislação de trânsito. antecedência, aviso de vencimento da validade
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o da Carteira Nacional de Habilitação a todos os
credenciamento para prestação de serviço pelas condutores cadastrados no Renach com endereço
auto-escolas e outras entidades destinadas à na respectiva unidade da Federação.
formação de condutores e às exigências Art. 160. O condutor condenado por delito de
necessárias para o exercício das atividades de trânsito deverá ser submetido a novos exames
instrutor e examinador. para que possa voltar a dirigir, de acordo com
Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se: as normas estabelecidas pelo CONTRAN,
independentemente do reconhecimento da V - com Carteira Nacional de Habilitação vencida
prescrição, em face da pena concretizada na há mais de 30 (trinta) dias:
sentença.
§ 1º Em caso de sinistro grave, o condutor nele Infração - gravíssima;
envolvido poderá ser submetido aos exames Penalidade - multa;
exigidos neste artigo, a juízo da autoridade Medida administrativa - retenção do veículo até
executiva estadual de trânsito, assegurada ampla a apresentação de condutor habilitado;
defesa ao condutor..
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho
executiva estadual de trânsito poderá apreender o auxiliar de audição, de prótese física ou as
documento de habilitação do condutor até a adaptações do veículo impostas por ocasião da
sua aprovação nos exames realizados. concessão ou da renovação da licença para
conduzir:
CAPÍTULO XV
Das Infrações Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Art. 161. Constitui infração de trânsito a Medida administrativa - retenção do veículo até
inobservância de qualquer preceito deste Código o saneamento da irregularidade ou
ou da legislação complementar, e o infrator apresentação de condutor habilitado.
sujeita-se às penalidades e às medidas
administrativas indicadas em cada artigo deste VII - sem possuir os cursos especializados ou
Capítulo e às punições previstas no Capítulo XIX específicos obrigatórios:
deste Código.
Art. 162. Dirigir veículo:
Infração - gravíssima;
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação,
Penalidade - multa;
Permissão para Dirigir ou Autorização para
Medida administrativa - retenção do veículo até
Conduzir Ciclomotor:
a apresentação de condutor habilitado.

Infração - gravíssima; Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa


Penalidade - multa (três vezes); nas condições previstas no artigo anterior:
Medida administrativa - retenção do veículo até
a apresentação de condutor habilitado;
Infração - as mesmas previstas no artigo
anterior;
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Penalidade - as mesmas previstas no artigo
Permissão para Dirigir ou Autorização para
anterior;
Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspensão
Medida administrativa - a mesma prevista no
do direito de dirigir:
inciso III do artigo anterior.

Infração - gravíssima; Art. 164. Permitir que pessoa nas condições


Penalidade - multa (três vezes);
referidas nos incisos do art. 162 tome posse do
Medida administrativa - recolhimento do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via:
documento de habilitação e retenção do
veículo até a apresentação de condutor
Infração - as mesmas previstas nos incisos do
habilitado;
art. 162;
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou
Medida administrativa - a mesma prevista no
Permissão para Dirigir de categoria diferente da
inciso III do art. 162.
do veículo que esteja conduzindo:

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de


Infração - gravíssima; qualquer outra substância psicoativa que
Penalidade - multa (duas vezes);
determine dependência:
Medida administrativa - retenção do veículo até
a apresentação de condutor habilitado;
Infração - gravíssima; Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado
direito de dirigir por 12 (doze) meses. físico ou psíquico, não estiver em condições de
Medida administrativa - recolhimento do dirigi-lo com segurança:
documento de habilitação e retenção do
veículo, observado o disposto no § 4o do art. Infração - gravíssima;
270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 Penalidade – multa.
- do Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65:
prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses. Infração - grave;
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, Penalidade - multa;
exame clínico, perícia ou outro procedimento que Medida administrativa - retenção do veículo até
permita certificar influência de álcool ou outra colocação do cinto pelo infrator.
substância psicoativa, na forma estabelecida pelo
art. 277: Art. 168. Transportar crianças em veículo
automotor sem observância das normas de
Infração - gravíssima; segurança especiais estabelecidas neste Código:
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do
direito de dirigir por 12 (doze) meses; Infração - gravíssima;
Medida administrativa - recolhimento do Penalidade - multa;
documento de habilitação e retenção do Medida administrativa - retenção do veículo até
veículo, observado o disposto no § 4º do art. que a irregularidade seja sanada.
270.
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa indispensáveis à segurança:
prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses.
Infração - leve;
Art. 165-B. Dirigir veículo sem realizar o exame
Penalidade - multa.
toxicológico previsto no art. 148-A deste Código:
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que
Infração - gravíssima; estejam atravessando a via pública, ou os demais
Penalidade - multa (cinco vezes) e, em caso de
veículos:
reincidência no período de até 12 (doze)
meses, multa (dez vezes) e suspensão do
Infração - gravíssima;
direito de dirigir.
Penalidade - multa e suspensão do direito de
dirigir;
Parágrafo único No caso de não cumprimento do Medida administrativa - retenção do veículo e
disposto no § 2º do art. 148-A deste Código,
recolhimento do documento de habilitação.
configurar-se-á a infração quando o condutor
dirigir veículo após o trigésimo dia do vencimento
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os
do prazo estabelecido.
pedestres ou veículos, água ou detritos:
Art. 165-C. Dirigir veículo tendo obtido resultado
positivo no exame toxicológico previsto no caput
do art. 148-A deste Código: Infração - média;
Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e, em caso de Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via
reincidência no período de até 12 (doze) objetos ou substâncias:
meses, multa (dez vezes) e suspensão do
direito de dirigir. Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 173. Disputar corrida: III - de preservar o local, de forma a facilitar os
trabalhos da polícia e da perícia;
Infração - gravíssima; IV - de adotar providências para remover o veículo
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do do local, quando determinadas por policial ou
direito de dirigir e apreensão do veículo; agente da autoridade de trânsito;
Medida administrativa - recolhimento do V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar
documento de habilitação e remoção do informações necessárias à confecção do boletim
veículo. de ocorrência:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa
prevista no caput em caso de reincidência no Infração - gravíssima;
período de 12 (doze) meses da infração Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão
anterior. do direito de dirigir;
Medida administrativa - recolhimento do
Art. 174. Promover, na via, competição, eventos documento de habilitação.
organizados, exibição e demonstração de perícia
em manobra de veículo, ou deles participar, como Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à
condutor, sem permissão da autoridade de trânsito vítima de sinistro de trânsito quando solicitado
com circunscrição sobre a via: pela autoridade e seus agentes:

Infração - gravíssima; Infração - grave;


Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do Penalidade - multa.
direito de dirigir e apreensão do veículo;
Medida administrativa - recolhimento do Art. 178. Deixar o condutor envolvido em sinistro
documento de habilitação e remoção do sem vítima de adotar providências para remover o
veículo. veículo do local, quando necessária tal medida
para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito:
§ 1° As penalidades são aplicáveis aos
promotores e aos condutores participantes. Infração - média;
§ 2° Aplica-se em dobro a multa prevista no caput Penalidade - multa.
em caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses da infração anterior. Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em
Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar veículo na via pública, salvo nos casos de
ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada impedimento absoluto de sua remoção e em que o
brusca, derrapagem ou frenagem com veículo esteja devidamente sinalizado:
deslizamento ou arrastamento de pneus: I - em pista de rolamento de rodovias e vias de
trânsito rápido:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do Infração - grave;
direito de dirigir e apreensão do veículo; Penalidade - multa;
Medida administrativa - recolhimento do Medida administrativa - remoção do veículo;
documento de habilitação e remoção do
veículo. II - nas demais vias:

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa


Infração - leve;
prevista no caput em caso de reincidência no
Penalidade - multa.
período de 12 (doze) meses da infração
anterior.
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em sinistro
falta de combustível:
com vítima:
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima,
podendo fazê-lo; Infração - média;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no Penalidade - multa;
sentido de evitar perigo para o trânsito no local; Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 181. Estacionar o veículo: Medida administrativa - remoção do veículo;
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do
bordo do alinhamento da via transversal: VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a
pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como
Infração - média; nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros
Penalidade - multa; centrais, divisores de pista de rolamento, marcas
Medida administrativa - remoção do veículo; de canalização, gramados ou jardim público:

II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de Infração - grave;


cinquenta centímetros a um metro: Penalidade - multa;
Infração - leve; Medida administrativa - remoção do veículo;

Penalidade - multa; IX - onde houver guia de calçada (meio-fio)


Medida administrativa - remoção do veículo; rebaixada destinada à entrada ou saída de
veículos:
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais
de um metro: Infração - média;
Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; X - impedindo a movimentação de outro veículo:

IV - em desacordo com as posições estabelecidas Infração - média;


neste Código: Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
Penalidade - multa; XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave;
V - na pista de rolamento das estradas, das Penalidade - multa;
rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias Medida administrativa - remoção do veículo;
dotadas de acostamento:
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando
Infração - gravíssima; a circulação de veículos e pedestres:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave;
Penalidade - multa;
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro Medida administrativa - remoção do veículo;
de água ou tampas de poços de visita de galerias
subterrâneas, desde que devidamente XIII - onde houver sinalização horizontal
identificados, conforme especificação do delimitadora de ponto de embarque ou
CONTRAN: desembarque de passageiros de transporte
coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no
Infração - média; intervalo compreendido entre dez metros antes e
Penalidade - multa; depois do marco do ponto:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força Penalidade - multa;
maior: Medida administrativa - remoção do veículo;

Infração - leve; XIV - nos viadutos, pontes e túneis:


Penalidade - multa;
Infração - grave; preferencialmente após a remoção do veículo.
Penalidade - multa; § 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido
Medida administrativa - remoção do veículo; abandonar o calço de segurança na via.
Art. 182. Parar o veículo:
XV - na contramão de direção: I - nas esquinas e a menos de cinco metros do
bordo do alinhamento da via transversal:
Infração - média;
Penalidade - multa; Infração - média;
Penalidade - multa;
XVI - em aclive ou declive, não estando
devidamente freado e sem calço de segurança, II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de
quando se tratar de veículo com peso bruto total cinqüenta centímetros a um metro:
superior a três mil e quinhentos quilogramas:
Infração - leve;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais
de um metro:
XVII - em desacordo com as condições
regulamentadas especificamente pela sinalização Infração - média;
(placa - Estacionamento Regulamentado): Penalidade - multa;

Infração - grave; IV - em desacordo com as posições estabelecidas


Penalidade - multa; neste Código:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - leve;
XVIII - em locais e horários proibidos Penalidade - multa;
especificamente pela sinalização (placa - Proibido
Estacionar): V - na pista de rolamento das estradas, das
rodovias, das vias de trânsito rápido e das demais
Infração - média; vias dotadas de acostamento:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave;
Penalidade - multa;
XIX - em locais e horários de estacionamento e
parada proibidos pela sinalização (placa - Proibido VI - no passeio ou sobre faixa destinada a
Parar e Estacionar): pedestres, nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e
divisores de pista de rolamento e marcas de
Infração - grave; canalização:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo. Infração - leve;
Penalidade - multa;
XX - nas vagas reservadas às pessoas com
deficiência ou idosos, sem credencial que VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando
comprove tal condição: a circulação de veículos e pedestres:

Infração - gravíssima; Infração - média;


Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade
de trânsito aplicará a penalidade
Infração - média; Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento,
Penalidade - multa; deixar de conservá-lo:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de
IX - na contramão de direção: regulamentação, exceto em situações de
emergência;
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de
Infração - média;
maior porte:
Penalidade - multa;

X - em local e horário proibidos especificamente Infração - média;


pela sinalização (placa - Proibido Parar): Penalidade - multa.

Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:


Infração - média;
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto
Penalidade - multa.
para ultrapassar outro veículo e apenas pelo
tempo necessário, respeitada a preferência do
XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa:
veículo que transitar em sentido contrário:

Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa;

Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de


II - vias com sinalização de regulamentação de
pedestres na mudança de sinal luminoso:
sentido único de circulação:

Infração - média;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.

Art. 184. Transitar com o veículo:


Art. 187. Transitar em locais e horários não
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada
permitidos pela regulamentação estabelecida pela
como de circulação exclusiva para determinado
autoridade competente:
tipo de veículo, exceto para acesso a imóveis
I - para todos os tipos de veículos:
lindeiros ou conversões à direita:

Infração - média;
Infração - leve;
Penalidade - multa
Penalidade - multa;

Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo,


II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada
interrompendo ou perturbando o trânsito:
como de circulação exclusiva para determinado
tipo de veículo:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos
precedidos de batedores, de socorro de incêndio e
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo,
salvamento, de polícia, de operação e fiscalização
regulamentada com circulação destinada aos
de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço
veículos de transporte público coletivo de
de urgência e devidamente identificados por
passageiros, salvo casos de força maior e com
dispositivos regulamentados de alarme sonoro e
autorização do poder público competente:
iluminação intermitente:

Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa.
Medida Administrativa - remoção do veículo.
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, Infração - grave;
estando este com prioridade de passagem Penalidade - multa.
devidamente identificada por dispositivos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação Art. 196. Deixar de indicar com antecedência,
intermitente: mediante gesto regulamentar de braço ou luz
indicadora de direção do veículo, o início da
Infração - grave; marcha, a realização da manobra de parar o
Penalidade - multa. veículo, a mudança de direção ou de faixa de
circulação:
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que,
transitando em sentidos opostos, estejam na Infração - grave;
iminência de passar um pelo outro ao realizar Penalidade - multa.
operação de ultrapassagem:
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o
Infração - gravíssima; veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direita, dentro da respectiva mão de direção,
direito de dirigir. quando for manobrar para um desses lados:

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa Infração - média;


prevista no caput em caso de reincidência no Penalidade - multa.
período de até 12 (doze) meses da infração
anterior. Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda,
Art. 192. Deixar de guardar distância de quando solicitado:
segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os
demais, bem como em relação ao bordo da pista,
Infração - média;
considerando-se, no momento, a velocidade, as
Penalidade - multa.
condições climáticas do local da circulação e do
veículo:
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o
veículo da frente estiver colocado na faixa
Infração - grave; apropriada e der sinal de que vai entrar à
Penalidade - multa. esquerda:

Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas,


Infração - média;
passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas,
Penalidade - multa.
refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e
divisores de pista de rolamento, acostamentos,
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de
marcas de canalização, gramados e jardins
transporte coletivo ou de escolares, parado para
públicos:
embarque ou desembarque de passageiros, salvo
quando houver refúgio de segurança para o
Infração - gravíssima; pedestre:
Penalidade - multa (três vezes).
Infração - gravíssima;
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na
Penalidade - multa.
distância necessária a pequenas manobras e de
forma a não causar riscos à segurança:
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de
um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou
Infração - grave; ultrapassar bicicleta:
Penalidade - multa.
Infração - média;
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da
Penalidade - multa.
autoridade competente de trânsito ou de seus
agentes:
Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
I - pelo acostamento; V - com prejuízo da livre circulação ou da
II - em interseções e passagens de nível; segurança, ainda que em locais permitidos:
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa (cinco vezes).
Art. 207. Executar operação de conversão à
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro direita ou à esquerda em locais proibidos pela
veículo: sinalização:
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade
suficiente; Infração - grave;
II - nas faixas de pedestre; Penalidade - multa.
III - nas pontes, viadutos ou túneis;
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo
porteiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer ou o de parada obrigatória, exceto onde houver
outro impedimento à livre circulação; sinalização que permita a livre conversão à direita
V - onde houver marcação viária longitudinal de prevista no art. 44-A deste Código:
divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla
contínua ou simples contínua amarela:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes). Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio
viário com ou sem sinalização ou dispositivos
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa auxiliares, ou deixar de adentrar as áreas
prevista no caput em caso de reincidência no destinadas à pesagem de veículos:
período de até 12 (doze) meses da infração
anterior.
Infração - grave;
Art. 204. Deixar de parar o veículo no
Penalidade - multa.
acostamento à direita, para aguardar a
oportunidade de cruzar a pista ou entrar à
Art. 209-A. Evadir-se da cobrança pelo uso de
esquerda, onde não houver local apropriado para
rodovias e vias urbanas para não efetuar o seu
operação de retorno:
pagmento, ou deixar de efetuá-lo na forma
estabelecida:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Infração – grave;
Penalidade – multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que
integre cortejo, préstito, desfile e formações
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio
militares, salvo com autorização da autoridade de
viário policial:
trânsito ou de seus agentes:

Infração - gravíssima;
Infração - leve;
Penalidade - multa, apreensão do veículo e
Penalidade - multa.
suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - remoção do veículo e
Art. 206. Executar operação de retorno:
recolhimento do documento de habilitação.
I - em locais proibidos pela sinalização;
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos
Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em
e túneis;
razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção
ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
dos veículos não motorizados:
rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de
veículos não motorizados;
IV - nas interseções, entrando na contramão de Infração - grave;
direção da via transversal; Penalidade - multa.
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de na via e sem as precauções com a segurança de
transpor linha férrea: pedestres e de outros veículos:

Infração - gravíssima; Infração - média;


Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos
respectiva marcha for interceptada: estacionados sem dar preferência de passagem a
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, pedestres e a outros veículos:
passeatas, desfiles e outros:
Infração - média;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 218. Transitar em velocidade superior à
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, máxima permitida para o local, medida por
formações militares e outros: instrumento ou equipamento hábil, em rodovias,
vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:
Infração - grave; I - quando a velocidade for superior à máxima em
Penalidade - multa. até 20% (vinte por cento):

Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a Infração - média;


pedestre e a veículo não motorizado: Penalidade - multa;
I - que se encontre na faixa a ele destinada;
II - que não haja concluído a travessia mesmo que II - quando a velocidade for superior à máxima em
ocorra sinal verde para o veículo; mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta
III - portadores de deficiência física, crianças, por cento):
idosos e gestantes:
Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
III - quando a velocidade for superior à máxima em
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo mais de 50% (cinquenta por cento):
que não haja sinalização a ele destinada;
V - que esteja atravessando a via transversal para Infração - gravíssima;
onde se dirige o veículo: Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do
direito de dirigir.
Infração - grave;
Penalidade - multa. Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade
inferior à metade da velocidade máxima
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem: estabelecida para a via, retardando ou obstruindo
I - em interseção não sinalizada: o trânsito, a menos que as condições de tráfego e
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou meteorológicas não o permitam, salvo se estiver
rotatória; na faixa da direita:
b) a veículo que vier da direita;
II - nas interseções com sinalização de Infração - média;
regulamentação de Dê a Preferência: Penalidade - multa.

Infração - grave; Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo


Penalidade - multa. de forma compatível com a segurança do trânsito:
I - quando se aproximar de passeatas,
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles:
estar adequadamente posicionado para ingresso
Infração - gravíssima; identificação não autorizadas pela
Penalidade - multa; regulamentação.
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo de atendimento de emergência, o sistema de
controlado pelo agente da autoridade de trânsito, iluminação intermitente dos veículos de polícia, de
mediante sinais sonoros ou gestos; socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
ou acostamento;
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção Infração - média;
não sinalizada; Penalidade - multa.
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja
cercada; Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou
VI - nos trechos em curva de pequeno raio; com o facho de luz alta de forma a perturbar a
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com visão de outro condutor:
advertência de obras ou trabalhadores na pista;
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos Infração - grave;
fortes; Penalidade - multa;
IX - quando houver má visibilidade; Medida administrativa - retenção do veículo
X - quando o pavimento se apresentar para regularização.
escorregadio, defeituoso ou avariado;
XI - à aproximação de animais na pista; Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis
XII - em declive: em vias providas de iluminação pública:

Infração - grave; Infração - leve;


Penalidade - multa; Penalidade - multa.

XIII - ao ultrapassar ciclista: Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a


prevenir os demais condutores e, à noite, não
Infração - gravíssima; manter acesas as luzes externas ou omitir-se
Penalidade - multa; quanto a providências necessárias para tornar
visível o local, quando:
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento
estações de embarque e desembarque de ou permanecer no acostamento;
passageiros ou onde haja intensa movimentação II - a carga for derramada sobre a via e não puder
de pedestres: ser retirada imediatamente:

Infração - gravíssima; Infração - grave;


Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 221. Portar no veículo placas de identificação Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto
em desacordo com as especificações e modelos que tenha sido utilizado para sinalização
estabelecidos pelo CONTRAN: temporária da via:

Infração - média; Infração - média;


Penalidade - multa; Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo
para regularização e apreensão das placas Art. 227. Usar buzina:
irregulares. I - em situação que não a de simples toque breve
como advertência ao pedestre ou a condutores de
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade outros veículos;
aquele que confecciona, distribui ou coloca, em II - prolongada e sucessivamente a qualquer
veículo próprio ou de terceiros, placas de pretexto;
III - entre as vinte e duas e as seis horas; com o estabelecido pelo CONTRAN;
IV - em locais e horários proibidos pela XI - com descarga livre ou silenciador de motor de
sinalização; explosão defeituoso, deficiente ou inoperante;
V - em desacordo com os padrões e freqüências XII - com equipamento ou acessório proibido;
estabelecidas pelo CONTRAN: XIII - com o equipamento do sistema de
iluminação e de sinalização alterados;
Infração - leve; XIV - com registrador instantâneo inalterável de
Penalidade - multa. velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quando
houver exigência desse aparelho;
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som XV - com inscrições, adesivos, legendas e
em volume ou freqüência que não sejam símbolos de caráter publicitário afixados ou
autorizados pelo CONTRAN: pintados no pára-brisa e em toda a extensão da
parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses
previstas neste Código;
Infração - grave;
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo por películas refletivas ou não, painéis decorativos
ou pinturas;
para regularização.
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não
autorizadas pela legislação;
Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho
XVIII - em mau estado de conservação,
de alarme ou que produza sons e ruído que
comprometendo a segurança, ou reprovado na
perturbem o sossego público, em desacordo com
avaliação de inspeção de segurança e de emissão
normas fixadas pelo CONTRAN:
de poluentes e ruído, prevista no art. 104;
XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob
Infração - média; chuva:
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Art. 230. Conduzir o veículo: Medida administrativa - retenção do veículo
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a
para regularização;
placa ou qualquer outro elemento de identificação
do veículo violado ou falsificado;
XX - sem portar a autorização para condução de
II - transportando passageiros em compartimento
escolares, na forma estabelecida no art. 136:
de carga, salvo por motivo de força maior, com
permissão da autoridade competente e na forma
estabelecida pelo CONTRAN; Infração - gravíssima;
III - com dispositivo anti-radar; Penalidade - multa (cinco vezes);
IV - sem qualquer uma das placas de Medida administrativa - remoção do veículo;
identificação;
V - que não esteja registrado e devidamente XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e
licenciado; demais inscrições previstas neste Código;
VI - com qualquer uma das placas de identificação XXII - com defeito no sistema de iluminação, de
sem condições de legibilidade e visibilidade: sinalização ou com lâmpadas queimadas:

Infração - gravíssima; Infração - média;


Penalidade - multa e apreensão do veículo; Penalidade - multa.
Medida administrativa - remoção do veículo;
XXIII - em desacordo com as condições
VII - com a cor ou característica alterada; estabelecidas no art. 67-C, relativamente ao
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de tempo de permanência do condutor ao volante e
segurança veicular, quando obrigatória; aos intervalos para descanso, quando se tratar de
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este veículo de transporte de carga ou coletivo de
ineficiente ou inoperante; passageiros:
X - com equipamento obrigatório em desacordo
Infração - média; b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos
Penalidade - multa; quilogramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e
Medida administrativa - retenção do veículo quatro centavos);
para cumprimento do tempo de descanso c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil
aplicável. quilogramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e
oito centavos);
§ 1° Se o condutor cometeu infração igual nos d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil
últimos 12 (doze) meses, será convertida, quilogramas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e
automaticamente, a penalidade disposta no inciso noventa e dois centavos);
XXIII em infração grave. e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil
§ 2° Em se tratando de condutor estrangeiro, a quilogramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e
liberação do veículo fica condicionada ao cinquenta e seis centavos);
pagamento ou ao depósito, judicial ou f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
administrativo, da multa. - R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte
Art. 231. Transitar com o veículo: centavos);
I - danificando a via, suas instalações e Medida administrativa - retenção do veículo e
equipamentos; transbordo da carga excedente;
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a
via: VI - em desacordo com a autorização especial,
a) carga que esteja transportando; expedida pela autoridade competente para
b) combustível ou lubrificante que esteja transitar com dimensões excedentes, ou quando a
utilizando; mesma estiver vencida:
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de
sinistro: Infração - grave;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo VII - com lotação excedente;
para regularização; VIII - efetuando transporte remunerado de
pessoas ou bens, quando não for licenciado para
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em esse fim, salvo casos de força maior ou com
níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN; permissão da autoridade competente:
IV - com suas dimensões ou de sua carga
superiores aos limites estabelecidos legalmente ou Infração – gravíssima;
pela sinalização, sem autorização: Penalidade – multa;
Medida administrativa – remoção do veículo;
Infração - grave;
Penalidade - multa; IX - desligado ou desengrenado, em declive:
Medida administrativa - retenção do veículo
para regularização; Infração - média;
Penalidade - multa;
V - com excesso de peso, admitido percentual de Medida administrativa - retenção do veículo;
tolerância quando aferido por equipamento, na
forma a ser estabelecida pelo CONTRAN: X - excedendo a capacidade máxima de tração:

Infração - média; Infração - de média a gravíssima, a depender


Penalidade - multa acrescida a cada duzentos da relação entre o excesso de peso apurado e
quilogramas ou fração de excesso de peso a capacidade máxima de tração, a ser
apurado, constante na seguinte tabela: regulamentada pelo CONTRAN;
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 Penalidade - multa;
(cinco reais e trinta e dois centavos); Medida Administrativa - retenção do veículo e
transbordo de carga excedente.
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas Infração - grave;
previstas nos incisos V e X, o veículo que transitar Penalidade - multa;
com excesso de peso ou excedendo à capacidade Medida administrativa - retenção do veículo
máxima de tração, não computado o percentual para regularização.
tolerado na forma do disposto na legislação,
somente poderá continuar viagem após Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de
descarregar o que exceder, segundo critérios trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os
estabelecidos na referida legislação documentos de habilitação, de registro, de
complementar. licenciamento de veículo e outros exigidos por lei,
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de para averiguação de sua autenticidade:
porte obrigatório referidos neste Código:
Infração - gravíssima;
Infração - leve; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo.
Medida administrativa - retenção do veículo até
a apresentação do documento. Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido
para regularização, sem permissão da autoridade
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no competente ou de seus agentes:
prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de
trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art.
Infração - gravíssima;
123: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - média;
Penalidade - multa; Art. 240. Deixar o responsável de promover a
Medida administrativa - remoção do veículo. baixa do registro de veículo irrecuperável ou
definitivamente desmontado:
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de
habilitação e de identificação do veículo:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - Recolhimento do
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Certificado de Registro e do Certificado de
Medida administrativa - remoção do veículo. Licenciamento Anual.

Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro
partes externas do veículo, salvo nos casos do veículo ou de habilitação do condutor:
devidamente autorizados:
Infração - leve;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo
Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para
para transbordo. fins de registro, licenciamento ou habilitação:

Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível


Infração - gravíssima;
ou corda, salvo em casos de emergência:
Penalidade - multa.

Infração - média; Art. 243. Deixar a empresa seguradora de


Penalidade - multa. comunicar ao órgão executivo de trânsito
competente a ocorrência de perda total do veículo
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo e de lhe devolver as respectivas placas e
com as especificações, e com falta de inscrição e documentos:
simbologia necessárias à sua identificação,
quando exigidas pela legislação:
Infração - grave;
Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até
Medida administrativa - Recolhimento das regularização;
placas e dos documentos.
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III,
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou VII e VIII, além de:
ciclomotor: a) conduzir passageiro fora da garupa ou do
I - sem usar capacete de segurança ou vestuário assento especial a ele destinado;
de acordo com as normas e as especificações b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias,
aprovadas pelo Contran; salvo onde houver acostamento ou faixas de
II - transportando passageiro sem o capacete de rolamento próprias;
segurança, na forma estabelecida no inciso c) transportar crianças que não tenham, nas
anterior, ou fora do assento suplementar colocado circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
atrás do condutor ou em carro lateral; segurança.
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se § 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na
apenas em uma roda; alínea b do parágrafo anterior:
V - transportando criança menor de 10 (dez) anos
de idade ou que não tenha, nas circunstâncias, Infração - média;
condições de cuidar da própria segurança: Penalidade - multa.

Infração - gravíssima; § 3° A restrição imposta pelo inciso VI do caput


Penalidade - multa e suspensão do direito de deste artigo não se aplica às motocicletas e
dirigir; motonetas que tracionem semi-reboques
Medida administrativa - retenção do veículo até especialmente projetados para esse fim e
regularização e recolhimento do documento de devidamente homologados pelo órgão
habilitação; competente.
Art. 245. Utilizar a via para depósito de
VI - rebocando outro veículo; mercadorias, materiais ou equipamentos, sem
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, autorização do órgão ou entidade de trânsito com
salvo eventualmente para indicação de manobras; circunscrição sobre a via:
VIII - transportando carga incompatível com suas
especificações ou em desacordo com o previsto Infração - grave;
no § 2° do art. 139-A desta Lei; Penalidade - multa;
IX - efetuando transporte remunerado de Medida administrativa - remoção da
mercadorias em desacordo com o previsto no art. mercadoria ou do material.
139-A desta Lei ou com as normas que regem a
atividade profissional dos moto-taxistas: Parágrafo único. A penalidade e a medida
administrativa incidirão sobre a pessoa física ou
Infração - grave; jurídica responsável.
Penalidade - multa; Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à
Medida administrativa - apreensão do veículo livre circulação, à segurança de veículo e
para regularização. pedestres, tanto no leito da via terrestre como na
calçada, ou obstaculizar a via indevidamente:
X - com a utilização de capacete de segurança
sem viseira ou óculos de proteção ou com viseira Infração - gravíssima;
ou óculos de proteção em desacordo com a Penalidade - multa, agravada em até cinco
regulamentação do Contran; vezes, a critério da autoridade de trânsito,
XI - transportando passageiro com o capacete de conforme o risco à segurança.
segurança utilizado na forma prevista no inciso X
do caput deste artigo: Parágrafo único. A penalidade será aplicada à
pessoa física ou jurídica responsável pela
Infração - média; obstrução, devendo a autoridade com
Penalidade - multa; circunscrição sobre a via providenciar a
sinalização de emergência, às expensas do
responsável, ou, se possível, promover a Penalidade - multa;
desobstrução. Medida administrativa - retenção do veículo até
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista a regularização.
de rolamento, em fila única, os veículos de tração
ou propulsão humana e os de tração animal, Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
sempre que não houver acostamento ou faixa a I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou
eles destinados: situações de emergência;
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas
Infração - média; seguintes situações:
Penalidade - multa. a) a curtos intervalos, quando for conveniente
advertir a outro condutor que se tem o propósito
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao de ultrapassá-lo;
transporte de passageiros carga excedente em b) em imobilizações ou situação de emergência,
desacordo com o estabelecido no art. 109: como advertência, utilizando pisca-alerta;
c) quando a sinalização de regulamentação da via
Infração - grave; determinar o uso do pisca-alerta:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção para o Infração - média;
transbordo. Penalidade - multa.

Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as Art. 252. Dirigir o veículo:
luzes de posição, quando o veículo estiver parado, I - com o braço do lado de fora;
para fins de embarque ou desembarque de II - transportando pessoas, animais ou volume à
passageiros e carga ou descarga de mercadorias: sua esquerda ou entre os braços e pernas;
III - com incapacidade física ou mental temporária
Infração - média; que comprometa a segurança do trânsito;
Penalidade - multa. IV - usando calçado que não se firme nos pés ou
que comprometa a utilização dos pedais;
V - com apenas uma das mãos, exceto quando
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
I - deixar de manter acesa a luz baixa: deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar
a) durante a noite; a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou acessórios do veículo;
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados
cerração;
a aparelhagem sonora ou de telefone celular;
c) de dia, no caso de veículos de transporte
coletivo de passageiros em circulação em faixas
ou pistas a eles destinadas; Infração - média;
d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e Penalidade - multa.
ciclomotores;
e) de dia, em rodovias de pista simples situadas VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo
fora dos perímetros urbanos, no caso de veículos em movimento:
desprovidos de luzes de rodagem diurna;
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à Infração - média;
noite; Penalidade - multa.

Infração - média; Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V


Penalidade - multa. caracterizar-se-á como infração gravíssima no
caso de o condutor estar segurando ou
IV - deixar o veículo de transporte público coletivo manuseando telefone celular.
de passageiros ou de escolares de manter a porta Art. 253. Bloquear a via com veículo:
fechada:
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo. Medida administrativa - remoção da bicicleta,
mediante recibo para o pagamento da multa.
Art. 253-A. Usar qualquer veículo para,
deliberadamente, interromper, restringir ou CAPÍTULO XVI
perturbar a circulação na via sem autorização do Das Penalidades
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre ela: Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das
competências estabelecidas neste Código e
Infração - gravíssima; dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
do direito de dirigir por 12 (doze) meses; I - advertência por escrito;
Medida administrativa - remoção do veículo. II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
vezes aos organizadores da conduta prevista no VI - cassação da Permissão para Dirigir;
caput. VII - frequência obrigatória em curso de
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reciclagem.
reincidência no período de 12 (doze) meses. § 1º A aplicação das penalidades previstas neste
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas Código não elide as punições originárias de
físicas ou jurídicas que incorram na infração, ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito,
devendo a autoridade com circunscrição sobre a conforme disposições de lei.
via restabelecer de imediato, se possível, as § 3º A imposição da penalidade será comunicada
condições de normalidade para a circulação na aos órgãos ou entidades executivos de trânsito
via. responsáveis pelo licenciamento do veículo e
Art. 254. É proibido ao pedestre: habilitação do condutor.
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, Art. 257. As penalidades serão impostas ao
exceto para cruzá-las onde for permitido; condutor, ao proprietário do veículo, ao
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, embarcador e ao transportador, salvo os casos de
pontes, ou túneis, salvo onde exista permissão; descumprimento de obrigações e deveres
III - atravessar a via dentro das áreas de impostos a pessoas físicas ou jurídicas
cruzamento, salvo quando houver sinalização para expressamente mencionados neste Código.
esse fim; § 1º Aos proprietários e condutores de veículos
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes serão impostas concomitantemente as
de perturbar o trânsito, ou para a prática de penalidades de que trata este Código toda vez que
qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, houver responsabilidade solidária em infração dos
salvo em casos especiais e com a devida licença preceitos que lhes couber observar, respondendo
da autoridade competente; cada um de per si pela falta em comum que lhes
V - andar fora da faixa própria, passarela, for atribuída.
passagem aérea ou subterrânea; § 2º Ao proprietário caberá sempre a
VI - desobedecer à sinalização de trânsito responsabilidade pela infração referente à prévia
específica; regularização e preenchimento das formalidades e
condições exigidas para o trânsito do veículo na
Infração - leve; via terrestre, conservação e inalterabilidade de
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por suas características, componentes, agregados,
cento) do valor da infração de natureza leve. habilitação legal e compatível de seus condutores,
quando esta for exigida, e outras disposições que
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não deva observar.
seja permitida a circulação desta, ou de forma § 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas
agressiva, em desacordo com o disposto no infrações decorrentes de atos praticados na
parágrafo único do art. 59: direção do veículo.
§ 4º O embarcador é responsável pela infração
relativa ao transporte de carga com excesso de
Infração - média;
Penalidade - multa; peso nos eixos ou no peso bruto total, quando
simultaneamente for o único remetente da carga e reais e vinte e três centavos);
o peso declarado na nota fiscal, fatura ou III - infração de natureza média, punida com
manifesto for inferior àquele aferido. multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e
§ 5º O transportador é o responsável pela dezesseis centavos);
infração relativa ao transporte de carga com IV - infração de natureza leve, punida com multa
excesso de peso nos eixos ou quando a carga no valor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e
proveniente de mais de um embarcador oito centavos).
ultrapassar o peso bruto total. § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator
§ 6º O transportador e o embarcador são multiplicador ou índice adicional específico é o
solidariamente responsáveis pela infração previsto neste Código.
relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso Art. 259. A cada infração cometida são
declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for computados os seguintes números de pontos:
superior ao limite legal. I - gravíssima - sete pontos;
§ 7º Quando não for imediata a identificação do II - grave - cinco pontos;
infrator, o principal condutor ou o proprietário do III - média - quatro pontos;
veículo terá o prazo de 30 (trinta) dias, contado IV - leve - três pontos.
da notificação da autuação, para apresentá-lo, na § 4º Ao condutor identificado será atribuída
forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido pontuação pelas infrações de sua
o prazo, se não o fizer, será considerado responsabilidade, nos termos previstos no § 3º
responsável pela infração o principal condutor ou, do art. 257 deste Código, exceto aquelas:
em sua ausência, o proprietário do veículo. I - praticadas por passageiros usuários do serviço
§ 8º Após o prazo previsto no § 7º deste artigo, se de transporte rodoviário de passageiros em
o infrator não tiver sido identificado, e o veículo for viagens de longa distância transitando em
de propriedade de pessoa jurídica, será lavrada rodovias com a utilização de ônibus, em linhas
nova multa ao proprietário do veículo, mantida a regulares intermunicipal, interestadual,
originada pela infração, cujo valor será igual a 2 internacional e aquelas em viagem de longa
(duas) vezes o da multa originária, garantidos o distância por fretamento e turismo ou de qualquer
direito de defesa prévia e de interposição de modalidade, excluídas as situações
recursos previstos neste Código, na forma regulamentadas pelo Contran conforme disposto
estabelecida pelo Contran. no art. 65 deste Código;
§ 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do
exime do disposto no § 3º do art. 258 e no art. art. 230 e nos arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241
259. deste Código, sem prejuízo da aplicação das
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão penalidades e medidas administrativas cabíveis;
executivo de trânsito o principal condutor do III - puníveis de forma específica com suspensão
veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu do direito de dirigir.
nome inscrito em campo próprio do cadastro do Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas
veículo no Renavam. pelo órgão ou entidade de trânsito com
§ 11. O principal condutor será excluído do circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a
Renavam: infração, de acordo com a competência
I - quando houver transferência de propriedade estabelecida neste Código.
do veículo; § 1º As multas decorrentes de infração cometida
II - mediante requerimento próprio ou do em unidade da Federação diversa da do
proprietário do veículo; licenciamento do veículo serão arrecadadas e
III - a partir da indicação de outro principal compensadas na forma estabelecida pelo
condutor. CONTRAN.
Art. 258. As infrações punidas com multa § 2º As multas decorrentes de infração cometida
classificam-se, de acordo com sua gravidade, em unidade da Federação diversa daquela do
em quatro categorias: licenciamento do veículo poderão ser
I - infração de natureza gravíssima, punida com comunicadas ao órgão ou entidade responsável
multa no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa pelo seu licenciamento, que providenciará a
e três reais e quarenta e sete centavos); notificação.
II - infração de natureza grave, punida com multa § 4º Quando a infração for cometida com veículo
no valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco licenciado no exterior, em trânsito no território
nacional, a multa respectiva deverá ser paga tiverem sido atribuídos, para fins de contagem
antes de sua saída do País, respeitado o subsequente.
princípio de reciprocidade. § 7º O motorista que optar pelo curso previsto no §
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito 5º não poderá fazer nova opção no período de 12
de dirigir será imposta nos seguintes casos: (doze) meses.
I - sempre que, conforme a pontuação prevista no § 8° A pessoa jurídica concessionária ou
art. 259 deste Código, o infrator atingir, no período permissionária de serviço público tem o direito de
de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de ser informada dos pontos atribuídos, na forma do
pontos: art. 259, aos motoristas que integrem seu quadro
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou funcional, exercendo atividade remunerada ao
mais infrações gravíssimas na pontuação; volante, na forma que dispuser o CONTRAN.
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do
gravíssima na pontuação; art. 162 o condutor que, notificado da penalidade
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste de que trata este artigo, dirigir veículo automotor
nenhuma infração gravíssima na pontuação; em via pública.
II - por transgressão às normas estabelecidas § 10. O processo de suspensão do direito de dirigir
neste Código, cujas infrações preveem, de forma a que se refere o inciso II do caput deste artigo
específica, a penalidade de suspensão do direito deverá ser instaurado concomitantemente ao
de dirigir. processo de aplicação da penalidade de multa,
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de e ambos serão de competência do órgão ou
suspensão do direito de dirigir são os seguintes: entidade responsável pela aplicação da multa, na
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses forma definida pelo Contran.
a 1 (um) ano e, no caso de reincidência no período § 11. O Contran regulamentará as disposições
de 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) deste artigo.
anos; Art. 263. A cassação do documento de
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 habilitação dar-se-á:
(oito) meses, exceto para as infrações com prazo I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator
descrito no dispositivo infracional, e, no caso de conduzir qualquer veículo;
reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 II - no caso de reincidência, no prazo de doze
(oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto meses, das infrações previstas no inciso III do art.
no inciso II do art. 263. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de III - quando condenado judicialmente por delito de
dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação será trânsito, observado o disposto no art. 160.
devolvida a seu titular imediatamente após § 1º Constatada, em processo administrativo, a
cumprida a penalidade e o curso de irregularidade na expedição do documento de
reciclagem. habilitação, a autoridade expedidora promoverá o
§ 3º A imposição da penalidade de suspensão do seu cancelamento.
direito de dirigir elimina a quantidade de pontos § 2º Decorridos dois anos da cassação da
computados, prevista no inciso I do caput ou no § Carteira Nacional de Habilitação, o infrator poderá
5º deste artigo, para fins de contagem requerer sua reabilitação, submetendo-se a
subsequente. todos os exames necessários à habilitação, na
§ 5º No caso do condutor que exerce atividade forma estabelecida pelo CONTRAN.
remunerada ao veículo, a penalidade de Art. 265. As penalidades de suspensão do direito
suspensão do direito de dirigir de que trata o de dirigir e de cassação do documento de
caput deste artigo será imposta quando o infrator habilitação serão aplicadas por decisão
atingir o limite de pontos previsto na alínea c do fundamentada da autoridade de trânsito
inciso I do caput deste artigo, independentemente competente, em processo administrativo,
da natureza das infrações cometidas, facultado a assegurado ao infrator amplo direito de defesa.
ele participar de curso preventivo de reciclagem Art. 266. Quando o infrator cometer,
sempre que, no período de 12 (doze) meses, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-
atingir 30 (trinta) pontos, conforme lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as
regulamentação do Contran. respectivas penalidades.
§ 6° Concluído o curso de reciclagem previsto no § Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de
5°, o condutor terá eliminados os pontos que lhe advertência por escrito à infração de natureza
leve ou média, passível de ser punida com multa, CAPÍTULO XVII
caso o infrator não tenha cometido nenhuma Das Medidas Administrativas
outra infração nos últimos 12 (doze) meses.
Art. 268. O infrator será submetido a curso de Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus
reciclagem, na forma estabelecida pelo agentes, na esfera das competências
CONTRAN: estabelecidas neste Código e dentro de sua
II - quando suspenso do direito de dirigir; circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
III - quando se envolver em sinistro grave para o administrativas:
qual haja contribuído, independentemente de I - retenção do veículo;
processo judicial;; II - remoção do veículo;
IV - quando condenado judicialmente por delito de III - recolhimento da Carteira Nacional de
trânsito; Habilitação;
V - a qualquer tempo, se for constatado que o IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
condutor está colocando em risco a segurança do V - recolhimento do Certificado de Registro;
trânsito; VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento
Parágrafo único. Além do curso de reciclagem Anual;
previsto no caput deste artigo, o infrator será VIII - transbordo do excesso de carga;
submetido à avaliação psicológica nos casos IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia
dos incisos III, IV e V do caput deste artigo. ou perícia de substância entorpecente ou que
Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional determine dependência física ou psíquica;
Positivo de Condutores (RNPC), administrado X - recolhimento de animais que se encontrem
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de
com a finalidade de cadastrar os condutores que circulação, restituindo-os aos seus proprietários,
não cometeram infração de trânsito sujeita à após o pagamento de multas e encargos devidos.
pontuação prevista no art. 259 deste Código, nos XI - realização de exames de aptidão física,
últimos 12 (doze) meses, conforme mental, de legislação, de prática de primeiros
regulamentação do Contran. socorros e de direção veicular.
§ 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente. § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as
§ 2º A abertura de cadastro requer autorização medidas administrativas e coercitivas adotadas
prévia e expressa do potencial cadastrado. pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão
§ 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de por objetivo prioritário a proteção à vida e à
informação no RNPC independe de autorização e incolumidade física da pessoa.
de comunicação ao cadastrado. § 2º As medidas administrativas previstas neste
§ 4º A exclusão do RNPC dar-se-á: artigo não elidem a aplicação das penalidades
I - por solicitação do cadastrado; impostas por infrações estabelecidas neste
II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação Código, possuindo caráter complementar a
por infração; estas.
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir § 3º São documentos de habilitação:
suspenso; I - a Carteira Nacional de Habilitação;
IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do II - a Permissão para Dirigir; e
cadastrado estiver cassada ou com validade III - a Autorização para Conduzir Ciclomotor.
vencida há mais de 30 (trinta) dias; § 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do
V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena inciso X o disposto nos arts. 271 e 328, no que
privativa de liberdade. couber.
§ 5º A consulta ao RNPC é garantida a todos os § 5º No caso de documentos em meio digital, as
cidadãos, nos termos da regulamentação do medidas administrativas previstas nos incisos III,
Contran. IV, V e VI do caput deste artigo serão realizadas
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os por meio de registro no Renach ou Renavam,
Municípios poderão utilizar o RNPC para conceder conforme o caso, na forma estabelecida pelo
benefícios fiscais ou tarifários aos condutores Contran.
cadastrados, na forma da legislação específica de Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos
cada ente da Federação. expressos neste Código.
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no liberará o veículo para reparo, na forma
local da infração, o veículo será liberado tão transportada, mediante autorização, assinalando
logo seja regularizada a situação. prazo para reapresentação.
§ 2º Quando não for possível sanar a falha no § 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda
local da infração, o veículo, desde que ofereça de veículo poderão ser realizados por órgão
condições de segurança para circulação, deverá público, diretamente, ou por particular contratado
ser liberado e entregue a condutor regularmente por licitação pública, sendo o proprietário do
habilitado, mediante recolhimento do veículo o responsável pelo pagamento dos custos
Certificado de Licenciamento Anual, contra desses serviços.
apresentação de recibo, assinalando-se ao § 5° O proprietário ou o condutor deverá ser
condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta) notificado, no ato de remoção do veículo, sobre as
dias, para regularizar a situação, e será providências necessárias à sua restituição e sobre
considerado notificado para essa finalidade na o disposto no art. 328, conforme regulamentação
mesma ocasião. do CONTRAN.
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será § 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja
devolvido ao condutor no órgão ou entidade presente no momento da remoção do veículo, a
aplicadores das medidas administrativas, tão logo autoridade de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias
o veículo seja apresentado à autoridade contado da data da remoção, deverá expedir ao
devidamente regularizado. proprietário a notificação prevista no § 5º, por
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil
local da infração, o veículo será removido a que assegure a sua ciência, e, caso reste
depósito, aplicando-se neste caso o disposto no frustrada, a notificação poderá ser feita por edital.
art. 271. § 7° A notificação devolvida por desatualização
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção do endereço do proprietário do veículo ou por
imediata, quando se tratar de veículo de transporte recusa desse de recebê-la será considerada
coletivo transportando passageiros ou veículo recebida para todos os efeitos
transportando produto perigoso ou perecível, § 8° Em caso de veículo licenciado no exterior, a
desde que ofereça condições de segurança notificação será feita por edital.
para circulação em via pública. § 9º Não caberá remoção nos casos em que a
§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que irregularidade for sanada no local da infração.
se refere o § 2°, será feito registro de restrição § 9º-A. Quando não for possível sanar a
administrativa no Renavam por órgão ou entidade irregularidade no local da infração, o veículo,
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito desde que ofereça condições de segurança para
Federal, que será retirada após comprovada a circulação, será liberado e entregue a condutor
regularização. regularmente habilitado, mediante recolhimento do
§ 7° O descumprimento das obrigações Certificado de Licenciamento Anual, contra a
estabelecidas no § 2° resultará em recolhimento apresentação de recibo, e prazo razoável, não
do veículo ao depósito, aplicando-se, nesse caso, superior a 15 (quinze) dias, será assinalado ao
o disposto no art. 271. condutor para regularizar a situação, o qual será
Art. 271. O veículo será removido, nos casos considerado notificado para essa finalidade na
previstos neste Código, para o depósito fixado mesma ocasião.
pelo órgão ou entidade competente, com § 9º-B. O disposto no § 9º-A deste artigo não se
circunscrição sobre a via. aplica às infrações previstas no inciso V do caput
§ 1° A restituição do veículo removido só ocorrerá do art. 230 e no inciso VIII do caput do art. 231
mediante prévio pagamento de multas, taxas e deste Código.
despesas com remoção e estada, além de outros § 9º-C. Não efetuada a regularização no prazo
encargos previstos na legislação específica. referido no § 9º-A deste artigo, será feito registro
§ 2° A liberação do veículo removido é de restrição administrativa no Renavam por
condicionada ao reparo de qualquer componente órgão ou entidade executivos de trânsito dos
ou equipamento obrigatório que não esteja em Estados ou do Distrito Federal, o qual será retirado
perfeito estado de funcionamento. após comprovada a regularização.
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar § 9º-D. O descumprimento da obrigação
providência que não possa ser tomada no estabelecida no § 9º-A deste artigo resultará em
depósito, a autoridade responsável pela remoção
recolhimento do veículo ao depósito, aplicando- Parágrafo único. O Contran disciplinará as
se, nesse caso, o disposto neste artigo. margens de tolerância quando a infração for
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e apurada por meio de aparelho de medição,
estada será correspondente ao período integral, observada a legislação metrológica.
contado em dias, em que efetivamente o veículo Art. 277. O condutor de veículo automotor
permanecer em depósito, limitado ao prazo de 6 envolvido em sinistro de trânsito ou que for alvo de
(seis) meses. fiscalização de trânsito poderá ser submetido a
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada teste, exame clínico, perícia ou outro
prestados por particulares poderão ser pagos pelo procedimento que, por meios técnicos ou
proprietário diretamente ao contratado. científicos, na forma disciplinada pelo Contran,
§ 12.O disposto no § 11 não afasta a possibilidade permita certificar influência de álcool ou outra
de o respectivo ente da Federação estabelecer a substância psicoativa que determine dependência.
cobrança por meio de taxa instituída em lei. § 2° A infração prevista no art. 165 também
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo,
do recolhimento comprovar, administrativa ou constatação de sinais que indiquem, na forma
judicialmente, que o recolhimento foi indevido disciplinada pelo Contran, alteração da
ou que houve abuso no período de retenção em capacidade psicomotora ou produção de
depósito, é da responsabilidade do ente quaisquer outras provas em direito admitidas.
público a devolução das quantias pagas por § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
força deste artigo, segundo os mesmos critérios administrativas estabelecidas no art. 165-A deste
da devolução de multas indevidas. Código ao condutor que se recusar a se
Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de submeter a qualquer dos procedimentos
Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á previstos no caput deste artigo.
mediante recibo, além dos casos previstos neste Art. 278. Ao condutor que se evadir da
Código, quando houver suspeita de sua fiscalização, não submetendo veículo à pesagem
inautenticidade ou adulteração. obrigatória nos pontos de pesagem, fixos ou
Art. 273. O recolhimento do Certificado de móveis, será aplicada a penalidade prevista no art.
Registro dar-se-á mediante recibo, além dos 209, além da obrigação de retornar ao ponto de
casos previstos neste Código, quando: evasão para fim de pesagem obrigatória.
I - houver suspeita de inautenticidade ou Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à
adulteração; ação policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão
II - se, alienado o veículo, não for transferida sua logo seja localizado, aplicando-se, além das
propriedade no prazo de trinta dias. penalidades em que incorre, as estabelecidas no
Art. 274. O recolhimento do Certificado de art. 210.
Licenciamento Anual dar-se-á mediante recibo, Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo
além dos casos previstos neste Código, quando: para a prática do crime de receptação,
I - houver suspeita de inautenticidade ou descaminho, contrabando, previstos nos arts. 180,
adulteração; 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido; dezembro de 1940 (Código Penal), condenado por
III - no caso de retenção do veículo, se a um desses crimes em decisão judicial transitada
irregularidade não puder ser sanada no local. em julgado, terá cassado seu documento de
Art. 275. O transbordo da carga com peso habilitação ou será proibido de obter a habilitação
excedente é condição para que o veículo possa para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5
prosseguir viagem e será efetuado às expensas (cinco) anos.
do proprietário do veículo, sem prejuízo da § 1º O condutor condenado poderá requerer sua
multa aplicável. reabilitação, submetendo-se a todos os exames
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo necessários à habilitação, na forma deste Código.
atender ao disposto neste artigo, o veículo será § 2º No caso do condutor preso em flagrante na
recolhido ao depósito, sendo liberado após sanada prática dos crimes de que trata o caput deste
a irregularidade e pagas as despesas de remoção artigo, poderá o juiz, em qualquer fase da
e estada. investigação ou da ação penal, se houver
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por necessidade para a garantia da ordem pública,
litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o como medida cautelar, de ofício, ou a
condutor às penalidades previstas no art. 165. requerimento do Ministério Público ou ainda
mediante representação da autoridade policial, no próprio auto de infração, informando os
decretar, em decisão motivada, a suspensão da dados a respeito do veículo, além dos constantes
permissão ou da habilitação para dirigir veículo nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto
automotor, ou a proibição de sua obtenção. no artigo seguinte.
Art. 279. Em caso de sinistro com vítima § 4º O agente da autoridade de trânsito
envolvendo veículo equipado com registrador competente para lavrar o auto de infração poderá
instantâneo de velocidade e tempo, somente o ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda,
perito oficial encarregado do levantamento pericial policial militar designado pela autoridade de
poderá retirar o disco ou unidade armazenadora trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de
do registro.. sua competência.
Art. 279-A. O veículo em estado de abandono ou § 6º Não há infração de circulação, parada ou
sinistrado poderá ser removido para o depósito estacionamento relativa aos veículos destinados a
fixado pelo órgão ou entidade competente do socorro de incêndio e salvamento, aos de polícia,
Sistema Nacional de Trânsito independentemente aos de fiscalização e operação de trânsito e às
da existência de infração à legislação de trânsito, ambulâncias, ainda que não identificados
nos termos da regulamentação do Contran. ostensivamente.
§ 1º A remoção do veículo sinistrado será
realizada quando não houver responsável por ele Seção II
no local do sinistro. Do Julgamento das Autuações e Penalidades
§ 2º Aplicam-se à remoção de veículo em estado
de abandono ou sinistrado as disposições Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da
constantes do art. 328, sem prejuízo das demais competência estabelecida neste Código e dentro
disposições deste Código.. de sua circunscrição, julgará a consistência do
auto de infração e aplicará a penalidade cabível.
CAPÍTULO XVIII § 1º O auto de infração será arquivado e seu
Do Processo Administrativo registro julgado insubsistente:
Seção I I - se considerado inconsistente ou irregular;
Da Autuação II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for
expedida a notificação da autuação.
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na § 2º O prazo para expedição da notificação da
legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de autuação referente às penalidades de suspensão
infração, do qual constará: do direito de dirigir e de cassação do documento
I - tipificação da infração; de habilitação será contado a partir da data da
II - local, data e hora do cometimento da infração; instauração do processo destinado à aplicação
III - caracteres da placa de identificação do dessas penalidades.
veículo, sua marca e espécie, e outros elementos Art. 281-A. Na notificação de autuação e no auto
julgados necessários à sua identificação; de infração, quando valer como notificação de
IV - o prontuário do condutor, sempre que autuação, deverá constar o prazo para
possível; apresentação de defesa prévia, que não será
V - identificação do órgão ou entidade e da inferior a 30 (trinta) dias, contado da data de
autoridade ou agente autuador ou equipamento expedição da notificação.
que comprovar a infração; Art. 282. Caso a defesa prévia seja indeferida ou
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, não seja apresentada no prazo estabelecido, será
valendo esta como notificação do cometimento da aplicada a penalidade e expedida notificação ao
infração. proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa
§ 2º A infração deverá ser comprovada por postal ou por qualquer outro meio tecnológico
declaração da autoridade ou do agente da hábil que assegure a ciência da imposição da
autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou penalidade.
por equipamento audiovisual, reações químicas ou § 1º A notificação devolvida por desatualização
qualquer outro meio tecnologicamente disponível, do endereço do proprietário do veículo ou por
previamente regulamentado pelo CONTRAN. recusa em recebê-la será considerada válida
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, para todos os efeitos.
o agente de trânsito relatará o fato à autoridade § 2º A notificação a pessoal de missões
diplomáticas, de repartições consulares de carreira digitalmente, atendidos os requisitos de
e de representações de organismos internacionais autenticidade, integridade, validade jurídica e
e de seus integrantes será remetida ao Ministério interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves
das Relações Exteriores para as providências Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
cabíveis e cobrança dos valores, no caso de § 4º A coordenação do sistema de que trata o
multa. caput deste artigo é de responsabilidade do
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for órgão máximo executivo de trânsito da União.
imposta a condutor, à exceção daquela de que Art. 284. O pagamento da multa poderá ser
trata o § 1º do art. 259, a notificação será efetuado até a data do vencimento expressa na
encaminhada ao proprietário do veículo, notificação, por oitenta por cento do seu valor.
responsável pelo seu pagamento. § 1º Caso o infrator declare pelo sistema de
§ 4º Da notificação deverá constar a data do notificação eletrônica de que trata o art. 282-A
término do prazo para apresentação de recurso deste Código a opção por não apresentar defesa
pelo responsável pela infração, que não será prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento
inferior a trinta dias contados da data da da infração, o pagamento da multa poderá ser
notificação da penalidade. efetuado por 60% (sessenta por cento) do seu
§ 5º No caso de penalidade de multa, a data valor, em qualquer fase do processo, até o
estabelecida no parágrafo anterior será a data vencimento do prazo de pagamento da multa,
para o recolhimento de seu valor. desde que a adesão ao sistema seja realizada
§ 6º O prazo para expedição das notificações das antes do correspondente envio da notificação da
penalidades previstas no art. 256 deste Código é autuação..
de 180 (cento e oitenta) dias ou, se houver § 2º O recolhimento do valor da multa não implica
interposição de defesa prévia, de 360 (trezentos e renúncia ao questionamento administrativo, que
sessenta) dias, contado: pode ser realizado a qualquer momento,
I - no caso das penalidades previstas nos incisos I respeitado o disposto no § 1º.
e II do caput do art. 256 deste Código, da data do § 3º Não incidirá cobrança moratória e não
cometimento da infração; poderá ser aplicada qualquer restrição, inclusive
II - no caso das demais penalidades previstas no para fins de licenciamento e transferência,
art. 256 deste Código, da conclusão do processo enquanto não for encerrada a instância
administrativo da penalidade que lhe der causa. administrativa de julgamento de infrações e
§ 6º-A. Para fins de aplicação do inciso I do § 6º penalidades.
deste artigo, no caso das autuações que não § 4º Encerrada a instância administrativa de
sejam em flagrante, o prazo será contado da data julgamento de infrações e penalidades, a multa
do conhecimento da infração pelo órgão de não paga até o vencimento será acrescida de
trânsito responsável pela aplicação da penalidade, juros de mora equivalentes à taxa referencial do
na forma definida pelo Contran. Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
§ 7º O descumprimento dos prazos previstos no § (Selic) para títulos federais acumulada
6º deste artigo implicará a decadência do direito mensalmente, calculados a partir do mês
de aplicar a respectiva penalidade. subsequente ao da consolidação até o mês
Art. 282-A. O órgão ou entidade do Sistema anterior ao do pagamento, e de 1% (um por
Nacional de Trânsito responsável pela autuação cento) relativamente ao mês em que o pagamento
notificará o proprietário do veículo ou o condutor estiver sendo efetuado.
autuado por meio eletrônico, mediante sistema de § 5º O sistema de notificação eletrônica de que
notificação eletrônica definido pelo Contran. trata o art. 282-A deste Código deve disponibilizar,
§ 1º O proprietário e o condutor autuado deverão na mesma plataforma, campo destinado à
manter seu cadastro atualizado no órgão apresentação de defesa prévia e de recurso,
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito quando o infrator não reconhecer o cometimento
Federal. da infração, na forma regulamentada pelo
§ 2º Na hipótese de notificação prevista no caput Contran.
deste artigo, o proprietário ou o condutor autuado § 6º O desconto previsto no § 1º deste artigo será
será considerado notificado 30 (trinta) dias após a concedido ainda que o órgão responsável pela
inclusão da informação no sistema eletrônico e do aplicação da penalidade de multa não tiver aderido
envio da respectiva mensagem. ao sistema de notificação eletrônica de que trata o
§ 3º O sistema previsto no caput será certificado
art. 282-A deste Código, desde que o infrator Presidente da Junta que apreciou o recurso e por
tenha cumprido os requisitos nele descritos.. mais um Presidente de Junta;
Art. 285. O recurso contra a penalidade imposta II - tratando-se de penalidade imposta por órgão
nos termos do art. 282 deste Código será ou entidade de trânsito estadual, municipal ou do
interposto perante a autoridade que imputou a Distrito Federal, pelos CETRAN E
penalidade e terá efeito suspensivo. CONTRANDIFE, respectivamente.
§ 1º O recurso intempestivo ou interposto por parte Parágrafo único. No caso do inciso I do caput
ilegítima não terá efeito suspensivo. deste artigo:
§ 2º Recebido o recurso tempestivo, a autoridade I - quando houver apenas 1 (uma) Jari, o recurso
o remeterá à Jari, no prazo de 10 (dez) dias, será julgado por seus membros;
contado da data de sua interposição. II - quando necessário, novos colegiados especiais
§ 4º Na apresentação de defesa ou recurso, em poderão ser formados, compostos pelo Presidente
qualquer fase do processo, para efeitos de da Junta que apreciou o recurso e por mais 2
admissibilidade, não serão exigidos documentos (dois) Presidentes de Junta, na forma estabelecida
ou cópia de documentos emitidos pelo órgão pelo Contran.
responsável pela autuação. Art. 289-A. O não julgamento dos recursos nos
§ 5º O recurso intempestivo será arquivado. prazos previstos no § 6º do art. 285 e no caput do
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa art. 289 deste Código ensejará a prescrição da
poderá ser interposto no prazo legal, sem o pretensão punitiva.
recolhimento do seu valor. Art. 290. Implicam encerramento da instância
§ 1º No caso de não provimento do recurso, administrativa de julgamento de infrações e
aplicar-se-á o estabelecido no parágrafo único do penalidades:
art. 284. I - o julgamento do recurso de que tratam os arts.
§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e 288 e 289;
apresentar recurso, se julgada improcedente a II - a não interposição do recurso no prazo legal; e
penalidade, ser-lhe-á devolvida a importância III - o pagamento da multa, com reconhecimento
paga, atualizada em UFIR ou por índice legal de da infração e requerimento de encerramento do
correção dos débitos fiscais. processo na fase em que se encontra, sem
Art. 287. Se a infração for cometida em apresentação de defesa ou recurso.
localidade diversa daquela do licenciamento do Parágrafo único. Esgotados os recursos, as
veículo, o recurso poderá ser apresentado junto ao penalidades aplicadas nos termos deste Código
órgão ou entidade de trânsito da residência ou serão cadastradas no RENACH.
domicílio do infrator. Art. 290-A. Os prazos processuais de que trata
Parágrafo único. A autoridade de trânsito que este Código não se suspendem, salvo por motivo
receber o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à de força maior devidamente comprovado, nos
autoridade que impôs a penalidade acompanhado termos de regulamento do Contran.
das cópias dos prontuários necessários ao
julgamento. CAPÍTULO XIX
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a Dos Crimes De Trânsito
ser interposto, na forma do artigo seguinte, no Seção I
prazo de trinta dias contado da publicação ou da Disposições Gerais
notificação da decisão.
§ 1º O recurso será interposto, da decisão do não Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de
provimento, pelo responsável pela infração, e da veículos automotores, previstos neste Código,
decisão de provimento, pela autoridade que impôs aplicam-se as normas gerais do Código Penal e
a penalidade. do Código de Processo Penal, se este Capítulo
Art. 289. O recurso de que trata o art. 288 deste não dispuser de modo diverso, bem como a Lei
Código deverá ser julgado no prazo de 24 (vinte e nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que
quatro) meses, contado do recebimento do couber.
recurso pelo órgão julgador: § 1° Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão
I - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88
entidade da União, por colegiado especial da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995,
integrado pelo Coordenador-Geral da Jari, pelo exceto se o agente estiver:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra autoridade judiciária ao Conselho Nacional de
substância psicoativa que determine dependência; Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do
II - participando, em via pública, de corrida, disputa Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado
ou competição automobilística, de exibição ou ou residente.
demonstração de perícia em manobra de veículo Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de
automotor, não autorizada pela autoridade crime previsto neste Código, o juiz aplicará a
competente; penalidade de suspensão da permissão ou
III - transitando em velocidade superior à máxima habilitação para dirigir veículo automotor, sem
permitida para a via em 50 km/h (cinquenta prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
quilômetros por hora). Art. 297. A penalidade de multa reparatória
§ 2° Nas hipóteses previstas no § 1° deste artigo, consiste no pagamento, mediante depósito
deverá ser instaurado inquérito policial para a judicial em favor da vítima, ou seus sucessores,
investigação da infração penal. de quantia calculada com base no disposto no § 1º
§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as do art. 49 do Código Penal, sempre que houver
diretrizes previstas no art. 59 do Decreto-Lei nº prejuízo material resultante do crime.
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), § 1º A multa reparatória não poderá ser superior
dando especial atenção à culpabilidade do ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
agente e às circunstâncias e consequências do § 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos
crime. arts. 50 a 52 do Código Penal.
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter § 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo reparatória será descontado.
automotor pode ser imposta isolada ou Art. 298. São circunstâncias que sempre
cumulativamente com outras penalidades. agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de o condutor do veículo cometido a infração:
proibição de se obter a permissão ou a habilitação, I - com dano potencial para duas ou mais pessoas
para dirigir veículo automotor, tem a duração de ou com grande risco de grave dano patrimonial a
dois meses a cinco anos. terceiros;
§ 1º Transitada em julgado a sentença II - utilizando o veículo sem placas, com placas
condenatória, o réu será intimado a entregar à falsas ou adulteradas;
autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira
Permissão para Dirigir ou a Carteira de de Habilitação;
Habilitação. IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição Habilitação de categoria diferente da do veículo;
de se obter a permissão ou a habilitação para V - quando a sua profissão ou atividade exigir
dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o cuidados especiais com o transporte de
sentenciado, por efeito de condenação penal, passageiros ou de carga;
estiver recolhido a estabelecimento prisional. VI - utilizando veículo em que tenham sido
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou adulterados equipamentos ou características que
da ação penal, havendo necessidade para a afetem a sua segurança ou o seu funcionamento
garantia da ordem pública, poderá o juiz, como de acordo com os limites de velocidade prescritos
medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do nas especificações do fabricante;
Ministério Público ou ainda mediante VII - sobre faixa de trânsito temporária ou
representação da autoridade policial, decretar, em permanentemente destinada a pedestres.
decisão motivada, a suspensão da permissão ou Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de
da habilitação para dirigir veículo automotor, sinistros de trânsito que resultem em vítima, não
ou a proibição de sua obtenção. se imporá a prisão em flagrante nem se exigirá
Parágrafo único. Da decisão que decretar a fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
suspensão ou a medida cautelar, ou da que
indeferir o requerimento do Ministério Público, Seção II
caberá recurso em sentido estrito, sem efeito Dos Crimes em Espécie
suspensivo.
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção
automotor ou a proibição de se obter a permissão de veículo automotor:
ou a habilitação será sempre comunicada pela
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou
suspensão ou proibição de se obter a permissão multa.
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Art. 306. Conduzir veículo automotor com
§ 1° No homicídio culposo cometido na direção de capacidade psicomotora alterada em razão da
veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 influência de álcool ou de outra substância
(um terço) à metade, se o agente: psicoativa que determine dependência:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira Penas - detenção, de seis meses a três anos,
de Habilitação; multa e suspensão ou proibição de se obter a
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; permissão ou a habilitação para dirigir veículo
III - deixar de prestar socorro, quando possível automotor.
fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do sinistro; § 1° As condutas previstas no caput serão
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, constatadas por:
estiver conduzindo veículo de transporte de I - concentração igual ou superior a 6 decigramas
passageiros. de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a
§ 3° Se o agente conduz veículo automotor sob a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
influência de álcool ou de qualquer outra II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo
substância psicoativa que determine Contran, alteração da capacidade psicomotora.
dependência: § 2° A verificação do disposto neste artigo poderá
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e ser obtida mediante teste de alcoolemia ou
suspensão ou proibição do direito de se obter a toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova
permissão ou a habilitação para dirigir veículo testemunhal ou outros meios de prova em direito
automotor. admitidos, observado o direito à contraprova.
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na § 3° O Contran disporá sobre a equivalência
direção de veículo automotor: entre os distintos testes de alcoolemia ou
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e toxicológicos para efeito de caracterização do
suspensão ou proibição de se obter a permissão crime tipificado neste artigo.
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho
§ 1° Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia,
metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se
1o do art. 302. determinar o previsto no caput.
§ 2° A pena privativa de liberdade é de reclusão Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se
de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras obter a permissão ou a habilitação para dirigir
penas previstas neste artigo, se o agente veículo automotor imposta com fundamento neste
conduz o veículo com capacidade psicomotora Código:
alterada em razão da influência de álcool ou de Penas - detenção, de seis meses a um ano e
outra substância psicoativa que determine multa, com nova imposição adicional de
dependência, e se do crime resultar lesão idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
corporal de natureza grave ou gravíssima. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião condenado que deixa de entregar, no prazo
do sinistro, de prestar imediato socorro à vítima, estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade Art. 308. Participar, na direção de veículo
pública: automotor, em via pública, de corrida, disputa ou
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou competição automobilística ou ainda de exibição
multa, se o fato não constituir elemento de crime ou demonstração de perícia em manobra de
mais grave. veículo automotor, não autorizada pela autoridade
Parágrafo único. Incide nas penas previstas competente, gerando situação de risco à
neste artigo o condutor do veículo, ainda que a incolumidade pública ou privada:
sua omissão seja suprida por terceiros ou que se Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três)
trate de vítima com morte instantânea ou com anos, multa e suspensão ou proibição de se
ferimentos leves. obter a permissão ou a habilitação para dirigir
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local veículo automotor.
do sinistro, para fugir à responsabilidade penal ou § 1° Se da prática do crime previsto no caput
civil que lhe possa ser atribuída:: resultar lesão corporal de natureza grave, e as
circunstâncias demonstrarem que o agente não I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de
quis o resultado nem assumiu o risco de resgate dos corpos de bombeiros e em outras
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de unidades móveis especializadas no atendimento a
reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo vítimas de trânsito;
das outras penas previstas neste artigo. II - trabalho em unidades de pronto-socorro de
§ 2° Se da prática do crime previsto no caput hospitais da rede pública que recebem vítimas de
resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem sinistro de trânsito e politraumatizados;
que o agente não quis o resultado nem assumiu III - trabalho em clínicas ou instituições
o risco de produzi-lo, a pena privativa de especializadas na recuperação de sinistrados de
liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) trânsito;
anos, sem prejuízo das outras penas previstas IV - outras atividades relacionadas a resgate,
neste artigo. atendimento e recuperação de vítimas de sinistros
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, de trânsito..
sem a devida Permissão para Dirigir ou Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art.
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de 302 e no § 2º do art. 303 deste Código não se
dirigir, gerando perigo de dano: aplica o disposto no inciso I do caput do art. 44 do
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
multa. (Código Penal) .
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de
veículo automotor a pessoa não habilitada, com CAPÍTULO XX
habilitação cassada ou com o direito de dirigir Disposições Finais E Transitórias
suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não Art. 313. O Poder Executivo promoverá a
esteja em condições de conduzi-lo com nomeação dos membros do CONTRAN no prazo
segurança: de sessenta dias da publicação deste Código.
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou Art. 314. O Contran tem prazo de 240 (duzentos e
multa. quarenta) dias a partir da publicação deste Código
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível para expedir as resoluções necessárias à sua
com a segurança nas proximidades de escolas, melhor execução, bem como para revisar todas as
hospitais, estações de embarque e desembarque resoluções anteriores à sua publicação, dando
de passageiros, logradouros estreitos, ou onde prioridade àquelas que visam a diminuir o número
haja grande movimentação ou concentração de de sinistros e a assegurar a proteção de
pessoas, gerando perigo de dano: pedestres..
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN,
multa. existentes até a data de publicação deste Código,
Art. 312. novar artificiosamente, em caso de continuam em vigor naquilo em que não conflitem
sinistro automobilístico com vítima, na pendência com ele.
do respectivo procedimento policial preparatório, Art. 315. O Ministério da Educação, mediante
inquérito policial ou processo penal, o estado de proposta do Contran, deverá, no prazo de 240
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a (duzentos e quarenta) dias contado da publicação
erro o agente policial, o perito ou o juiz: deste Código, estabelecer o currículo com
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou conteúdo programático relativo à segurança e à
multa. educação de trânsito, a fim de atender ao disposto
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste neste Código.
artigo, ainda que não iniciados, quando da Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso
inovação, o procedimento preparatório, o inquérito II do parágrafo único do art. 281 só entrará em
ou o processo aos quais se refere. vigor após duzentos e quarenta dias contados da
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. publicação desta Lei.
302 a 312 deste Código, nas situações em que o Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito
juiz aplicar a substituição de pena privativa de concederão prazo de até um ano para a
liberdade por pena restritiva de direitos, esta adaptação dos veículos de condução de escolares
deverá ser de prestação de serviço à e de aprendizagem às normas do inciso III do art.
comunidade ou a entidades públicas, em uma 136 e art. 154, respectivamente.
das seguintes atividades:
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas ao licenciamento de veículos e aos autos de
normas pelo CONTRAN, continua em vigor o infração de trânsito.
disposto no art. 92 do Regulamento do Código § 1º Os documentos previstos no caput poderão
Nacional de Trânsito - Decreto nº 62.127, de 16 de ser gerados e tramitados eletronicamente, bem
janeiro de 1968. como arquivados e armazenados em meio digital,
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste desde que assegurada a autenticidade, a
Código poderão ser corrigidos monetariamente fidedignidade, a confiabilidade e a segurança das
pelo Contran, respeitado o limite da variação do informações, e serão válidos para todos os efeitos
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo legais, sendo dispensada, nesse caso, a sua
(IPCA) no exercício anterior. guarda física.
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes § 2º O Contran regulamentará a geração, a
do disposto no caput serão divulgados pelo tramitação, o arquivamento, o armazenamento e a
Contran com, no mínimo, 90 (noventa) dias de eliminação de documentos eletrônicos e físicos
antecedência de sua aplicação. gerados em decorrência da aplicação das
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança disposições deste Código.
das multas de trânsito será aplicada, § 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema
exclusivamente, em sinalização, em engenharia deverá ser certificado digitalmente, atendidos os
de tráfego, em engenharia de campo, em requisitos de autenticidade, integridade, validade
policiamento, em fiscalização, em renovação de jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de
frota circulante e em educação de trânsito. Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será
multas de trânsito arrecadadas será depositado, comemorada anualmente no período
mensalmente, na conta de fundo de âmbito compreendido entre 18 e 25 de setembro.
nacional destinado à segurança e educação de Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema
trânsito. Nacional de Trânsito, no que se refere ao Plano
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, Nacional de Redução de Mortes e Lesões no
anualmente, na rede mundial de computadores Trânsito (Pnatrans), deverá ser direcionada
(internet), dados sobre a receita arrecadada com a prioritariamente para o cumprimento da meta
cobrança de multas de trânsito e sua destinação. anual de redução do índice de mortes por grupo
§ 3º O valor total destinado à recomposição das de habitantes, apurado anualmente por Estado e
perdas de receita das concessionárias de pelo Distrito Federal, detalhando-se os dados
rodovias e vias urbanas, em decorrência do não levantados e as ações realizadas em vias federais,
pagamento de pedágio por usuários da via, não estaduais, distritais e municipais, na forma
poderá ultrapassar o montante total regulamentada pelo Contran..
arrecadado por meio das multas aplicadas com § 1° O objetivo geral do estabelecimento de metas
fundamento no art. 209-A deste Código, é, ao final do prazo de dez anos, reduzir à metade,
ressalvado o previsto em regulamento do Poder no mínimo, o índice nacional de mortos por grupo
Executivo. de veículos e o índice nacional de mortos por
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema grupo de habitantes, relativamente aos índices
Nacional de Trânsito poderão integrar-se para a apurados no ano da entrada em vigor da lei que
ampliação e o aprimoramento da fiscalização de cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e
trânsito, inclusive por meio do compartilhamento Lesões no Trânsito (Pnatrans).
da receita arrecadada com a cobrança das multas § 2° As metas expressam a diferença a menor, em
de trânsito. base percentual, entre os índices mais recentes,
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, oficialmente apurados, e os índices que se
fixará a metodologia de aferição de peso de pretende alcançar.
veículos, estabelecendo percentuais de tolerância, § 3° A decisão que fixar as metas anuais
sendo durante este período suspensa a vigência estabelecerá as respectivas margens de
das penalidades previstas no inciso V do art. 231, tolerância.
aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por § 4° As metas serão fixadas pelo Contran para os
duzentos quilogramas ou fração de excesso. Estados e para o Distrito Federal, mediante
Art. 325. As repartições de trânsito conservarão propostas fundamentadas dos Cetran, do
por, no mínimo, 5 (cinco) anos os documentos Contrandife e da Polícia Rodoviária Federal, no
relativos à habilitação de condutores, ao registro e âmbito das respectivas circunscrições.
§ 5° Antes de submeterem as propostas ao decorrer do ano, o Contran, os Cetran e o
Contran, os Cetran, o Contrandife e a Polícia Contrandife poderão recomendar aos integrantes
Rodoviária Federal realizarão consulta ou do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas
audiência pública para manifestação da sociedade ações, projetos e programas em desenvolvimento
sobre as metas a serem propostas. ou previstos, com o fim de atingir as metas fixadas
§ 6° As propostas dos Cetran, do Contrandife e da para cada um dos Estados e para o Distrito
Polícia Rodoviária Federal serão encaminhadas Federal.
ao Contran até o dia 1º de agosto de cada ano, § 14 A partir da análise de desempenho a que se
conforme regulamentação do Contran. refere o § 7° deste artigo, o Contran elaborará e
§ 7° As metas fixadas serão divulgadas em divulgará, também durante a Semana Nacional de
setembro, durante a Semana Nacional de Trânsito:
Trânsito, assim como o desempenho, absoluto e I - duas classificações ordenadas dos Estados e
relativo, de cada Estado e do Distrito Federal no do Distrito Federal, uma referente ao ano
cumprimento das metas vigentes no ano anterior, analisado e outra que considere a evolução do
detalhados os dados levantados e as ações desempenho dos Estados e do Distrito Federal
realizadas por vias federais, estaduais e desde o início das análises;
municipais, devendo tais informações permanecer II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo
à disposição do público na rede mundial de geral do estabelecimento de metas previsto no §
computadores, em sítio eletrônico do órgão 1o deste artigo.
máximo executivo de trânsito da União. Art. 327. A partir da publicação deste Código,
§ 8° O Contran, ouvidos os Cetran, o Contrandife, somente poderão ser fabricados e licenciados
a Polícia Rodoviária Federal e os demais órgãos veículos que obedeçam aos limites de peso e
do Sistema Nacional de Trânsito, definirá as dimensões fixados na forma desta Lei,
fórmulas para apuração do índice de que trata ressalvados os que vierem a ser regulamentados
este artigo, assim como a metodologia para a pelo CONTRAN.
coleta e o tratamento dos dados estatísticos Art. 328. O veículo apreendido ou removido a
necessários para a composição dos termos das qualquer título e não reclamado por seu
fórmulas. proprietário dentro do prazo de sessenta dias,
§ 9° Os dados estatísticos coletados em cada contado da data de recolhimento, será avaliado e
Estado e no Distrito Federal serão tratados e levado a leilão, a ser realizado preferencialmente
consolidados pelos respectivos órgãos ou por meio eletrônico.
entidades executivos de trânsito, que os § 1° Publicado o edital do leilão, a preparação
repassarão ao órgão máximo executivo de trânsito poderá ser iniciada após trinta dias, contados da
da União, conforme regulamentação do Contran. data de recolhimento do veículo, o qual será
§ 10. Os dados estatísticos sujeitos à classificado em duas categorias:
consolidação pelo órgão ou entidade executivos I - conservado, quando apresenta condições de
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal segurança para trafegar; e
compreendem os coletados naquela circunscrição: II - sucata, quando não está apto a trafegar.
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão § 2° Se não houver oferta igual ou superior ao
executivo rodoviário da União; valor da avaliação, o lote será incluído no leilão
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade seguinte, quando será arrematado pelo maior
executivos rodoviários do Estado ou do Distrito lance, desde que por valor não inferior a cinquenta
Federal; por cento do avaliado.
III - pelos órgãos ou entidades executivos § 3° Mesmo classificado como conservado, o
rodoviários e pelos órgãos ou entidades veículo que for levado a leilão por duas vezes e
executivos de trânsito dos Municípios. não for arrematado será leiloado como sucata.
§ 11. O cálculo do índice, para cada Estado e para § 4° É vedado o retorno do veículo leiloado como
o Distrito Federal, será feito pelo órgão máximo sucata à circulação.
executivo de trânsito da União, ouvidos os Cetran, § 5° A cobrança das despesas com estada no
o Contrandife, a Polícia Rodoviária Federal e os depósito será limitada ao prazo de seis meses.
demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. § 6° Os valores arrecadados em leilão deverão ser
§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até utilizados para custeio da realização do leilão,
o dia 30 de abril de cada ano. dividindo-se os custos entre os veículos
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no arrematados, proporcionalmente ao valor da
arrematação, e destinando-se os valores autoridade responsável pela restrição será
remanescentes, na seguinte ordem, para: notificada para a retirada do bem do depósito,
I - as despesas com remoção e estada; mediante a quitação das despesas com remoção e
II - os tributos vinculados ao veículo, na forma do § estada, ou para a autorização do leilão nos termos
10; deste artigo.
III - os credores trabalhistas, tributários e titulares § 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar
de crédito com garantia real, segundo a ordem de da notificação de que trata o § 14, não houver
preferência estabelecida no art. 186 da Lei no manifestação da autoridade responsável pela
5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código restrição judicial ou policial, estará o órgão de
Tributário Nacional); trânsito autorizado a promover o leilão do veículo
IV - as multas devidas ao órgão ou à entidade nos termos deste artigo.
responsável pelo leilão; § 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis
V - as demais multas devidas aos órgãos de bens automotores que se encontrarem nos
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito, depósitos há mais de 1 (um) ano poderão ser
segundo a ordem cronológica; e destinados à reciclagem, independentemente da
VI - os demais créditos, segundo a ordem de existência de restrições sobre o veículo.
preferência legal. § 17. O procedimento de hasta pública na
§ 7° Sendo insuficiente o valor arrecadado para hipótese do § 16 será realizado por lote de
quitar os débitos incidentes sobre o veículo, a tonelagem de material ferroso, observando-se, no
situação será comunicada aos credores. que couber, o disposto neste artigo,
§ 8° Os órgãos públicos responsáveis serão condicionando-se a entrega do material
comunicados do leilão previamente para que arrematado aos procedimentos necessários à
formalizem a desvinculação dos ônus incidentes descaracterização total do bem e à destinação
sobre o veículo no prazo máximo de dez dias. exclusiva, ambientalmente adequada, à
§ 9° Os débitos incidentes sobre o veículo antes reciclagem siderúrgica, vedado qualquer
da alienação administrativa ficam dele aproveitamento de peças e partes.
automaticamente desvinculados, sem prejuízo § 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis
da cobrança contra o proprietário anterior. queimados, adulterados ou estrangeiros, bem
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9° inclusive ao como aqueles sem possibilidade de regularização
débito relativo a tributo cujo fato gerador seja a perante o órgão de trânsito, serão destinados à
propriedade, o domínio útil, a posse, a circulação reciclagem, independentemente do período em
ou o licenciamento de veículo. que estejam em depósito, respeitado o prazo
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o previsto no caput deste artigo, sempre que a
veículo, por qualquer meio, os débitos serão autoridade responsável pelo leilão julgar ser essa
novamente vinculados ao bem, aplicando-se, a medida apropriada.
nesse caso, o disposto nos §§ 1°, 2° e 3° do art. Art. 329. Os condutores dos veículos de que
271. tratam os arts. 135 e 136, para exercerem suas
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente atividades, deverão apresentar, previamente,
será depositado em conta específica do órgão certidão negativa do registro de distribuição
responsável pela realização do leilão e ficará à criminal relativamente aos crimes de homicídio,
disposição do antigo proprietário, devendo ser roubo, estupro e corrupção de menores,
expedida notificação a ele, no máximo em trinta renovável a cada cinco anos, junto ao órgão
dias após a realização do leilão, para o responsável pela respectiva concessão ou
levantamento do valor no prazo de cinco anos, autorização.
após os quais o valor será transferido, Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem
definitivamente, para o fundo a que se refere o reformas ou recuperação de veículos e os que
parágrafo único do art. 320. comprem, vendam ou desmontem veículos,
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que usados ou não, são obrigados a possuir livros
couber, ao animal recolhido, a qualquer título, e de registro de seu movimento de entrada e saída
não reclamado por seu proprietário no prazo de e de uso de placas de experiência, conforme
sessenta dias, a contar da data de recolhimento, modelos aprovados e rubricados pelos órgãos de
conforme regulamentação do CONTRAN. trânsito.
§ 14. Se identificada a existência de restrição § 1º Os livros indicarão:
policial ou judicial sobre o prontuário do veículo, a I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou entidades executivos de trânsito e executivos
vendedor; rodoviários para exercerem suas competências.
III - data da saída ou baixa, nos casos de § 1º Os órgãos e entidades de trânsito já
desmontagem; existentes terão prazo de um ano, após a edição
IV - nome, endereço e identidade do comprador; das normas, para se adequarem às novas
V - características do veículo constantes do seu disposições estabelecidas pelo CONTRAN,
certificado de registro; conforme disposto neste artigo.
VI - número da placa de experiência. § 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem
§ 2º Os livros terão suas páginas numeradas criados exercerão as competências previstas
tipograficamente e serão encadernados ou em neste Código em cumprimento às exigências
folhas soltas, sendo que, no primeiro caso, estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto
conterão termo de abertura e encerramento neste artigo, acompanhados pelo respectivo
lavrados pelo proprietário e rubricados pela CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou
repartição de trânsito, enquanto, no segundo, CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do
todas as folhas serão autenticadas pela repartição Distrito Federal ou da União, passando a integrar
de trânsito. o Sistema Nacional de Trânsito.
§ 3º A entrada e a saída de veículos nos Art. 334. As ondulações transversais existentes
estabelecimentos referidos neste artigo registrar- deverão ser homologadas pelo órgão ou entidade
se-ão no mesmo dia em que se verificarem competente no prazo de um ano, a partir da
assinaladas, inclusive, as horas a elas publicação deste Código, devendo ser retiradas
correspondentes, podendo os veículos irregulares em caso contrário.
lá encontrados ou suas sucatas ser apreendidos Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos
ou retidos para sua completa regularização. no Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no
§ 4º As autoridades de trânsito e as autoridades prazo de trezentos e sessenta dias da publicação
policiais terão acesso aos livros sempre que o desta Lei, após a manifestação da Câmara
solicitarem, não podendo, entretanto, retirá-los Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e
do estabelecimento. obedecidos os padrões internacionais.
§ 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e
fraude ao realizá-lo e a recusa de sua exibição financeiro dos Estados e Municípios que os
serão punidas com a multa prevista para as compõem e, o CONTRANDIFE, do Distrito
infrações gravíssimas, independente das demais Federal.
cominações legais cabíveis. Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os
§ 6° Os livros previstos neste artigo poderão ser importadores e fabricantes, ao comerciarem
substituídos por sistema eletrônico, na forma veículos automotores de qualquer categoria e
regulamentada pelo Contran. ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da
Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros comercialização do respectivo veículo, manual
que passarão a integrar os colegiados destinados contendo normas de circulação, infrações,
ao julgamento dos recursos administrativos penalidades, direção defensiva, primeiros socorros
previstos na Seção II do Capítulo XVIII deste e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro.
Código, o julgamento dos recursos ficará a cargo Art. 338-A. As competências previstas no inciso
dos órgãos ora existentes. XV do caput do art. 21 e no inciso XXII do caput
Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do do art. 24 deste Código serão atribuídas aos
Sistema Nacional de Trânsito proporcionarão aos órgãos ou entidades descritos no caput dos
membros do CONTRAN, CETRAN e referidos artigos a partir de 1º de janeiro de 2024.
CONTRANDIFE, em serviço, todas as facilidades Parágrafo único. Até 31 de dezembro de 2023,
para o cumprimento de sua missão, fornecendo- as competências a que se refere o caput deste
lhes as informações que solicitarem, permitindo- artigo serão exercidas pelos órgãos e entidades
lhes inspecionar a execução de quaisquer serviços executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
e deverão atender prontamente suas requisições. Federal.
Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir
cento e vinte dias após a nomeação de seus crédito especial no valor de R$ 264.954,00
membros, as disposições previstas nos arts. 91 e (duzentos e sessenta e quatro mil, novecentos e
92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e cinquenta e quatro reais), em favor do ministério
ou órgão a que couber a coordenação máxima do
Sistema Nacional de Trânsito, para atender as passageiros com mais de dez lugares e nos de
despesas decorrentes da implantação deste carga com capacidade máxima de tração superior
Código. a 19t;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes
RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE do veículo;
TRÂNSITO (CONTRAN) E SUAS ALTERAÇÕES: 23) dispositivo destinado ao controle de ruído do
motor, naqueles dotados de motor a combustão;
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o
RESOLUÇÃO Nº 14/98
pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o caso;
25) macaco, compatível com o peso e carga do
Estabelece os equipamentos obrigatórios para
veículo;
a frota de veículos em circulação e dá outras
26) chave de roda;
providências.
27) chave de fenda ou outra ferramenta
(Revogada pela Resolução 912/22)
apropriada para a remoção de calotas;
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais
Art. 1º Para circular em vias públicas, os veículos
nos veículos de carga, quando suas dimensões
deverão estar dotados dos equipamentos
assim o exigirem;
obrigatórios relacionados abaixo, a serem
29) cinto de segurança para a árvore de
constatados pela fiscalização e em condições de
transmissão em veículos de transporte coletivo e
funcionamento:
carga;
I) nos veículos automotores e ônibus elétricos:
II) para os reboques e semireboques:
1) pára-hoques, dianteiro e traseiro;
1) para-choque traseiro;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões;
2) protetores das rodas traseiras;
3) espelhos retrovisores, interno e externo;
3) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
4) limpador de pára-brisa;
4) freios de estacionamento e de serviço, com
5) lavador de pára-brisa;
comandos independentes, para veículos com
6) pala interna de proteção contra o sol (pára-sol)
capacidade superior a 750 quilogramas e
para o condutor;
produzidos a partir de 1997;
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou
5) lanternas de freio, de cor vermelha;
amarela;
6) iluminação de placa traseira;
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor
7) lanternas indicadoras de direção traseiras, de
branca ou amarela;
cor âmbar ou vermelha;
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha;
8) pneus que ofereçam condições mínimas de
10) lanternas de freio de cor vermelha;
segurança;
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de
9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais,
cor âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha;
quando suas dimensões assim o exigirem.
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca;
III) para os ciclomotores:
13) retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
vermelha;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
14) lanterna de iluminação da placa traseira, de
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
cor branca;
4) velocímetro;
15) velocímetro,
5) buzina;
16) buzina;
6) pneus que ofereçam condições mínimas de
17) freios de estacionamento e de serviço, com
segurança;
comandos independentes;
7) dispositivo destinado ao controle de ruído do
18) pneus que ofereçam condições mínimas de
motor.
segurança;
IV) para as motonetas, motocicletas e triciclos:
19) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
de emergência, independente do sistema de
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
iluminação do veículo;
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
20) extintor de incêndio;
4) lanterna de freio, de cor vermelha
21) registrador instantâneo e inalterável de
5) iluminação da placa traseira;
velocidade e tempo, nos veículos de transporte
6) indicadores luminosos de mudança de direção,
e condução de escolares, nos de transporte de
dianteiro e traseiro;
7) velocímetro; velocidade e tempo:
8) buzina; a) nos veículos de carga fabricados antes de
9) pneus que ofereçam condições mínimas de 1991, excluídos os de transporte de escolares, de
segurança; cargas perigosas e de passageiros (ônibus e
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do micro-ônibus), até 1° de janeiro de 1999;
motor. b) nos veículos de transporte de passageiros ou
V) para os quadricíclos: de uso misto, registrados na categoria particular e
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados; que não realizem transporte remunerado de
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela; pessoas;
3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira; IV) cinto de segurança:
4) lanterna de freio, de cor vermelha; a) para os passageiros, nos ônibus e micro-ônibus
5) indicadores luminosos de mudança de direção, produzidos até 1º de janeiro de 1999;
dianteiros e traseiros; b) até 1º de janeiro de 1999, para o condutor e
6) iluminação da placa traseira; tripulantes, nos ônibus e micro-ônibus;
7) velocímetro; c) para os veículos destinados ao transporte de
8) buzina; passageiros, em percurso que seja permitido viajar
9) pneus que ofereçam condições mínimas de em pé.
segurança; V) pneu e aro sobressalente, macaco e chave de
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do roda:
motor; a) nos veículos equipados com pneus capazes de
11) protetor das rodas traseiras. trafegar sem ar, ou aqueles equipados com
VI) nos tratores de rodas e mistos: dispositivo automático de enchimento
1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela; emergencial;
2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; b) nos ônibus e micro-ônibus que integram o
3) lanternas de freio, de cor vermelha; sistema de transporte urbano de passageiros, nos
4) indicadores luminosos de mudança de direção, municípios, regiões e microregiões metropolitanas
dianteiros e traseiros; ou conglomerados urbanos;
5) pneus que ofereçam condições mínimas de c) nos caminhões dotados de características
segurança; específicas para transporte de lixo e de concreto;
6) dispositivo destinado ao controle de ruído do d) nos veículos de carroçaria blindada para
motor. transporte de valores.
VII) nos tratores de esteiras: VI) velocímetro, naqueles dotados de registrador
1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela; instantâneo e inalterável de velocidade e tempo,
2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; integrado.
3) lanternas de freio, de cor vermelha; Parágrafo único. Para os veículos relacionados
4) indicadores luminosos de mudança de direção, nas alíneas “b”, “c”, e “d”, do inciso V, será
dianteiros e traseiros; reconhecida a excepcionalidade, somente quando
5) dispositivo destinado ao controle de ruído do pertencerem ou estiverem na posse de firmas
motor. individuais, empresas ou organizações que
Parágrafo único. Quando a visibilidade interna possuam equipes próprias, especializadas em
não permitir, utilizar-se-ão os espelhos troca de pneus ou aros danificados.
retrovisores laterais. Art. 3º Os equipamentos obrigatórios dos veículos
Art. 2º Dos equipamentos relacionados no artigo destinados ao transporte de produtos perigosos,
anterior, não se exigirá: bem como os equipamentos para situações de
I) lavador de para-brisa: emergência serão aqueles indicados na legislação
a) em automóveis e camionetas derivadas de pertinente
veículos produzidos antes de 1º de janeiro de Art. 4º Os veículos destinados à condução de
1974; escolares ou outros transportes especializados
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e micro- terão seus equipamentos obrigatórios previstos
ônibus produzidos até 1º de janeiro de 1999; em legislação específica.
II) lanterna de marcha à ré e retrorefletores, nos Art. 5º A exigência dos equipamentos obrigatórios
veículos fabricados antes de 1º de janeiro de para a circulação de bicicletas, prevista no inciso
1990; VI, do art. 105, do Código de Trânsito Brasileiro
III) registrador instantâneo inalterável de terá um prazo de cento e oitenta dias para sua
adequação, contados da data de sua Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em
Regulamentação pelo CONTRAN. profundidade mínima de 0,2 mm.
Art. 6º Os veículos automotores produzidos a § 1º Além da gravação no chassi ou monobloco,
partir de 1º de janeiro de 1999, deverão ser os veículos serão identificados, no mínimo, com os
dotados dos seguintes equipamentos obrigatórios: caracteres VIS (número sequencial de produção)
I - espelhos retrovisores externos, em ambos os previsto na NBR 3 nº 6066, podendo ser, a critério
lados; do fabricante, por gravação, na profundidade
II - registrador instantâneo e inalterável de mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou
velocidade e tempo, para os veículos de carga, plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutível
com peso bruto total superior a 4536 kg; quando de sua remoção, ou ainda por etiqueta
III - encosto de cabeça, em todos os assentos dos autocolante e também destrutível no caso de
automóveis, exceto nos assentos centrais; tentativa de sua remoção, nos seguintes
IV - cinto de segurança graduável e de três pontos compartimentos e componentes:
em todos os assentos dos automóveis. Nos I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
assentos centrais, o cinto poderá ser do tipo sub- II - no compartimento do motor;
abdominal; III - em um dos para-brisas e em um dos vidros
Parágrafo único: Os ônibus e micro-ônibus traseiros, quando existentes;
poderão utilizar cinto sub-abdominal para os IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do
passageiros. veículo, quando existentes, excetuados os quebra-
Art. 7º Aos veículos registrados e licenciados em ventos.
outro país, em circulação no território nacional, § 2º As identificações previstas nos incisos "III" e
aplicam-se as regras do art. 118 e seguintes do "IV" do parágrafo anterior, serão gravadas de
Código de Trânsito Brasileiro. forma indelével, sem especificação de
Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções 657/85, profundidade e, se adulterados, devem acusar
767/93, 002/98 e o art. 65 da Resolução 734/89. sinais de alteração.
Art. 9º Respeitadas as exceções e situações § 3º Os veículos inacabados (sem cabina, com
particulares previstas nesta Resolução, os cabina incompleta, tais como os chassis para
proprietários ou condutores, cujos veículos ônibus), terão as identificações previstas no § 1º,
circularem nas vias públicas desprovidos dos implantadas pelo fabricante que complementar o
requisitos estabelecidos, ficam sujeitos às veículo com a respectiva carroçaria.
penalidades constantes do art. 230 do Código de § 4º As identificações, referidas no § 2º, poderão
Trânsito Brasileiro, no que couber. ser feitas na fábrica do veículo ou em outro local,
sob a responsabilidade do fabricante, antes de sua
RESOLUÇÃO Nº 24/98 venda ao consumidor.
§ 5º No caso de chassi ou monobloco não
Estabelece o critério de identificação de metálico, a numeração deverá ser gravada em
veículos. placa metálica incorporada ou a ser moldada no
material do chassi ou monobloco, durante sua
Art. 1º Os veículos produzidos ou importados a fabricação.
partir de 1º de janeiro de 1999, para obterem § 6º Para fins do previsto no caput deste artigo, o
registro e licenciamento, deverão estar décimo dígito do VIN, previsto na NBR 3 nº 6066,
identificados na forma desta Resolução. será obrigatoriamente o da identificação do
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste modelo do veículo.
artigo os tratores, os veículos protótipos utilizados § 7º para os fins previstos no caput deste artigo, o
exclusivamente para competições esportivas e décimo dígito do VIN, estabelecido pela NBR nº
as viaturas militares operacionais das Forças 6066, poderá ser alfanumérico.
Armadas. § 8º Para os veículos tipo ciclomotores,
Art. 2º A gravação do número de identificação motonetas, motocicletas e deles derivados, a
veicular (VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser altura dos caracteres da gravação de identificação
feita, no mínimo, em um ponto de localização, de veicular (VIN) deve ter no mínimo 4,0 (quatro)
acordo com as especificações vigentes e formatos milímetros.
estabelecidos pela NBR 3 nº 6066 da Associação Art. 3º Será obrigatória a gravação do ano de
fabricação do veículo no chassi ou monobloco ou
em plaqueta destrutível quando de sua remoção,
conforme estabelece o § 1° do art. 114 do Código RESOLUÇÃO Nº 26/98
de Trânsito Brasileiro.
Art. 4º Nos veículos reboques e semi-reboques, Disciplina o transporte de carga em veículos
as gravações serão feitas, no mínimo, em dois destinados ao transporte de passageiros a que
pontos do chassi. se refere o art. 109 do Código de Trânsito
Art. 5º Para fins de controle reservado e apoio das Brasileiro.
vistorias periciais procedidas pelos órgãos
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito e por Art. 1° O transporte de carga em veículos
órgãos policiais, por ocasião do pedido de código destinados ao transporte de passageiros, do tipo
do RENAVAM, os fabricantes depositarão junto ao ônibus, microônibus, ou outras categorias, está
órgão máximo executivo de trânsito da União as autorizado desde que observadas as exigências
identificações e localização das gravações, desta Resolução, bem como os regulamentos dos
segundo os modelos básicos. respectivos poderes concedentes dos serviços.
Parágrafo único. Todas as vezes que houver Art. 2° A carga só poderá ser acomodada em
alteração dos modelos básicos dos veículos, os compartimento próprio, separado dos
fabricantes encaminharão, com antecedência de passageiros, que no ônibus é o bagageiro.
30 (trinta) dias, as localizações de identificação Art. 3º Fica proibido o transporte de produtos
veicular. considerados perigosos conforme legislação
Art. 6º As regravações e as eventuais específica, bem como daqueles que, por sua
substituições ou reposições de etiquetas e forma ou natureza, comprometam a segurança do
plaquetas, quando necessárias, dependerão de veículo, de seus ocupantes ou de terceiros.
prévia autorização da autoridade de trânsito Art. 4º Os limites máximos de peso e dimensões
competente, mediante comprovação da da carga, serão os fixados pelas legislações
propriedade do veículo, e só serão processadas existentes na esfera federal, estadual ou
por empresas credenciadas pelo órgão executivo municipal.
de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal. Art. 5º No caso do transporte rodoviário
§ 1º As etiquetas ou plaquetas referidas no caput internacional de passageiros serão obedecidos os
deste artigo deverão ser fornecidas pelo fabricante Tratados, Convenções ou Acordos internacionais,
do veículo. enquanto vinculados à República Federativa do
§ 2º O previsto no caput deste artigo não se aplica Brasil.
às identificações constantes dos incisos III e IV do Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de
§ 1º do art. 2º desta Resolução. sua publicação.
§ 3º A regravação do número de identificação
veicular (VIN) no chassi ou monobloco, previsto no
RESOLUÇÃO 36/98
caput deste artigo, deverá ser feita, de acordo com
as especificações vigentes e formatos
Estabelece a forma de sinalização de
estabelecidos pela NBR 15180/2004 da
advertência para os veículos que, em situação
Associação Brasileira de Normas Técnicas
de emergência, estiverem imobilizados no leito
(ABNT), e suas alterações, em profundidade
viário.
mínima de 0,2 (dois décimos) milímetros.
§ 4º A empresa credenciada para remarcação de
Art.1º O condutor deverá acionar de imediato as
chassis deverá encaminhar registro fotográfico do
luzes de advertência (pisca-alerta)
resultado da remarcação ao departamento de
providenciando a colocação do triângulo de
trânsito de registro do veículo, mediante
sinalização ou equipamento similar à distância
regulamentação do órgão executivo de trânsito do
mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
Estado ou do Distrito Federal
Parágrafo único. O equipamento de sinalização
Art. 7º Os órgãos executivos de trânsito dos
de emergência deverá ser instalado
Estados e do Distrito Federal não poderão
perpendicularmente ao eixo da via, e em
registrar, emplacar e licenciar veículos que
condição de boa visibilidade.
estiverem em desacordo com o estabelecido nesta
Resolução.
RESOLUÇÃO Nº 43/1998 Art. 1º As bicicletas com aro superior a vinte
deverão ser dotadas dos seguintes equipamentos
Complementa a Resolução nº 14/98, que dispõe obrigatórios:
sobre equipamentos de uso obrigatório nos I - espelho retrovisor do lado esquerdo, acoplado
veículos automotores. ao guidom e sem haste de sustentação;
(Revogada pela Resolução 703/17) II - campainha, entendido como tal o dispositivo
sonoro mecânico, eletromecânico, elétrico, ou
Art. 1º Tornar facultativo o uso em caminhões, pneumático, capaz de identificar uma bicicleta em
ônibus e em micro-ônibus de espelho retrovisor movimento;
interno, quando portarem espelhos retrovisores III - sinalização noturna, composta de
externos esquerdo e direito. retrorefletores, com alcance mínimo de visibilidade
de trinta metros, com a parte prismática protegida
contra a ação das intempéries, nos seguintes
RESOLUÇÃO Nº 703/2017
locais:
a) na dianteira, nas cores branca ou amarela;
Estabelece requisitos para o desempenho e a
b) na traseira na cor vermelha;
fixação de espelhos retrovisores.
c) nas laterais e nos pedais de qualquer cor.
Art. 2º Estão dispensadas do espelho retrovisor e
Art. 1º Estabelecer requisitos para o desempenho
da campainha as bicicletas destinadas à prática de
e a fixação de espelhos retrovisores.
esportes, quando em competição dos seguintes
Art. 2º Os espelhos retrovisores de automóveis,
tipos:
utilitários, camionetas, ônibus, microônibus,
I - mountain bike (ciclismo de montanha);
caminhonetes, caminhões, caminhões tratores e
II - down hill (descida de montanha);
motor-casa devem observar os requisitos
III - free style (competição estilo livre);
estabelecidos nos anexos desta Resolução.
IV - competição olímpica e panamericana;
Parágrafo único. Os requisitos constantes nesta
V - competição em avenida, estrada e velódromo;
Resolução aplicar-se-ão aos novos projetos de
VI - outros.
veículos produzidos ou importados 5 (cinco) anos
Art. 3º Esses equipamentos obrigatórios serão
a partir da data de publicação desta Resolução e 7
exigidos a partir de 01 de janeiro de 2000.
(sete) anos a partir da data de publicação para
todos os veículos em produção, sendo facultado
antecipar a sua adoção total ou parcial. RESOLUÇÃO N° 87/1999
Art. 3º Serão admitidos espelhos retrovisores que
atendam o Regulamento Técnico das Nações Dá nova redação à alínea “a”, e cria a alínea “c”
Unidas ECE R46 série 4 ou versões posteriores ou inciso III do art. 2°, , prorroga o prazo referente ao
a Normativa Americana FMVSS 111 ou versões inciso II do art. 6°da Resolução n° 14/98-
posteriores. CONTRAN, que estabelece os equipamentos
Art. 4º Os Anexos desta Resolução encontram-se obrigatórios para a frota de veículos em circulação
no sítio eletrônico do DENATRAN: Anexo e dá outras providências.
Resolução Atualizada. (Revogada pela Resolução 912/22)
Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções
CONTRAN nº 226, de 09 de fevereiro de 2007 e nº Art. 1° O art. 2° da Resolução n° 14/98 passa a
43, de 21 de maio de 1998, a partir dos prazos vigorar com a seguinte redação:
estabelecidos no parágrafo único do art. 2º desta
Resolução. “Art. 2º Dos equipamentos relacionados no artigo
anterior, não se exigirá:
RESOLUÇÃO Nº 46/1998 III) registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo:
Estabelece os equipamentos de segurança a) para os veículos de carga com capacidade
obrigatórios para as bicicletas conforme máxima de tração inferior a 19 (dezenove)
disciplina o art. 105, VI do Código de Trânsito toneladas, fabricados até 31 de dezembro de
Brasileiro e art. 5° da Resolução 14/98. 1990;
(Revogada pela Resolução 912/22) c) até 30 de setembro de 1999, para os veículos
de carga com capacidade máxima de tração
inferior a 19 toneladas, fabricados a partir de 1o ALGARISMO FINAL DA PLACA E PRAZO
de janeiro de 1991; FINAL PARA RENOVAÇÃO:
d) até 30 de setembro de 1999, para os veículos
de carga com capacidade máxima de tração igual 1 e 2: Até setembro
ou superior a 19 (dezenove) toneladas, fabricados 3, 4 e 5: Até outubro
até 31 de dezembro de 1990;” 6, 7 e 8: Até novembro
9 e 0: Até dezembro
Art. 2° Prorroga para 30 de setembro 1999 a
entrada em vigor do disposto no inciso II do art. 6º Art. 2° As autoridades, órgãos, instituições e
da Resolução n° 14/98-CONTRAN. agentes de fiscalização de trânsito e rodoviário em
Art. 3° Fica mantida a obrigatoriedade do uso do todo o território nacional, para efeito de autuação e
registrador inalterável de velocidade e tempo para aplicação de penalidades, quando o veículo se
os veículos de transporte de cargas de produtos encontrar fora da unidade da federação em que
perigosos, escolares e de passageiros com mais estiver registrado, deverão adotar os prazos
de 10 (dez) lugares (ônibus e microônibus). estabelecidos nesta Resolução.
Art. 4° As penalidades aplicadas, no período de 1º
de janeiro até a presente data, em razão da falta
RESOLUÇAO N° 136/2002
do registrador inalterável de velocidade e tempo
nos veículos constantes na alínea “a”, inciso III, do
Dispõe sobre os valores das multas de
art. 2° e no inciso II, do art. 6°, da Resolução
infração de trânsito.
14/98, de acordo com o disposto nos arts. 1° e 2°
(Revogada pela Resolução 613/16)
desta Resolução, não serão consideradas.
Art. 1º Fixar, para todo o território nacional, os
RESOLUÇÃO N° 108/1999. seguintes valores das multas previstas no Código
de Trânsito Brasileiro:
Dispõe sobre a responsabilidade pelo I - Infração de natureza gravíssima, punida com
pagamento de multas. multa de valor correspondente a R$ 191,54 (cento
e noventa e um reais e cinqüenta e quatro
Art. 1° Fica estabelecido que o proprietário do centavos);
veículo será sempre responsável pelo pagamento II - Infração de natureza grave, punida com multa
da penalidade de multa, independente da infração de valor correspondente a R$ 127,69 (cento e
cometida, até mesmo quando o condutor for vinte e sete reais e sessenta e nove centavos);
indicado como condutor-infrator nos termos da lei, III - Infração de natureza média, punida com multa
não devendo ser registrado ou licenciado o veículo de valor correspondente a R$ 85,13 (oitenta e
sem que o seu proprietário efetue o pagamento do cinco reais e treze centavos); e
débito de multas, excetuando-se as infrações IV - Infração de natureza leve, punida com multa
resultantes de excesso de peso que obedecem ao no valor de R$ 53,20 (cinquenta e três reais e
determinado no art. 257 e parágrafos do Código vinte centavos).
de Trânsito Brasileiro.
RESOLUÇÃO Nº 613/2016
RESOLUÇÃO 110/2000
Revoga a Resolução CONTRAN nº 136, de 2 de
Fixa o calendário para renovação do abril de 2002, que dispõe sobre os valores das
Licenciamento Anual de Veículos e revoga a multas de infração de trânsito.
Resolução CONTRAN no 95/99.
Art. 1º Revogar a Resolução CONTRAN nº 136,
Art. 1° Os órgãos executivos de trânsito dos de 2 de abril de 2002, que dispõe sobre os valores
Estados e do Distrito Federal estabelecerão das multas de infração de trânsito.
prazos para renovação do Licenciamento Anual Art. 2º Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de
dos Veículos registrados sob sua circunscrição, novembro de 2016.
de acordo com o algarismo final da placa de
identificação, respeitados os limites fixados na
tabela a seguir:
RESOLUÇÃO Nº 149/2003 identificado no ato da autuação.
§ 5º O Auto de Infração valerá como notificação da
Dispõe sobre uniformização do procedimento autuação quando colhida a assinatura do condutor
administrativo da lavratura do auto de infração, e:
da expedição da Notificação da Autuação e da I - a infração for de responsabilidade do condutor;
Notificação da Penalidade de multa e de II - a infração for de responsabilidade do
advertência por infrações de responsabilidade proprietário e este estiver conduzindo o veículo.
do proprietário e do condutor do veiculo e da
identificação do condutor infrator. DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 3º À exceção do disposto no § 5º do artigo


anterior, após a verificação da regularidade do
Art. 1° Estabelecer procedimento para a Auto de Infração, a autoridade de trânsito
expedição da Notificação da Autuação e da expedirá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias
Notificação da Penalidade de advertência e de contados da data do cometimento da infração, a
multa pelo cometimento de infrações de Notificação da Autuação dirigida ao proprietário do
responsabilidade do proprietário e do condutor de veículo, na qual deverão constar, no mínimo, os
veículo registrado em território nacional. dados definidos no art. 280 do CTB e em
Art. 2° Constatada infração pela autoridade de regulamentação específica.
trânsito ou por seus agentes, ou ainda § 1º Quando utilizada a remessa postal, a
comprovada sua ocorrência por equipamento expedição se caracterizará pela entrega da
audiovisual, aparelho eletrônico ou por meio hábil Notificação da Autuação pelo órgão ou entidade
regulamentado pelo CONTRAN, será lavrado o de trânsito à empresa responsável por seu envio.
Auto de Infração de Trânsito que deverá conter § 2º Da Notificação da Autuação constará a data
os dados mínimos definidos pelo art. 280 do CTB do término do prazo para a apresentação da
e em regulamentação específica. Defesa da Autuação pelo proprietário do veículo
§ 1° O Auto de Infração de que trata o caput deste ou pelo condutor infrator devidamente identificado,
artigo poderá ser lavrado pela autoridade de que não será inferior a 15 (quinze) dias,
trânsito ou por seu agente: contados a partir da data da notificação da
I - por anotação em documento próprio; autuação.
II - por registro em talão eletrônico isolado ou § 3º A notificação da autuação, nos termos do § 4º
acoplado a equipamento de detecção de infração do artigo anterior, não exime o órgão ou entidade
regulamentado pelo CONTRAN, atendido o de trânsito da expedição de aviso informando ao
procedimento que será definido pelo órgão proprietário do veículo os dados da autuação e do
máximo executivo de trânsito da União; condutor identificado.
III - por registro em sistema eletrônico de § 4º Nos casos dos veículos registrados em nome
processamento de dados quando a infração for de missões diplomáticas, repartições consulares
comprovada por equipamento de detecção provido de carreira ou representações de organismos
de registrador de imagem, regulamentado pelo internacionais e de seus integrantes, a Notificação
CONTRAN. da Autuação deverá ser remetida ao Ministério
§ 2° O órgão ou entidade de trânsito não das Relações Exteriores, para as providências
necessita imprimir o Auto de Infração elaborado cabíveis, passando a correr os prazos a partir do
nas formas previstas nos incisos II e III do seu conhecimento pelo proprietário do veículo.
parágrafo anterior para que seja aplicada a Art. 4º. Quando o veículo estiver registrado em
penalidade, porém, quando impresso, deverá nome de sociedade de arrendamento mercantil, o
conter os dados mínimos definidos no art. 280 do órgão ou entidade de trânsito deverá encaminhar
CTB e em regulamentação específica. a Notificação da Autuação diretamente ao
§ 3º A comprovação da infração referida no inciso arrendatário, que para os fins desta Resolução,
III do § 1° deverá ter a sua análise referendada por equipara-se ao proprietário do veículo, cabendo-
agente da autoridade de trânsito que será lhe a identificação do condutor infrator, quando
responsável pela autuação e fará constar o seu não for o responsável pela infração.
número de identificação no auto de infração . Parágrafo único. A arrendadora deverá fornecer
§ 4º Sempre que possível o condutor será ao órgão ou entidade executivo de trânsito
responsável pelo registro do veículo, todos os corretamente preenchido, assinado e
dados necessários à identificação do arrendatário, acompanhado de cópia legível dos documentos
quando da celebração do respectivo contrato de relacionados no artigo anterior.
arrendamento mercantil, sob pena de arcar com Parágrafo único. Na impossibilidade da coleta da
a responsabilidade pelo cometimento da assinatura do condutor infrator, por ocasião da
infração, além da multa prevista no § 8º do art. identificação, o proprietário deverá anexar ao
257 do CTB. Formulário de Identificação do Condutor Infrator,
cópia de documento onde conste cláusula de
DO FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DO responsabilidade por quaisquer infrações
CONDUTOR INFRATOR cometidas na condução do veículo, bem como
pela pontuação delas decorrentes.
Art. 5º Sendo a infração de responsabilidade do
condutor, quando este não for identificado no DA RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO
ato do cometimento da infração, deverá fazer
parte da Notificação da Autuação o Formulário de Art. 7º Não havendo a identificação do condutor
Identificação do Condutor Infrator contendo, no infrator até o término do prazo fixado na
mínimo: Notificação da Autuação, o proprietário do
I. identificação do órgão ou entidade de trânsito veículo será considerado responsável pela
responsável pela autuação; infração cometida.
II. campos para o preenchimento da identificação Art. 8º Ocorrendo a hipótese prevista no artigo
do condutor infrator: nome, números do registro do anterior e sendo o proprietário do veículo pessoa
documento de habilitação, de identificação e do jurídica, será imposta multa, nos termos do § 8º
CPF; do art. 257 do CTB, expedindo-se a notificação
III. campo para preenchimento da data da desta ao proprietário do veículo.
identificação do condutor infrator;
IV. campo para a assinatura do proprietário do DO JULGAMENTO DA AUTUAÇÃO E
veículo; APLICAÇÃO DA PENALIDADE
V. campo para a assinatura do condutor infrator;
VI. placa do veículo e número do Auto de Infração; Art. 9º Interposta a Defesa da Autuação, nos
VII. data do término do prazo para a identificação termos do § 2º do Art. 3º desta Resolução, caberá
do condutor infrator; à autoridade de trânsito apreciá-la.
VIII. esclarecimento das consequências da não § 1º Acolhida a Defesa da Autuação, o Auto de
identificação do condutor infrator; Infração será cancelado, seu registro será
IX. instrução para que o Formulário de arquivado e a autoridade de trânsito comunicará
Identificação do Condutor Infrator seja o fato ao proprietário do veículo.
acompanhado de cópia reprográfica legível do § 2º Em caso do não acolhimento da Defesa da
documento de habilitação, além de documento Autuação ou de seu não exercício no prazo
que comprove a assinatura do condutor infrator, previsto, a autoridade de trânsito aplicará a
quando esta não constar do referido documento; penalidade, expedindo a Notificação da
X. esclarecimento de que a identificação do Penalidade, da qual deverão constar, no mínimo,
condutor infrator só surtirá efeito se estiver os dados definidos no art. 280 do CTB, o previsto
corretamente preenchida, assinada e em regulamentação específica e a comunicação
acompanhada de cópia legível dos documentos do não acolhimento da defesa, quando for o caso.
relacionados no inciso IX; § 3º A Notificação de Penalidade de multa deverá
XI. endereço para onde o proprietário deve conter um campo para a autenticação eletrônica
encaminhar o Formulário de Identificação do a ser regulamentado pelo órgão máximo
Condutor Infrator; executivo da União.
XII. esclarecimento sobre a responsabilidade nas § 4º A notificação de penalidade de multa imposta
esferas cível, administrativa e penal, pela a condutor será encaminhada ao proprietário do
veracidade das informações e dos documentos veículo, responsável pelo seu pagamento, como
fornecidos. estabelece o § 3º do art. 282 do CTB.
Art. 6º O Formulário de Identificação do Condutor Art. 10. A autoridade de trânsito poderá socorrer-
Infrator só produzirá os efeitos legais se estiver se de meios tecnológicos para julgar a
consistência do auto e aplicar a penalidade atender ao estabelecido nos Anexos que fazem
cabível. parte dessa Resolução:
Art. 11. Não incidirá qualquer restrição, inclusive
para fins de licenciamento e transferência, nos Anexo 1 - Instalação de dispositivos de iluminação
arquivos do órgão ou entidade executivo de e sinalização luminosa.
trânsito responsável pelo registro do veículo, até Anexo 2 - Faróis principais emitindo fachos
que a penalidade seja aplicada. assimétricos e equipados com lâmpadas de
filamento.
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS CONTRA Anexo 3 - Faróis de neblina dianteiros.
A IMPOSIÇÃO DE PENALIDADE Anexo 4 - Lanternas de marcha-a-ré.
Anexo 5 - Lanternas indicadores de direção.
Art. 12 Da imposição da penalidade caberá, ainda, Anexo 6 - Lanternas de posição dianteiras e
recurso em 1ª e 2 ª Instâncias na forma dos art. traseiras, lanternas de freio e lanternas
285 e seguintes do CTB. delimitadoras traseiras.
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as Anexo 7 - Lanterna de iluminação da placa
penalidades aplicadas nos termos deste Código traseira.
serão cadastradas no RENACH. Anexo 8 – Lanternas de neblina traseiras.
Anexo 9 - Lanternas de estacionamento.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Anexo 10 - Faróis principais equipados com fonte
de luz de descarga de gás.
Anexo 11 - Fonte de luz para uso em farol de
Art. 13 Até que o órgão máximo executivo da
descarga de gás.
União defina o procedimento do uso e o prazo
Anexo 12 - Retrorrefletores.
para a adequação do talão eletrônico a que se
refere o inciso II do § 1º do art. 2º desta Anexo 13 - Lanterna de posição lateral.
Resolução, ficam convalidados os autos de Anexo 14 - Farol de rodagem diurna.
infração já lavrados com esse equipamento e
validados os que serão lavrados até o término do § 2º Os veículos inacabados (chassi de caminhão
prazo fixado na regulamentação específica. com cabina e sem carroçaria com destino ao
Art.14 Os órgãos e entidades executivos de concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem
trânsito e rodoviários terão o prazo de até 180 complementados por terceiros), não estão sujeitos
(cento e oitenta) dias, contados da publicação à aplicação dos dispositivos relacionados abaixo:
desta Resolução, para adequarem seus a) lanternas delimitadoras traseiras;
procedimentos. b) lanternas laterais traseiras e intermediárias;
Art. 15 Esta Resolução entrará em vigor na data c) retrorrefletores laterais traseiros e
de sua publicação, revogadas as disposições em intermediários.
contrário, em especial as Resoluções CONTRAN § 3º Os dispositivos mencionados no parágrafo
nºs 17/98, 59/98 e 72/98. anterior devem ser aplicados, conforme o caso,
quando da complementação do veículo.
§ 4º Os veículos inacabados (chassi de caminhão
RESOLUÇÃO N° 227/2007
com cabina incompleta ou sem cabina, chassi e
plataforma para ônibus ou microônibus) com
Estabelece requisitos referentes aos sistemas
destino ao concessionário, encarroçador ou,
de iluminação e sinalização de veículos.
ainda, a serem complementados por terceiros, não
estão sujeitos à aplicação dos dispositivos
Art. 1º Os automóveis, camionetas, utilitários,
relacionados abaixo:
caminhonetes, caminhões, caminhão trator,
a) lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras;
ônibus, microônibus, reboques e semi-reboques
b) lanternas laterais e dianteiras, traseiras e
novos saídos de fábrica, nacionais e importados a
intermediárias;
partir de 01.01.2009, deverão estar equipados
c) retrorrefletores laterais e dianteiros, traseiros e
com sistema de iluminação veicular, de acordo
intermediários;
com as exigências estabelecidas por esta
d) lanternas de iluminação da placa traseira; e
Resolução e seus Anexos.
e) lanterna de marcha-a-ré.
§ 1º Os dispositivos componentes dos sistemas de
§ 5º Os dispositivos mencionados no parágrafo
iluminação e de sinalização veicular devem
anterior devem ser aplicados, conforme o caso, indicação de trajetos ou orientar sobre as
quando da complementação do veículo. condições da via, por intermédio de mapas,
§ 6º Os veículos inacabados (chassi de caminhão imagens e símbolos.
com cabina incompleta ou sem cabina, chassi e Art. 2º Os equipamentos de que trata o artigo
plataforma para ônibus ou microônibus, com anterior poderão ser previstos pelo fabricante do
destino ao concessionário, encarroçador ou, veículo ou utilizados como acessório de caráter
ainda, a serem complementados por terceiros) não provisório.
estão sujeitos ao cumprimento dos requisitos de § 1º Considera-se como instalação do
iluminação e sinalização, quanto à posição de equipamento qualquer meio de fixação
montagem e prescrições fotométricas permanente ou provisória no interior do habitáculo
estabelecidas na presente Resolução, para do veiculo.
aqueles dispositivos luminosos a serem § 2º Os equipamentos com instalação provisória
substituídos ou modificados quando da sua devem estar fixados no pára- brisa ou no painel
complementação. dianteiro, quando o veiculo estiver em circulação.
Art. 2º Serão aceitas inovações tecnológicas ainda Art. 3º Fica proibida a instalação, em veiculo
que não contempladas nos requisitos automotor, de equipamento capaz de gerar
estabelecidos nos Anexos, mas que imagens para fins de entretenimento, salvo se:
comprovadamente assegurem a sua eficácia e I - instalado na parte dianteira, possuir mecanismo
segurança dos veículos, desde que devidamente automático que o torne inoperante ou o comute
avaliadas e aprovadas pelo órgão máximo para a função de informação de auxílio à
executivo de trânsito da União. orientação do condutor, independente da vontade
Art. 3º Para fins de conformidade com o disposto do condutor e/ou dos passageiros, quando o
nos Anexos da presente Resolução, serão aceitos veículo estiver em movimento;
os resultados de ensaios emitidos por órgão II - instalado de forma que somente os
acreditado pelo INMETRO – Instituto Nacional de passageiros ocupantes dos bancos traseiros
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. possam visualizar as imagens.
Art. 4º Fica a critério do órgão máximo executivo Art. 4º O descumprimento do disposto nesta
de trânsito da União admitir, para efeito de Resolução constitui-se em infração de trânsito
comprovação do atendimento das exigências prevista no art. 230, inciso XII do Código de
desta Resolução, os resultados de testes e Trânsito Brasileiro.
ensaios obtidos por procedimentos similares de Art. 5º Fica revogada a Resolução 190, de 16 de
mesma eficácia, realizados no exterior. fevereiro de 2006, do CONTRAN.
Art. 5º Fica a critério do órgão máximo executivo
de trânsito da União homologar veículos que RESOLUÇÃO 432/2013
cumpram com os sistemas de iluminação que
atendam integralmente à norma Norte Americana Dispõe sobre os procedimentos a serem
FMVSS 108. adotados pelas autoridades de trânsito e seus
Art. 6º Os Anexos desta Resolução encontram-se agentes na fiscalização do consumo de álcool
disponíveis no sitio eletrônico Resolução ou de outra substância psicoativa que
227/2007. determine dependência, para aplicação do
disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei nº
RESOLUÇÃO Nº 242/2007 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de
Trânsito Brasileiro (CTB).
Dispõe sobre a instalação e utilização de
equipamentos Geradores de imagens nos Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados
veículos automotores pelas autoridades de trânsito e seus agentes na
fiscalização do consumo de álcool ou de outra
Art. 1º Fica permitida a instalação e utilização de substância psicoativa que determine dependência,
aparelho gerador de imagem cartográfica com para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277
interface de geo processamento destinado a e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997
orientar o condutor quanto ao funcionamento do - Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
veiculo, a sua visualização interna e externa, Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos
sistema de auxílio à manobra e para auxiliar na condutores de veículos automotores, de bebidas
alcoólicas e de outras substâncias psicoativas que DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE
determinem dependência deve ser procedimento PSICOMOTORA
operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade Art. 5º Os sinais de alteração da capacidade
psicomotora em razão da influência de álcool ou psicomotora poderão ser verificados por:
de outra substância psicoativa que determine I - exame clínico com laudo conclusivo e firmado
dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, por médico perito; ou
um dos seguintes procedimentos a serem II - constatação, pelo agente da Autoridade de
realizados no condutor de veículo automotor: Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade
I - exame de sangue; psicomotora nos termos do Anexo II.
II - exames realizados por laboratórios § 1º Para confirmação da alteração da capacidade
especializados, indicados pelo órgão ou entidade psicomotora pelo agente da Autoridade de
de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, Trânsito, deverá ser considerado não somente
em caso de consumo de outras substâncias um sinal, mas um conjunto de sinais que
psicoativas que determinem dependência; comprovem a situação do condutor.
III - teste em aparelho destinado à medição do teor § 2º Os sinais de alteração da capacidade
alcoólico no ar alveolar (etilômetro); psicomotora de que trata o inciso II deverão ser
IV - verificação dos sinais que indiquem a descritos no auto de infração ou em termo
alteração da capacidade psicomotora do condutor. específico que contenha as informações mínimas
§ 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, indicadas no Anexo II, o qual deverá acompanhar
também poderão ser utilizados prova o auto de infração.
testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer outro
meio de prova em direito admitido.
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se
priorizar a utilização do teste com etilômetro.
Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será
§ 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração
caracterizada por:
da capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou
I - exame de sangue que apresente qualquer
haja comprovação dessa situação por meio do
concentração de álcool por litro de sangue;
teste de etilômetro e houver encaminhamento do
II - teste de etilômetro com medição realizada igual
condutor para a realização do exame de sangue
ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de
ou exame clínico, não será necessário aguardar o
ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o
resultado desses exames para fins de autuação
erro máximo admissível nos termos da “Tabela de
administrativa.
Valores Referenciais para Etilômetro” constante no
Anexo I;
DO TESTE DE ETILÔMETRO III - sinais de alteração da capacidade psicomotora
obtidos na forma do art. 5º.
Art. 4º O etilômetro deve atender aos seguintes Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades
requisitos: e medidas administrativas previstas no art. 165 do
I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; CTB ao condutor que recusar a se submeter a
II - ser aprovado na verificação metrológica inicial, qualquer um dos procedimentos previstos no
eventual, em serviço e anual realizadas pelo art. 3º, sem prejuízo da incidência do crime
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e previsto no art. 306 do CTB caso o condutor
Tecnologia - INMETRO ou por órgão da Rede apresente os sinais de alteração da capacidade
Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - psicomotora.
RBMLQ;
Parágrafo único. Do resultado do etilômetro
DO CRIME
(medição realizada) deverá ser descontada
margem de tolerância, que será o erro máximo
Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será
admissível, conforme legislação metrológica, de
caracterizado por qualquer um dos procedimentos
acordo com a “Tabela de Valores Referenciais
abaixo:
para Etilômetro” constante no Anexo I.
I - exame de sangue que apresente resultado igual
ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por
litro de sangue (6 dg/L);
II - teste de etilômetro com medição realizada igual DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de
ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o Art. 9° O veículo será retido até a apresentação
erro máximo admissível nos termos da “Tabela de de condutor habilitado, que também será
Valores Referenciais para Etilômetro” constante no submetido à fiscalização.
Anexo I; Parágrafo único. Caso não se apresente
III - exames realizados por laboratórios condutor habilitado ou o agente verifique que ele
especializados, indicados pelo órgão ou entidade não está em condições de dirigir, o veículo será
de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, recolhido ao depósito do órgão ou entidade
em caso de consumo de outras substâncias responsável pela fiscalização, mediante recibo.
psicoativas que determinem dependência; Art. 10. O documento de habilitação será
IV - sinais de alteração da capacidade recolhido pelo agente, mediante recibo, e ficará
psicomotora obtido na forma do art. 5º. § 1º A sob custódia do órgão ou entidade de trânsito
ocorrência do crime de que trata o caput não elide responsável pela autuação até que o condutor
a aplicação do disposto no art. 165 do CTB. comprove que não está com a capacidade
§ 2º Configurado o crime de que trata este artigo, psicomotora alterada, nos termos desta
o condutor e testemunhas, se houver, serão Resolução.
encaminhados à Polícia Judiciária, devendo ser § 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou
acompanhados dos elementos probatórios. entidade de trânsito responsável pela autuação no
prazo de 5 (cinco) dias da data do cometimento
DO AUTO DE INFRAÇÃO da infração, o documento será encaminhado ao
órgão executivo de trânsito responsável pelo seu
Art. 8º Além das exigências estabelecidas em registro, onde o condutor deverá buscar seu
regulamentação específica, o auto de infração documento.
lavrado em decorrência da infração prevista no art. § 2º A informação de que trata o § 1º deverá
165 do CTB deverá conter: constar no recibo de recolhimento do documento
I - no caso de encaminhamento do condutor para de habilitação.
exame de sangue, exame clínico ou exame em
laboratório especializado, a referência a esse DISPOSIÇÕES GERAIS
procedimento;
II - no caso do art. 5º, os sinais de alteração da Art. 11. É obrigatória a realização do exame de
capacidade psicomotora de que trata o Anexo II ou alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes
a referência ao preenchimento do termo específico de trânsito.
de que trata o § 2º do art. 5º; Art. 12. Ficam convalidados os atos praticados na
III - no caso de teste de etilômetro, a marca, vigência da Deliberação CONTRAN nº 133, de 21
modelo e nº de série do aparelho, nº do teste, a de dezembro de 2012, com o reconhecimento da
medição realizada, o valor considerado e o limite margem de tolerância de que trata o art. 1º da
regulamentado em mg/L; Deliberação CONTRAN referida no caput (0,10
IV - conforme o caso, a identificação da (s) mg/L) como limite regulamentar.
testemunha (s), se houve fotos, vídeos ou outro Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções
meio de prova complementar, se houve recusa do CONTRAN nº 109, de 21 de Novembro de 1999, e
condutor, entre outras informações disponíveis. nº 206, de 20 de outubro de 2006, e a Deliberação
§ 1º Os documentos gerados e o resultado dos CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro de 2012.
exames de que trata o inciso I deverão ser
anexados ao auto de infração.
§ 2º No caso do teste de etilômetro, para
preenchimento do campo “Valor Considerado” do
auto de infração, deve-se observar as margens
de erro admissíveis, nos termos da “Tabela de
Valores Referenciais para Etilômetro” constante no
Anexo I.
ANEXO I b. Hora;
TABELA DE VALORES REFERENCIAIS PARA c. Local;
ETILÔMETRO d. Número do auto de infração.
V. Relato do condutor:
a. Envolveu-se em acidente de trânsito;
b. Declara ter ingerido bebida alcoólica, sim ou
não (Em caso positivo, quando);
c. Declara ter feito uso de substância psicoativa
que determine dependência, sim ou não (Em caso
positivo, quando);
VI. Sinais observados pelo agente fiscalizador:
a. Quanto à aparência, se o condutor apresenta:
i. Sonolência;
ii. Olhos vermelhos;
iii. Vômito;
iv. Soluços;
v. Desordem nas vestes;
vi. Odor de álcool no hálito.
b. Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
Para definição do VC, foi deduzido da MR o EM
i. Agressividade;
(VC = MR - EM). No resultado do VC foram
ii. Arrogância;
consideradas apenas duas casas decimais,
iii. Exaltação;
desprezando-se as demais, sem
iv. Ironia;
arredondamento, observados os itens 4.1.2 e
v. Falante;
5.3.1 do Regulamento Técnico Metrológico
vi. Dispersão.
(Portaria n.º 06/2002 do INMETRO), visto que o
c. Quanto à orientação, se o condutor:
etilômetro apresenta MR com apenas duas
i. sabe onde está;
casas decimais.
ii. sabe a data e a hora.
d. Quanto à memória, se o condutor:
i. sabe seu endereço;
ii. lembra dos atos cometidos;
e. Quanto à capacidade motora e verbal, se o
condutor apresenta:
ANEXO II
i. Dificuldade no equilíbrio;
SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE
ii. Fala alterada;
PSICOMOTORA
VII. Afirmação expressa, pelo agente fiscalizador:
a. De acordo com as características acima
Informações mínimas que deverão constar no descritas, constatei que o condutor acima
termo mencionado no artigo 6º desta Resolução, qualificado, está ( ) sob influência de álcool ( ) sob
para constatação dos sinais de alteração da influência de substância psicoativa.
capacidade psicomotora pelo agente da b. O condutor ( ) se recusou ( ) não se recusou a
Autoridade de Trânsito: realizar os testes, exames ou perícia que
I. Identificação do órgão ou entidade de trânsito permitiriam certificar o seu estado quanto à
fiscalizador; alteração da capacidade psicomotora.
II. Dados do condutor: VIII. Quando houver testemunha (s), a
a. Nome; identificação:
b. Número do Prontuário da CNH e/ou do a. nome;
documento de identificação; b. documento de identificação;
c. Endereço, sempre que possível. c. endereço;
III. Dados do veículo: d. assinatura.
a. Placa/UF; IX. Dados do Policial ou do Agente da Autoridade
b. Marca; de Trânsito:
IV. Dados da abordagem: a. Nome;
a. Data; b. Matrícula;
c. Assinatura. pessoas vinculadas à prestação de serviço em
obras na via.
RESOLUÇÃO 508/2014 Parágrafo único. Os veículos referidos neste
artigo só poderão ser utilizados após expedição do
Dispõe sobre os requisitos de segurança para Certificado de Segurança Veicular - CSV,
a circulação, a título precário, de veículo de expedido por Instituição Técnica Licenciada -
carga ou misto transportando passageiros no ITL, e vistoria da autoridade competente para
compartimento de cargas. conceder a autorização de trânsito.
Art. 4º Satisfeitos os requisitos enumerados no
Art. 1º A autoridade com circunscrição sobre a via artigo anterior, a autoridade com circunscrição
poderá autorizar, eventualmente e a título sobre a via, declarando a não existência de
precário, a circulação de veículo de carga ou linha regular de ônibus, estabelecerá no
misto transportando passageiros no documento de autorização os seguintes
compartimento de cargas, desde que sejam elementos técnicos:
cumpridos os requisitos estabelecidos nesta I - identificação do órgão de trânsito e da
Resolução. autoridade;
§ 1º A autorização será expedida pelo órgão com II - marca, modelo, espécie, ano de fabricação,
circunscrição sobre a via não podendo placa e UF do veículo;
ultrapassar o prazo previsto no parágrafo único do III - identificação do proprietário do veículo;
Art. 108 do CTB. IV - o número de passageiros (lotação a ser
§ 2º Em trajeto que utilize mais de uma via com transportado);
autoridades de trânsito com circunscrição V - o local de origem e de destino do transporte;
diversa, a autorização deve ser concedida por VI - o itinerário a ser percorrido; e
cada uma das autoridades para o respectivo VII - o prazo de validade da autorização.
trecho a ser utilizado. § 1º O número máximo de pessoas admitidas no
Art. 2º A circulação de que trata o artigo 1º só transporte será calculado na base de 35dm2 (trinta
poderá ser autorizada entre localidades de origem e cinco decímetros quadrados) do espaço útil da
e destino que estiverem situadas em um mesmo carroceria por pessoa, incluindo-se o encarregado
município ou entre municípios limítrofes, da cobrança de passagem e atendimento aos
quando não houver linha regular de ônibus. passageiros.
Art. 3º Os veículos a serem utilizados no § 2º A autorização de que trata este artigo é de
transporte de que trata esta Resolução devem ser porte obrigatório.
adaptados, no mínimo, com: Art. 5º Além das exigências estabelecidas nos
I - bancos, na quantidade suficiente para todos os demais artigos desta Resolução, para o transporte
passageiros, revestidos de espuma, com encosto de passageiros em veículos de carga ou misto, é
e cinto de segurança, fixados na estrutura da vedado:
carroceria; I - transportar passageiros com idade inferior a 10
II - carroceria com cobertura, barra de apoio para anos;
as mãos, proteção lateral rígida, com dois metros II - transportar passageiros em pé;
e dez centímetros de altura livre, de material de III - transportar cargas no mesmo ambiente dos
boa qualidade e resistência estrutural, que evite o passageiros;
esmagamento e a projeção de pessoas em caso IV - utilizar veículos de carga tipo basculante e
de acidente com o veículo; boiadeiro;
III - escada para acesso, com corrimão; V - utilizar combinação de veículos.
IV - cabine e carroceria com ventilação, garantida VI - transportar passageiros nas partes externas.
a comunicação entre motorista e passageiros; Art. 6º Para a circulação de veículos de que trata
V - compartimento resistente e fixo para a guarda o artigo 1º, o condutor deve estar habilitado:
das ferramentas e materiais, separado dos I - na categoria B, se o transporte for realizado em
passageiros, no caso de transporte de veículo cujo peso bruto total não exceda a três
trabalhadores; mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação
VI - sinalização luminosa, na forma do inciso VIII não exceda a oito lugares, excluído o do
do artigo 29 do CTB e da Resolução nº 268, de 15 condutor;
de fevereiro de 2008, no caso de transporte de II - na categoria C, se o transporte for realizado em
veículo cujo peso bruto total exceda a três mil e
quinhentos quilogramas; 21 de maio de 1998, que estabelece o critério de
III - na categoria D e ter o curso especializado identificação de veículos, a que se refere o Art.
para o transporte coletivo de passageiros, se o 114, do CTB.
transporte for realizado em veículo cuja lotação Art. 2º Acrescentar os parágrafos 7º e 8º, ao art.
exceda a oito lugares, excluído o do condutor; 2º da Resolução CONTRAN nº 24, de 21 de maio
Parágrafo único. Para determinação da lotação de 1998, com a seguinte redação:
de que tratam os incisos deste artigo deverá ser
considerada, além da lotação do compartimento “Art. 2º (...) § 7º para os fins previstos no caput
de passageiros, a lotação do compartimento de deste artigo, o décimo dígito do VIN, estabelecido
carga após a adaptação. pela NBR nº 6066, poderá ser alfanumérico.
Art. 7º As autoridades com circunscrição sobre as § 8º Para os veículos tipo ciclomotores,
vias a serem utilizadas no percurso pretendido são motonetas, motocicletas e deles derivados, a
competentes para autorizar, permitir e fiscalizar altura dos caracteres da gravação de identificação
esse transporte por meio de seus órgãos próprios. veicular (VIN) deve ter no mínimo 4,0 (quatro)
Art. 8º Pela inobservância ao disposto nesta milímetros.”
Resolução, fica o proprietário ou o condutor do
veículo, nos termos do artigo 257 do CTB, Art. 3º Acrescentar os parágrafos 3° 4º, ao art. 6°,
independentemente das demais penalidades da Resolução CONTRAN nº 24, de 21 de maio de
previstas e outras legislações, sujeitos às 1998, com a seguinte redação:
penalidades e medidas administrativas
previstas nos seguintes artigos: “Art.6º (...) § 3º A regravação do número de
I - art. 230, inciso II, do CTB: identificação veicular (VIN) no chassi ou
a) transporte de passageiro em compartimento de monobloco, previsto no caput deste artigo, deverá
carga sem autorização ou com a autorização ser feita, de acordo com as especificações
vencida; vigentes e formatos estabelecidos pela NBR
b) inobservância do itinerário; 15180/2004 da Associação Brasileira de Normas
c) se o veículo não estiver devidamente adaptado Técnicas (ABNT), e suas alterações, em
na forma estabelecida no artigo 3º desta profundidade mínima de 0,2 (dois décimos)
Resolução; milímetros.
d) utilização dos veículos previstos nos incisos V e § 4º A empresa credenciada para remarcação de
VI do art. 5º; transportar passageiros em pé. chassis deverá encaminhar registro fotográfico do
II - art. 231, inciso VII, do CTB, por exceder o resultado da remarcação ao departamento de
número de passageiros autorizado pela autoridade trânsito de registro do veículo, mediante
competente; regulamentação do órgão executivo de trânsito do
III - art. 168 do CTB, se o (s) passageiro(s) Estado ou do Distrito Federal.”.
transportado no compartimento de carga for menor
de 10 (dez) anos; e RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 811/2020
IV - art. 162, inciso III, do CTB, se o condutor
possuir habilitação de categoria diferente da do Art. 1º Esta Resolução estabelece procedimentos
veículo que esteja conduzindo, conforme art. 6º; para integração dos municípios ao Sistema
V - artigo 232 do CTB, combinado com o artigo 2º Nacional de Trânsito (SNT), por meio dos seus
da Resolução nº 205, de 20 de outubro de 2006, órgãos e entidades executivos de trânsito e
se o condutor não possuir o curso especializado rodoviários ou diretamente por meio da prefeitura
para o transporte coletivo de passageiros, municipal, em cumprimento ao que dispõe o art.
conforme inciso II do art. 6º, e se não portar a 333 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
autorização de trânsito.
VI - artigo 235 do CTB, por transportar
CAPÍTULO I
passageiros, animais ou cargas nas partes
DA INTEGRAÇÃO DE MUNICÍPIOS AO
externas dos veículos.
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO

RESOLUÇÃO Nº 581/2016 Art. 2º Para exercer as competências


estabelecidas no art. 24 do CTB, os municípios
Art. 1º Alterar a Resolução CONTRAN nº 24, de deverão se integrar ao SNT em uma das seguintes
formas de organização administrativa: V - julgamento de recursos contra penalidades por
I - integração direta, por meio: eles impostas.
a) de órgão ou entidade executivos de trânsito, via § 1º As atividades de fiscalização e operação de
estrutura própria; ou trânsito deverão ser realizadas pela autoridade
b) da prefeitura municipal. de trânsito ou por agentes da autoridade de
II - constituição de consórcio com outros trânsito que tenham sido submetidos a curso de
municípios da mesma Unidade Federativa, formação e de atualização, conforme norma
mediante a criação de uma entidade executiva própria do órgão máximo executivo de trânsito da
de trânsito, com personalidade jurídica própria, União, e que se enquadrem em uma das
em conformidade com a Lei nº 11.107, de 6 de seguintes categorias, com atuação isolada ou
abril de 2005; ou cumulativa:
III - celebração de convênio diretamente pela I - agentes próprios, ocupantes de cargo ou
prefeitura municipal com órgão ou entidade que emprego específico, com provimento efetivo
integre o SNT, delegando total ou parcialmente as mediante concurso público, conforme inciso II do
atribuições do art. 24 do CTB, quando não houver art. 37 da Constituição Federal (CF), não bastando
órgão ou entidade executivos de trânsito no mera designação por portaria ou outro ato
respectivo município, em consonância com o administrativo normativo;
disposto no art. 333 do CTB. II - policiais militares do serviço ativo, quando
§ 1º A estrutura própria prevista na alínea a do firmado convênio para esta finalidade, de acordo
inciso I caracteriza-se por meio de: com o inciso III do art. 23 do CTB; ou
I - alocação de órgão da Administração pública III - guardas municipais, na conformidade do inciso
direta; ou VI do art. 5º da Lei nº 13.022, de 8 de agosto de
II - criação de entidade da Administração pública 2014.
indireta, com personalidade jurídica própria: § 2º O julgamento de recursos contra penalidades
a) de direito público; ou impostas pelos órgãos e entidades municipais
b) de direito privado, com capital social deve ser realizado por Juntas Administrativas de
majoritariamente público, que preste Recursos de Infrações (JARI), órgãos colegiados
exclusivamente serviço público estatal e em e independentes, que devem possuir regimento
regime não concorrencial. próprio, observado o disposto no inciso VI do art.
§ 2º Quando o município possuir rodovias 12 do CTB, com apoio administrativo e financeiro
municipais em sua circunscrição, deverá constar, do órgão ou entidade junto ao qual funcione.
no processo de sua integração ao SNT, se o órgão
ou entidade executivo de trânsito também Seção II
exercerá as competências de órgão ou entidade Da Documentação
executivo rodoviário, previstas no art. 21 do CTB.
Art. 4º Para o processo de integração ao SNT, o
CAPÍTULO II município deverá encaminhar ao Conselho
DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO AO SNT Estadual de Trânsito (CETRAN) do respectivo
Seção I Estado os seguintes dados de cadastro e
Da Estrutura Organizacional documentação:
I - denominação do órgão ou entidade executivo
Art. 3º Para a integração ao SNT, de forma direta de trânsito e rodoviário, fazendo juntar cópia da
ou mediante consórcio, os órgãos e entidades legislação de sua constituição;
executivos de trânsito e rodoviários ou a prefeitura II - cópia da legislação de constituição da JARI
municipal devem dispor de estrutura municipal e de seu Regimento;
organizacional e capacidade para o exercício das III - endereço, telefone, correio eletrônico
atividades e competências legais que lhe são institucional do órgão ou entidade executivo de
próprias, sendo estas, no mínimo, de: trânsito e rodoviário, e sítio eletrônico (se houver);
I - engenharia de tráfego; e
II - fiscalização e operação de trânsito; IV - fotos da fachada do prédio e das
III - educação de trânsito; dependências, devidamente identificadas, dos
IV - coleta, controle e análise estatística de veículos, caso existam, e de outros elementos
trânsito; e julgados importantes para a análise dos trabalhos
desenvolvidos para integração. Art. 7º Após a publicação da portaria de
§ 1º Os municípios que optarem por delegar a integração ao SNT, o município deverá, no prazo
totalidade ou parte das atribuições municipais a máximo de 30 (trinta) dias úteis:
outro órgão ou entidade integrante do SNT I - encaminhar ao CETRAN os atos de nomeação
deverão encaminhar cópia do convênio firmado. da Autoridade de Trânsito Municipal e dos
§ 2º No caso da constituição de consórcio público, membros da JARI; e
caberá à entidade executiva de trânsito criada II - habilitar-se no Registro Nacional de Infrações
encaminhar todos os documentos relacionados de Trânsito (RENAINF), em atendimento à
neste artigo, em nome dos municípios que a legislação específica do órgão máximo executivo
compõem. de trânsito da União.
Art. 5º Após analisar a documentação de que trata
o art. 4º, o CETRAN, ou órgão ou entidade CAPÍTULO III
executivo de trânsito por ele designado, deverá DOS CONSÓRCIOS
realizar inspeção técnica no município Seção I
certificando o cumprimento da legislação, emitindo Da Constituição dos Consórcios Públicos
o Laudo de Inspeção e a Certificação de
Conformidade. Art. 8º Os consórcios públicos na área de trânsito
§ 1º A análise documental e a inspeção técnica para fins de integração deverão obedecer aos
previstas no caput desse artigo deverão ocorrer no princípios, diretrizes e normas que regulam o SNT.
prazo de 30 (trinta) dias úteis, contados a partir Art. 9º O consórcio público constitui a entidade
do recebimento da solicitação do município, executiva de trânsito comum aos municípios
objetivando verificar a sua conformidade quanto consorciados.
ao disposto nos arts. 2º, 3º e 4º. Art. 10. O representante legal do consórcio
§ 2º Caso a documentação não esteja de acordo público, instituído nos termos do inciso VIII do art.
com o exigido, o CETRAN notificará o município 4º da Lei nº 11.107, de 2005, deverá nomear a
para sanar as pendências no prazo máximo de Autoridade de Trânsito.
30 (trinta) dias úteis. Art. 11. O protocolo de intenções de que trata o
§ 3º O município, ao ser notificado pelo CETRAN art. 3º da Lei nº 11.107, de 2005, deverá prever a
da exigência apontada, deverá providenciar a estrutura organizacional prevista no art. 3º desta
devida adequação, no prazo de 30 (trinta) dias Resolução, comum a todos os municípios
úteis, sujeito à prorrogação conforme análise do consorciados.
CETRAN, em cada caso. Parágrafo único. A JARI que funcionará junto ao
§ 4º Após o cumprimento das exigências pelo consórcio público deverá obedecer à
município, o CETRAN fará, no prazo de até 30 regulamentação do CONTRAN.
(trinta) dias úteis, nova inspeção técnica. Art. 12. O consórcio público deverá disponibilizar
§ 5º Caso o município não atenda as exigências, o locais de atendimento ao cidadão em todos os
processo de integração ao SNT será arquivado e municípios consorciados.
o fato será comunicado ao chefe do Poder Art. 13. No processo de integração ao SNT, o
Executivo Municipal. consórcio público deverá apresentar ao CETRAN
Art. 6º Cumpridas as exigências do processo de o protocolo de intenções, o contrato de consórcio
integração ao SNT, o CETRAN encaminhará a público e as leis municipais que o ratificam, nos
documentação ao órgão máximo executivo de termos dos arts. 3º e 5º da Lei nº 11.107, de 2005,
trânsito da União que publicará, no prazo de 15 com vistas à certificação.
(quinze) dias úteis, contados a partir do seu Art. 14. Os municípios já integrados ao SNT
recebimento, no Diário Oficial da União, a portaria podem consorciar parte de seus serviços, nos
de integração do município ao SNT, contendo o termos da Lei nº 11.107, de 2005.
código autuador a ser utilizado pelo município.
Parágrafo único. Após a publicação da Portaria
Seção II
de que trata o caput, o órgão máximo executivo de
Da Autuação
trânsito da União comunicará por ofício, com cópia
da referida portaria, ao CETRAN, aos órgãos ou
Art. 15. Em caso de consórcios públicos, cada
entidades executivos municipal e estadual de
município receberá um código autuador.
trânsito e ao Chefe do Poder Executivo Municipal.
Art. 16. Para fins de notificação de autuação, o
Auto de Infração de Trânsito (AIT) deverá CAPÍTULO V
identificar o código autuador do município em que DAS OBRIGAÇÕES
a infração foi constatada.
Art. 17. Quando do repasse e prestação de contas Art. 22. Os municípios integrados ao SNT deverão
dos 5% (cinco por cento) do valor das multas de manter a estrutura definida nesta Resolução e
trânsito destinado ao Fundo Nacional de operacionalizar a gestão do trânsito sob sua
Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET), o circunscrição, estando sujeitos a inspeções
consórcio público deverá discriminar os valores eventuais e aleatórias, sob responsabilidade do
arrecadados utilizando os códigos autuadores e o CETRAN.
número de CNPJ de cada município consorciado. § 1º Os CETRAN deverão planejar a periodicidade
destas inspeções e o percentual de municípios a
Seção III serem inspecionados anualmente, priorizando os
Da Retirada, da Alteração e da Extinção recém-integrados.
§ 2º A execução da inspeção que trata o caput
Art. 18. A retirada de um ente do consórcio poderá ser delegada pelo CETRAN a outro órgão
público deverá ser comunicada por seu executivo de trânsito com capacidade técnica para
representante legal ao CETRAN e ao órgão a função.
máximo executivo de trânsito da União. § 3º Constatada deficiência técnica, administrativa
Parágrafo único. A retirada do município não ou inexistência dos requisitos mínimos previstos
prejudicará as obrigações já constituídas no nos arts. 2º e 3º, o CETRAN deverá notificar o
consórcio público em relação aos outros entes órgão ou entidade municipal executivo de trânsito,
consorciados. estabelecendo prazo de 30 (trinta) dias úteis
Art. 19. O município que se retirar de um para a regularização, podendo ser prorrogado por
consórcio público poderá integrar-se ao SNT em igual período, mediante requerimento da parte
uma das outras modalidades constantes no art. 2º interessada ao CETRAN.
desta Resolução. § 4º Não ocorrendo a devida regularização dos
fatos constatados pelo CETRAN, este comunicará
CAPÍTULO IV ao órgão máximo executivo de trânsito da União
DA DIVULGAÇÃO DOS DADOS CADASTRAIS para registro do descumprimento da legislação de
DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES EXECUTIVOS DE trânsito pelo órgão ou entidade executivo de
TRÂNSITO E RODOVIÁRIOS MUNICIPAIS trânsito municipal integrado ao SNT.

Art. 20. Serão divulgadas, no sítio eletrônico do CAPÍTULO VI


órgão máximo executivo de trânsito da União, as DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
seguintes informações cadastrais dos órgãos e
entidades executivos de trânsito e rodoviários Art. 23. Os órgãos e entidades executivos de
municipais: trânsito e rodoviários já existentes deverão se
I - nome e Portaria de integração do órgão ou adequar à presente Resolução, em especial ao
entidade; e previsto no art. 3º, até 3 de janeiro de 2022.
II - relação dos municípios que optaram por se Art. 24. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº
integrar ao SNT mediante convênio diretamente 560, de 15 de outubro de 2015. Art. 25. Esta
entre Prefeitura e órgão ou entidade integrante do Resolução entra em vigor em 3 de maio de 2021.
SNT.
Art. 21. Qualquer alteração ocorrida nos dados RESOLUÇÃO Nº 819/2021
cadastrais e nas informações referentes à
estrutura organizacional ou nomeação de novos Dispõe sobre o transporte de crianças com
dirigentes no órgão ou entidade, bem como na idade inferior a dez anos que não tenham
JARI, deverá ser comunicada, no prazo máximo atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco
de 15 (quinze) dias úteis, ao CETRAN. centímetros) de altura no dispositivo de
retenção adequado.

Art. 1° Esta Resolução dispõe sobre o transporte


de crianças com idade inferior a dez anos que
não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta sete anos e meio podem ser transportadas
e cinco centímetros) de altura no dispositivo de utilizando cinto de segurança de dois pontos sem
retenção adequado. o dispositivo denominado 'assento de elevação',
Art. 2º Para transitar em veículos automotores, as nos bancos traseiros, quando o veículo for dotado
crianças com idade inferior a dez anos que não originalmente destes cintos.
tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e Art. 4º Nos veículos equipados com dispositivo
cinco centímetros) de altura devem ser suplementar de retenção (airbag), para o
transportados nos bancos traseiros usando passageiro do banco dianteiro, o transporte de
individualmente cinto de segurança ou dispositivo crianças com até dez anos de idade neste banco,
de retenção equivalente, na forma prevista no conforme disposto no art. 3º, pode ser realizado
Anexo desta Resolução. desde que utilizado o dispositivo de retenção
§ 1º Dispositivo de retenção para o transporte de adequado ao seu peso e altura e observados os
crianças (DRC) é o conjunto de elementos que seguintes requisitos:
contém uma combinação de tiras com fechos de I - é vedado o transporte de crianças com até sete
travamento, dispositivo de ajuste, partes de anos e meio de idade, em dispositivo de retenção
fixação e, em certos casos, dispositivos como: um posicionado em sentido contrário ao da marcha do
berço portátil porta-bebê, uma cadeirinha auxiliar veículo;
ou uma proteção antichoque que devem ser II - é permitido o transporte de crianças com até
fixados ao veículo, mediante a utilização dos sete anos e meio de idade, em dispositivo de
cintos de segurança ou outro equipamento retenção posicionado no sentido de marcha do
apropriado instalado pelo fabricante do veículo veículo, desde que não possua bandeja, ou
com a finalidade de reduzir o risco ao usuário em acessório equivalente, incorporado ao dispositivo
casos de colisão ou de desaceleração repentina de retenção; e
do veículo, limitando o deslocamento do corpo da III - salvo instruções específicas do fabricante do
criança com idade até sete anos e meio. veículo, o banco do passageiro dotado de airbag
§ 2º As exigências relativas ao sistema de deve ser ajustado em sua última posição de recuo,
retenção, no transporte de crianças com até quando ocorrer o transporte de crianças neste
sete anos e meio de idade, não se aplicam aos banco.
veículos de transporte coletivo de passageiros, Art. 5º Com a finalidade de ampliar a segurança
aos de aluguel de que trata a alínea “d” do inciso dos ocupantes, adicionalmente às prescrições
III do art. 96 do CTB, aos de transporte desta Resolução, o fabricante ou o importador do
remunerado individual de passageiros, aos veículo pode estabelecer condições e/ou
veículos escolares e aos demais veículos com restrições específicas para o uso do dispositivo de
peso bruto total superior a 3,5 t. retenção para crianças com até sete anos e meio
§ 3º A isenção prevista no § 2º se aplica aos de idade em seus veículos, sendo que tais
veículos de transporte remunerado individual de prescrições devem constar do manual do
passageiros durante a efetiva prestação do proprietário.
serviço. Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese
Art. 3º O transporte de criança com idade inferior prevista no caput deste artigo, o fabricante ou
a dez anos pode ser realizado no banco dianteiro importador deve comunicar a restrição ao órgão
do veículo, com o uso do dispositivo de retenção máximo executivo de trânsito da União no
adequado ao seu peso e altura, nas seguintes requerimento de concessão da
situações: marca/modelo/versão e do Certificado de
I - quando o veículo for dotado exclusivamente Adequação à Legislação de Trânsito (CAT).
deste banco; Art. 6º Os manuais dos veículos automotores
II - quando a quantidade de crianças com esta devem conter informações a respeito dos cuidados
idade exceder a lotação do banco traseiro; ou no transporte de crianças, da necessidade de
III - quando o veículo for dotado originalmente dispositivos de retenção e da importância de seu
(fabricado) de cintos de segurança subabdominais uso na forma do art. 338 do CTB.
(dois pontos) nos bancos traseiros; ou Art. 7º O transporte de crianças em desacordo
IV - quando a criança já tiver atingido 1,45m de com o disposto nesta Resolução sujeita os
altura. infratores às sanções previstas no art. 168 do
Parágrafo único. Excepcionalmente, as crianças CTB.
com idade superior a quatro anos e inferior a Parágrafo único. A conduta prevista do caput não
elide a aplicação de outras sanções em razão do
cometimento de demais infrações de trânsito, nos
termos do art. 266 do CTB.

ANEXO
DISPOSITIVO DE RETENÇÃO PARA
TRANSPORTE DE CRIANÇAS (DRC) EM
VEÍCULOS AUTOMOTORES PARTICULARES

Os dispositivos de retenção a serem utilizados


obrigatoriamente para o transporte de crianças
são:
I - “bebê conforto ou conversível” (Figura 1),
para as seguintes condições:
a) crianças com até um ano de idade; ou
b) crianças com peso de até 13 kg, conforme
limite máximo definido pelo fabricante do
dispositivo.

III - “assento de elevação” (Figura 3), para as


seguintes condições:
a) crianças com idade superior a quatro anos e
inferior ou igual a sete anos e meio; ou
b) crianças com até 1,45 m de altura e peso entre
15 a 36 kg, conforme limite máximo definido pelo
fabricante do dispositivo.

II - “cadeirinha” (Figura 2), para as seguintes


condições:
a) crianças com idade superior a um ano e inferior
ou igual a quatro anos; ou
b) crianças com peso entre 9 a 18 kg, conforme
limite máximo definido pelo fabricante do
dispositivo.

IV - cinto de segurança do veículo (Figura 4),


para as seguintes condições:
a) crianças com idade superior a sete anos e meio
e inferior ou igual a dez anos; ou
b) crianças com altura superior a 1,45m
penalidade de advertência por escrito ou de multa;
II - nome, endereço completo com CEP, número
de telefone, número do documento de
identificação e CPF ou CNPJ do requerente;
III - placa do veículo e número do Auto de Infração
de Trânsito (AIT);
IV - exposição dos fatos, fundamentos legais e/ou
documentos que comprovem a alegação;
V - data do requerimento; e
VI - assinatura do requerente ou de seu
representante legal.
Parágrafo único. O requerimento de defesa
prévia ou recurso deverá ter somente um AIT
como objeto.
Art. 4º A defesa prévia ou recurso não serão
conhecidos quando:
I - forem apresentados fora do prazo legal;
II - não for comprovada a legitimidade;
III - não houver a assinatura do recorrente ou de
seu representante legal;
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 900/2022 IV - não houver o pedido, ou este for incompatível
com a situação fática.
Art. 1º Esta Resolução consolida as normas sobre Art. 5º A defesa prévia ou o recurso deverão ser
a padronização dos procedimentos para apresentados com os seguintes documentos:
apresentação de defesa prévia e de recurso, em I - requerimento de defesa prévia ou de recurso;
1ª e 2ª instâncias, contra a imposição de II - cópia da notificação de autuação ou notificação
penalidades de advertência por escrito e de multa da penalidade, conforme o caso, ou ainda cópia
de trânsito. do AIT ou de documento que conste a placa do
Art. 2º É parte legítima para apresentar defesa veículo e o número do AIT;
prévia ou recurso em 1ª e 2ª instâncias contra a III - cópia da CNH ou outro documento de
imposição de penalidade de advertência por identificação que comprove a assinatura do
escrito ou de multa: requerente;
I - a pessoa física ou jurídica proprietária do IV - documento que comprove a representação,
veículo; quando pessoa jurídica; e
II - o condutor, devidamente identificado; V - procuração, quando for o caso.
III - o embarcador, quando responsável exclusiva Parágrafo único. Na apresentação de defesa ou
ou solidariamente pela infração; e recurso, em qualquer fase do processo, para
IV - o transportador, quando responsável exclusiva efeitos de admissibilidade, não serão exigidos
ou solidariamente pela infração. documentos ou cópia de documentos emitidos
§ 1º Para fins dos §§ 4º e 6º do art. 257 do CTB, pelo órgão responsável pela autuação.
considera-se embarcador o remetente ou Art. 6º A defesa prévia ou o recurso deverá ser
expedidor da carga, mesmo se o frete for a protocolado no órgão ou entidade de trânsito
pagar. autuador ou enviado, via postal, para o seu
§ 2º A parte legítima de que trata o caput poderá endereço, respeitado o disposto no art. 287 do
ser representada por procurador legalmente CTB.
habilitado ou por instrumento de procuração, § 1º Para verificação da tempestividade, deverá
na forma da lei, sob pena do não conhecimento da ser considerada:
defesa prévia ou do recurso. I - a data da entrega na Empresa Brasileira de
Art. 3º O requerimento de defesa prévia ou de Correios e Telégrafos (ECT), no caso de defesa
recurso deverá ser apresentado por escrito de prévia ou de recurso apresentado por via postal;
forma legível, no prazo estabelecido, contendo no ou
mínimo os seguintes dados: II - a data de protocolo no órgão ou entidade de
I - nome do órgão ou entidade de trânsito trânsito da residência ou domicílio do proprietário
responsável pela autuação ou pela aplicação da ou infrator, quando utilizada a forma prevista no
art. 287 do CTB. RESOLUÇÃO 911/22
§ 2º Para efeito do inciso II do § 1º, o protocolo de
recebimento da defesa prévia ou do recurso Dispõe sobre a permissão para o trânsito de
deverá conter, pelo menos, a identificação e veículos novos, nacionais ou importados,
assinatura do recebedor, a identificação do órgão antes do registro e do licenciamento, sobre o
ou entidade de trânsito e a data do recebimento. trânsito de veículos usados incompletos,
§ 3º A defesa prévia ou o recurso recebidos na nacionais ou importados, antes da
forma do inciso II do § 1º deverão ser transferência e sobre a remonta de veículos
imediatamente remetidos ao órgão ou entidade novos.
que efetuou a autuação.
§ 4º A protocolização de defesa prévia ou de
CAPÍTULO I
recurso poderá ser feita por meio eletrônico,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
desde que disponibilizado pelo órgão ou entidade
de trânsito que efetuou a autuação;
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a permissão
Art. 7º Os processos de defesa prévia e de
para o trânsito de veículos novos, nacionais ou
recurso, depois de julgados e juntamente com o
importados, antes do registro e do licenciamento,
resultado de sua apreciação deverão permanecer
sobre o trânsito de veículos usados incompletos,
com o órgão autuador ou com sua Junta
nacionais ou importados, antes da transferência e
Administrativa de Recursos de Infrações (JARI).
sobre a remonta de veículos novos.
Art. 8º A defesa prévia ou o recurso referente a
Art. 2º Fica permitido, nos termos desta
veículo registrado em outro órgão executivo de
Resolução:
trânsito deverá permanecer arquivado junto ao
I - o trânsito de veículos novos, nacionais ou
órgão ou entidade de trânsito autuador ou à sua
importados, antes do registro e do licenciamento;
JARI.
II - o trânsito de veículos usados incompletos,
Art. 9º O órgão ou entidade de trânsito e os
nacionais ou importados, antes da transferência; e
órgãos recursais poderão solicitar ao requerente
III - a remonta de veículos novos.
que apresente documentos ou outras provas
§ 1º A permissão de que trata o caput estende-se
admitidas em direito, definindo prazo para sua
aos veículos novos inacabados ou usados
apresentação.
incompletos, no período diurno, no percurso
Parágrafo único. Caso não seja atendida a
entre os seguintes destinos:
solicitação citada no caput, será a defesa prévia
I - pátio do fabricante;
ou o recurso analisado e julgado no estado que
II - concessionário;
se encontra.
III - revendedor;
Art. 10. O órgão ou entidade de trânsito ou os
IV - encarroçador;
órgãos recursais deverão suprir eventual ausência
V - complementador final;
de informação ou documento, quando disponível.
VI - posto alfandegário;
Art. 11. O requerente poderá desistir, por escrito,
VII - cliente final; ou
até a realização do julgamento, da defesa prévia
VIII - local para o transporte a um dos
ou do recurso apresentado.
destinatários mencionados.
Art. 12. A apresentação de defesa prévia ou de
Art. 3º Para efeito desta Resolução serão
recurso por meio do Sistema de Notificação
adotadas as seguintes definições:
Eletrônica (SNE), referido nos arts. 282-A e 284 do
I - veículo novo: veículo automotor, elétrico,
CTB, deverá obedecer à regulamentação
reboque e semirreboque, antes do seu registro e
específica estabelecida pelo CONTRAN.
licenciamento;
Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções
II - veículo acabado: veículo automotor, elétrico,
CONTRAN:
reboque e semirreboque, que sai de fábrica pronto
I - nº 299, de 04 de dezembro de 2008; e
para registro e licenciamento, e não necessita de
II - nº 692, de 27 de setembro de 2017.
complementação;
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor em 1º de
III - veículo inacabado: chassi e plataforma para
abril de 2022
ônibus ou micro-ônibus ou ainda chassis de
caminhões, caminhonetes, utilitários, com cabine
completa, incompleta ou sem cabine, os quais
necessitam de complementação antes do registro
e licenciamento; e § 7º Na ausência de data de saída constante do
IV - veículo usado incompleto: veículo documento fiscal, será considerada sua data de
automotor, elétrico, reboque e semirreboque, já emissão.
registrado e licenciado, que encontra-se na Art. 5º O trânsito de veículos novos, inclusive
condição física análoga à do veículo inacabado e inacabados, nacionais ou importados, antes do
necessita de complementação para efetivação da registro e do licenciamento, está autorizado do
transferência de propriedade. pátio do fabricante, concessionário, revendedor,
encarroçador, complementador final ou posto
CAPÍTULO II alfandegário ao local onde vai ser embarcado
DO TRÂNSITO DE VEÍCULOS NOVOS como carga, por qualquer meio de transporte, e do
local de descarga às concessionárias, indústrias
Art. 4º Os veículos novos, inclusive inacabados, encarroçadoras ou complementador final,
nacionais ou importados, antes do registro e do conforme prazo constante no § 1º do artigo 4º,
licenciamento, destinados ao cliente final, para comprovado pelo porte do DANFe ou o
transitar em vias públicas devem portar documento alfandegário.
obrigatoriamente o Documento Auxiliar de Nota
Fiscal Eletrônica (DANFe) ou do documento CAPÍTULO III
alfandegário, conforme o caso. DO TRANSPORTE REMUNERADO DE CARGAS
§ 1º O trânsito estará autorizado somente da E PASSAGEIROS
origem ao órgão de trânsito do Município de
destino onde o veículo será registrado, podendo Art. 6º É permitido o trânsito de veículos novos
transitar por 15 (quinze) dias consecutivos, ou acabados, nacionais ou importados, antes do
no caso dos Estados da Região Norte do País, por primeiro registro e licenciamento, transportando
30 (trinta) dias consecutivos. passageiros ou cargas, de forma remunerada,
§ 2º O prazo será contado a partir da data de desde que observadas as seguintes condições:
saída do veículo consignada em campo próprio ou I - o comprador final obtenha junto aos órgãos e
mediante carimbo constante do DANFe ou do entidades executivos de trânsito dos Estados e do
documento alfandegário pelo pátio do fabricante, Distrito Federal de origem do veículo, a
concessionário, revendedor, encarroçador, Autorização para Trânsito de Veículo (ATV), na
complementador final ou posto alfandegário. forma do Anexo I, com base no documento fiscal,
§ 3º No caso de veículo novo adquirido válida por 15 (quinze) dias consecutivos a
diretamente pelo comprador por meio eletrônico, o partir da data de emissão, podendo ser
prazo será contado a partir da data de efetiva prorrogada por igual período, pelo mesmo órgão,
entrega do veículo ao proprietário, definida por por motivo de força maior;
meio de registro em campo próprio ou em carimbo II - a ATV será emitida em 2 (duas) vias, das
aposto no documento fiscal de compra. quais a primeira deverá ser portada no veículo e a
§ 4º No caso do veículo novo doado por órgãos ou segunda arquivada no órgão emissor, podendo ser
entidades governamentais, o Município de destino documento físico ou eletrônico; e
para registro junto ao órgão de trânsito será o III - a ATV somente autorizará o trânsito no
constante no instrumento de doação, cuja cópia percurso entre o Município de aquisição e o
deverá acompanhar o veículo durante o trajeto. Município de destino onde o veículo deverá ser
§ 5º Equiparam-se às indústrias encarroçadoras registrado.
as empresas responsáveis pela instalação de § 1º Os veículos adquiridos por autônomos e por
equipamentos destinados a transformação de empresas que prestam transportes de cargas e
veículos de emergência. de passageiros poderão efetuar serviços
§ 6ºOs veículos consignados aos concessionários, remunerados para os quais estão autorizados,
para comercialização, e os veículos adquiridos por atendida a legislação específica, as exigências
entidades privadas e públicas, a serem licenciados dos poderes concedentes e das autoridades com
nas categorias particular e oficial, somente circunscrição sobre as vias públicas.
poderão transportar cargas próprias e pessoas § 2º É vedado o transporte remunerado de cargas
que tenham vínculo empregatício com os e passageiros em veículos novos inacabados.
mesmos.
CAPÍTULO IV técnicas dos fabricantes dos veículos em
DO TRÂNSITO DE VEÍCULOS ENTRE obediência ao projeto de um engenheiro
ESTABELECIMENTOS DE PESSOAS mecânico que se responsabilizará, junto com a
JURÍDICAS empresa transportadora, pelas condições de
INTERLIGADAS estabilidade e de segurança operacional do
conjunto.
Art. 7º O trânsito de veículos novos, inclusive § 4º O veículo transportador deverá possuir todos
inacabados, nacionais ou importados, antes do os equipamentos obrigatórios estabelecidos no
primeiro registro, de um para outro Anexo II, inclusive para-choque traseiro
estabelecimento da mesma montadora, projetado especialmente para este tipo de
encarroçadora, concessionária ou pessoa jurídica conjunto, instalado no chassi do veículo
interligada, sendo obrigatório o porte do DANFe transportado e ancorado no chassi do veículo
ou do documento alfandegário, conforme o caso. transportador, obedecendo o que dispõe a
§ 1º O veículo poderá transitar por 15 (quinze) Resolução do CONTRAN referente a para-
dias consecutivos, ou no caso dos Estados da choques.
Região Norte do País por 30 (trinta) dias § 5º Em veículos novos inacabados, quando
consecutivos, contados da data de saída do não possuírem cabine ou esta for incompleta, o
veículo consignada em campo próprio ou condutor deverá usar capacete motociclístico,
mediante carimbo constante do DANFe ou do com viseira ou com o uso de óculos de
documento alfandegário. proteção, conforme estabelecido na Resolução do
§ 2º Para os veículos recém-produzidos, CONTRAN referente a capacetes motociclísticos,
beneficiados por regime tributário especial e para sendo vedado o trânsito em dias chuvosos, com
os quais ainda não foram emitidas as notas fiscais neblina ou cerração, bem como o trânsito noturno.
de faturamento, fica permitido o trânsito somente
do pátio interno das montadoras e fabricantes para CAPÍTULO VI
os pátios externos das montadoras e fabricantes TRÂNSITO DE VEÍCULOS NOVOS ENTRE
ou das empresas responsáveis pelo transporte FRONTEIRAS
dos veículos, em um raio máximo de 10 (dez)
quilômetros, desacompanhados de documento Art. 9º Fica autorizada a circulação de caminhões,
fiscal, desde que acompanhados da relação de caminhões-tratores, ônibus e micro-ônibus,
produção onde conste a numeração do chassi. plataformas de ônibus, chassis de ônibus, de
micro-ônibus e de caminhões, reboques e
CAPÍTULO V semirreboques, novos, destinados exportação,
DO TRANSPORTE DE VEÍCULO AUTOMOTOR entre o fabricante, transformador ou encarroçador
NOVO POR OUTRO SIMILAR (REMONTA) e a fronteira nacional ou local de embarque.
§ 1º A circulação desses veículos deverá ser
Art. 8º O transporte de um veículo automotor novo precedida da comunicação aos órgãos e
inacabado por outro veículo novo inacabado, com entidades executivos e rodoviários de trânsito com
ou sem cabine, poderá ser realizado desde que circunscrição sobre os trechos do itinerário a ser
cumpra com as condições estabelecidas nesta percorrido em território nacional, com
Resolução. antecedência mínima de cinco dias úteis.
§ 1º O conjunto formado pelo veículo transportador § 2º Para a circulação de veículos novos,
e pelo veículo transportado não poderá exceder destinados à exportação, os órgãos e entidades
2,60 metros de largura, 4,40 metros de altura e executivos e rodoviários de trânsito, no âmbito da
14,00 metros de comprimento. respectiva circunscrição, poderão determinar
§ 2º O excesso longitudinal traseiro, medido medidas de segurança para sua circulação.
entre o plano vertical que passa pela parte Art. 10. A comprovação de que o veículo é
posterior original do veículo transportado e o limite destinado à exportação, identificado por seu
posterior do veículo transportador, deverá ser de, número de chassi e/ou carroçaria, se dará
no máximo, 3,00 metros. mediante apresentação do DANFe ou fatura
§ 3º O serviço de montagem (veículo emitida pelo fabricante, sendo obrigatório o
transportado sobre o veículo transportador) deverá porte de um destes documentos, conforme o caso.
ser executado de acordo com as recomendações
CAPÍTULO VII concreto;
DAS INFRAÇÕES AO CTB III - veículos de carroçaria blindada para transporte
de valores; e
Art. 11. O descumprimento do disposto nesta IV - veículos equipados com pneus capazes de
Resolução implicará, conforme o caso, na trafegar sem ar, ou com dispositivo automático de
aplicação ao infrator das penalidades e medidas enchimento emergencial.
administrativas previstas no Código de Trânsito Art. 14. Os veículos novos inacabados que não
Brasileiro (CTB): possuírem os equipamentos obrigatórios
I - art. 169: quando transitar, nas condições mínimos exigidos no Anexo II e não cumprirem o
estabelecidas no § 5º do art. 8º, sem utilizar o estabelecido nas disposições desta Resolução,
capacete, com ausência ou mau estado de deverão ser transportados embarcados.
conservação da viseira do capacete ou óculos de
proteção, utilizando irregularmente o capacete ou ANEXO I
utilizando capacete que não seja motociclístico; MODELO DE AUTORIZAÇÃO PARA TRÂNSITO
II - art. 187, I: quando transitar com o veículo DE VEÍCULO
inacabado ou remonta em período noturno;
III - art. 230, V: quando transitar com o veículo fora
do prazo para registro, sem a emissão do
documento fiscal, em desacordo com a finalidade,
ou fora do itinerário;
IV - art. 230, IX: quando for constatada a falta,
inoperância ou ineficiência de qualquer
equipamento obrigatório previsto no CTB ou nas
Resoluções do Contran;
V - art. 230, X: quando for constatada a
desconformidade de qualquer dos equipamentos ANEXO II
obrigatórios previsto no CTB ou nas Resoluções REQUISITOS PARA CIRCULAÇÃO DE
do Contran; e VEÍCULOS INACABADOS
VI - art. 232: quando deixar de portar qualquer um
dos documentos de porte obrigatórios previstos 1. INTRODUÇÃO
nesta Resolução. Este Anexo fixa os requisitos para circulação de
Parágrafo único. As situações infracionais veículos novos inacabados para efeitos de trânsito
descritas nas alíneas deste artigo não afastam a em vias públicas.
possibilidade de aplicação de outras penalidades 2. AUTORIZAÇÃO DE TRÂNSITO
previstas no CTB. Os veículos inacabados somente poderão circular
em vias públicas, no período diurno, no percurso
CAPÍTULO VIII entre os seguintes destinos: pátio do fabricante,
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS concessionário, revendedor, encarroçador,
complementador final, posto alfandegário, cliente
Art. 12. Fica proibido o trânsito, antes do registro final ou ao local para o transporte a um dos
e licenciamento, do veículo novo, nacional ou destinatários mencionados.
importado, para qualquer finalidade diferente 3. EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS
daquelas previstas nesta Resolução. Para realizar o percurso definido no item anterior,
Art. 13. Nos trajetos compreendidos entre o os veículos inacabados devem, de forma
fabricante de chassi/plataforma, montadora, provisória ou definitiva, possuir no mínimo os
encarroçadora ou implementador final até o seguintes equipamentos, a serem constatados
Município de destino, fica facultado o trânsito nas pela fiscalização e em condições de
vias públicas sem os equipamentos de pneu e aro funcionamento:
sobressalente, macaco e chave de roda dos 3.1 Chassi e Plataforma para ônibus e micro-
seguintes veículos: ônibus e chassis para caminhão, caminhonete
I - ônibus e micro-ônibus; e utilitário sem cabine:
II - caminhões dotados de características a) faróis principais de cor branca;
específicas para o transporte de lixo e de b) lanternas de posição traseira de cor vermelha;
c) lanternas de freio de cor vermelha; q) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
d) lanternas dianteiras e traseiras indicadoras de de emergência, independente do sistema de
direção de cor âmbar; iluminação do veículo;
e) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora r) extintor de incêndio para chassis de caminhões;
de emergência, independente do sistema de s) registrador instantâneo e inalterável de
iluminação do veículo; velocidade e tempo para chassis de caminhão
f) espelho retrovisor externo do lado esquerdo; com peso bruto total superior a quatro mil,
g) registrador instantâneo e inalterável de quinhentos e trinta e seis quilogramas;
velocidade e tempo para ônibus, micro-ônibus e t) cinto de segurança para todos os ocupantes do
chassis para caminhão com peso bruto total veículo;
superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis u) dispositivo destinado ao controle de ruído do
quilogramas; motor, naqueles dotados de motor a combustão;
h) velocímetro; v) cinto de segurança para a árvore de
i) buzina; transmissão em chassis de caminhões;
j) freios de estacionamento e de serviço com w) protetores das rodas traseiras em chassis de
comandos independentes; caminhões.
k) pneus que ofereçam condições mínimas de 3.3 Chassis de caminhões, caminhonete e
segurança; utilitário com cabine incompleta:
l) extintor de incêndio para chassi e plataforma de a) para-choque dianteiro;
ônibus, micro-ônibus e para chassis de caminhão; b) faróis principais de cor branca;
m) cinto de segurança para todos os ocupantes do c) lanternas de posição traseira de cor vermelha;
veículo; d) lanternas de freio de cor vermelha;
o) dispositivo destinado ao controle de ruído do e) lanternas dianteiras e traseiras indicadoras de
motor, naqueles dotados de motor a combustão; direção de cor âmbar;
p) cinto de segurança para a árvore de f) velocímetro;
transmissão nos chassi e plataforma de ônibus, g) buzina;
micro-ônibus e nos chassis para caminhão; h) freio de estacionamento e de serviço com
q) protetores das rodas traseiras em chassis de comandos independentes;
caminhão. i) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
3.2 Chassis de caminhões, caminhonete e de emergência, independente do sistema de
utilitário com cabine completa: iluminação do veículo;
a) para-choque dianteiro; j) espelho retrovisor externo lado esquerdo;
b) espelhos retrovisores externos; k) registrador instantâneo e inalterável de
c) limpador do para-brisa; velocidade e tempo para chassis de caminhão
d) lavador de para-brisa; com peso bruto total superior a quatro mil,
e) pala interna de proteção contra o sol para o quinhentos e trinta e seis quilogramas;
condutor; l) pneus que ofereçam condições mínimas de
f) faróis principais de cor branca; segurança;
g) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor m) extintor de incêndio para chassis de
branca ou amarela; caminhões;
h) lanternas de posição traseiras de cor vermelha; n) dispositivo destinado ao controle de ruído do
i) lanternas de freio de cor vermelha; motor, naqueles dotados de motor a combustão;
j) lanternas traseiras e dianteiras indicadoras de o) cinto de segurança para a árvore de
direção de cor âmbar; transmissão em chassis de caminhões;
k) lanterna de marcha à ré, de cor branca; p) protetores das rodas traseiras em chassis de
l) retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, de cor caminhões.
vermelha;
m) velocímetro;
n) buzina;
o) freios de estacionamento e de serviço com
comandos independentes;
p) pneus que ofereçam condições mínimas de
segurança;
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 912/2022 19) pneus que ofereçam condições de segurança,
conforme orientação de seu fabricante;
Estabelece os equipamentos obrigatórios para 20) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
a frota de veículos em circulação e dá outras de emergência, independente do sistema de
providências. iluminação do veículo;
(Revogada pela resolução 993/23) 21) registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo (cronotacógrafo):
a) nos veículos de transporte e condução de
Art. 1º Esta Resolução estabelece os
escolares;
equipamentos obrigatórios para a frota de veículos
b) nos de transporte de passageiros com mais de
em circulação.
dez lugares;
Art. 2º Para circular em vias públicas, os veículos
c) nos veículos de transporte de passageiros ou
deverão estar dotados dos equipamentos
de uso misto, registrados na categoria particular e
obrigatórios relacionados a seguir, a serem
que realizem transporte remunerado de pessoas;
constatados pela fiscalização em condições de
d) nos de carga com Capacidade Máxima de
funcionamento.
Tração (CMT) igual ou superior a 19 t; e
I - nos veículos automotores e ônibus elétricos:
e) nos veículos de carga com Peso Bruto Total
1) para-choques, dianteiro e traseiro;
(PBT) superior a 4.536 kg, fabricados a partir de 1º
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões;
de janeiro de 1999.
3) espelho retrovisor interno;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes
4) espelho retrovisor externo, em ambos os lados
do veículo:
para os veículos fabricados a partir de 1º de
a) graduável e de três pontos em todos os
janeiro de 1999;
assentos dos veículos fabricados a partir de 1º de
5) limpador de para-brisa;
janeiro de 1999, nos assentos centrais, poderá ser
6) lavador de para-brisa:
do tipo subabdominal;
a) em automóveis e camionetas derivadas de
b) para os passageiros dos ônibus e micro-ônibus
veículos fabricados a partir de 1º de janeiro de
fabricados a partir de 1º de janeiro de 1999;
1974; e
c) nos ônibus e micro-ônibus fabricados a partir de
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e micro-
1º de janeiro de 1999, poderá ser do tipo
ônibus fabricados a partir de 1º de janeiro de 1999.
subabdominal; e
7) pala interna de proteção contra o sol (para-sol)
d) facultativo para veículos de uso bélico.
para o condutor;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído do
8) faróis principais dianteiros de cor branca ou
motor, naqueles dotados de motor a combustão;
amarela;
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o
9) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor
pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o caso;
branca ou amarela;
25) macaco, compatível com o peso e carga do
10) lanternas de posição traseiras de cor
veículo;
vermelha;
26) chave de roda;
11) lanternas de freio de cor vermelha;
27) chave de fenda ou outra ferramenta
12) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de
apropriada para a remoção de calotas;
cor âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha;
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais
13) lanterna de marcha à ré, de cor branca, nos
nos veículos de carga, quando suas dimensões
veículos fabricados a partir de 1º de janeiro de
assim o exigirem;
1990;
29) cinto de segurança para a árvore de
14) retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, de cor
transmissão em veículos de transporte coletivo e
vermelha, nos veículos fabricados a partir de 1º de
carga;
janeiro de 1990;
30) encosto de cabeça, em todos os assentos dos
15) lanterna de iluminação da placa traseira, de
automóveis, exceto nos assentos centrais, nos
cor branca;
veículos fabricados a partir de 1º de janeiro de
16) velocímetro;
1999;
17) buzina;
31) protetor lateral nos caminhões com PBT
18) freios de estacionamento e de serviço, com
superior a 3.500 kg, fabricados a partir de 1º de
comandos independentes;
janeiro de 2011;
32) películas (faixas) retrorrefletivas nos ônibus, temperatura nos pontos críticos de calor, a critério
micro-ônibus, motor-casa e nos caminhões com do fabricante, conforme exemplificado no Anexo
PBT superior a 4.536 kg; e desta Resolução;
33) sistema de travamento do capuz; V - para triciclo automotor com cabine fechada:
II - para os reboques e semirreboques: 1) os equipamentos relacionados no inciso IV
1) para-choque traseiro; (para as motonetas, motocicletas e triciclos);
2) protetores das rodas traseiras; 2) para-choque traseiro;
3) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; 3) para-brisa confeccionado em vidro laminado;
4) freios de estacionamento e de serviço, com 4) limpador de para-brisa;
comandos independentes, para veículos com 5) luzes de posição na parte dianteira (faroletes)
capacidade superior a 750 Kg e produzidos a de cor branca ou amarela;
partir de 1997; 6) retrorrefletores (catadióptricos) na parte
5) lanternas de freio, de cor vermelha; traseira;
6) iluminação de placa traseira; 7) freios de estacionamento e de serviço, com
7) lanternas indicadoras de direção traseiras, de comandos independentes;
cor âmbar ou vermelha; 8) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
8) pneus que ofereçam condições de segurança, de emergência, independentemente do sistema de
conforme orientação de seu fabricante; iluminação do veículo;
9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais, 9) cinto de segurança;
quando suas dimensões assim o exigirem; 10) roda sobressalente, compreendendo o aro e o
10) protetor lateral nos reboques e semirreboques pneu;
com PBT superior a 3.500 kg, fabricados a partir 11) macaco, compatível com o peso e a carga do
de 1º de janeiro de 2011; e veículo; e
11) películas (faixas) retrorrefletivas; 12) chave de roda;
III - para ciclomotores: VI - para quadriciclos:
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados; 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela; 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira; 3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira;
4) velocímetro; 4) lanterna de freio, de cor vermelha;
5) buzina; 5) indicadores luminosos de mudança de direção,
6) pneus que ofereçam condições de segurança, dianteiros e traseiros;
conforme orientação de seu fabricante; e 6) iluminação da placa traseira;
7) dispositivo destinado ao controle de ruído do 7) velocímetro;
motor; 8) buzina;
IV - para as motonetas, motocicletas e triciclos: 9) pneus que ofereçam condições de segurança,
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados; conforme orientação de seu fabricante;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira; motor; e
4) lanterna de freio, de cor vermelha; 11) protetor das rodas traseiras;
5) iluminação da placa traseira; VII - nos tratores de rodas, de esteiras e mistos:
6) indicadores luminosos de mudança de direção, 1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
dianteiro e traseiro; 2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
7) velocímetro; 3) lanternas de freio, de cor vermelha;
8) buzina; 4) lanterna de marcha à ré, de cor branca, nos
9) pneus que ofereçam condições de segurança, veículos fabricados a partir de 1º de janeiro de
conforme orientação de seu fabricante; e 1990;
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do 5) alerta sonoro de marcha à ré;
motor, dimensionado para manter a temperatura 6) indicadores luminosos de mudança de direção,
de sua superfície externa ao nível térmico dianteiros e traseiros;
adequado ao uso seguro do veículo pelos 7) iluminação de placa traseira, quando aplicável;
ocupantes sob condições normais de utilização e 8) películas (faixas) retrorrefletivas;
com uso de vestimentas e acessórios indicados no 9) pneus que ofereçam condições de segurança,
manual do usuário fornecido pelo fabricante, conforme orientação de seu fabricante (exceto os
devendo ser complementado por redutores de tratores de esteiras);
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do fabricação e a instalação de para-choques
motor; traseiros nos veículos.
11) espelhos retrovisores; Parágrafo único. Para os veículos relacionados
12) cinto de segurança para todos os ocupantes nas alíneas "b", "c", e "d" do inciso II, será
do veículo; reconhecida a excepcionalidade somente quando
13) buzina; pertencerem ou estiverem na posse de firmas
14) velocímetro e registrador instantâneo e individuais, empresas ou organizações que
inalterável de velocidade e tempo para veículos possuam equipes próprias, especializadas em
que desenvolvam velocidade acima de 60 km/h; e troca de pneus ou aros danificados.
15) pisca alerta. Parágrafo único. Nos automóveis, Art. 4º As bicicletas com aro superior a vinte
camionetas, caminhonetes, caminhões, utilitários, devem ser dotadas dos seguintes equipamentos
ônibus e micro-ônibus, o capuz que se abre pela obrigatórios:
frente, e que em qualquer posição aberta encobre I - espelho retrovisor do lado esquerdo, acoplado
parcial ou completamente a visão do condutor ao guidom e sem haste de sustentação;
através do para-brisa, deve ser provido de sistema II - campainha, entendido como tal o dispositivo
de travamento de dois estágios ou uma segunda sonoro mecânico, eletromecânico, elétrico, ou
trava. pneumático, capaz de identificar uma bicicleta em
Art. 3º Dos equipamentos relacionados no art. 2º, movimento; e
não se exigirá: III - sinalização noturna, composta de
I - cinto de segurança para os veículos destinados retrorrefletores, com alcance mínimo de
ao transporte de passageiros, em percurso que visibilidade de trinta metros, com a parte
seja permitido viajar em pé; prismática protegida contra a ação das
II - pneu e aro sobressalente, macaco e chave de intempéries, nos seguintes locais:
roda: a) na dianteira, nas cores branca ou amarela;
a) nos veículos equipados com pneus capazes de b) na traseira na cor vermelha; e
trafegar sem ar, ou aqueles equipados com c) nas laterais e nos pedais de qualquer cor.
dispositivo automático de enchimento Art. 5º Estão dispensadas do espelho retrovisor e
emergencial; da campainha as bicicletas destinadas à prática de
b) nos ônibus e micro-ônibus que integram o esportes, quando em competição dos seguintes
sistema de transporte urbano de passageiros, nos tipos:
Municípios, regiões e microrregiões metropolitanas I - mountain bike (ciclismo de montanha);
ou conglomerados urbanos; II - down hill (descida de montanha);
c) nos caminhões dotados de características III - free style (competição estilo livre);
específicas para transporte de lixo e de concreto; IV - competição olímpica e panamericana;
d) nos veículos de carroçaria blindada para V - competição em avenida, estrada e velódromo;
transporte de valores; e VI - outros.
e) para automóveis, camionetas, caminhonetes e Art. 6º Os equipamentos obrigatórios para
utilitários, com PBT de até 3,5 t, a dispensa circulação dos veículos listados nos incisos a
poderá ser reconhecida pelo órgão máximo seguir são aqueles indicados em normas
executivo de trânsito da União, por ocasião do específicas:
requerimento do código específico de I - destinados ao transporte de produtos perigosos;
marca/modelo/versão, pelo fabricante ou II - escolares;
importador, quando comprovada que tal III - inacabados ou incompletos;
característica é inerente ao projeto do veículo, e IV - outros transportes especializados; e
desde que este seja dotado de alternativas para o IV - equipamento de mobilidade individual
uso do pneu e aro sobressalentes, macaco e autopropelidos e bicicletas com motor elétrico
chave de roda. auxiliar.
III - velocímetro, naqueles dotados de registrador Art. 7º Observado o disposto em Resolução do
instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, CONTRAN específica sobre o tema, faculta-se o
integrado. trânsito, em via pública, aos veículos destinados a
IV - para-choques traseiro nos veículos puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza
excetuados da obrigatoriedade por meio da ou a executar trabalhos agrícolas e de construção,
Resolução do CONTRAN que disponha sobre de pavimentação ou guindastes (máquinas de
elevação) desde que possuam:
I - os itens de segurança previstos no inciso VII do semirreboque, ciclomotor, motoneta, motocicleta,
art. 2º desta Resolução; triciclo, triciclo de cabine fechada, quadriciclo e
II - dimensões máximas de 2,80 m de largura, 4,40 quadriciclo de cabine fechada.
m de altura e 15,00 m de comprimento. Art. 3º Para circular em vias públicas, os veículos
Parágrafo único. É vedado o trânsito em via de que trata do art. 2º devem estar dotados dos
pública aberta à circulação de tratores de esteiras. equipamentos obrigatórios relacionados no Anexo
Art. 8º Aos veículos registrados e licenciados em I, conforme o caso.
outro país, em circulação no território nacional, § 1º Os veículos de que trata o art. 2º devem
aplicam-se as regras do Capítulo X do CTB. atender aos requisitos técnicos gerais de
Art. 9º Respeitadas as exceções e situações construção relacionados no Anexo II e aos demais
particulares previstas nesta Resolução, os estabelecidos sucessivamente em
proprietários ou condutores, cujos veículos regulamentação específica do CONTRAN.
circularem nas vias públicas desprovidos dos § 2º Compete à fiscalização de trânsito constatar
requisitos estabelecidos, ficam sujeitos às as condições de funcionamento dos equipamentos
penalidades constantes do art. 230 do CTB, no obrigatórios previstos no Anexo I.
que couber, independentemente de outras Art. 4º Regulamentação específica do CONTRAN
sansões previstas no CTB. deve indicar os equipamentos obrigatórios para
Art. 10. O Anexo desta Resolução encontra-se circulação dos seguintes veículos:
disponível no sítio eletrônico do órgão máximo I - inacabados ou incompletos; e
executivo de trânsito da União. II - equipamento de mobilidade individual
Art. 11. Ficam revogados os itens 1 ao 22 do art. autopropelidos e bicicletas com motor elétrico
2º da Resolução CONTRAN nº 129, de 6 de auxiliar.
agosto de 2001, e as Resoluções CONTRAN: Art. 5º O CONTRAN pode estabelecer, por meio
I nº 14, de 06 de fevereiro de 1998; de Resolução específica, equipamentos
II nº 34, de 21 de maio de 1998; obrigatórios adicionais aos previstos nesta
III nº 46, de 21 de maio de 1998; Resolução.
IV nº 87, de 04 de maio de 1999; Art. 6º Os veículos registrados em outros países e
V nº 103, de 21 de dezembro de 1999; em circulação no território nacional devem atender
VI nº 228, de 02 de março de 2007; ao disposto nesta Resolução, excetuando-se os
VII nº 259, de 30 de novembro de 2007; equipamentos obrigatórios dispensados por
VIII nº 426, de 05 de dezembro de 2012; convenções e acordos internacionais ratificados
IX nº 454, de 26 de setembro de 2013; e pelo Brasil.
X nº 592, de 24 de maio de 2016. Art. 7º Esta Resolução não se aplica aos
Art. 12. Esta Resolução entra em vigor em 1º de veículos destinados à exportação.
abril de 2022. Art. 8º Os proprietários ou condutores cujos
veículos circularem em vias públicas desprovidos
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 993/2023 dos requisitos estabelecidos nesta Resolução
ficam sujeitos às penalidades constantes no art.
Estabelece os equipamentos obrigatórios para 230 do CTB, no que couber, respeitadas as
a frota de veículos em circulação e relaciona o exceções e situações particulares previstas nesta
índice de regulamentações sobre segurança Resolução.
veicular aplicáveis. Art. 9º Os Anexos desta Resolução encontram-se
disponíveis no sítio eletrônico do órgão máximo
executivo de trânsito da União.
Art. 1º Esta Resolução estabelece os
Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº
equipamentos de segurança para a frota de
912, de 28 de março de 2022.
veículos em circulação e relaciona o índice de
Art. 11. Esta Resolução entra em vigor em 3 de
regulamentações sobre segurança veicular
julho de 2023.
aplicáveis.
Art. 2º Aplica-se essa Resolução aos veículos do
tipo automóvel, camioneta, utilitário, caminhonete,
caminhão, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus,
trator de rodas, de esteiras e mistos (inclusive
máquinas de elevação/guindastes), reboque e
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 914/2022 acoplamento: 2,15 m.
Art. 4º Cabe à autoridade de trânsito decidir sobre
Regulamenta a utilização de semirreboques a circulação de motocicleta e de motoneta com
por motocicletas e motonetas, define semirreboque acoplado na via sob sua
características, estabelece critérios e dá outras circunscrição.
providências. Art. 5º O descumprimento do disposto nesta
Resolução implicará, conforme o caso, na
Art. 1º Esta Resolução regulamenta a utilização aplicação ao infrator das penalidades e medidas
de semirreboques por motocicletas e motonetas, administrativas previstas no Código de Trânsito
define características, estabelece critérios e dá Brasileiro - CTB:
outras providências. I - art. 230, IX: semirreboque sem qualquer dos
Art. 2º As motocicletas e motonetas dotadas de equipamentos obrigatórios estabelecidos nesta
motor com mais de 120 cm³ de cilindrada Resolução;
podem tracionar semirreboques, desde que: II - art. 230, X: semirreboque com qualquer dos
I - especialmente projetados e para uso exclusivo equipamentos obrigatórios em desacordo com as
desses veículos; especificações estabelecidas nesta Resolução; e
II - devidamente homologados pelo órgão III - art. 244 VI: motocicleta ou motoneta
máximo executivo de trânsito da União; e tracionando semirreboque em desacordo com o
III - observados os limites de capacidade máxima disposto no art. 2º.
de tração (CMT) indicados pelo fabricante ou Parágrafo único. As situações infracionais
importador da motocicleta ou da motoneta. descritas no caput não afastam a possibilidade de
Parágrafo único. A CMT de que trata o caput aplicação de outras penalidades previstas no CTB.
deve constar no campo observação do Certificado Art. 6º Ficam revogadas as Resoluções
de Registro e Licenciamento do Veículo em meio CONTRAN:
digital (CRLV-e) da motocicleta ou motoneta. I - nº 69, de 25 de setembro de 1998;
Art. 3º Os semirreboques tracionados por II - nº 273, de 29 de abril de 2008; e
motocicletas e motonetas devem ter as seguintes III - nº 569, de 18 de dezembro de 2015.
características: Art. 7º Esta Resolução entra em vigor em 1º de
I - elementos de identificação: abril de 2022.
a) Número de Identificação Veicular (VIN) gravado
na estrutura do semirreboque; RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 918/2022
b) ano de fabricação do veículo gravado em
quatro dígitos; e Consolida as normas sobre procedimentos
c) plaqueta com os dados de identificação do para a aplicação das multas por infrações, a
fabricante, tara, lotação, Peso Bruto Total (PBT) e arrecadação e o repasse dos valores
dimensões (altura, comprimento e largura); arrecadados, nos termos do Código de
II - equipamentos obrigatórios: Trânsito Brasileiro (CTB).
a) para-choque traseiro;
b) lanternas de posição traseira, de cor vermelha; CAPÍTULO I
c) protetores das rodas traseiras; DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
d) freio de serviço;
e) lanternas de freio, de cor vermelha; Art. 1º Esta Resolução consolida as normas sobre
f) iluminação da placa traseira; os procedimentos para a aplicação das multas por
g) lanternas indicativas de direção traseira, de cor infrações, a arrecadação e o repasse dos valores
âmbar ou vermelha; arrecadados, nos termos do inciso VIII do art. 12
h) pneu que ofereça condições de segurança; e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
i) elementos retrorrefletivos aplicados nas laterais Art. 2º Para os fins previstos nesta Resolução,
e traseira do veículo, conforme requisitos contidos entende-se por:
em Resolução específica do CONTRAN; e I - Auto de Infração de Trânsito (AIT):
III - dimensões, com ou sem carga: documento que dá início ao processo
a) largura máxima: 1,15 m; administrativo para imposição de punição, em
b) altura máxima: 0,90 m; e decorrência de alguma infração à legislação de
c) comprimento total máximo, incluída a lança de trânsito;
II - Notificação da Autuação (NA): procedimento § 5º O AIT valerá como NA quando for assinado
que dá ciência ao proprietário do veículo de que pelo condutor e este for o proprietário do veículo
foi cometida uma infração de trânsito com seu ou o principal condutor previamente identificado,
veículo; desde que conste a data do término do prazo
III - Notificação da Penalidade (NP): para a apresentação da defesa da autuação,
procedimento que dá ciência da imposição de nos termos do art. 281-A do CTB.
penalidade, bem como indica o valor da cobrança § 6º O talão eletrônico previsto no inciso II do § 1º
da multa de trânsito; constitui-se de sistema informatizado (software)
IV - órgão autuador: órgão ou entidade instalado em equipamentos preparados para esse
competente para autuar o proprietário ou condutor fim ou no próprio sistema de registro de infrações
pelo cometimento de infração de trânsito, julgar a do órgão autuador, na forma disciplinada pelo
defesa da autuação e aplicar as penalidade de órgão máximo executivo de trânsito da União.
multa de trânsito; e
V - órgão arrecadador: órgão ou entidade que CAPÍTULO II
efetua a cobrança e o recebimento da multa de DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO
trânsito, de sua competência ou de terceiros,
sendo responsável pelo repasse dos 5% (cinco Art. 4º Com exceção do disposto no § 5º do art.
por cento) do valor da multa de trânsito à conta do 3º, após a verificação da regularidade e da
Fundo Nacional de Segurança e Educação de consistência do AIT, o órgão autuador expedirá,
Trânsito (FUNSET), de que trata o § 1º do art. 320 no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da
do CTB. data do cometimento da infração, a NA dirigida ao
Art. 3º Constatada a infração pela autoridade de proprietário do veículo, na qual deverão constar os
trânsito ou por seu agente, ou ainda comprovada dados mínimos definidos no art. 280 do CTB.
sua ocorrência por aparelho eletrônico ou por § 1º A não expedição da NA no prazo previsto no
equipamento audiovisual, reações químicas ou caput ensejará o arquivamento do AIT.
qualquer outro meio tecnológico disponível, § 2º Na NA constará a data do término do prazo
previamente regulamentado pelo CONTRAN, será para a apresentação da defesa da autuação pelo
lavrado o AIT, que deverá conter os dados proprietário do veículo, principal condutor ou pelo
mínimos definidos pelo art. 280 do CTB e em condutor infrator devidamente identificado, que
regulamentação específica. não será inferior a 30 (trinta) dias, contados da
§ 1º O AIT de que trata o caput poderá ser lavrado data de expedição da NA ou publicação por edital,
pela autoridade de trânsito ou por seu agente: observado o disposto no art. 14.
I - por anotação em documento próprio; § 3º A autoridade de trânsito poderá utilizar meios
II - por registro em talão eletrônico isolado ou tecnológicos para verificação da regularidade e da
acoplado a equipamento de detecção de infração consistência do AIT.
regulamentado pelo CONTRAN, atendido o § 4º Os dados do condutor identificado no AIT
procedimento definido pelo órgão máximo deverão constar na NA, observada a
executivo de trânsito da União; ou regulamentação específica.
III - por registro em sistema eletrônico de § 5º Torna-se obrigatória a atualização imediata
processamento de dados, quando a infração for da base nacional, por parte dos órgãos e
comprovada por equipamento de detecção provido entidades executivos de trânsito dos Estados e do
de registrador de imagem, regulamentado pelo Distrito Federal, sempre que houver alteração dos
CONTRAN. dados cadastrais do veículo e do condutor.
§ 2º O órgão autuador, sempre que possível, § 6º Para as NA expedidas antes de 12 de abril de
deverá imprimir o AIT lavrado nas formas 2021, o prazo de que trata o § 2º não será
previstas nos incisos II e III do § 1º para início do inferior a 15 (quinze) dias.
processo administrativo previsto no Capítulo XVIII
do CTB, sendo dispensada a assinatura da
Seção I
autoridade ou de seu agente.
Da Identificação do Condutor Infrator
§ 3º O registro da infração, referido no inciso III do
§ 1º será referendado por autoridade de trânsito,
Art. 5º Caso o condutor do veículo seja o
ou seu agente, que será identificado no AIT.
responsável pela infração, não seja o proprietário
§ 4º Sempre que possível, o condutor será
ou o principal condutor do veículo e não seja
identificado no momento da lavratura do AIT.
identificado no ato do cometimento da infração, o c) identificação do condutor;
proprietário ou principal condutor do veículo d) cláusula de responsabilidade pelas infrações; e
deverá indicar o real condutor infrator, por meio e) período em que o veículo esteve na posse do
de formulário de identificação do condutor condutor apresentado, podendo esta informação
infrator, que acompanhará a NA e deverá conter, constar em documento separado, desde que
no mínimo: devidamente assinado pelo condutor.
I - identificação do órgão autuador; § 2º No caso de identificação de condutor infrator
II - campos para o preenchimento da identificação em que a situação se enquadre nas condutas
do condutor infrator: nome e números de registro previstas nos incisos do art. 162 do CTB, sem
dos documentos de habilitação, identificação e prejuízo das demais sanções administrativas e
CPF; criminais previstas no CTB, serão lavrados os
III- campo para a assinatura do proprietário do respectivos AIT:
veículo; I - ao proprietário do veículo, por infração ao art.
IV - campo para a assinatura do condutor infrator; 163 do CTB, exceto se o condutor for o
V - placa do veículo e número do AIT; proprietário; e
VI - data do término do prazo para a identificação II - ao condutor indicado, ou ao proprietário que
do condutor infrator e interposição da defesa da não indicá-lo no prazo estabelecido, pela infração
autuação; cometida de acordo com as condutas previstas
VII - esclarecimento das consequências da não nos incisos do art. 162 do CTB.
identificação do condutor infrator, nos termos dos § 3º Ocorrendo a situação prevista no § 2º, o
§§ 7º e 8º do art. 257 do CTB; prazo para expedição da NA de que trata o inciso
VIII - esclarecimento de que a indicação do II do parágrafo único do art. 281 do CTB será
condutor infrator somente será acatada e contado a partir:
produzirá efeitos legais se o formulário de I - da data do protocolo do formulário de
identificação do condutor estiver corretamente identificação do condutor infrator junto ao órgão
preenchido, sem rasuras, com assinaturas autuador; ou
originais do condutor e do proprietário do veículo; II - do prazo final para indicação.
IX - endereço para entrega do formulário de § 4º Em se tratando de condutor estrangeiro,
identificação do condutor infrator; e além do atendimento às demais disposições deste
X - esclarecimento sobre a responsabilidade nas artigo, deverão ser apresentadas cópias dos
esferas penal, cível e administrativa, pela documentos previstos em legislação
veracidade das informações e dos documentos específica.
fornecidos. § 5º O formulário de identificação do condutor
§ 1º Na impossibilidade da coleta da assinatura do infrator poderá ser substituído por outro
condutor infrator, além do preenchimento das documento, desde que contenha as informações
informações previstas nos incisos do caput, mínimas exigidas neste artigo.
deverá ser anexado ao formulário de identificação § 6º Os órgãos e entidades de trânsito deverão
do condutor infrator: registrar as indicações de condutor no Registro
I - para veículo registrado em nome de órgão ou Nacional de Condutores Habilitados (RENACH),
entidade da administração pública direta ou administrado pelo órgão máximo executivo de
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal trânsito da União, o qual disponibilizará os
ou dos Municípios, ofício do representante legal do registros de indicações de condutor de forma a
órgão ou entidade, identificando o condutor possibilitar o acompanhamento e averiguações
infrator, acompanhado de cópia de documento que das reincidências e irregularidades nas indicações
comprove a condução do veículo no momento do de condutor infrator, articulando-se, para este fim,
cometimento da infração; ou com outros órgãos da Administração Pública.
II - para veículo registrado em nome das demais § 7º Constatada irregularidade na indicação do
pessoas jurídicas, cópia de documento onde condutor infrator, capaz de configurar ilícito penal,
conste cláusula de responsabilidade por infrações a autoridade de trânsito deverá comunicar o fato
cometidas pelo condutor e comprove a posse do à autoridade competente.
veículo no momento do cometimento da infração, § 8º Para fins de indicação do condutor infrator, o
o qual deve conter, no mínimo: principal condutor equipara-se ao proprietário do
a) identificação do veículo; veículo.
b) identificação do proprietário;
Seção II § 3º Em caso de apresentação da defesa prévia
Da Responsabilidade do Proprietário em tempo hábil, o prazo previsto no § 2º será de
360 (trezentos e sessenta) dias.
Art. 6º O proprietário do veículo será considerado
responsável pela infração cometida, respeitado o CAPÍTULO III
disposto no § 2º do art. 5º, nas seguintes DA PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA POR
situações: ESCRITO
I - caso não haja identificação do condutor infrator
até o término do prazo fixado na NA; Art. 10. Em se tratando de infrações de natureza
II - caso a identificação seja feita em desacordo leve ou média, a autoridade de trânsito deverá
com o estabelecido no art. 5º; ou aplicar a penalidade de advertência por escrito,
III - caso não haja registro de comunicação de nos termos do art. 267 do CTB, na qual deverão
venda à época da infração. constar os dados mínimos definidos no art. 280 do
Art. 7º Ocorrendo a hipótese prevista no art. 6º e CTB e em regulamentação específica.
sendo o proprietário do veículo pessoa jurídica, § 1º A aplicação da penalidade de advertência por
será imposta multa, nos termos do § 8º do art. 257 escrito deverá ser registrada no prontuário do
do CTB, expedindo-se a NP ao proprietário do infrator depois de encerrada a instância
veículo, nos termos de regulamentação específica. administrativa de julgamento de infrações e
Art. 8º Para fins de cumprimento desta Resolução, penalidades.
no caso de veículo objeto de penhor ou de § 2º Para fins de cumprimento do disposto neste
contrato de arrendamento mercantil, comodato, artigo, o órgão máximo executivo de trânsito da
aluguel ou arrendamento não vinculado ao União deverá disponibilizar transação específica
financiamento do veículo, o possuidor, para registro da penalidade de advertência por
regularmente constituído e devidamente registrado escrito no RENACH e no Registro Nacional de
no órgão ou entidade executivo de trânsito do Veículos Automotores (RENAVAM), bem como
Estado ou do Distrito Federal, nos termos de acesso às informações contidas no prontuário dos
regulamentação específica, equipara-se ao condutores e veículos para consulta dos órgãos e
proprietário do veículo. entidades componentes do Sistema Nacional de
Parágrafo único. As notificações de que trata Trânsito (SNT).
esta Resolução somente deverão ser enviadas ao § 3º A penalidade de advertência por escrito
possuidor previsto no caput no caso de contrato deverá ser enviada ao infrator, no endereço
com vigência igual ou superior a 180 (cento e constante em seu prontuário ou por sistema de
oitenta) dias. notificação eletrônica, se disponível.
§ 4º A aplicação da penalidade de advertência por
Seção III escrito não implicará em registro de pontuação no
Da Defesa da Autuação prontuário do infrator.
§ 5º A notificação devolvida por desatualização do
Art. 9º Interposta a defesa da autuação, nos endereço do infrator junto ao órgão ou entidade
termos do § 2º do art. 4º, caberá à autoridade executivo de trânsito responsável pelo seu
competente apreciá-la, inclusive quanto ao mérito. prontuário será considerada válida para todos
§ 1º Acolhida a defesa da autuação, o AIT será os efeitos.
cancelado, seu registro será arquivado e a § 6º Na hipótese de notificação por meio
autoridade de trânsito comunicará o fato ao eletrônico, se disponível, o proprietário ou o
proprietário do veículo. condutor autuado será considerado notificado 30
§ 2º Caso a defesa prévia seja indeferida ou não (trinta) dias após a inclusão da informação no
seja apresentada no prazo estabelecido, será sistema eletrônico.
aplicada a penalidade e expedida notificação ao § 7º Para atendimento do disposto neste artigo, os
proprietário do veículo ou ao infrator, no prazo órgãos e entidades executivos de trânsito dos
máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado Estados e do Distrito Federal deverão registrar e
da data do cometimento da infração, por remessa atualizar os registros de infrações e os dados dos
postal ou por qualquer outro meio tecnológico condutores por eles administrados nas bases de
hábil que assegure a ciência da imposição da informações do órgão máximo executivo de
penalidade. trânsito da União.
§ 8º É nula a penalidade de multa aplicada CAPÍTULO IV
quando o infrator se enquadrar nos requisitos DA NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE DE MULTA
estabelecidos no art. 267 do CTB.
Art. 11. Para as infrações cometidas antes de 12 Art. 12. A NP de multa deverá conter:
de abril de 2021, a penalidade de advertência por I - os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB
escrito poderá ser imposta à infração de natureza e em regulamentação específica;
leve ou média, passível de ser punida com multa, II - a comunicação do não acolhimento da defesa
não sendo reincidente o infrator, na mesma da autuação ou da solicitação de aplicação da
infração, nos últimos 12 (doze) meses, quando, penalidade de advertência por escrito;
considerando o prontuário do infrator, a autoridade III - o valor da multa e a informação quanto ao
entender esta providência como mais educativa. desconto previsto no art. 284 do CTB;
§ 1º Até a data do término do prazo para a IV - a data do término para apresentação de
apresentação da defesa da autuação, o recurso, que será a mesma data para pagamento
proprietário do veículo, ou o condutor infrator da multa, conforme §§ 4º e 5º do art. 282 do CTB;
devidamente identificado, poderá requerer à V - campo para a autenticação eletrônica,
autoridade de trânsito a aplicação da regulamentado pelo órgão máximo executivo de
penalidade de advertência por escrito de que trânsito da União; e
trata o caput. VI - instruções para apresentação de recurso, nos
§ 2º Não cabe recurso à Junta Administrativa de termos dos arts. 286 e 287 do CTB.
Recursos de Infrações (JARI) da decisão da Parágrafo único. O órgão autuador deverá utilizar
autoridade que aplicar a penalidade de documento próprio para arrecadação de multa que
advertência por escrito solicitada com base no § contenha as características estabelecidas pelo
1º, exceto se essa solicitação for concomitante à órgão máximo executivo de trânsito da União.
apresentação de defesa da autuação. Art. 13. Até a data de vencimento expressa na NP
§ 3º Para fins de análise da reincidência de que de multa ou enquanto permanecer o efeito
trata o caput, deverá ser considerada apenas a suspensivo sobre o AIT, não incidirá qualquer
infração referente à qual foi encerrada a instância restrição, inclusive para fins de licenciamento e
administrativa de julgamento de infrações e transferência, nos arquivos do órgão ou entidade
penalidades. executivo de trânsito responsável pelo registro do
§ 4º Caso a autoridade de trânsito não entenda veículo.
como medida mais educativa a aplicação da
penalidade de advertência por escrito, aplicará a
CAPÍTULO V
penalidade de multa.
DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL
§ 5º Para fins de cumprimento do disposto neste
artigo, o órgão máximo executivo de trânsito da
Art. 14. Esgotadas as tentativas para notificar o
União deverá disponibilizar transação específica
infrator ou o proprietário do veículo por meio postal
para registro da penalidade de advertência por
ou pessoal, as notificações de que trata esta
escrito no RENACH e no RENAVAM, bem como
Resolução serão realizadas por edital publicado
acesso às informações contidas no prontuário dos
em diário oficial, na forma da lei, respeitados o
condutores e veículos para consulta dos órgãos e
disposto no § 1º do art. 282 do CTB e os prazos
entidades componentes do SNT.
prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 23 de
§ 6º Para cumprimento do disposto no § 1º, o
novembro de 1999, que estabelece prazo de
infrator deverá apresentar ao órgão autuador
prescrição para o exercício de ação punitiva.
documento emitido pelo órgão ou entidade
§ 1º Os editais de que trata o caput, de acordo
executivo de trânsito responsável pelo seu
com sua natureza, deverão conter, no mínimo, as
prontuário, que demonstre as infrações cometidas,
seguintes informações:
se houver, referente aos últimos 12 (doze)
I - edital da NA:
meses anteriores à data da infração, caso essas
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador
informações não estejam disponíveis no
e do tipo de notificação;
RENACH.
b) instruções e prazo para apresentação de
§ 7º Até que as providências previstas no § 5º
defesa da autuação; e
sejam disponibilizadas aos órgãos autuadores, a
c) lista com a placa do veículo, número do AIT,
penalidade de advertência por escrito poderá ser
data da infração e código da infração com
aplicada por solicitação da parte interessada.
desdobramento; CAPÍTULO VII
II - edital da NP de advertência por escrito: DO VALOR PARA PAGAMENTO DA MULTA
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador
e do tipo de notificação; Art. 19. Sujeitam-se ao disposto no § 4º do art.
b) instruções e prazo para interposição de recurso, 284 do CTB apenas os autos de infrações
observado o disposto no § 2º do art. 11; e lavrados a partir de 1º de novembro de 2016.
c) lista com a placa do veículo, número do AIT, Art. 20. Para pagamento da multa até a data de
data da infração, código da infração com vencimento indicada na NP, será cobrado o valor
desdobramento e número de registro do equivalente a 80% (oitenta por cento) do valor
documento de habilitação do infrator; original da multa, conforme caput do art. 284 do
III - edital da NP de multa: CTB, de acordo com a seguinte fórmula:
a) cabeçalho com identificação do órgão autuador I - valor original x 0,80 = valor a pagar.
e do tipo de notificação; Art. 21. Quando o infrator optar pelo recebimento
b) instruções e prazo para interposição de recurso da NP pelo sistema de notificação eletrônica e
e pagamento; e opte por não apresentar defesa prévia nem
c) lista com a placa do veículo, número do AIT, recurso, reconhecendo o cometimento da infração,
data da infração, código da infração com conforme previsto no § 1º do art. 284 do CTB,
desdobramento e valor da multa. poderá efetuar o pagamento da multa pelo
§ 2º É facultado ao órgão autuador publicar valor equivalente a 60% (sessenta por cento)
extrato resumido de edital no Diário Oficial, o qual do seu valor original, em qualquer fase do
conterá as informações constantes das alíneas "a" processo, até o vencimento da multa, de acordo
e "b" dos incisos I, II ou III do § 1º, sendo com a seguinte fórmula:
obrigatória a publicação da íntegra do edital, I - valor original x 0,60 = valor a pagar.
contendo todas as informações descritas no § 1º Art. 22. Para quitação da multa no período
no seu sítio eletrônico na Internet. compreendido entre a data imediata após o
§ 3º As publicações de que trata este artigo serão vencimento e o último dia do mês seguinte ao do
válidas para todos os efeitos, não isentando o vencimento, será cobrado o valor original da
órgão autuador de disponibilizar as informações multa acrescido de juros relativos ao mês de
das notificações, quando solicitado. pagamento, no percentual de 1% (um por cento),
§ 4º As notificações enviadas eletronicamente de acordo com a seguinte fórmula:
dispensam a publicação por edital. I - valor original x 1,01 = valor corrigido a pagar.
Art. 23. Para quitação da multa após o mês
CAPÍTULO VI subsequente ao do vencimento, será cobrado o
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS valor original da multa, acrescido da variação
mensal da taxa referencial do Sistema Especial
Art. 15. Aplicadas as penalidades de que trata de Liquidação e de Custódia (SELIC), definida
esta Resolução, caberá recurso em primeira pelo somatório dos percentuais mensais, não
instância na forma dos artigos 285, 286 e 287 do capitalizados, divulgados para o período entre o
CTB, que serão julgados pelas JARI que mês subsequente ao do vencimento e o mês
funcionam junto ao órgão autuador, respeitado o anterior ao do pagamento, inclusive e adicionado
disposto no § 2º do art. 11. ainda o percentual de 1% (um por cento) relativo a
Art. 16. Das decisões da JARI caberá recurso juros do mês de pagamento, qualquer que seja o
em segunda instância na forma dos arts. 288 e dia desse mês considerado, conforme a seguir:
289 do CTB. I - fórmula: período = incluir mês subsequente ao
Art. 17. O recorrente deverá ser informado das vencimento e excluir o mês de pagamento;
decisões dos recursos de que tratam os arts. 15 e II - valor: valor original x fator multiplicador = valor
16. a pagar; e
Parágrafo único. No caso de deferimento do III - fator multiplicador: 1,01 + (O percentuais
recurso de que trata o art. 15, o recorrente deverá mensais da SELIC do período).
ser informado se a autoridade recorrer da decisão. § 1º = O cálculo do acréscimo de mora e o valor
Art. 18. Somente depois de esgotados os recursos atualizado devido, com base na variação da taxa
de que tratam os arts. 15 e 16, as penalidades SELIC indicado neste artigo, serão mantidos pelo
aplicadas poderão ser cadastradas no RENACH. órgão arrecadador, que aplicará a variação mensal
acumulada da taxa básica de juros SELIC, de forma integral, podendo ser realizado
proveniente do somatório dos índices de correção parcelamento, por meio de cartão de crédito, por
no período divulgados pelo Banco Central do conta e risco de instituições integrantes do
Brasil (BACEN), cujo índice obtido e montante Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
atualizado serão definidos com duas casas Art. 25. Os órgãos autuadores da União, para
decimais, desprezadas as demais sem arrecadarem multas de trânsito de sua
arredondamento, como forma de uniformizar o competência, devem utilizar a Guia de
valor resultante. Recolhimento da União (GRU) do tipo Cobrança
§ 2º O cálculo adicional de juros de mora, não ou a plataforma digital PagTesouro, observado o
capitalizado, com índice fixo de 1% (um por Decreto nº 4.950, de 9 de janeiro de 2004, a
cento), relativo ao acréscimo do mês de Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro
pagamento, em que não ocorrerá o cômputo da Nacional (STN) nº 2, de 22 de maio de 2009, o
variação mensal da taxa SELIC, será também Decreto nº 10.494, de 23 de setembro de 2020, e
mantido pelo órgão arrecadador, complementando suas alterações posteriores.
o valor final do débito vencido, válido até o último Parágrafo único. O recolhimento do percentual
dia útil do mês de pagamento considerado. de 5% (cinco por cento) do valor arrecadado com
§ 3º O usuário devedor da multa imposta será as multas de trânsito à conta do FUNSET pelos
orientado por texto na NP sobre a validade do órgãos autuadores da União dar-se-á na forma
documento para fins de pagamento, cujo prazo estabelecida pela STN, do Ministério da
coincide com o vencimento indicado, após o que Economia.
deverá ser consultado o órgão autuador e/ou Art. 26. Os demais órgãos, arrecadadores de
arrecadador, para a obtenção do valor atualizado multas de trânsito, de sua competência ou de
para pagamento. terceiros, e recolhedores de valores à conta do
§ 4º Interposto recurso no prazo legal, se julgado FUNSET deverão prestar informações ao órgão
improcedente, a incidência de juros de mora máximo executivo de trânsito da União até o 20º
deverá ser considerada a partir do encerramento (vigésimo) dia do mês subsequente ao da
da instância administrativa. arrecadação, na forma disciplinada pelo órgão
§ 5º A interposição do recurso fora do prazo legal máximo executivo de trânsito da União.
ensejará a cobrança de juros de mora a partir Art. 27. Os órgãos arrecadadores poderão firmar,
do vencimento da NP. sem ônus para si, acordos e parcerias
técnicooperacionais para viabilizar o
CAPÍTULO VIII pagamento de multas de trânsito com cartões
DA ARRECADAÇÃO DAS MULTAS E DO de débito ou crédito, disponibilizando aos
REPASSE DOS VALORES infratores ou proprietários de veículos alternativas
para quitar seus débitos à vista ou em parcelas
Art. 24. Os órgãos e entidades executivos de mensais, com a imediata regularização da
trânsito e executivos rodoviários dos Estados, do situação do veículo.
Distrito Federal e dos Municípios, integrantes do § 1º Os órgãos arrecadadores deverão solicitar
SNT, para arrecadarem multas de trânsito de sua autorização ao órgão máximo executivo de trânsito
competência ou de terceiros, deverão utilizar o da União para viabilizar o pagamento de multas de
documento próprio de arrecadação de multas de trânsito com cartões de débito ou crédito.
trânsito estabelecido pelo órgão máximo executivo § 2º A autorização de que trata o § 1º será
de trânsito da União, com vistas a garantir o expedida pelo órgão máximo executivo de trânsito
repasse automático dos valores relativos ao da União por meio de ofício ao dirigente máximo
FUNSET. da entidade solicitante.
§ 1º O recolhimento do percentual de 5% (cinco § 3º Os órgãos arrecadadores autorizados pelo
por cento) do valor arrecadado com as multas de órgão máximo executivo de trânsito da União
trânsito à conta do FUNSET é de responsabilidade poderão promover a habilitação, por meio de
do órgão de trânsito arrecadador. contratação ou credenciamento, de empresas
§ 2º O pagamento das multas de trânsito será credenciadoras (adquirentes), subcredenciadora
efetuado na rede bancária arrecadadora. (subadquirentes) ou facilitadoras para processar
§ 3º O recebimento de multas pela rede as operações e os respectivos pagamentos.
arrecadadora será feito exclusivamente à vista e § 4º As empresas referidas no § 3º deverão estar
previamente credenciadas pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União, na forma de II - os parcelamentos inscritos em cobrança
normativo a ser editado por aquele órgão, e serem administrativa;
autorizadas, por instituição credenciadora III - os veículos licenciados em outras Unidades da
supervisionada pelo BACEN, a processar Federação; e
pagamentos, inclusive parcelados, mediante uso IV - as multas aplicadas por outros órgãos
de cartões de débito e crédito normalmente autuadores que não autorizam o parcelamento ou
aceitos no mercado, sem restrição de bandeiras, e arrecadação por meio de cartões de crédito ou
apresentar ao interessado os planos de débito.
pagamento dos débitos em aberto, possibilitando § 13. O órgão autuador é o competente para
ao titular do cartão conhecer previamente os autorizar o parcelamento, em caráter facultativo,
custos adicionais de cada forma de pagamento e podendo delegar tal competência, na forma do art.
decidir pela opção que melhor atenda às suas 25 do CTB.
necessidades. § 14. O órgão máximo executivo de trânsito da
§ 5º Os encargos e eventuais diferenças de União ficará responsável por autorizar e fiscalizar
valores a serem cobrados por conta do as operações dos órgãos de trânsito que adotarem
parcelamento via cartão de crédito ficam a cargo a modalidade de parcelamento com cartão de
do titular do cartão de crédito que aderir a essa crédito para o pagamento das multas de trânsito,
modalidade de pagamento. bem como para credenciar as empresas,
§ 6º Os órgãos arrecadadores que adotarem essa regulamentando as disposições deste artigo.
modalidade de arrecadação de multas por meio de § 15. O credenciamento de pessoas jurídicas para
cartões de débito ou crédito deverão encaminhar prestação dos serviços previstos nesta Resolução
relatórios mensais ao órgão máximo executivo será feito exclusivamente pelo órgão máximo
de trânsito da União, contendo o montante executivo de trânsito da União e deverá ser
arrecadado de forma discriminada, para fins de antecedido da comprovação de:
controle dos repasses relativos ao FUNSET. I - habilitação jurídica;
§ 7º Na ausência de prestação de contas a que se II - regularidade fiscal e trabalhista;
refere o § 6º, o órgão máximo executivo de trânsito III - qualificação econômico-financeira; e
da União poderá suspender a autorização para IV - qualificação técnica.
que os órgãos arrecadadores admitam o
pagamento parcelado ou à vista de multas de CAPÍTULO IX
trânsito por meio de cartões de débito ou crédito. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 8º O parcelamento poderá englobar uma ou
mais multas de trânsito vinculadas ao veículo. Art. 28. Nos casos dos veículos registrados em
§ 9º A aprovação e efetivação do parcelamento nome de missões diplomáticas, repartições
por meio do cartão de crédito pela operadora de consulares de carreira ou representações de
cartão de crédito libera o licenciamento do veículo organismos internacionais e de seus integrantes,
e a respectiva emissão do Certificado de Registro as notificações de que trata esta Resolução,
e Licenciamento do Veículo em meio digital respeitado o disposto no § 3º do art. 10, deverão
(CRLV-e). ser enviadas ao endereço constante no registro do
§ 10. O pagamento parcelado de multas já veículo junto ao órgão executivo de trânsito do
vencidas deverá ser acrescido de juros de mora Estado ou do Distrito Federal e comunicadas ao
equivalentes à taxa referencial do SELIC, nos Ministério das Relações Exteriores para as
termos do § 4º do art. 284 do CTB, conforme providências cabíveis, na forma definida pelo
disciplinado pelos arts. 22 e 23 desta Resolução. órgão máximo executivo de trânsito da União.
§ 11. O valor total do parcelamento, excluída a Art. 29. A contagem dos prazos para
taxa sobre a operação de cartão de crédito, apresentação de condutor e interposição da
deverá ser considerada como receita arrecadada, defesa da autuação e dos recursos de que trata
para fins de aplicação de recurso, conforme o art. esta Resolução será em dias consecutivos,
320 do CTB, bem como para fato gerador do excluindo-se o dia da notificação ou publicação
repasse relativo ao FUNSET. por meio de edital, e incluindo-se o dia do
§ 12. Ficam excluídos do parcelamento disposto vencimento.
neste artigo: Parágrafo único. Considera-se prorrogado o
I - as multas inscritas em dívida ativa; prazo até o 1º (primeiro) dia útil se o vencimento
cair em feriado, sábado, domingo, em dia que não administrativo, sem prejuízo da continuidade dos
houver expediente ou este for encerrado antes da procedimentos previstos nesta Resolução para
hora normal. expedição das notificações, apresentação da
Art. 30. A expedição das notificações de que trata defesa da autuação e dos respectivos recursos.
esta Resolução se caracterizará: Parágrafo único. Caso o pagamento tenha sido
I - pela entrega da notificação pelo órgão autuador efetuado antecipadamente, conforme previsto no
à empresa responsável por seu envio, quando caput, a NP deverá ser expedida com a
utilizada a remessa postal; ou informação de que a multa se encontra paga, com
II - pelo envio eletrônico da notificação pelo órgão a indicação do prazo para interposição do recurso
autuador do veículo, quando utilizado sistema de e sem código de barras para pagamento.
notificação eletrônica. Art. 34. Os procedimentos para apresentação de
Art. 31. No caso de falha nas notificações defesa de autuação e recursos previstos nesta
previstas nesta Resolução, a autoridade de Resolução atenderão ao disposto em
trânsito poderá refazer o ato, observados os regulamentação específica.
prazos prescricionais. Art. 35. Aplica-se o disposto nesta Resolução, no
Art. 32. A NA e a NP deverão ser encaminhadas à que couber, às autuações em que a
pessoa física ou jurídica que conste como responsabilidade pelas infrações não seja do
proprietária do veículo na data da infração, proprietário ou condutor do veículo, até que os
respeitado o disposto no § 3º do art. 10. procedimentos sejam definidos por
§ 1º Caso o AIT não conste no prontuário do regulamentação específica.
veículo na data do registro da transferência de Art. 36. Aplicam-se a esta Resolução os prazos
propriedade, o proprietário atual será considerado prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 1999.
comunicado quando do envio, pelo órgão ou Parágrafo único. O órgão máximo executivo de
entidade executivos de trânsito, do extrato para trânsito da União definirá os procedimentos para
pagamento do Imposto sobre Propriedade de aplicação uniforme dos preceitos da Lei de que
Veículo Automotor (IPVA) e demais débitos trata o caput pelos demais órgãos e entidades do
vinculados ao veículo, ou quando do vencimento SNT.
do prazo de licenciamento anual. Art. 37. Fica o órgão máximo executivo de trânsito
§ 2º O órgão máximo executivo de trânsito da da União autorizado a expedir normas
União deverá adotar as providências necessárias complementares para o fiel cumprimento das
para fornecer aos órgãos de trânsito responsáveis disposições contidas nesta Resolução.
pela expedição das notificações os dados da Art. 38. Ficam revogadas as Resoluções
pessoa física ou jurídica que constava como I - nº 156, de 22 de abril de 2004;
proprietário do veículo na data da infração. II - nº 424, de 27 de novembro de 2012;
§ 3º Até que sejam disponibilizadas as III - nº 442, de 25 de junho de 2013;
informações de que trata o § 2º, as notificações IV - nº 574, de 16 de dezembro de 2015;
enviadas ao proprietário atual serão consideradas V - nº 619, de 6 de setembro de 2016;
válidas para todos os efeitos, podendo este VI - nº 697, de 10 de outubro de 2017;
informar ao órgão autuador os dados do VII - nº 736, de 5 de julho de 2018; e
proprietário anterior para continuidade do VIII - nº 845, de 8 de abril de 2021.
processo de notificação. Art. 39. Fica revogada a Deliberação CONTRAN
§ 4º Após efetuar a venda do veículo, caso haja nº 115, de 28 de setembro de 2011.
AIT em seu nome, a pessoa física ou jurídica que Art. 40. Esta Resolução entra em vigor em 1º de
constar como proprietária do veículo na data da abril de 2022.
infração deverá providenciar atualização de seu
endereço junto ao órgão ou entidade executivo de RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 919/2022
trânsito de registro do veículo.
§ 5º Caso não seja providenciada a atualização do Estabelece as especificações para os
endereço prevista no § 4º, a notificação devolvida extintores de incêndio de instalação
por esse motivo será considerada válida para obrigatória ou facultativa nos veículos
todos os efeitos. automotores
Art. 33. É facultado antecipar o pagamento do
valor correspondente à multa, junto ao órgão Art. 1º Esta Resolução estabelece as
autuador, em qualquer fase do processo
especificações para os extintores de incêndio de assegurando-se: de que o indicador de pressão
instalação obrigatória ou facultativa nos veículos não está na faixa vermelha; de que o lacre está
automotores, nos termos do art. 105 do Código de íntegro; da presença da marca de conformidade
Trânsito Brasileiro (CTB). do INMETRO; de que o prazo de durabilidade e a
Art. 2º É obrigatória a instalação do extintor de data do teste hidrostático do extintor não estão
incêndio para caminhão, caminhão-trator, vencidos; e de que a aparência geral externa do
microônibus, ônibus e para todo veículo utilizado extintor está em boas condições (sem ferrugem,
no transporte coletivo de passageiros, do tipo e amassados ou outros danos)".
capacidade constantes da tabela do Anexo desta II - os procedimentos de uso do extintor; e
Resolução, instalado na parte dianteira do III - recomendação para troca do extintor
habitáculo do veículo, ao alcance do condutor. imediatamente após o uso ou ao final da validade.
§ 1º É facultativa, por opção do proprietário, a Art. 5º Os extintores de incêndio devem ser
instalação do extintor de incêndio para fabricados em conformidade com a norma NBR
automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes 10.721 da Associação Brasileira de Normas
e triciclos de cabine fechada. Técnicas (ABNT) ou suas sucedâneas.
§ 2º Os fabricantes e importadores dos veículos Art. 6º Os extintores de incêndio devem atender
descritos no § 1º devem disponibilizar local às seguintes exigências:
adequado para a instalação do suporte para o I - nos veículos automotores previstos no item 1 da
extintor de incêndio, na forma da legislação tabela do Anexo, devem ter a durabilidade mínima
vigente. e a validade do teste hidrostático de cinco anos da
§ 3º Os proprietários de veículos que optarem por data de fabricação e, ao fim desse prazo, o
instalar o extintor de incêndio devem seguir as extintor será obrigatoriamente substituído por um
normas dispostas nesta Resolução. novo;
Art. 3º Os extintores de incêndio devem exibir a II - nos veículos automotores previstos nos itens 2
marca de conformidade do Instituto Nacional de e 3 da tabela do Anexo, devem ter durabilidade
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), e mínima de três anos e validade do teste
sua fabricação, capacidade e durabilidade devem hidrostático de cinco anos da data de fabricação; e
atender, no mínimo, às especificações do Anexo III - nos veículos de transporte de produtos
desta Resolução. perigosos, o uso e obrigatoriedade de extintores
§ 1º Os veículos automotores obrigados a utilizar o de incêndio também devem obedecer a legislação
extintor de incêndio só podem circular especifica da Agência Nacional de Transportes
equipados com extintores de incêndio com Terrestres (ANTT).
carga de pó ABC, ressalvado o disposto no § 3º. Art. 7º As autoridades de trânsito ou seus agentes
§ 2º Os proprietários de automóveis, utilitários, devem fiscalizar os extintores de incêndio nos
camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine veículos em que seu uso é obrigatório, verificando
fechada, que optarem pela utilização do extintor os seguintes itens:
de incêndio, devem utilizar extintores de I - o indicador de pressão não pode estar na faixa
incêndio com carga de pó ABC, ressalvado o vermelha;
disposto no § 3º. II - integridade do lacre;
§ 3º Os veículos de que trata esta Resolução III - presença da marca de conformidade do
podem circular com extintor de incêndio com carga INMETRO;
de pó ABC ou outro tipo de agente extintor, desde IV - os prazos de durabilidade e da validade do
que o agente utilizado seja adequado às três teste hidrostático;
classes de fogo e que sejam atendidos os V - aparência geral externa em boas condições
requisitos de capacidade extintora mínima (sem ferrugem, amassados ou outros danos); e
previstos na tabela do Anexo desta Resolução. VI - local da instalação do extintor de incêndio.
§ 4º Os extintores de incêndio substituídos devem Art. 8º O descumprimento do disposto nesta
ser coletados e destinados conforme legislação Resolução sujeita o infrator à aplicação das
ambiental vigente. sanções previstas no art. 230, incisos IX e X, do
Art. 4º O rótulo dos extintores de incêndio deve CTB.
conter, no mínimo: Parágrafo único. As situações infracionais
I - a informação: "Dentro do prazo de validade do descritas no caput não afastam a possibilidade de
extintor, o usuário/proprietário do veículo deve aplicações de outras penalidades previstas no
efetuar inspeção visual mensal no equipamento, CTB.
Art. 9º Ficam revogadas as Resoluções no Anexo I.
CONTRAN: Art. 5º Ficam convalidados os cursos
I - nº 157, de 22 de abril de 2004; especializados realizados durante a vigência da
II - nº 223, de 09 de fevereiro de 2007; Resolução CONTRAN nº 410, de 2 de agosto de
III - nº 272, de 14 de março de 2008; 2012.
IV - nº 333, de 06 de novembro de 2009; Art. 6º Ficam revogadas as Resoluções
V - nº 516, de 29 de janeiro de 2015; CONTRAN:
VI - nº 521, de 25 de março de 2015; I - nº 410, de 2 de agosto de 2012; e
VII - nº 536, de 17 de junho de 2015; e II - nº 414, de 09 de agosto de 2012.
VIII - nº 556, de 17 de setembro de 2015. Art. 7º Esta Resolução entra em vigor em 1º de
Art. 10. Esta resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022
abril de 2022.
ANEXO I

Carga horária, requisitos para matrícula, estrutura


curricular, abordagem didático-pedagógica e
disposições gerais dos cursos
1. Carga horária 30 (trinta) horas-aula.
2. Requisitos para matrícula
2.1 Ter completado 21 (vinte e um) anos.
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 930/2022
2.2 Estar habilitado no mínimo, há 2 (dois) anos na
categoria "A".
Dispõe sobre a regulamentação do curso
2.3 Não estar cumprindo pena de suspensão do
especializado obrigatório destinado aos
direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de
profissionais em transporte de passageiros
Habilitação (CNH), decorrente de crime de
(mototaxista) e em entrega de mercadorias
trânsito, bem como estar impedido judicialmente
(motofretista) que exerçam atividades
de exercer seus direitos.
remuneradas na condução de motocicletas e
3. Estrutura curricular
motonetas

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a


regulamentação do curso especializado obrigatório
destinado aos profissionais em transporte de
passageiros (mototaxista) e em entrega de
mercadorias (motofretista), que exerçam
atividades remuneradas na condução de
motocicletas e motonetas. 3.1 Módulo I – Básico
Parágrafo único. O curso de que trata o caput
será válido em todo o território nacional.
Art. 2º O curso, na forma desta Resolução, será
ministrado pelo órgão executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal ou por órgãos,
entidades e instituições por ele autorizados.
Art. 3º A grade curricular e as disposições gerais
do curso especializado a que se refere esta
Resolução constam do Anexo I.
Art. 4º Ficam reconhecidos os cursos específicos,
destinados a motofretistas e a mototaxistas, que
tenham sido ministrados por órgãos ou entidades
do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), por
entidades por eles credenciadas e pelas
instituições vinculadas ao Sistema S, concluídos
até 03 de agosto de 2012, respeitando-se a
periodicidade para o curso de atualização previsto
3.2 Módulo II - Específico permanente que deve ser feita no decorrer do
3.2.1 Motofretista curso, por meio de observações contínuas durante
a realização das aulas e das atividades,
considerando a participação e a produtividade de
cada participante. Entretanto, ao final dos módulos
I e II, realizados nas modalidades presencial ou à
distância, deverá ser aplicada pela instituição ou
entidade pública ou privada ou ainda pelo centro
de formação de condutores responsável pelo
curso uma prova de avaliação, no formato
eletrônico, na forma estabelecida em normativo
3.2.2 Mototaxista específico do CONTRAN, ou no formato escrito,
com 30 questões de múltipla escolha, com 4
(quatro) alternativas, utilizando obrigatoriamente o
banco de questões fornecido pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União. Na aplicação das
provas, em qualquer das modalidades, deverá ser
adotado o processo randômico na distribuição das
alternativas, de forma a impedir a ocorrência de
provas idênticas numa mesma turma.
A avaliação prática deverá ser realizada ao final
do Módulo III (Prática de Pilotagem Profissional).
3.3 Módulo III - Prática de Pilotagem Profissional Caberá ao instrutor elaborar uma lista de
3.3.1 Motofretista checagem, conforme orientações contidas no
Manual de Prática de Pilotagem Profissional, a fim
de avaliar as condições para a pilotagem segura
de cada um dos participantes.
5. Disposições Gerais
5.1 A carga horária total do curso é de 30
horas/aula, sendo 20 horas/aula destinadas ao
Módulo I (Básico), 5 horas/aula ao Módulo II
3.2 Mototaxista
(Específico) e 5 horas/aula ao Módulo III (Prática
de Pilotagem Profissional).
5.2 Considera-se hora/aula o período igual a 50
(cinquenta) minutos.
5.3 A carga horária presencial diária será
organizada de forma a atender as peculiaridades e
necessidades da clientela, não podendo exceder,
4. Abordagem didático-pedagógica: As aulas em regime intensivo, 10 horas/aula por dia.
teóricas devem ser dinâmicas, levando em 5.4 O profissional que queira exercer as atividades
consideração os conhecimentos prévios dos de motofretista e de mototaxista, ao mesmo
participantes e suas diferenças culturais e de tempo, deverá realizar um curso com carga
aprendizagem. É importante ressaltar que além de horária total para receber a certificação em uma
informações, os conteúdos indicados na grade atividade e, posteriormente, a qualquer tempo,
curricular devem possibilitar discussões frequentar apenas 5 horas/aula do Módulo II
permanentes que favoreçam a aquisição de (Específico) e 5 horas/aula do Módulo III (Prática
valores, posturas e atitudes de cidadania no de Pilotagem Profissional) com respectivas
trânsito. avaliações.
A aula de prática de pilotagem, ministrada e 5.5 O curso será ministrado por profissionais
acompanhada pelo instrutor, deverá ser realizada habilitados em cursos de instrutores de trânsito
individualmente no veículo, conforme a carga e/ou por profissionais que tenham formação
horária determinada no item 3 (três) deste Anexo. (técnica ou superior) afim às disciplinas.
A avaliação da aprendizagem é um processo 5.6 Será considerado aprovado no curso, o
participante que tiver 100% (cem por cento) de
frequência e, no mínimo, 70% (setenta por cento)
de acerto nas questões relativas ao conteúdo
teórico e 70% (setenta por cento) na avaliação
prática. Em caso de reprovação, o participante
terá prazo máximo de 30 (trinta) dias para realizar
nova avaliação.
5.7 Os certificados serão emitidos pelos órgãos,
entidades ou instituições autorizadas que
ministrarem o curso.
5.8 O número máximo de participantes, por turma, 1.2 Mototaxista
deverá ser de 30 (trinta) alunos.
5.9 Para a realização das aulas e da avaliação do
Módulo III (Prática de Pilotagem Profissional), a
instituição disponibilizará veículos equipados em
conformidade à legislação vigente.
5.10 O motociclista profissional realizará curso de
atualização a cada 5 (cinco) anos, conforme grade
curricular disposta no Anexo II desta Resolução.
O curso de atualização deverá coincidir com a
data de validade de renovação da CNH.
5.11.1 A fim de compatibilizar prazos e de não
ensejar ônus aos motociclistas profissionais, os
cursos realizados antes da data de entrada em
vigor desta Resolução terão sua validade
estendida até a data limite da segunda realização
dos exames de aptidão física e mental,
necessários à renovação da CNH.
5.12 Os motociclistas profissionais aprovados no
curso especializado e que realizarem a
atualização exigida terão os dados
correspondentes registrados em seu cadastro pelo
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
ou do Distrito Federal, informando-os no campo
"observações" da CNH. RESOLUÇÃO Nº 940/2022
5.13 Em curso presencial ministrado pelo órgão ou
entidade executivo de trânsito do estado ou do Disciplina o uso de capacete para condutor e
distrito federal, ou instituição/entidade por ele passageiro de motocicletas, motonetas,
credenciado, com frequência integral comprovada, ciclomotores, triciclos motorizados e
5.14 Em curso na modalidade à distância/ quadriciclos motorizados.
semipresencial, sendo o módulo I (básico) e II
(específico) à distância e o módulo III (prático), Art. 1º Esta Resolução disciplina o uso de
deverá ser realizado na modalidade presencial. capacete de segurança para condutor e
passageiro de motocicletas, motonetas,
ANEXO II ciclomotores, triciclos motorizados e quadriciclos
motorizados.
Parágrafo único. As disposições desta Resolução
Curso de atualização destinado aos profissionais não se aplicam aos triciclos com cabine
em transporte de passageiro (mototaxista), em fechada e quadriciclos com cabine fechada.
entrega de mercadorias (motofretista) que Art. 2º É obrigatório, para circular nas vias
exerçam atividades remuneradas na condução de públicas, o uso de capacete motociclístico pelo
motocicletas e motonetas. condutor e passageiro de motocicleta, motoneta,
1. Grade curricular ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo
1.1 Motofretista motorizado, devidamente afixado à cabeça pelo
conjunto formado pela cinta jugular e engate, por
debaixo do maxilar inferior. restabelecida à posição frontal aos olhos quando o
§ 1º O capacete motociclístico deve estar veículo for colocado em movimento;
certificado por organismo acreditado pelo Instituto II - a viseira deve estar abaixada de tal forma que
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia possibilite a proteção total frontal aos olhos,
(INMETRO), de acordo com regulamento de considerando-se um plano horizontal, permitindo-
avaliação da conformidade por ele aprovado. se, no caso dos capacetes com queixeira,
§ 2º Capacetes com numeração superior a 64 pequena abertura de forma a garantir a circulação
(sessenta e quatro) estão dispensados da de ar; e
certificação compulsória quando adquiridos por III - no caso dos capacetes modulares, além da
pessoa física no exterior. viseira, conforme inciso II, a queixeira deve estar
Art. 3º Para fiscalização do cumprimento desta totalmente abaixada e travada.
Resolução, as autoridades de trânsito ou seus IV - no caso dos capacetes modulares
agentes devem observar: escamoteáveis, cuja queixeira pode ser rebatida
I - se o capacete motociclístico utilizado é para trás, esta deve estar totalmente abaixada e
certificado pelo INMETRO; travada na posição frontal ou traseira, além da
II - se o capacete motociclístico está devidamente viseira estar disposta conforme inciso II.
afixado à cabeça; § 4º No período noturno, é obrigatório o uso de
III - a aposição de dispositivo retrorrefletivo de viseira no padrão cristal.
segurança nas partes laterais e traseira do § 5º É proibida a aposição de película na viseira
capacete motociclístico, conforme especificado no do capacete e nos óculos de proteção.
item I do Anexo; Art. 5º O descumprimento do disposto nesta
IV - a existência do selo de identificação da Resolução implicará, conforme o caso, na
conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna aplicação ao infrator das penalidades e medidas
com a logomarca do INMETRO, especificada na administrativas previstas no Código de Trânsito
norma da Associação Brasileira de Normas Brasileiro - CTB:
Técnicas (ABNT) NBR 7.471, podendo esta ser I - art. 169: quando dirigir ou conduzir passageiro
afixada no sistema de retenção; e sem o capacete estar devidamente fixado à
V - o estado geral do capacete, buscando avarias cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e
ou danos que identifiquem a sua inadequação engate, por debaixo do maxilar inferior; de
para o uso. tamanho inadequado ou no caso de queixeira não
Parágrafo único. Os requisitos descritos nos abaixada ou travada.
incisos III e IV aplicam-se aos capacetes II - art. 230, inciso X: quando dirigir ou conduzir
fabricados a partir de 1º de agosto de 2007. passageiro com o capacete fora das
Art. 4º O condutor e o passageiro de motocicleta, especificações contidas no art. 2º, exceto inciso II,
motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e combinado com o Anexo;
quadriciclo motorizado, para circular na via III - art. 244, inciso I ou II: quando dirigir ou
pública, deve utilizar capacete com viseira, ou conduzir passageiro sem o uso de capacete
na ausência desta, óculos de proteção, em boas motociclístico, capacete não encaixado na cabeça
condições de uso. ou uso de capacete indevido, conforme Anexo; e
§ 1º Entende-se por óculos de proteção aquele IV - art. 244, inciso X ou XI: quando dirigir ou
que permite ao usuário a utilização simultânea de conduzir passageiro utilizando capacete de
óculos corretivos ou de sol. segurança sem viseira ou óculos de proteção ou
§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos com viseira ou óculos de proteção em desacordo
corretivos ou de segurança do trabalho (EPI) de com Anexo.
forma singular, em substituição aos óculos de Parágrafo único. Os tipos infracionais e as
proteção. situações descritas nos incisos e alíneas deste
§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a artigo não afastam a possibilidade de aplicação de
viseira ou óculos de proteção devem estar outras infrações, penalidades e medidas
posicionados de forma a dar proteção total aos administrativas previstas no CTB.
olhos, observados os seguintes critérios: Art. 6º As especificações dos capacetes
I - quando o veículo estiver imobilizado na via, motociclísticos, viseiras, óculos de proteção e
independentemente do motivo, a viseira pode ser acessórios estão contidas no Anexo desta
totalmente levantada, devendo ser imediatamente Resolução.
Art. 7º O Anexo desta Resolução encontra-se deverão estar devidamente ancorados e atender
disponível no sitio eletrônico do órgão máximo aos requisitos desta Resolução ou de outras
executivo de trânsito da União. resoluções do Contran que regulamentem o
transporte de tipos específicos de carga, conforme
RESOLUÇÃO 955/22 o caso; e
IX - não se sobressaiam ou se projetem além do
Dispõe sobre o transporte de cargas ou veículo pela frente.
bicicletas nas partes externas dos veículos dos Parágrafo único. É responsabilidade do
tipos automóvel, caminhonete, camioneta e condutor do veículo verificar periodicamente
utilitário. durante o percurso se as cargas se mantém
amarradas, ancoradas e acondicionadas,
tomando as medidas necessárias para garantir a
CAPITULO I
segurança do transporte, inclusive quanto ao
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
tensionamento da amarração.
Art. 4º Para o transporte de cargas ou bicicletas
Art. 2º O transporte de cargas e de bicicletas
será proibido ultrapassar as dimensões
nas partes externas dos veículos de que trata
autorizadas para veículos estabelecidas na
esta Resolução deve respeitar:
Resolução do CONTRAN que estabelece os
I - o peso máximo especificado para o veículo pelo
limites de pesos e dimensões.
fabricante ou pela regulamentação;
§ 1º A altura de cargas transportadas no
II - as condições, especificações e restrições de
compartimento de carga de caminhonetes e
instalação de bagageiro ou de suporte
utilitários, medida a partir do plano de apoio das
estabelecidas pelo fabricante do veículo; e
rodas, está limitada a duas vezes a largura do
III - as especificações de instalação e o limite de
veículo, respeitados os limites máximos previstos
peso estabelecidos pelo fabricante do bagageiro
no caput. (Figura 1 do Anexo)
ou do suporte.
§ 2º Para a realização do transporte de cargas
Parágrafo único. Não devem ser instalados
disciplinado por esta Resolução não se faz
bagageiros ou suportes em veículos cujo
necessária a obtenção de Autorização Especial
fabricante não recomende ou proíba a sua
de Trânsito - AET.
instalação.
§ 3º É vedada, em qualquer hipótese, a
Art. 3º A carga ou a bicicleta, transportada nas
concessão de AET para o transporte de cargas ou
partes externas dos veículos, deverá estar
bicicletas nas partes externas dos veículos
devidamente acondicionada, amarrada e
classificados nas espécies automóvel,
ancorada de modo que:
caminhonete, camioneta e utilitário.
I - não coloque em perigo as pessoas nem cause
Art. 5º Nos casos em que o transporte de carga
danos a propriedades públicas ou privadas;
indivisível ou de bicicleta nas partes externas do
II - não seja derramada, lançada ou arrastada
veículo resultar no encobrimento, total ou parcial,
sobre a via;
quer seja da sinalização traseira do veículo, quer
III - não atrapalhe a visibilidade a frente do
seja de sua placa traseira, será obrigatório o uso
condutor nem comprometa a estabilidade ou
de régua de sinalização e, respectivamente, de
condução do veículo;
segunda placa traseira de identificação fixada
IV - não provoque ruído nem poeira;
àquela régua ou à estrutura do veículo (Figura 2
V - não oculte as luzes, incluídas as luzes de freio
do Anexo).
e os indicadores de direção e os dispositivos
§ 1º Régua de sinalização é o acessório com
refletores; ressalvada, entretanto, a ocultação da
características físicas e de forma semelhante a um
lanterna de freio elevada (categoria S3);
para-choque traseiro, devendo ter no mínimo um
VI - não exceda a largura máxima do veículo;
metro de largura e no máximo a largura do
VII - não ultrapasse as dimensões autorizadas
veículo, excluídos os retrovisores, e possuir
para veículos estabelecidas em Resolução do
sistema de sinalização paralelo, energizado e
CONTRAN que estabeleça os limites de pesos e
semelhante em conteúdo, quantidade, finalidade e
dimensões;
funcionamento ao do veículo em que for instalado.
VIII - todos os acessórios, tais como cabos,
§ 2º A régua de sinalização deverá ter sua
correntes, lonas, grades, redes ou outros que
superfície coberta com faixas retrorrefletivas
sirvam para acondicionar, proteger e fixar a carga
oblíquas, com inclinação de 45 graus em relação
ao plano horizontal e 50,0 +/- 5,0 mm de largura, II - as cargas que sobressaiam ou se projetem
nas cores branca e vermelha refletiva, idênticas às além do veículo para trás, deverão estar bem
dispostas nos para-choques traseiros dos veículos visíveis e sinalizadas e, no período noturno, essa
de carga. sinalização deverá ser feita por meio de uma luz
§ 3º A fixação da régua de sinalização deve ser vermelha e um dispositivo refletor de cor
feita no veículo, de forma apropriada e segura, por vermelha;
braçadeiras, engates, encaixes e/ou parafusos, III - o balanço traseiro não deve exceder 60% do
podendo ainda ser utilizada a estrutura de valor da distância entre os dois eixos do veículo.
transporte de carga ou seu suporte. (Figura 6 do Anexo)
§ 4º A segunda placa de identificação deverá Parágrafo único. Será admitida a circulação do
atender aos critérios contidos na Resolução do veículo com compartimento de carga aberto
CONTRAN que dispõe sobre o sistema de Placas apenas durante o transporte de carga
de Identificação de Veículos - PIV. indivisível que ultrapasse o comprimento da
§ 5º Fica dispensado da utilização de régua de caçamba ou do compartimento de carga.
sinalização o veículo que possuir extensor de
caçamba. CAPÍTULO III
§ 6º Extensor de caçamba é o acessório que DAS REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE
permite a circulação do veículo com a tampa do DE BICICLETAS NAS PARTES EXTERNAS DOS
compartimento de carga aberta, para impedir a VEÍCULOS
queda da carga na via, sem comprometer a
sinalização traseira. Art. 8º A bicicleta poderá ser transportada na parte
posterior externa ou sobre o teto, desde que fixada
CAPÍTULO II em dispositivo apropriado, móvel ou fixo, aplicado
DAS REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE diretamente ao veículo ou acoplado ao gancho
DE CARGAS NAS PARTES EXTERNAS DOS de reboque.
VEÍCULOS § 1º O transporte de bicicletas na caçamba de
caminhonetes deverá respeitar o disposto no
Art. 6º Nos veículos dos tipos automóvel, Capítulo II desta Resolução.
caminhonete, camioneta e utilitário, permite-se o § 2º Na hipótese da bicicleta ser transportada
transporte de cargas acondicionadas em sobre o teto, não se aplica a altura especificada no
bagageiros ou presas a suportes apropriados § 2º do art. 6º.
devidamente afixados na parte superior Art. 9º O dispositivo para transporte de bicicletas
externa da carroçaria. para aplicação na parte externa dos veículos
§ 1º O fabricante do bagageiro ou do suporte deve deverá ser fornecido com instruções precisas
informar as condições de fixação da carga na sobre:
parte superior externa da carroçaria. I - forma de instalação, permanente ou
§ 2º As cargas, já considerada a altura do temporária, do dispositivo no veículo;
bagageiro ou do suporte, deverão ter altura II - modo de fixação da bicicleta ao dispositivo
máxima de cinquenta centímetros e suas de transporte;
dimensões não devem ultrapassar o comprimento III - quantidade máxima de bicicletas
da carroçaria e a largura da parte superior da transportados, com segurança; e
carroçaria. (Figuras 3 e 4 do Anexo) IV - cuidados de segurança durante o
Art. 7º Nos veículos dos tipos caminhonete e transporte de forma a preservar a segurança do
utilitário, será admitido o transporte de carga trânsito, do veículo, dos passageiros e de
indivisível além dos limites do compartimento de terceiros.
carga, respeitados os seguintes preceitos: Parágrafo único. O dispositivo de que trata o
I - a porção das cargas indivisíveis transportadas caput destina-se exclusivamente ao transporte de
no compartimento de carga que venham a se bicicletas, sendo vedado o seu uso para
projetar sobre o teto do veículo devem obedecer a transporte de qualquer outro tipo de carga.
altura máxima de cinquenta centímetros e suas Art. 10. Para efeito desta Resolução, a bicicleta é
dimensões não devem ultrapassar a largura da considerada carga indivisível.
parte superior da carroçaria; (Figura 5 do Anexo)
CAPÍTULO IV ANEXO
DAS INFRAÇÕES FIGURAS ILUSTRATIVAS

Art. 11. O descumprimento do disposto nesta


Resolução implicará, conforme o caso, na
aplicação ao infrator das penalidades e medidas
administrativas previstas no Código de Trânsito
Brasileiro - CTB:
I - art. 169: transportar cargas ou bicicletas sem
estar devidamente amarradas, ancoradas e
acondicionadas, ou sem tomar as medidas
necessárias para garantir a segurança do
transporte, inclusive quanto ao tensionamento da
amarração;
II - art. 230, inciso IV: veículo sem a segunda
placa de identificação, nos casos em que esta seja
obrigatória;
III - art. 231, inciso II, alínea “a”: transitar com o
veículo derramando, lançando ou arrastando
sobre a via, carga que esteja transportando;
IV - art. 231, inciso IV: LEGENDA:
a) transitar com o veículo, com suas dimensões ou h ≤ (2 x l), onde:
de sua carga superiores aos limites estabelecidos h = altura máxima da carga, medida a partir do
em regulamentação do CONTRAN; plano de apoio das rodas do veículo
b) transportar carga em compartimento de carga l = largura do veículo, considerada a sua
de caminhonetes e utilitários com altura superior a constituição estrutural e excluídos os retrovisores
duas vezes a largura do veículo; e
V - art. 235: Figura 2
a) transportar cargas, bagagens ou bicicletas que Régua de sinalização traseira.
se sobressaiam para a frente do veículo ou que
excedam os limites laterais do veículo, quando as
dimensões forem menores do que as previstas na
Resolução do CONTRAN que estabelece os
limites de pesos e dimensões;
b) transportar carga indivisível em desacordo com
o art. 7º, desde que as dimensões do veículo ou
sua carga não ultrapassem os limites
estabelecidos pela Resolução do CONTRAN que
estabelece os limites de pesos e dimensões.
Parágrafo único. Os tipos infracionais e as
situações descritas nos incisos e alíneas deste
artigo não afastam a possibilidade de aplicação de
outras infrações, penalidades e medidas
administrativas previstas no CTB.

LEGENDA:
X ≤ Y; e Z ≤ 50 cm, onde:
X = comprimento da carga;
Y = comprimento da carroçaria; e
Z = altura máxima.
Figura 4
Carga transportada simultaneamente no
compartimento de carga e na parte superior
externa da carroçaria de caminhonetes e RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 958/2022
utilitários.
Dispõe sobre os limites de emissões de gases
e partículas pelo escapamento de veículos
automotores, sua fiscalização pelos agentes de
trânsito, requisitos de controle de gases do
cárter e sons produzidos por equipamentos
utilizados em veículos.

CAPÍTULO I
DOS LIMITES DE EMISSÕES DA EMISSÃO DE
GASES

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os limites de


emissões de gases e partículas pelo escapamento
de veículos automotores, sua fiscalização pelos
agentes de trânsito, requisitos de controle de
gases do cárter e sons produzidos por
equipamentos utilizados em veículos.
Art. 2º Os limites de emissões de gases,
partículas e os procedimentos de fiscalização a
serem praticados pelos órgãos de trânsito,
estabelecidos pela Resolução do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 418, de
25 de novembro de 2009, e suas sucedâneas,
deverão observar o disposto neste capítulo.
Art. 3º Para os veículos com motor do ciclo Otto,
os limites máximos de emissão de escapamento
Figura 6
de CO corrigido e HC corrigido , de diluição e da
Transporte de carga indivisível em caminhonetes e
velocidade angular do motor são os definidos nas
utilitários com a tampa do compartimento de carga
Tabelas 1 e 2:
aberta.
Tabela 1 - Limites máximos de emissão de CO
corrigido , em marcha lenta e a 2500 rpm para
veículos automotores com motor do ciclo Otto.

LEGENDA:
B ≤ 0,6 x A, onde:
Tabela 2 - Limites máximos de emissão de HC
B = Balanço traseiro; e
corrigido , em marcha lenta e a 2500 rpm para
A = distância entre os dois eixos.
veículos com motor do ciclo Otto.
exceder os limites mínimo de 700 rpm e máximo
de 1400 rpm.
Art. 5º Para os veículos automotores do ciclo
Diesel, os limites máximos de opacidade em
§ 1º Para os casos de veículos que utilizam aceleração livre são os valores certificados e
combustíveis líquido e gasoso, serão divulgados pelo fabricante. Para veículos
considerados os limites de cada combustível. automotores do ciclo Diesel que não tiverem seus
§ 2º A velocidade angular de marcha lenta deverá limites máximos de opacidade em aceleração livre
estar na faixa de 600 a 1200 rpm e ser estável divulgados pelo fabricante, são os estabelecidos
dentro de ± 100 rpm. nas Tabelas 5 e 6.
§ 3º A velocidade angular em regime acelerado de Tabela 5 - Limites máximos de opacidade em
2500 rpm deve ter tolerância de ± 200 rpm. aceleração livre de veículos não abrangidos pela
§ 4º O fator de diluição dos gases de escapamento Resolução CONAMA 16/95 (anteriores a ano-
deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do fator modelo 1996)
de diluição ser inferior a 1,0, este devera ser
considerado como igual a 1,0, para o cálculo dos
valores corrigidos de CO e HC.
(1) LDA é o dispositivo de controle da bomba
Art. 4º Para os motociclos e similares, com motor
injetora de combustível para adequação do seu
do ciclo Otto, os limites máximos de emissão de
debito a pressão do turboalimentador.
escapamento de CO corrigido e HC corrigido , são os
Tabela 6 - Limites de opacidade em aceleração
definidos nas Tabelas 3 e 4.
livre de veículos a diesel posteriores a vigência da
Tabela 3 - Limites máximos de emissão de
Resolução CONAMA 16/95 (ano-modelo 1996 em
CO corrigido , HC corrigido em marcha lenta e de fator
diante)
de diluição(1) para motociclos e veículos similares
com motor do ciclo Otto de 4 tempos(2)

Art. 6º Os requisitos técnicos que regulamentam


os procedimentos para a fiscalização de veículos
do ciclo Diesel e do ciclo Otto, motociclos e
(1) O fator de diluição deve ser no Máximo de 2,5. assemelhados do ciclo Otto são os constantes dos
(2) Os limites de emissão de gases se aplicam Anexos I, II, III e IV.
somente aos motociclos e veículos similares
equipados com motor do ciclo Otto de quatro CAPÍTULO II
tempos. DA FISCALIZAÇÃO DA EMISSÃO DE GASES
cc: Capacidade volumétrica do motor em
cilindrada ou cm . Art. 7º Para fins de fiscalização, aplicação de
Tabela 4 - Limites máximos de emissão de CO penalidades e medidas administrativas, quanto
corrigido , HC corrigido em marcha lenta e de fator de aos níveis de gases, partículas poluentes e ruídos
diluição(1) para motociclos e veículos similares dos veículos em circulação, serão observados os
com motor do ciclo Otto de 4 tempos(2), cujos índices estabelecidos pelo CONAMA.
fabricantes comprovarem a homologação com Parágrafo único. Os órgãos de trânsito e seus
valores superiores aos estipulados na Tabela 3 agentes devem observar os limites de emissões
de gases, partículas e os procedimentos de
fiscalização constantes da Instrução Normativa do
§ 1º O fator de diluição dos gases de escapamento Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do fator Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) nº 6/2010
de diluição ser inferior a 1,0, este devera ser e suas alterações e sucedâneas, nos termos desta
considerado como igual a 1,0, para o cálculo dos Resolução.
valores corrigidos de CO e HC.
§ 2º A velocidade angular de marcha lenta devera
ser estável dentro de uma faixa de 300 rpm e não
Seção I qualquer valor situado fora do intervalo de 30 % a
Dos Equipamentos de Fiscalização e 35 % de concentração de ureia medido através de
Preenchimento do Auto de Infração de Trânsito refratômetro digital, quando aplicável.

Art. 8º Sem prejuízo de outras exigências Seção II


estabelecidas pelo CONAMA e pelo Instituto Da Fiscalização de Veículos Diesel com PBT
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia acima de 3.856 kg, produzidos a partir de 2012
(INMETRO), os equipamentos utilizados para
fiscalização metrológica de que trata esta Art. 10. A fiscalização do sistema destinado ao
Resolução devem obedecer, no mínimo, aos controle de emissão de gases poluentes, para os
seguintes requisitos: veículos pesados com motorização ciclo Diesel,
I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; e produzidos a partir de 2012, será realizada de
II - ser aprovado na verificação metrológica inicial, acordo com as disposições desta seção, usando
eventual, em serviço e periódica, realizadas de as seguintes definições:
acordo com a regulamentação metrológica I - Sistema destinado ao controle de emissão
vigente. de gases poluentes: sistema destinado a atender
§ 1º A verificação metrológica periódica deverá ser os limites de emissões definidos pela fase P7 do
realizada com a seguinte periodicidade máxima: Programa de Controle da Poluição do Ar por
a) seis meses, no caso de equipamento para Veículos Automotores (PROCONVE) e suas fases
medição de poluentes em motores do ciclo Otto; e sucedâneas, utilizando atualmente a tecnologia
b) doze meses, no caso de equipamento para SCR (Selective Catalytic Reduction) ou catalisador
medição de poluentes em motores do ciclo Diesel. de redução seletiva ou EGR (Exhaust Gas
§ 2º Caso configurem infração, os resultados Recirculation) ou recirculação de gases de
obtidos na medição devem ser impressos e escapamento;
juntados ou transcritos para o Auto de Infração de II - Redução Catalítica Seletiva - SCR : sistema
Trânsito (AIT). composto por software de funcionamento, OBD,
§ 3º A fiscalização da concentração de ureia do LIM, sensores, sondas, reservatório de Arla 32,
Agente Redutor Líquido NOx Automotivo na unidade de injeção do Arla 32, unidade de controle
concentração de 32,5% (Arla 32) em uso nos de dosagem, catalisador, sistema de escapamento
reservatórios dos veículos, com utilização de entre outros;
equipamento metrológico, pode ser realizada III - EGR: sistema composto por software de
pelos agentes de fiscalização de trânsito. funcionamento, OBD, LIM, sensores, filtros de
Art. 9º O AIT, além das demais exigências partículas, catalisador, sistema de escapamento
contidas em normas específicas, deve ser entre outros;
preenchido, no mínimo, com as seguintes IV - Arla 32: é a abreviação para Agente Redutor
informações: Líquido de NOx Automotivo, solução aquosa
I - medição realizada: resultado obtido pelo composta por água desmineralizada e ureia em
equipamento de medição no momento da grau industrial, com características e
fiscalização; especificações definidas na Instrução Normativa
II - valor considerado: valor considerado para do IBAMA nº 23, de 11 de julho de 2009, com
infração, obtido subtraindo-se o erro máximo concentração de 32,5% ureia técnica de alta
admissível da medição realizada; pureza em água desmineralizada, podendo conter
III - limite regulamentado:limite máximo permitido traços de biureto e presença limitada de aldeídos
de acordo com as normas do CONAMA; e outras substâncias, reagente, usado para o
IV - nome, marca, modelo e número de série do controle da emissão de óxidos de nitrogênio (NOx)
equipamento utilizado na fiscalização; e no gás de escapamento dos veículos e motores
V - data da última verificação metrológica. diesel equipados com os sistemas de SCR;
§ 1º O erro máximo admissível é o limite de erro V - Lâmpada indicadora de mau funcionamento
aceitável pela regulamentação metrológica na (LIM): é o meio visível que informa ao condutor do
verificação metrológica dos equipamentos de veículo e ao agente de trânsito um mau
medição. funcionamento do sistema de controle de
§ 2º No caso de fiscalização da concentração de emissões;
ureia do Arla 32, o valor considerado será VI - Sistema OBD: Sistema de Autodiagnose de
Bordo utilizado no controle de emissões com a CAPÍTULO III
capacidade de detectar a ocorrência de falhas e DOS REQUISITOS DE CONTROLE DE
de identificar sua localização provável por meio de EMISSÃO DE GASES DO CÁRTER DE
códigos de falha armazenados na memória do MOTORES VEICULARES
sistema eletrônico do gerenciamento do motor e
transferilos a um equipamento computadorizado; Art. 15. Os veículos automotores produzidos ou
VII - Veículo pesado: veículo automotor para o importados de quatro ou mais rodas, com peso
transporte de passageiros e/ou carga, com massa superior a 400 kg e velocidade máxima superior a
total máxima autorizada maior que 3.856 kg (três 50 km/h, movidos a gasolina, devem ser dotados
mil oitocentos e cinquenta e seis quilogramas) ou de sistema de controle de emissão dos gases do
massa do veículo em ordem de marcha maior que cárter do motor que atenda às exigências
2.720 kg (dois mil setecentos e vinte quilogramas), estabelecidas no Anexo V.
projetado para o transporte de passageiros e/ou Art. 16. A conformidade de modelo do veículo com
carga; as exigências constantes do Anexo V será
VIII - Negro de Eriocromo T: reagente indicador comprovada por atestado emitido próprio
de complexação, o qual indica com fidedignidade fabricante, importador ou por instituto
a utilização de água comum, com presença de especializado, por meio de ensaios realizados em
minerais, água não desmineralizada, situação em seus laboratórios.
que a reação apresenta a cor entre o rosa e o
violeta, e a cor azul quando utilizada água
CAPÍTULO IV
desmineralizada, isenta de minerais. DA FISCALIZAÇÃO DE SONS PRODUZIDOS
Art. 11. A fiscalização do sistema destinado ao POR EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM
controle de emissão de gases poluentes, pode ser
VEÍCULOS
realizada mediante inspeção visual, utilização de
leitor de OBD, ou da LIM no painel do veículo.
Art. 17. Fica proibida a utilização, em veículos de
Parágrafo único. A fiscalização descrita no caput
qualquer espécie, de equipamento que produza
não restringe ou impede a fiscalização dos limites
som audível pelo lado externo,
de emissões por meio de outros equipamentos
independentemente do volume ou frequência, que
para medição de emissões poluentes,
perturbe o sossego público, nas vias terrestres
regulamentados nesta Resolução ou outro
abertas à circulação.
dispositivo legal que venha a complementá-la.
Parágrafo único. O agente de trânsito deve
Art. 12. Os agentes de fiscalização de trânsito
registrar, no campo de observações do AIT, a
podem realizar coleta do líquido do reservatório
forma de constatação do fato gerador da infração.
de Arla 32 do veículo para posterior análise
Art. 18. Excetuam-se do disposto no art. 16 os
pericial.
ruídos produzidos por:
Art. 13. A verificação do líquido em uso no
I - buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha a ré,
reservatório de Arla 32 do veículo pode também
sirenes, pelo motor e demais componentes
ser realizada por meio do uso de teste
obrigatórios do próprio veículo;
colorimétrico utilizando o reagente Negro de
lI - veículos prestadores de serviço com emissão
Eriocromo T.
sonora de publicidade, divulgação, entretenimento
Art. 14. É proibida a alteração do reservatório
e comunicação, desde que estejam portando
original e do sistema de injeção de Arla 32.
autorização emitida pelo órgão ou entidade local
Parágrafo único. A viabilidade de instalação de
competente;
reservatório adicional de Arla 32 deverá ser objeto
III - veículos de competição e os de
de estudo no âmbito da Câmara Temática de
entretenimento público, somente nos locais de
Assuntos Veiculares, Ambientais e Transporte
competição ou de apresentação devidamente
Rodoviário (CTVAT).
estabelecidos e permitidos pelas autoridades
competentes.

CAPÍTULO V
DAS SANÇÕES

Art. 19. O descumprimento do disposto nesta


Resolução implicará, conforme o caso, na Art. 21. Os atos administrativos decorrentes da
aplicação ao infrator das penalidades e medidas presente Resolução não elidem as punições
administrativas previstas no CTB: originárias de ilícitos penais, conforme disposições
I - art. 228: veículo utilizando equipamento com de Lei.
som em volume ou frequência em desacordo com
o permitido nesta Resolução; CAPÍTULO VI
II - art. 229: veículo utilizando aparelho de alarme DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
ou que produza sons e ruído que perturbem o
sossego público, em desacordo com o permitido Art. 22. Os Anexos desta Resolução encontram-
nesta Resolução; se disponíveis no sítio eletrônico do órgão máximo
III - art. 230, inciso IX: executivo de trânsito da União.
a) identificação, por meio de leitor de OBD, de Art. 23. Fica revogada a observação 9 do anexo V
emissão de NOx superior a 3,5 g/kWh por mais de da Resolução CONTRAN nº 916, de 28 de março
48 h de operação do motor; de 2022, e as Resoluções CONTRAN:
b) identificação de falhas no sistema de controle I - nº 507, de 30 de setembro de 1976;
de emissões de gases registradas e identificadas II - nº 451, de 28 de agosto de 2013;
por meio de leitor de OBD ou computador de III - nº 452, de 26 de setembro de 2013;
bordo por mais de 48 h; IV - nº 624, de 19 de outubro de 2016; e
c) falta de fusível ou fusível danificado do sistema V - nº 666, de 18 de março de 2017.
de controle de emissões de gases; Art. 24. Esta Resolução entra em vigor em 1º de
d) catalisador ausente ou danificado; junho de 2022.
e) reservatório sem Arla 32, ou abastecido com
água ou outro líquido;
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 967/2022
f) reservatório com Arla 32 adulterado ou irregular,
verificado com refratômetro ou reagente negro de
Estabelece critérios para a baixa do registro de
Eriocromo T;
veículos, bem como os prazos para efetivação.
g) utilização de emulador ou chip que altera o
funcionamento do sistema;
Art. 1º Esta Resolução estabelece critérios para a
h) qualquer outro componente do sistema de
baixa do registro de veículos, bem como os prazos
controle de emissões de gases desconectado,
para sua efetivação.
obstruído, danificado ou suprimido que impeça seu
Art. 2º A baixa do registro de veículos é
correto funcionamento; e
obrigatória sempre que o veículo for retirado de
i) utilização de combustível com especificação
circulação nas seguintes possibilidades:
técnica diferente do especificado pela legislação
I - veículo irrecuperável;
vigente ou PROCONVE;
II - veículo definitivamente desmontado;
IV - art. 230, inciso XII: veículo com alteração no
III - veículo sinistrado com laudo de perda total ou
reservatório original de Arla 32 ou no sistema de
com registro de danos de grande monta;
injeção;
IV - veículo vendido ou leiloado, classificado como
V - art. 231, inciso III: produzindo gases ou
sucata: por órgão ou entidade componente do
partículas em níveis superiores aos estabelecidos
Sistema Nacional de Trânsito; e nas demais
pelo CONAMA.
situações.
§ 1º Deve constar no campo de observações do
Art. 3º A baixa do registro do veículo será
AIT a situação verificada que configurou a
providenciada mediante solicitação motivada ao
infração.
órgão executivo de trânsito do Estado ou do
§ 2º Os tipos infracionais e as situações descritas
Distrito Federal, de registro do veículo.
nos incisos e alíneas deste artigo não afastam a
§ 1º Nos casos dos veículos enquadrados nos
possibilidade de aplicação de outras infrações,
incisos I ao III, e na alínea "b" do inciso IV, todos
penalidades e medidas administrativas previstas
do art. 2º, deverão ser providenciados:
no CTB.
I - laudo pericial oficial, caso o órgão executivo de
Art. 20. Não configura infração a substituição
trânsito de registro do veículo exigir;
parcial ou total do sistema de escapamento
II - os documentos dos veículos, as partes do
original por outro similar, desde que respeitados
chassi que contêm a gravação do registro do
os limites de emissões de gases e poluentes e
número de identificação veicular (VIN) e as suas
seja certificado pelo INMETRO.
placas, os quais serão recolhidos ao órgão § 2º No caso da alínea "a" do inciso IV do art. 2º, o
executivo de trânsito de registro do veículo, que é órgão executivo de trânsito de registro do veículo
responsável pela baixa do registro; comunicará a baixa do registro do veículo ao
III - os procedimentos previstos nos incisos I e II órgão ou entidade de trânsito responsável pelo
deverão ser efetivados antes da entrega do leilão.
veículo vendido ou sua destinação final; Art. 5º Para os casos previstos nos incisos I a III e
IV - o órgão executivo de trânsito de registro do na alínea "b" do inciso IV do art. 2º, o responsável
veículo deverá reter sua documentação e inutilizar por solicitar a baixa do registro de veículo terá o
as partes do chassi que contêm a gravação do prazo de trinta dias, após a constatação da
registro VIN e as suas placas. condição do veículo por meio de laudo, para
§ 2º Nos casos dos veículos enquadrados na providenciar a baixa, caso contrário incorrerá nas
alínea "a" do inciso IV do art. 2º, o órgão ou sanções previstas no art. 240, do CTB.
entidade de trânsito responsável pelo leilão Art. 6º Uma vez efetuada a baixa, sob nenhuma
solicitará a baixa ao órgão executivo de trânsito hipótese o veículo poderá voltar à circulação.
de registro do veículo, tomando as seguintes Art. 7º O veículo não licenciado há dez anos ou
providências: mais e que contar com vinte e cinco anos ou
I - encaminhar laudo ou vistoria do veículo, caso o mais de fabricação, terá o seu registro atualizado
órgão executivo de trânsito de registro do veículo com indicativo de 'frota desativada'
exigir; automaticamente na Base de Índice Nacional
II - inutilizar, sempre que possível, os documentos (BIN), pelos respectivos órgãos ou entidades
do veículo; executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
III - inutilizar as partes do chassi que contêm a Federal.
gravação do registro VIN e suas placas; Art. 8º O requerimento de baixa do registro
IV - encaminhar declaração de que foram formulado pelo proprietário do veículo não
inutilizadas as partes do chassi que contêm a licenciado há dez anos ou mais e que contar com
gravação do registro VIN e suas placas; vinte e cinco anos ou mais de fabricação, sem a
V - comunicar, junto à solicitação de baixa, as apresentação do Certificado de Registro de
providências tomadas ao órgão executivo de Veículo (CRV), das placas de identificação, e do
trânsito de registro do veículo, que providenciará a recorte do chassi, com fundamento na sua
baixa do registro; inexistência, poderá ser deferido mediante termo
VI - os procedimentos previstos nos incisos I ao III de responsabilidade civil e criminal, conforme
deste parágrafo deverão ser efetivados antes da modelo estabelecido no Anexo II, assinado pelo
entrega do veículo vendido ou sua destinação proprietário do veículo, com firma reconhecida por
final. autenticidade.
§ 3º O recolhimento da parte do chassi que Parágrafo único. No caso previsto no caput, a
contém a gravação do registro VIN, conforme o § baixa definitiva do registro somente ocorrerá
1º, poderá ser substituído por laudo fotográfico mediante o pagamento dos débitos vinculados
que ateste que a identificação do chassi foi ao veículo, obedecido o período prescricional.
descaracterizada no local, por meio de Art. 9º O veículo que acusar restrição
procedimento realizado pelo órgão executivo de administrativa que o impeça de ser baixado ou
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, ou por leiloado, restrição judicial ou policial, não terá seu
entidade por ele autorizada para esta finalidade. registro baixado, com exceção dos veículos
Art. 4º O órgão executivo de trânsito de registro do leiloados como sucata, em observância ao
veículo, responsável pela baixa, emitirá Certidão disposto nos §§ 14 e 15 do art. 328 do CTB.
de Baixa do Registro de Veículo, no modelo § 1º Na situação prevista no caput, o órgão do
estabelecido pelo Anexo I, após cumpridas as Sistema Nacional de Trânsito responsável pelo
disposições desta Resolução e as demais da leilão deverá encaminhar, junto à solicitação de
legislação vigente. baixa, declaração de que cumpriu as disposições
§ 1º O órgão executivo de trânsito de registro do dos §§ 14 e 15 do art. 328 do CTB.
veículo deverá elaborar e encaminhar ao órgão § 2º A existência de débitos fiscais, de multas de
máximo executivo de trânsito da União relatório trânsito e/ou ambientais vinculadas ao veículo não
mensal contendo a identificação de todos os deve impedir a baixa como sucata prevista no
veículos que tiveram a baixa de seu registro no caput, observado o disposto nos §§ 8º, 9º e 10 do
período. art. 328 do CTB.
Art. 10. O veículo que possuir o indicativo de "frota RESOLUÇÃO 969/2022
desativada" e for flagrado em circulação estará
sujeito à penalidade e à medida administrativa Esta Resolução dispõe sobre o sistema de
previstas no art. 230, inciso V, do CTB. Placas de Identificação de Veículos (PIV),
Parágrafo único. As notificações de autuação registrados no território nacional.
referentes às infrações flagradas conforme
previsto no caput serão enviadas para o endereço
CAPÍTULO I
do proprietário do veículo constante no cadastro
DOS REQUISITOS DO SISTEMA DE PLACAS
do respectivo órgão ou entidade executiva de
DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR (PIV)
trânsito do Estados ou do Distrito Federal.
Art. 11. Os órgãos e entidades executivos de
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o sistema de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal são
Placas de Identificação de Veículos (PIV),
responsáveis por manter constante atualização
registrados no território nacional.
das bases estaduais, por meio do Sistema do
Art. 2º Após o registro no respectivo órgão ou
Registro Nacional de Veículos Automotores
entidade executivo de trânsito do Estado ou do
(RENAVAM) e da BIN.
Distrito Federal, cada veículo será identificado por
Art. 12. Ficam revogados:
PIV dianteira e traseira, de acordo com os
I - a Deliberação CONTRAN nº 255, de 25 de
requisitos estabelecidos nesta Resolução.
março de 2022;
§ 1º Os reboques, semirreboques, motocicletas,
II - o art. 30 da Resolução CONTRAN nº 611, de
motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos,
24 de maio de 2016; e
quadriciclos e guindastes serão identificados
III - as Resoluções CONTRAN:
apenas pela PIV traseira.
a) nº 11, de 23 de janeiro de 1998;
§ 2º As especificações técnicas das PIV estão
b) nº 113, de 05 de maio de 2000;
contidas no Anexo I.
c) nº 179, de 07 de julho de 2005; e
§ 3º Excetuadas as situações descritas no art. 56,
d) nº 661, de 28 de março de 2017.
não será obrigatória a substituição da Placa
Art. 13. Esta Resolução entra em vigor em 1º de
Nacional Única (PNU), modelo de placa
junho de 2022.
anteriormente estabelecido identificada por uma
sequência de três caracteres alfabéticos e quatro
caracteres numéricos no padrão "AAA-1111", pelo
modelo de PIV previsto nesta Resolução.
§ 4º Caso os proprietários de veículos que estejam
em circulação identificados pela PNU desejem
adotar voluntariamente o modelo de PIV previsto
nesta Resolução, haverá a substituição
automática do segundo caractere numérico da
PNU, conforme padrão previsto no Anexo II.
§ 5º Os veículos de coleção classificados como
originais, conforme regulamentação específica do
CONTRAN, podem ser identificados com placa
específica para uso restrito ao território nacional,
conforme disposições apresentadas no Anexo I.
Art. 3º O código de barras bidimensionais
dinâmico (Quick Response Code - QR Code) de
que trata o art. 5º é o lacre eletrônico da placa e
substituirá o lacre previsto no art. 115 do CTB.
Art. 4º É obrigatório o uso de segunda PIV
traseira nos veículos equipados com engates para
reboques ou carroceria intercambiável,
transportando eventualmente carga que cobrir,
total ou parcialmente, a PIV traseira.
§ 1º A segunda PIV deve ser disposta em local
visível, podendo ser instalada:
I - no caso de engate de reboque, no para-choque executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
ou carroceria, admitida a utilização de suportes Federal aos fabricantes, às montadoras, aos
adaptadores; encarroçadores de veículos, aos fabricantes de
II - no caso de transporte de cargas ou bicicletas sistemas, conjuntos, subconjuntos, pneus
nas partes externas dos veículos dos tipos automotivos, peças, acessórios e implementos,
automóvel, caminhonete, camioneta e utilitário, ou para utilização quando da realização de testes
de carroceria intercambiável, nos termos de destinados ao aprimoramento de seus produtos;
regulamentação específica do CONTRAN. V - placa de representação de autoridades:
§ 2º A segunda PIV também deverá atender os placa a ser utilizada nos veículos de
requisitos de instalação de que trata o item 5 do representação pessoal do Presidente e do Vice-
Anexo I. Presidente da República, dos Presidentes do
Art. 5º Todas as PIV deverão possuir QR Code Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do
contendo números de série e acesso às Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal
informações do banco de dados do fabricante, Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado-
especificados no Anexo I, com a finalidade de Geral da União e do Procurador-Geral da
controlar a produção, logística, estampagem e República ou nos veículos de representação dos
instalação das PIV nos respectivos veículos, além Presidentes dos Tribunais Federais, dos
da verificação da sua autenticidade. Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e
Parágrafo único. O órgão máximo executivo de Municipais, dos Presidentes das Assembleias
trânsito da União disponibilizará aplicativo aos Legislativas, das Câmaras Municipais, dos
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito
Trânsito (SNT) para leitura do QR Code de que Federal, e do respectivo chefe do Ministério
trata o caput. Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças
Armadas, nos termos dos §§ 2º e 3º do art. 115 do
CAPÍTULO II CTB;
DAS DEFINIÇÕES VI - veículo clonado: veículo original cuja
combinação alfanumérica da PIV foi utilizada em
Art. 6º Para fins desta Resolução, adotam-se as outro veículo;
seguintes definições: VII - veículo dublê ou clone: veículo que utiliza a
I - estampador de PIV: empresa credenciada pelo combinação alfanumérica da PIV do veículo
órgão ou entidade executivo de trânsito dos clonado (original), apresentando ou não as
Estados ou do Distrito Federal com uso de sistema mesmas características do veículo original (marca,
informatizado do órgão máximo executivo de modelo, cor, dentre outras), com adulteração ou
trânsito da União, responsável por exercer, não do Número de Identificação Veicular (VIN)
exclusivamente, o serviço de acabamento final das gravado no chassi; e
PIV e sua comercialização junto aos proprietários VIII - veículo de representação diplomática:
dos veículos; veículo automotor pertencente às Missões
II - fabricante de PIV: empresa credenciada pelo Diplomáticas, às Delegações Especiais, aos
órgão máximo executivo de trânsito da União para agentes diplomáticos, às Repartições Consulares
exercer a atividade de fabricação, operação de Carreira, aos agentes consulares de carreira,
logística, gerenciamento informatizado e aos Organismos Internacionais e seus
distribuição das PIV semiacabadas para os funcionários, aos Funcionários Estrangeiros
estampadores credenciados; Administrativos e Técnicos das Missões
III - Placa de Identificação Veicular de Diplomáticas, de Delegações Especiais e de
Experiência (PIV-Exp): placa de identificação Repartições Consulares de Carreira e aos Peritos
veicular concedida aos estabelecimentos onde se Estrangeiros de Cooperação Internacional.
executem reformas ou recuperação de veículos e
os que comprem, vendam ou desmontem CAPÍTULO III
veículos, usados ou não, conforme disposto no art. DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS
330 do CTB; EXECUTIVOS DE TRÂNSITO
IV - Placa de Identificação de Veículos de
Fabricante (PIV-Fab): placa de identificação Art. 7º Compete ao órgão máximo executivo de
veicular concedida pelos órgãos e entidades trânsito da União:
I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta II - estabelecer critérios adicionais aos contidos no
Resolução; Anexo III.
II - credenciar, mediante análise do requerimento Parágrafo único. Além das vedações previstas no
devidamente instruído e protocolado, as empresas caput, é vedado aos órgãos ou entidades
fabricantes de PIV conforme critérios executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
estabelecidos no Anexo III; Federal estabelecerem a atividade de
III - disponibilizar acesso às informações dos intermediários na execução das atividades de
fabricantes credenciados aos órgãos ou entidades que trata esta Resolução.
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Federal; CAPÍTULO IV
IV - fiscalizar a regularidade das atividades dos DOS FABRICANTES E ESTAMPADORES
fabricantes de PIV, suas instalações,
equipamentos e soluções tecnológicas de controle Art. 10. A prestação de serviços de fabricação e
e gestão do processo produtivo; estampagem das PIV será realizada por meio de
V - desenvolver, manter e atualizar o sistema credenciamento de fabricantes e
informatizado de emplacamento; estampadores, nos termos desta Resolução,
VI - estabelecer os requisitos mínimos do sistema sendo vedada a habilitação de empresas de forma
desenvolvido pelo fabricante, bem como os diversa.
critérios de registro das informações necessárias Art. 11. Os fabricantes credenciados na forma
para o rastreamento do processo de fabricação e desta Resolução poderão fornecer PIV para todas
estampagem da PIV; as Unidades da Federação, vedada qualquer
VII - disponibilizar o sistema informatizado de restrição ao exercício dessa atividade por parte
emplacamento para a gestão e controle de dos órgãos ou entidades executivos de trânsito
distribuição do QR Code e das combinações dos Estados e do Distrito Federal.
alfanuméricas, estampagem das PIVs e Art. 12. É vedado aos fabricantes firmarem
emplacamento; e contratos de exclusividade com os
VIII - aplicar as sanções administrativas aos estampadores, sob pena de
fabricantes credenciados, registrando e descredenciamento.
informando em seu sítio eletrônico as sanções Art. 13. Os fabricantes somente poderão
aplicadas. fornecer PIV para estampadores credenciados
Art. 8º Compete aos órgãos ou entidades pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito
executivos de trânsito dos Estados e do dos Estados e do Distrito Federal, para que estes
Distrito Federal: realizem a estampagem e o acabamento final.
I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta Art. 14. Cabe ao fabricante disponibilizar ao
Resolução; estampador equipamentos e sistemas
II - credenciar as empresas estampadoras de PIV informatizados para garantir a prevenção
no âmbito de sua circunscrição, utilizando sistema contra as fraudes e operações não autorizadas,
informatizado disponibilizado pelo órgão máximo bem como todas as informações relativas ao
executivo de trânsito da União; histórico dos processos realizados, nos termos
III - fiscalizar a regularidade das atividades dos estabelecidos pelo órgão máximo executivo de
estampadores de PIV, suas instalações, trânsito da União.
equipamentos, bem como o controle e gestão do Art. 15. Os estampadores poderão adquirir PIV e
processo produtivo; e insumos de qualquer fabricante regularmente
IV - aplicar as sanções administrativas aos credenciado pelo órgão máximo executivo de
estampadores credenciados no âmbito de sua trânsito da União, independentemente da
circunscrição, registrando e informando em seu Unidade da Federação de sua instalação.
sítio eletrônico as sanções aplicadas. Art. 16. Os estampadores deverão emitir a nota
Art. 9º É vedado ao órgão máximo executivo de fiscal diretamente ao consumidor final, sendo
trânsito da União e aos órgãos ou entidades vedada a sub-rogação dessa responsabilidade.
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Art. 17. Os estampadores credenciados deverão
Federal: realizar, sob sua única, exclusiva e indelegável
I - credenciar empresa que não possua objeto responsabilidade, a comercialização direta com
social para a atividade de fabricação ou os proprietários dos veículos, sem intermediários
estampagem de PIV; e
ou delegação a terceiros a qualquer título, § 4º Constatado o cometimento de irregularidade
definindo de forma pública, clara e transparente o grave, ou em caso de persistência do motivo da
preço total da PIV. suspensão, será cassado o credenciamento da
Art. 18. O proprietário de veículo poderá se fazer empresa.
representar por qualquer pessoa, desde que § 5º No caso de cassação do credenciamento, a
apresentada ao estampador a procuração com empresa punida poderá requerer novo
poderes específicos. credenciamento depois de transcorridos dois
Parágrafo único. Caso o órgão ou entidade anos da cassação, ficando sujeita à análise, pelo
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito órgão competente, das causas da penalidade,
Federal tenha regulamentado a atuação de sem prejuízo do integral ressarcimento à
despachantes legalmente constituídos, desde Administração e aos usuários dos prejuízos
que o proprietário voluntariamente decida por ser causados com as irregularidades perpetradas.
representado, a procuração de que trata o caput § 6º Enquanto perdurarem as penalidades de
poderá ser substituída por documento suspensão ou de cassação de credenciamento, ou
instituído pelo respectivo órgão ou entidade ainda no caso de não haver sua renovação, será
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito bloqueado o acesso ao sistema informatizado de
Federal responsável pelo registro e emplacamento.
licenciamento do veículo. Art. 21. Sem prejuízo das demais disposições
Art. 19. O credenciamento das empresas contidas nesta Resolução e em seus Anexos, as
fabricantes e estampadoras terá validade de empresas credenciadas são responsáveis pelo
cinco anos, podendo ser cassado a qualquer cumprimento das seguintes exigências:
tempo, se não mantidos, no todo ou em parte, os I - atender às especificações dos insumos
requisitos exigidos para o credenciamento personalizados utilizados na produção das PIV,
conforme Anexo III, observado o devido processo constantes do Anexo I, estando sujeitas ao
administrativo. descredenciamento, no caso de fabricação e
Parágrafo único. O credenciamento poderá ser estampagem de PIV que não atendam às
renovado, a pedido, por igual período, sem limite especificações;
de renovações, desde que atendidos os II - garantir a confidencialidade das operações e
requisitos de credenciamento estabelecidos no de qualquer informação que lhe seja confiada pelo
Anexo III, bem como o cumprimento das demais órgão máximo executivo de trânsito da União ou
disposições desta Resolução. pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito
Art. 20. O descumprimento, no todo ou em parte, dos Estados e do Distrito Federal, atestando que
das regras previstas nesta Resolução, sujeitará os não serão fornecidas ou disponibilizadas a
fabricantes e os estampadores de PIV terceiros sem autorização expressa e escrita, sob
credenciados às seguintes sanções pena de descredenciamento;
administrativas, conforme a gravidade da III - manter arquivo eletrônico completo de
conduta, assegurado o devido processo fornecimento das PIV produzidas e estampadas,
administrativo, sem prejuízo de sanções cíveis ou bem como fornecer, sempre que solicitado, o
penais cabíveis: acesso desse arquivo ao órgão máximo executivo
I - advertência; de trânsito da União e aos órgãos ou entidades
II - suspensão do credenciamento por trinta dias; e executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
III - cassação do credenciamento. Federal para consultas e auditorias;
§ 1º Constatado o descumprimento, de menor IV - registrar os procedimentos relativos ao
gravidade, das regras previstas nesta Resolução, processo de fabricação e estampagem das PIV no
será expedida a advertência ao credenciado, sistema informatizado de emplacamento;
determinando-lhe que sane a irregularidade. V - não se dedicar à produção ou distribuição de
§ 2º Caso não seja sanada a irregularidade que outros produtos ou serviços relacionados à
ensejou a advertência no prazo de trinta dias, legalização dos veículos ou de seus condutores,
será aplicada a penalidade de suspensão do de modo a restringir o acesso, a concentração e o
credenciamento. perfilhamento das informações relativas ao
§ 3º Durante o período de suspensão, o registro nacional de veículos por entidade privada,
credenciado não poderá produzir, estampar ou sob pena de descredenciamento;
comercializar as PIV. VI - disponibilizar aos consumidores, via internet,
informações adequadas, claras e precisas sobre
todas as etapas e procedimentos relativos à Município e necessite ser regularizado para voltar
produção, estampagem e acabamento das PIV, a circular em via pública.
com especificação dos materiais utilizados, bem
como o preço final da PIV, sendo solidariamente CAPÍTULO VI
responsáveis pelas irregularidades praticadas e DOS REQUISITOS DA PLACA DE
vícios do produto e do serviço pelo período REPRESENTAÇÃO DE AUTORIDADES
mínimo de cinco anos;
VII - inserir, em campo específico no sistema Art. 26. Os veículos de representação dos
informatizado de emplacamento, o serial QR Code Presidentes dos Tribunais Federais, dos
das PIV utilizadas no atendimento, o arquivo Governadores, dos Prefeitos, dos Secretários
eletrônico (XML) da referida nota fiscal e o número Estaduais e Municipais, dos Presidentes das
no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do Assembleias Legislativas e das Câmaras
funcionário responsável; e Municipais, dos Presidentes dos Tribunais
VIII - ressarcir os custos relativos às transações Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo
sistêmicas, conforme normativos do órgão máximo chefe do Ministério Público deverão ser
executivo de trânsito da União que disciplinam o identificados pelos modelos de placa constantes
acesso aos seus sistemas e subsistemas do Anexo I.
informatizados. Art. 27. Poderão ser utilizados os mesmos
Art. 22. As empresas produtoras dos insumos modelos de placas de que trata o art. 26 para os
personalizados constantes do Anexo I somente veículos oficiais dos Vice-Governadores e dos
poderão fornecer tais insumos para os fabricantes Vice-Prefeitos, assim como para os dos Ministros
e estampadores credenciados, sob pena de dos Tribunais Federais, dos Senadores e dos
responsabilização cível e criminal. Deputados, mediante solicitação dos Presidentes
Art. 23.Os fabricantes e estampadores respondem de suas respectivas instituições.
solidariamente pelas irregularidades cometidas Art. 28. Os veículos de representação indicados
no processo de estampagem das PIV. no art. 26 deverão estar registrados junto ao
Registro Nacional de Veículos Automotores
CAPÍTULO V (RENAVAM).
DO PROCESSO PRODUTIVO Art. 29. Os veículos de representação dos
Secretários de Estado do Governo Federal
Art. 24. Todas as etapas do processo produtivo deverão ser identificados pelo modelo de placa
devem possuir trilhas de auditoria constante na figura 10 do Anexo I.
comprobatórias, desde a fabricação e Art. 30. Os veículos de representação dos
estampagem da PIV até a sua vinculação ao Comandantes da Marinha do Brasil, do Exército
veículo e inserção dos dados no sistema Brasileiro, da Aeronáutica e dos Oficiais Generais
informatizado de emplacamento, nos termos das Forças Armadas deverão ser identificados
estabelecidos pelo órgão máximo executivo de pelos modelos de placas constantes na figura 9 do
trânsito da União. Anexo I.
Parágrafo único. O responsável pelo
emplacamento deverá fazer, via sistema, a CAPÍTULO VII
vinculação do QR Code à PIV disponibilizada. DO USO DAS PLACAS DE REPRESENTAÇÃO
Art. 25. No caso de extravio, furto ou roubo de DIPLOMÁTICA
qualquer das PIV, o proprietário, possuidor ou
condutor do veículo poderá requerer a Art. 31. Os veículos de representação diplomática
substituição em qualquer Unidade da Federação serão registrados, emplacados e licenciados pelos
onde o veículo estiver circulando, órgãos e entidades executivos de trânsito dos
independentemente do Município ou Unidade Estados e do Distrito Federal, e a estes será
da Federação onde o veículo estiver concedida PIV de representação diplomática da
registrado. qual trata este Capítulo, conforme especificações
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput a constantes do Anexo I.
veículo que estiver legalmente retido ou recolhido Parágrafo único. Fazem jus ao uso da PIV de
a depósito em outra Unidade da Federação ou que trata este Capítulo os seguintes veículos de
representação diplomática:
I - de uso de Chefes de Missão Diplomática e de II - indicação da liberação da transação no
Delegações Especiais; RENAVAM, que deverá ser procedida pelo
II - pertencentes a Missão Diplomática, a Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores;
Delegações Especiais e a agentes diplomáticos; III - adequação do veículo à legislação de trânsito
III - pertencentes a Repartições Consulares de vigente.
Carreira e a agentes consulares de carreira; Art. 34. Os veículos registrados e emplacados
IV - pertencentes às Representações de conforme disposto neste Capítulo deverão ser
Organismos Internacionais, aos Organismos licenciados anualmente, observando-se os
Internacionais com sede no Brasil e a seus casos de imunidade e isenções previstos na
representantes; legislação e nos atos internacionais em vigor,
V - pertencentes a funcionários administrativos e devidamente declarados por intermédio do
técnicos estrangeiros de Missões Cerimonial do Ministério das Relações
Diplomáticas, Delegações Especiais, Repartições Exteriores.
Consulares de Carreira, Representações de Parágrafo único. O licenciamento anual de que
Organismos trata o caput somente será efetivado quando
Internacionais e Organismos Internacionais com não houver restrição por parte do Cerimonial
sede no Brasil; e do Ministério das Relações Exteriores.
VI - pertencentes a peritos estrangeiros, sem
residência permanente, que venham ao Brasil no CAPÍTULO VIII
âmbito de Acordo de Cooperação Internacional. DO USO DE PLACA ESPECIAL DE
Art. 32. O registro do veículo, a expedição do FABRICANTES DE VEÍCULOS, PEÇAS,
Certificado de Registro e Licenciamento de ACESSÓRIOS E
Veículo em meio digital (CRLV-e) e a IMPLEMENTOS
designação da combinação alfanumérica da PIV
serão realizadas pelos órgãos e entidades Art. 35. A Placa de Identificação de Veículos de
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fabricante (PIV-Fab), será usada pelos
Federal mediante a apresentação de autorização fabricantes, montadoras, encarroçadores de
expedida pelo Cerimonial do Ministério das veículos ou pelos fabricantes de sistemas,
Relações Exteriores. conjuntos, subconjuntos, pneus automotivos,
§ 1º Além da expedição da autorização de que peças, acessórios e implementos, para a
trata o caput deste artigo, o Cerimonial do realização de testes destinados ao
Ministério das Relações Exteriores aprimoramento de seus produtos.
providenciará o pré-cadastro do veículo no § 1º A possibilidade de utilização da PIV-Fab de
RENAVAM com as informações necessárias para que trata o caput se estende às situações em que
o registro do veículo nos órgãos e entidades o fabricante entrega o veículo objeto de teste às
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito empresas que lhe forneçam peças, acessórios e
Federal. implementos ou que lhes prestem serviços
§ 2º Os veículos de que trata este Capítulo serão especializados no ramo automobilístico.
registrados na "de representação diplomática, de § 2º O fabricante ou montadora de veículos
repartições consulares de carreira ou organismos automotores poderá apor sua PIV-Fab em
internacionais acreditados junto ao Governo veículos por ele importados.
brasileiro", conforme disposto na alínea "b" do § 3º Quando, por motivos de ordem técnica ou
inciso III do art. 96 do CTB. empresarial, duas ou mais montadoras utilizarem,
Art. 33. Os procedimentos alusivos à mudança de em veículos, componentes fabricados por
propriedade ou à mudança de categoria dos qualquer delas, poderão, nos testes de
veículos de que trata este Capítulo serão desempenho e aprimoramento do produto, utilizar
realizados pelos órgãos e entidades executivos de sua PIV-Fab em qualquer dos veículos,
trânsito dos independentemente da marca de fábrica
Estados e do Distrito Federal, condicionados ao exibida pelos mesmos.
cumprimento das seguintes exigências: § 4º O comodante e o comodatário de veículo
I - autorização pelo Cerimonial do Ministério das dotado de PIV-Fab respondem solidariamente
Relações Exteriores; pelos danos eventualmente causados a terceiros e
nas violações da legislação de trânsito.
Art. 36. A utilização da PIV-Fab independerá de 330 do CTB poderão utilizar Placas de
horário, situação geográfica ou restrições de Identificação Veicular de Experiência (PIV-Exp),
qualquer natureza, respeitado o disposto no art. conforme especificações constantes do Anexo I.
35. Art. 40. A concessão da PIV-Exp está
Art. 37. As PIV-Fab serão entregues em avulso condicionada à prévia solicitação ao órgão ou
aos fabricantes, observado o disposto no §1º do entidade executivo de trânsito do Estado ou do
art. 35. Distrito Federal, mediante requerimento e
Parágrafo único. A responsabilidade pela apresentação, pelo estabelecimento interessado,
colocação das PIV-Fab de que trata o caput nos do sistema de controle a ser empregado.
veículos, sendo uma na sua parte dianteira e outra Parágrafo único. O órgão ou entidade executivo
na sua parte traseira, bem como a manutenção de de trânsito de cada Unidade da Federação
boas condições de visibilidade e legibilidade das estabelecerá os procedimentos necessários à
placas será, para todos os efeitos, do fabricante. concessão e renovação da PIV-Exp, respeitadas
Art. 38. No uso da PIV-Fab, observar-se-á o as especificações contidas no CTB e nesta
seguinte: Resolução.
I - o veículo dotado de PIV-Fab somente poderá Art. 41. O controle do uso das PIV-Exp deverá ser
ser conduzido e ocupado por técnicos ou realizado por meio do livro de registro do
engenheiros do fabricante ou das empresas a que movimento de entrada e saída e de uso das PIV-
se refere o § 1º do art. 35, dos quais poderá ser Exp, o qual poderá ser físico ou digital, podendo
exigida a identificação pessoal e profissional; o respectivo órgão ou entidade executivo de
II - o fabricante e as empresas de que trata o art. trânsito regulamentar a forma e modelos.
35 ficam obrigadas a manter em condições hábeis Art. 42. A circulação de veículos utilizando as PIV-
de informação e exibição, registro do uso da PIV- Exp é restrita às vias da Unidade de Federação
Fab, no qual deverá constar relação nominal dos de circunscrição do órgão ou entidade
condutores, dia e hora de uso da placa; executivo de trânsito que as expedir e estarão
III - a critério do fabricante, o controle mencionado sujeitas a todas as exigências referentes à
no inciso II do caput poderá ser feito por sistemas circulação, inclusive as relativas à categoria de
informatizados; habilitação.
IV - a circulação de veículo portador da PIV-Fab Art. 43. As seguintes informações deverão constar
deverá observar as normas disciplinadoras do dos livros de registro de que trata o art. 41:
trânsito em geral, podendo excepcionalmente ser I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
concedida autorização para testes ou experiências II - nome, endereço e identidade do proprietário ou
fora das condições normais de uso. vendedor;
§ 1º Do condutor de veículo portador de PIV-Fab III - data da saída ou baixa, nos casos de
deverá ser exigida a apresentação da desmontagem;
autorização emitida pelo fabricante ou pela IV - nome, endereço e identidade do comprador;
empresa de que trata o § 1º do art. 35. V - características do veículo constantes do seu
§ 2º No caso previsto no § 1º do art. 35, a certificado de registro;
autorização de que trata o § 1º deverá fazer VI - número da PIV-Exp;
menção ao respectivo contrato de comodato. VII - o nome e o número do documento de
§ 3º A realização de testes ou experiências fora habilitação do condutor responsável pela saída do
das condições normais de uso do veículo ou de veículo do estabelecimento utilizando a PIV-Exp;
trânsito dependerá de prévia autorização da VIII - a data e hora de saída do veículo do
autoridade de trânsito com circunscrição sobre estabelecimento utilizando a PIV-Exp; e
a via onde o teste será realizado e conterá IX - a data e hora de retorno do veículo ao
especificamente as condições de sua realização, estabelecimento após a utilização da PIV-Exp.
local e horário. Parágrafo único. A escrituração, no livro de
registro, das informações previstas nos incisos I,
CAPÍTULO IX II, IV, V, VI, VII e VIII do caput deve ser realizada
DO USO DA PLACA ESPECIAL DE antes da saída do veículo para a realização da
EXPERIÊNCIA experiência utilizando a PIV-Exp.
Art. 44.A ausência de identificação do condutor
Art. 39. Os estabelecimentos a que se refere o art. do veículo portador de PIV-Exp envolvido em
acidente de trânsito, que tenha cometido infração
de trânsito ou envolvido em qualquer situação de Art. 51. A instauração do processo administrativo
anormalidade durante o uso da PIV-Exp impõe ao de que trata o art. 50 terá início com a
proprietário do estabelecimento a apresentação de requerimento pelo
responsabilidade administrativa pela proprietário do veículo, acompanhado da
ocorrência, sem, no entanto, afastar o infrator das documentação comprobatória da existência de
cominações civil e penal decorrentes do fato. veículo dublê ou clone.
Art. 45. Os dados registrados no livro, escriturado Parágrafo único. Após a instauração do processo
a partir da ordem de serviço, deverá conter todos administrativo e enquanto não for realizada a troca
elementos elencados nos incisos do caput do art. de placas, será inserida restrição administrativa
43 e ser submetido à apreciação e autenticação de "suspeita de clonagem" no cadastro do
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito até o veículo original, sendo facultada a retirada da
décimo dia do mês seguinte ao de referência. restrição a pedido do proprietário do veículo.
Parágrafo único. Quando o livro de registro for Art. 52. O requerimento indicado no art. 51 deve
físico, os dados serão transcritos em listagens ser instruído com os seguintes documentos:
com páginas numeradas, devendo tal listagem I - cópias reprográficas:
ser apresentada ao órgão ou entidade executivo a) do documento de identificação pessoal do
de trânsito para autenticação. requerente e do Cadastro de Pessoa Física
Art. 46. A via original da ordem de serviço e seus (CPF), para pessoas naturais;
complementos serão arquivados pelo b) do contrato social e suas alterações e do
estabelecimento, em meio físico ou digital, pelo Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ),
prazo de doze meses, contados do primeiro dia para pessoas jurídicas;
do mês subsequente ao de sua emissão. c) do CRLV-e;
Art. 47. As listagens vistadas pelo órgão ou d) da notificação de autuação por infração de
entidade executivo de trânsito, ou os arquivos trânsito que incidiu indevidamente sobre o veículo,
digitais correspondentes, serão arquivadas pelo se houver;
prazo de cinco anos. e) da imagem do veículo, no caso de infração
Art. 48. As autoridades de trânsito e as registrada por sistema automático metrológico ou
autoridades policiais terão acesso às ordens de não-metrológico de fiscalização;
serviço, ao controle informatizado e às listagens, f) do microfilme do Auto de Infração de Trânsito
sempre que as solicitarem, não podendo, lavrado por agente de trânsito, se houver; e
entretanto, retirá-las do estabelecimento, quando g) do recurso interposto perante o órgão autuador,
os registros forem físicos. conforme o caso;
Art. 49. A falta de escrituração dos livros de que II - fotografias coloridas da frente, da traseira e
trata o art. 41, o atraso, a fraude ao realizá-lo e a das laterais do veículo de propriedade do
recusa de sua exibição são punidas com a multa requerente, para confronto com os demais
prevista para as infrações gravíssimas, documentos, devendo ser descritos ou indicados
independentemente das demais cominações todos os pontos divergentes entre o veículo
legais. clonado e o veículo dublê ou clone;
III - informações que possibilitem a comprovação
CAPÍTULO X da existência de veículo dublê ou clone;
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE TROCA IV - cópia do expediente que autorizou a
DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO EM CASO DE remarcação do chassi, na hipótese em que a
CLONAGEM identificação do chassi e agregados demonstrar
que a gravação não é original ou que tenha
Art. 50. Nos casos em que for comprovada a ocorrido a sua substituição;
existência de outro veículo automotor circulando V - laudo de vistoria de identificação veicular, nos
com combinação alfanumérica de PIV igual à do moldes da regulamentação do CONTRAN que
veículo original, a troca das PIV, com a disponha sobre vistoria de identificação veicular,
substituição de caracteres alfanuméricos de para a constatação da originalidade dos
identificação, será realizada mediante a caracteres de identificação (chassi e seus
instauração de processo administrativo pelo agregados), com a coleta das respectivas
órgão ou entidade executivo de trânsito de registro imagens; e
do veículo. VI - laudo pericial, elaborado pelo Instituto de
Criminalística competente, com as características
do veículo. exceto aqueles gerados pelo veículo dublê ou
Parágrafo único. Os originais dos documentos clone.
mencionados nas alíneas "a" e "g", do inciso I Art. 55. Os procedimentos administrativos em
poderão ser solicitados no curso do processo curso relativos às infrações cometidas com o
administrativo, para conferência, bem como outros veículo original serão migrados para o novo
documentos além dos previstos neste artigo, cadastro do veículo.
sempre que necessário à instauração e instrução Parágrafo único. A pontuação relativa às multas
do processo administrativo de que trata este por infrações que tenham sido comprovadamente
Capítulo. cometidas com o veículo dublê ou clone deverá
Art. 53. Concluído o processo administrativo com ser excluída do prontuário do proprietário ou
a comprovação da existência de veículo dublê ou condutor, conforme o caso.
clone, deverá o órgão ou entidade executivo de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal: CAPÍTULO XI
I - inserir os caracteres "CL" ao final do Número de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Identificação do Veículo (VIN) e do número de
motor no registro do veículo original; Art. 56. O sistema de PIV de que trata esta
II - criar novo registro no sistema RENAVAM para Resolução deve ser implementado pelos órgãos
o veículo original, com as mesmas informações do ou entidades executivos de trânsito dos Estados e
registro anterior, exceto pelos caracteres CL nas 2 do Distrito Federal e será exigida no primeiro
últimas posições do VIN e do número do motor, emplacamento do veículo.
gerando novo número de RENAVAM e nova PIV; § 1º A PIV de que trata o caput também será
III - realizar novo emplacamento do veículo exigida para os veículos em circulação, nos
original, com a nova PIV; seguintes casos:
IV - retirar os dados do proprietário do registro cujo I - substituição de qualquer das placas em
VIN termine em CL, incluindo no campo relativo à decorrência de:
propriedade a expressão "Registro de veículo a) mudança de categoria do veículo; ou
clonado"; b) furto, extravio, roubo ou dano da placa ou de
V - anotar a restrição administrativa "Registro de qualquer dos seus elementos;
veículo clonado" no registro cujo VIN termine em II - mudança de Município ou de Unidade da
CL; Federação; ou
VI - realizar a "baixa por clonagem" do registro III - necessidade de instalação da segunda placa
do veículo cujo VIN termine em CL. traseira de que trata os arts. 4º e 25.
§ 1º Nos casos em que incidir gravame financeiro § 2º Havendo necessidade de aquisição de nova
sobre o veículo, a instituição financeira credora, ou PIV em razão da alínea "b" do inciso I ou do inciso
o responsável pelo gerenciamento eletrônico do III do § 1º, o proprietário do veículo poderá adquiri-
gravame deverão ser oficiadas, a fim de que seja la em outra Unidade da Federação, mediante
suspensa ou cancelada a restrição financeira, intermediação do órgão ou entidade executivo
cabendo à instituição financeira credora a de trânsito de registro do veículo.
responsabilidade exclusiva para a inclusão da Art. 57. Os veículos em circulação que utilizem a
restrição sobre a nova placa designada. PNU poderão circular até o seu sucateamento
§ 2º Nos casos em que incidir restrição judicial sem necessidade de substituição das placas e, a
sobre o veículo, o juízo responsável pela restrição qualquer tempo, optar voluntariamente pelo novo
deverá ser informado acerca das alterações modelo de PIV de que trata esta Resolução,
realizadas no registro do veículo original. ressalvado o disposto no § 1º do art. 56.
§ 3º Nos casos em que incidir restrição "RFB" § 1º No caso de adoção do sistema da PIV de que
sobre o registro do veículo, a Receita Federal do trata esta Resolução, os caracteres originais
Brasil (RFB) deverá ser informada acerca das alfanuméricos da PIV deverão ser mantidos no
alterações realizadas no registro do veículo cadastro do veículo e constar no campo "placa
original. anterior" do CRLV-e, atribuindo-se a nova
Art. 54. A troca das PIV dos veículos de que trata combinação alfanumérica na forma do Anexo II, de
este Capítulo deverá ser precedida do pagamento modo a permitir a consulta e demais transações
de todos os débitos, impostos, taxas e multas referentes ao veículo por meio de ambas as
vinculados ao registro do veículo automotor, combinações.
§ 2º É vedado aos órgãos ou entidades b) veículo utilizando PNU com lacre não fixado em
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito sua estrutura, violado, falsificado ou com lacre
Federal e aos estampadores exigirem a diferente do padrão do órgão ou entidade
substituição da PNU pela PIV, exceto nas executivo de trânsito;
situações previstas no § 1º do art. 56. c) veículo utilizando placa com inscrição
Art. 58. As empresas credenciadas nos termos de alfanumérica diferente de seu registro ou com
normativos anteriores à presente Resolução aposição de qualquer material ou remoção parcial
continuarão a prestar seus serviços até o fim do da pintura que induza à leitura equivocada de um
prazo de credenciamento, sendo vedada a ou mais caracteres;
prorrogação do credenciamento em desacordo d) veículo com placa não registrada;
com esta Resolução. III - art. 230, inciso III: veículo com equipamento,
Art. 59. No caso das PIV especiais tratadas no dispositivo, aparelho ou objeto que neutralize,
Anexo I, o órgão máximo executivo de trânsito da iniba, detecte a ação de medidores de velocidade,
União deverá providenciar as adequações nos ou ainda que dificulte a leitura da placa, com
sistemas RENAVAM e de Registro Nacional de exceção de aparelho de GPS ou software de
Infrações de Trânsito (RENAINF), de forma a navegação que informe a localização dos
possibilitar o registro das infrações que venham a medidores de velocidade, previamente
ser cometidas quando da circulação dos veículos cadastrados;
com prerrogativa de utilização dessas PIV, nos IV - art. 230, inciso IV:
termos de regulamentação específica. a) veículo registrado sem possuir qualquer uma
Art. 60. O descumprimento do disposto nesta das placas;
Resolução implicará, conforme o caso, na b) veículo efetuando transporte de carga, bicicleta
aplicação ao infrator das seguintes penalidades e ou com carroceria intercambiável (camper)
medidas administrativas previstas no CTB: encobrindo, total ou parcialmente a PIV traseira,
I - art. 221: sem possuir a segunda PIV; e
a) veículo utilizando PIV com seus elementos, c) veículo que possua engate para reboque,
material, caracteres, cores, dimensões ou encobrindo a PIV traseira, sem possuir a segunda
qualquer outra especificação técnica em PIV;
desacordo com o estabelecido nesta Resolução V - art. 230, inciso VI: veículo com qualquer uma
ou, ainda, com cores de fundo ou dos caracteres das PIV com os caracteres alfanuméricos total ou
diversos dos especificados para a categoria e/ou parcialmente sem visibilidade ou legibilidade;
espécie do veículo; VI - art. 238: quando for constatada a falta de
b) veículo utilizando PIV com QR Code arranhado, escrituração dos livros de que trata o art. 41, o
desgastado ou com outro defeito que impossibilite atraso, a fraude ao realizá-lo e a recusa de sua
a sua leitura correta por aplicativo disponibilizado exibição; e
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União; VII - art. 250, inciso III: quando o veículo estiver
c) veículo utilizando PIV-Fab, PIV-Exp, placa de em movimento à noite, sem que a PIV traseira
representação ou de coleção indevidamente, ou esteja iluminada.
em desacordo com as especificações de uso Parágrafo único. As situações infracionais
descritas nesta Resolução; descritas neste artigo não afastam a possibilidade
d) veículo utilizando PNU sem lacre, com o lacre de aplicação de outras penalidades previstas no
ou seu arame danificado por ação do tempo; sem CTB.
tarjeta do Município ou com esta ilegível, Art. 61. O órgão máximo executivo de trânsito da
danificada ou de Município diverso do de registro União definirá os parâmetros e procedimentos
do veículo; ou ainda com qualquer especificação para aplicação das penalidades previstas no art.
em desacordo com as aplicáveis ao modelo de 20.
placa; Art. 62. As infrações cometidas pelo veículo dublê
e) veículo com a PIV fixada em desacordo com as ou clone serão registradas para o veículo que
especificações de fixação estabelecidas nesta possua os caracteres CL ao final do VIN
Resolução; registrado no RENAVAM, para eventual atribuição
II - art. 230, inciso I: de responsabilidade aos infratores.
a) veículo utilizando PIV com QR Code violado,
intencionalmente adulterado, raspado, suprimido
ou falsificado;
ANEXO I 2.2.2. Película do fundo: microprismática ou
ESPECIFICAÇÕES DO SISTEMA DE PLACAS microesférica retrorrefletiva;
DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR (PIV) 2.2.3. Caracteres: filme térmico aplicado por calor
(hot stamp), sem retrorrefletividade e sem efeito
1. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: difrativo, sólido, com inscrições das palavras
1.1. A PIV deve ser revestida, em seu anverso, de "MERCOSUR BRASIL MERCOSUL" sobre os
película retrorrefletiva, na cor branca com uma caracteres, em letras maiúsculas, conforme Figura
faixa na cor azul na margem superior, contendo ao 7. Excetuam-se os caracteres das placas de
lado esquerdo o logotipo do MERCOSUL, ao lado veículos de coleção classificados como originais,
direito a Bandeira do Brasil e ao centro o nome de uso restrito ao território nacional, que não
BRASIL. devem dispor das inscrições "MERCOSUR
1.1.1 Excetua-se da disposição do item 1.1 a PIV BRASIL MERCOSUL".
dos veículos de coleção classificados como 2.3. Cores (conforme Figura 4):
originais, de uso restrito ao território nacional, que 2.3.1. Fundo: A PIV deverá ter o fundo branco,
deve ser revestida, em seu anverso, de película conforme especificações contidas nas Tabelas IV
cor preta com uma faixa cor azul na margem e V, a exceção das placas dos veículos de coleção
superior, contendo ao lado direito a Bandeira do classificados como originais, de uso restrito ao
Brasil e ao centro o nome BRASIL (Figuras 7 e 8). território nacional, que adotarão o fundo na cor
1.2. O padrão de estampagem é composto de 7 preta, sem retrorrefletividade.
(sete) caracteres alfanuméricos, em alto relevo, na 2.3.2 Faixa: A PIV deverá conter em sua margem
sequência LLLNLNN, com espaçamento superior uma faixa horizontal azul padrão Pantone
equidistante e combinação aleatória, distribuída e 286, cujas medidas são dispostas na Tabela II:
controlada pelo órgão máximo executivo de
trânsito da União.
1.2.1 O caracter “L” refere-se à letra, e o caracter
“N” refere-se ao numeral.
1.3. O processo de estampagem dos caracteres 2.3.3 Caracteres: A cor dos caracteres
alfanuméricos deve ser realizado por meio de filme alfanuméricos da PIV será determinada de acordo
térmico aplicado por calor (hot stamp). com o uso dos veículos, nos termos da Tabela III:
1.4. A cor dos caracteres alfanuméricos da PIV
será determinada de acordo com o uso dos
veículos, conforme Tabela III.

2. MATERIAL, DIMENSÕES E CORES


2.1. Dimensões:
2.1.1 As PIV devem ter as dimensões
apresentadas na Tabela I:
2.3.4. Nome do País (BRASIL): deverá ser
vazado na cor branca, ao centro da faixa azul
superior.
2.4. Fontes
2.4.1. Fonte da Combinação Alfanumérica:
2.4.1.1 Tipologia: FE Engschrift
2.4.1.2 Altura (h): 53mm, para motocicletas,
motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos e
2.1.2 As dimensões de que trata a Tabela acima quadriciclos; 65mm, para os demais veículos.
poderão ser reduzidas em até 15% caso a PIV não 2.4.1.3 Largura: conforme Figuras 2 e 3.
caiba no receptáculo do veículo homologado pelo 2.4.1.4 Espessura do traço: proporcional ao
órgão máximo executivo de trânsito da União. padrão da tipologia.
2.2. Material: 2.4.2. Fonte do Nome do País (BRASIL): Gill
2.2.1. Metal: alumínio não galvanizado, com Sans Standard Bold Condensed 50 Interletrado.
espessura de 1mm ± 0,2mm
3. ESPECIFICAÇÕES DOS ELEMENTOS DE 3.5.1 O QR Code, deve ser gerado a partir de
SEGURANÇA: algoritmo específico, de propriedade do órgão
3.1 Emblema do MERCOSUL (Figuras 2, 3 e 4): máximo executivo de trânsito da União, que
é o Emblema Oficial do MERCOSUL, claramente deverá conter a identificação do fabricante e o
visível e impresso na película retrorrefletiva, com número de série individual e acesso aos dados
um Pantone Azul (286) e Verde (347), com dos eventos envolvendo as placas, que permita a
tamanho de 25mm por 20mm para motocicletas, rastreabilidade sistêmica das placas desde a sua
motonetas, triciclos, ciclo elétricos, quadriciclos e produção até a instalação aos respectivos
ciclomotores e, de 32mm por 22mm, para os veículos, além da verificação da autenticidade por
demais veículos. Esta aplicação é sobre fundo de meio de sistema eletrônico.
cor conforme a Normativa, Emblema do 3.5.2 A obtenção do QR Code será feita
MERCOSUL do Manual de Identidade Corporativa diretamente pelos fabricantes credenciados pelo
- Emblema do MERCOSUL/DEC CMC Nº 17/02. O órgão máximo executivo de trânsito da União, que
extremo esquerdo da logomarca começa aos terão acesso exclusivo aos sistemas
15mm da borda esquerda, exceto para informatizados capazes de realizar a comunicação
motocicleta, motoneta, triciclos, ciclo elétricos, do referido código.
quadriciclo e ciclomotor, em que a bissetriz do 3.5.3 Para melhor contraste, fica permitida a
ângulo da PIV deve coincidir com a bissetriz do inscrição do código bidimensional dinâmico em um
ângulo do emblema. O emblema do MERCOSUL quadrado de lado entre 17 mm e 23 mm nas
não deve ser aposto na PIV de veículo de coleção placas dos veículo de coleção classificado como
classificado como original, de uso restrito ao original, de uso restrito ao território nacional.
território nacional.
3.2. Bandeira do Brasil (Figuras 2, 3 e 4): 4. ESPECIFICAÇÕES DA PELÍCULA
Deverá ser impressa na película retrorrefletiva e RETRORREFLETIVA:
posicionada no canto superior direito, fazendo 4.1. As películas retrorrefletivas devem ser
coincidir a bissetriz da bandeira com a bissetriz flexíveis para todas as condições atmosféricas
principal da placa, a uma distância de 4 mm tanto com adesivo sensível à pressão, conformável para
da parte superior quanto do lado direito da placa. suportar a elongação necessária para o processo
As medidas da bandeira são de 23 mm por 16 mm produtivo das placas veiculares.
para motocicletas, motonetas, triciclos, ciclo 4.2. A película deve ter coeficiente de
elétricos, quadriciclos e ciclomotores e, de 28 mm retrorrefletividade, expresso em cd/lux/m2,
por 20 mm, para os demais veículos. Para ambas, conforme estabelecido na Tabela IV.
os cantos serão arredondados e terão uma borda
branca de 1 mm (±0,5 mm) de largura.
3.3 Signo/Distintivo internacional do Brasil - BR
(Figuras 2, 3 e 4): a sigla "BR" deverá ser na fonte
Gill Sans, cor Preta, aplicada por calor ou
impressa no canto inferior esquerdo, exceto nas 4.3. As medições de coeficiente de
placas dos veículo de coleção classificado como retrorrefletividade devem ser realizadas em
original, de uso restrito ao território nacional, cuja conformidade com a norma ASTM E-810.
cor deve ser branca. 4.4. A película retrorrefletiva deverá ser na cor
3.4 Marca d'água (Figuras 2, 3 e 5): consiste em branca com faixa azul, conforme definição na
efeito óptico visível sob condições de luz normais, Tabela V
inscrito no interior da película com o emblema do
MERCOSUL em formato circular, gravados na
construção da película retrorrefletiva, ocorrendo a
cada 72mm. Esta marca não deve ser utilizada 4.5. As películas retrorrefletivas devem apresentar
nas placas dos veículo de coleção classificado os valores de coordenadas de cromaticidade e
como original, de uso restrito ao território nacional. luminância conforme as especificações nos termos
3.5 Código bidimensional (2D): Gravação de do Sistema Colorimétrico padrão CIE 1964, com
forma indelével no canto superior esquerdo da iluminante D65 e ângulo de observação de 10°.
placa, abaixo da faixa azul, com lado entre 16mm 4.6. As películas retrorrefletivas devem atender
a 22 mm. aos testes e ensaios estabelecidos segundo os
seguintes itens da Norma Internacional ISO 5.1.3.1.1 Entre - 5° e 30°, desde que a altura da
7591:1982 (Veículos Rodoviários - Placas borda superior da placa não se encontre a mais de
Refletivas para Veículos Motorizados e Trailers – 1,20 m da superfície do solo;
Especificação): 5.1.3.1.2 Entre - 15° e 5°, desde que a altura da
4.6.1. Ensaio de temperatura, conforme item 8; borda superior da placa se encontre a mais de
4.6.2. Ensaio de adesão ao substrato, conforme 1,20 m da superfície do solo;
item 9; 5.1.3.2 A altura da borda superior da placa deve
4.6.3. Ensaio de resistência impacto, conforme ser medida com o veículo em condição de massa
item 10; em ordem de marcha, em condição normal de
4.6.4. Ensaio de resistência a flexão, conforme funcionamento, conforme especificado pelo
item 11; fabricante.
4.6.5. Ensaio de resistência a água, conforme item 5.2. A PIV nos veículos de duas e três rodas e
12; quadriciclos pode ser inclinada em relação à
4.6.6. Ensaio de lavagem, conforme item 13; vertical entre - 5° e 30°.
4.6.7. Ensaio de resistência a gasolina, conforme 5.3 Admite-se, para os veículos de carga ou
item 14; especial com PBT superior a 3.500 kg, que a
4.7. Os fabricantes de películas retrorrefletivas placa traseira possa ser posicionada a uma
devem obter, para os seus produtos, homologação distância afastada da extremidade do veículo,
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União desde que garantido um ângulo máximo de
atendendo aos requisitos estabelecidos neste visibilidade de 45° entre a extremidade superior da
Anexo e em Portaria específica. placa e a extremidade do veículo.
4.7.1 Até a edição da Portaria do órgão máximo
executivo de trânsito da União, serão admitidas as
películas retrorrefletivas que atendam aos
requisitos estabelecidos no Anexo III.
4.8. O órgão máximo executivo de trânsito da
União, após receber requerimento de
homologação devidamente instruído e
protocolado, notificará o interessado acerca da
viabilidade do pedido em até (60) sessenta dias.

5. FIXAÇÃO DA PLACA AO VEÍCULO


A PIV deve ser afixada no habitáculo original do
veículo em primeiro plano, na extremidade traseira
e dianteira, em posição vertical, sem qualquer tipo 5.4 Deve ser fixada por elementos de fixação
de obstrução à sua visibilidade e legibilidade. (parafusos, rebites, etc.) em no mínimo dois
5.1 A PIV nos automóveis, camionetas, pontos destinados a este fim conforme
caminhonetes, utilitários, caminhões, caminhões- apresentado nas Figuras 2 e 3.
tratores, reboques, semirreboques e guindastes: 5.5 A fixação deve ser de tal forma que não
5.1.1 As bordas laterais da placa não podem estar prejudique a estrutura física da chapa da placa,
situadas além do plano vertical paralelo ao plano podendo ser utilizado suporte específico para esta
longitudinal médio do veículo e tangente as bordas função.
exteriores extremas do veículo. 5.6 Quando utilizado suporte específico para a
5.1.2 Posição da placa traseira em relação ao fixação da placa, este não poderá encobrir nada
plano vertical longitudinal do veículo, conforme além da borda da placa, tampouco possuir
apresentado nas figuras 1: elementos refletivos ou luminosos.
5.1.2.1 A placa deve estar perpendicular (± 5°) ao 5.7 Nos casos em que não for possível afixar a
plano longitudinal do veículo. PIV dianteira ou traseira no eixo central do veículo
5.1.3 Posição da placa traseira em relação ao ou em seu habitáculo original, ela deverá ser
plano vertical transversal, conforme apresentado afixada preferencialmente no quadrante direito.
nas figuras 1: 5.8 Excetuam-se do contido no item anterior os
5.1.3.1 A PIV pode ser inclinada em relação à veículos de 2 e 3 rodas.
vertical:
Ex.: A placa anterior ABC1234 será substituída
pela nova placa com o padrão alfanumérico
ABC1C34.
2. A faixa de letras de "A" a "J" será utilizada
apenas para a conversão da PNU para o novo
sistema de PIV constante desta Resolução, de
forma a permitir a convivência entre ambos os
modelos e possibilitar a consulta por ambos os
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES critérios de placas.
1 - Placa em Bronze
2 - Letras em alto-relevo/dourada ANEXO III
3 - Fundo Preto REQUISITOS PARA CREDENCIAMENTO DE
4 - Dimensões: 35 cm x 16 cm FABRICANTES E ESTAMPADORES DE
5 - Brasão podendo ser nas cores oficiais ou em PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR (PIV)
bronze
1. As empresas interessadas em credenciar-se
para fabricar ou estampar placas de identificação
veicular deverão apresentar requerimento
destinado:
1.1. Ao órgão máximo executivo de trânsito da
União, no caso de empresas interessadas em
credenciar-se como fabricantes de PIV; ou
1.2. Ao órgão ou entidade executivo de trânsito da
respectiva Unidade da Federação, no caso de
empresas interessadas em credenciar-se como
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES estampadoras de PIV.
1 - Placa em Bronze 2. O credenciamento será concedido para pessoas
2 - Letras em alto-relevo/dourada jurídicas instaladas no território nacional, mediante
3 - Fundo Preto o protocolo de requerimento acompanhado da
4 - Dimensões: 35 cm x 16 cm comprovação do cumprimento dos requisitos
5 - Brasão podendo ser nas cores oficiais ou em estabelecidos neste Anexo.
bronze 3. Requisitos para credenciamento de fabricantes:
3.1. Habilitação Jurídica, Fiscal e Trabalhista:
ANEXO II 3.1.1. Cópia do Ato constitutivo, estatuto ou
TABELA DE CONVERSÃO DOS CARACTERES contrato social em vigor, devidamente registrado,
ALFANUMÉRICOS DA PIV com objeto social relacionado às atividades objeto
do credenciamento que trata esta Resolução;
1. No caso de substituição da PNU pelo novo 3.1.2. Cópia da Licença ou Alvará de
modelo de PIV de que trata esta Resolução, será funcionamento expedido pela Prefeitura do
adotada a seguinte tabela equiparativa, para município ou pelo Governo do Distrito Federal;
substituição do antepenúltimo caractere, de 3.1.3. Cópia do Comprovante de Inscrição no
número para letra, a fim de que haja uma relação CNPJ com Situação Cadastral Ativa;
direta entre a antiga e a nova placa: 3.1.4. Regularidade cadastral no Sistema de
Cadastro Unificado de Fornecedores (SICAF),
níveis I a IV;
3.1.5. Declaração contendo as seguintes
informações:
a) não estarem o proprietário ou sócios envolvidos
em atividades comerciais e outras que possam
comprometer sua isenção na execução da
atividade credenciada;
b) não estar a empresa interessada, ou outra
empresa do mesmo ramo da qual o interessado
seja proprietário ou sócio, com decretação de i) capacidade de limpeza;
falência; j) resistência a combustíveis e produtos de
c) não estarem o proprietário ou sócios limpeza abrasivos;
condenados por crimes nas esferas federal e k) resistência à salinidade; e
estadual; l) durabilidade.
d) não haver registro de inidoneidade junto ao 3.3.7. Comprovante de que a empresa possui as
Tribunal de Contas da União – TCU; suas rotinas fabris e administrativas voltadas para
3.2. O órgão máximo executivo de trânsito da a fabricação de placas veiculares, certificadas
União poderá verificar a regularidade das segundo a Norma ISO 9001, indicando seu
informações apresentadas; responsável técnico;
3.3. Qualificação técnica: 3.3.8. Apresentar ao órgão máximo executivo de
3.3.1. Relação dos equipamentos, dos dispositivos trânsito da União amostras das PIVs estampadas
e das ferramentas de propriedade da pessoa no padrão estabelecido nesta Resolução, sendo
jurídica, com seus devidos códigos de um par de placas para veículos e uma placa para
identificação e respectivos comprovantes fiscais e motocicleta, motoneta, ciclomotor e similares.
prova de contabilização na empresa; 4. Requisitos para credenciamento de
3.3.2. Comprovante de que possui tecnologia de estampadores:
certificação digital padrão ICP-Brasil para a 4.1. Habilitação Jurídica, Fiscal e Trabalhista:
identificação das empresas e dos seus 4.1.1. Cópia do Ato constitutivo, estatuto ou
empregados junto ao órgão máximo executivo de contrato social em vigor, devidamente registrado,
trânsito da União e ao órgão ou entidade executivo com objeto social relacionado às atividades objeto
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, e do credenciamento que trata esta Resolução;
acesso aos sistemas informatizados; 4.1.2. Cópia da Licença ou Alvará de
3.3.3. Planta baixa e imagens detalhando a funcionamento expedido pela Prefeitura do
infraestrutura de suas instalações fabris ou de município ou pelo Governo do Distrito Federal;
estampagem, conforme o tipo de credenciamento 4.1.3. Cópia do Comprovante de Inscrição no
pretendido; CNPJ com Situação Cadastral Ativa;
3.3.4. Documento contendo o planejamento e a 4.1.4. Prova de regularidade com a Fazenda
sistemática de controle e rastreabilidade das Federal, Estadual ou Distrital e Municipal da sede
unidades produzidas, durante todo o processo de da Pessoa Jurídica, ou outra equivalente, na forma
fabricação, distribuição e estampagem de forma a da lei;
evitar que as placas sejam desviadas ou 4.1.5. Prova de regularidade relativa à Seguridade
extraviadas; Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de
3.3.5. Declaração de instalador e imagens que Serviço (FGTS), demonstrando situação regular
comprovem que suas instalações de fabricação e no cumprimento dos encargos sociais instituídos
estampagem possuem sistema de monitoramento por Lei;
por meio de Circuito Fechado de Televisão – 4.1.6. Declaração contendo as seguintes
CFTV com tecnologia digital, com capacidade de informações:
armazenamento de imagem por 90 (noventa) dias; a) não estarem o proprietário ou sócios envolvidos
3.3.6. Laudo de Certificação de produto e do em atividades comerciais e outras que possam
processo de produção de acordo com as comprometer sua isenção na execução da
especificações contidas na norma ISO 7591:1982 atividade credenciada;
e nesta Resolução, expedido por organismo de b) não estar a empresa interessada, ou outra
certificação competente, acompanhado de empresa do mesmo ramo da qual o interessado
relatório com os resultados dos seguintes ensaios: seja proprietário ou sócio, com decretação de
a) verificação visual; falência;
b) exame da codificação e elemento de c) não estarem o proprietário ou sócios
segurança; condenados por crimes nas esferas federal e
c) cromaticidade, luminância e retrorrefletividade; estadual;
d) resistência à temperatura; d) não haver registro de inidoneidade junto ao
e) adesividade ao substrato de alumínio; TCU;
f) resistência ao impacto; 4.2. Regularidade cadastral no SICAF, níveis I a
g) resistência à deformação; IV, substituirá os itens 4.1.5 e 4.1.6;
h) resistência à umidade; 4.3. O órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal poderá verificar a c) controle da rastreabilidade das placas
regularidade das informações apresentadas; produzidas ou estampadas, de forma a garantir a
4.3. Qualificação técnica: segurança e prevenção de fraudes;
4.3.1. Apresentar ao órgão ou entidade executivo d) o recebimento do QR Code para implantação
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal do nas PIVs semiacabadas; e
respectivo Estado ou do Distrito Federal, amostras e) vinculação dos caracteres alfanuméricos da PIV
das PIVs estampadas no padrão estabelecido estampada ao QR Code;
nesta Resolução, sendo um par de placas para 5.2. Os fabricantes devem disponibilizar o acesso
veículos e uma placa para motocicleta, motoneta, ao sistema informatizado de que trata o item 5.1
ciclomotor e similares; para os estampadores que deles adquirirem PIVs
4.3.2. Relação dos equipamentos, dos dispositivos semiacabadas.
e das ferramentas de propriedade da pessoa 5.3. Os estampadores somente poderão atuar na
jurídica, com seus devidos códigos de atividade por meio do Sistema informatizado de
identificação e respectivos comprovantes fiscais e que trata o item 5.1 devidamente homologado pelo
prova de contabilização na empresa; órgão máximo executivo de trânsito da União.
4.3.3. Comprovante de que possui tecnologia de 5.4. O fabricante não poderá comercializar placas
certificação digital padrão ICP-Brasil para a com estampadores que não utilizem seu sistema
identificação das empresas e dos seus informatizado para o exercício de suas atividades.
empregados junto ao órgão máximo executivo de 5.5. A fim de viabilizar a troca de informações
trânsito da União e ao órgão ou entidade executivo necessárias à execução da fabricação e
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, e estampagem das PIVs de que trata esta
acesso aos sistemas informatizados; resolução, o fabricante deverá integrar o seu
4.3.4. Planta baixa e imagens detalhando a sistema informatizado com o banco de dados do
infraestrutura de suas instalações fabris ou de órgão máximo executivo de trânsito da União.
estampagem, conforme o tipo de credenciamento 6. Disposições gerais:
pretendido; 6.1. Atendidos os requisitos estabelecidos nesta
4.3.5. Documento contendo o planejamento e a Resolução, a empresa será credenciada como
sistemática de controle e rastreabilidade das Fabricante ou Estampadora de Placas de
unidades produzidas, durante todo o processo de Identificação Veicular.
fabricação, distribuição e estampagem de forma a 6.2. O credenciamento da empresa deverá ser
evitar que as placas sejam desviadas ou formalizado:
extraviadas; 6.2.1. No caso de fabricante, mediante Portaria do
4.3.6. Declaração de instalador e imagens que órgão máximo executivo de trânsito da União a ser
comprovem que suas instalações de fabricação e publicada no Diário Oficial da União;
estampagem possuem sistema de monitoramento 6.2.2. No caso de estampador, mediante Portaria
por meio de Circuito Fechado de Televisão - CFTV do órgão ou entidade executivo de trânsito do
com tecnologia digital, com capacidade de respectivo Estado ou Distrito Federal a ser
armazenamento de imagem por 90 (noventa) dias; publicada na forma oficial estabelecida pela
4.4. Atestado de idoneidade financeira da empresa legislação estadual ou distrital, cuja cópia deve ser
e dos sócios: enviada ao órgão máximo executivo de trânsito da
4.4.1. Certidão do Cartório de Títulos e Protestos União para fins de controle e habilitação sistêmica.
do Município de inscrição da Pessoa Jurídica e 6.3. O credenciamento equivale ao Termo de
dos Sócios da empresa. Autorização para fins de utilização do sistema
5. Sistemas informatizados: informatizado de emplacamento do órgão máximo
5.1. Após o credenciamento junto ao órgão executivo de trânsito da União.
máximo executivo de trânsito da União, o 6.4. As empresas fabricantes e estampadoras,
fabricante deverá apresentar sistema devidamente credenciadas, deverão ressarcir os
informatizado a ser avaliado e homologado, com a custos inerentes ao uso do Sistema, nos termos
finalidade de executar: do normativo do órgão máximo executivo de
a) integração e interoperabilidade com o sistema trânsito da União que disciplina ao acesso aos
informatizado de emplacamento; seus sistemas e subsistemas informatizados.
b) verificação eletrônica da regularidade do 6.5. No caso de alteração de endereço das
número do chassi dos veículos atendidos, em instalações, a empresa somente poderá operar
conformidade com os padrões internacionais; após atualização do processo de credenciamento,
nos termos desta Resolução, cumpridos os empresas credenciadas ou em processo de
seguintes requisitos: credenciamento junto ao órgão máximo executivo
6.5.1. fabricante: subitens 3.1.1, 3.1.2, 3.1.3, 3.1.6, de trânsito da União para produzir a CNH.
3.1.7, 3.1.8, 3.2.1, 3.4.3 e 3.4.5; Art. 5º Esta Resolução entra em vigor em 1º de
6.5.2. estampador: documentação constante dos agosto de 2022
itens 4.1 e 4.2 devidamente atualizada para o
novo endereço, bem como os subitens 4.3.4 e RESOLUÇÃO Nº 985/22
4.3.6.
6.6. O órgão máximo executivo de trânsito da Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito -
União e o do órgão ou entidade executivo de Parte Geral
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, a
qualquer tempo, fiscalizarão as empresas por eles
APRESENTAÇÃO:
credenciadas quanto ao cumprimento dos
A Segurança Viária e o Manual Brasileiro de
requisitos de credenciamento.
Fiscalização de Trânsito (MBFT)
6.7. No exercício da fiscalização conforme
subitens 6.6, constatada alguma irregularidade,
Nas sociedades modernas, o trânsito ocupa um
serão aplicadas, no que couber, as disposições do
espaço fundamental, permitindo que todos
art. 20 desta Resolução.
possam trabalhar, estudar, ter seu lazer e
6.8. Uma vez credenciadas, as empresas
desempenhar as demais atividades cotidianas. O
fabricantes e estampadoras deverão submeter-se
trânsito, entendido como “a utilização das vias por
à sistemática de produção, controle e rotinas a
pessoas, veículos e animais, isolados ou em
serem determinadas pelo órgão máximo executivo
grupos, conduzidos ou não, para fins de
de trânsito da União.
circulação, parada, estacionamento e operação de
carga ou descarga” é mais que o mero
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 976/2022 partilhamento de vias públicas, trata-se de um
exercício cotidiano de cidadania.
Referenda a Deliberação CONTRAN nº 259, de Desta forma a Segurança Viária (o trânsito em
26 de maio de 2022, que altera a Resolução condições seguras) se torna um bem comum a ser
CONTRAN nº 886, de 13 de dezembro de 2021, buscado por todos os agentes governamentais e
que regulamenta as especificações, a pela sociedade civil organizada na intenção não
produção e a expedição da Carteira Nacional apenas de preservar vidas, mas de disciplinar o
de Habilitação (CNH). comportamento coletivo no trânsito para que a
sociedade possa funcionar a contento e o país
Art. 1º Esta Resolução referenda a Deliberação possa alcançar o desenvolvimento social e
CONTRAN nº 259, de 26 de maio de 2022, que econômico.
altera a Resolução CONTRAN nº 886, de 13 de A Segurança Viária só pode ser alcançada por
dezembro de 2021, que regulamenta as meio de três pilares complementares: a Educação,
especificações, a produção e a expedição da a Engenharia e o Esforço Legal.
Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em um país com dimensões continentais como o
Art.2º A Resolução CONTRAN nº886, de nosso, no qual temos órgãos de trânsito e
2021,passa a vigorar acrescida do seguinte art.11- rodoviários em todas as esferas administrativas
A: (federal, estadual, distrital e municipal) que atuam
na fiscalização de trânsito, é salutar que haja um
"Art. 11-A: Os Anexos desta Resolução serão entendimento uniforme sobre a aplicação da
disponibilizados no sítio eletrônico do órgão legislação. A uniformização na aplicação da lei
máximo executivo de trânsito da União." trará segurança jurídica para o trabalho dos
órgãos de trânsito e para os administrados,
Art. 3º Os Anexos da Resolução CONTRAN nº contribuindo para que a legislação possa cumprir a
886, de 2021, passam a vigorar com as alterações sua finalidade.
constantes no Anexo desta Resolução. Uma outra dificuldade encontrada tanto pelos
Art. 4º As especificações técnicas, indicação e agentes fiscalizadores quanto pelos motoristas de
localização dos itens de segurança e composição veículos e demais atores do trânsito é que a
das cores da CNH serão disponibilizados para as legislação de trânsito é, dada a sua própria
natureza, relativamente extensa e, considerando enquadramento da infração e seu respectivo
que ela deve acompanhar a dinâmica de evolução desdobramento.
social e tecnológica, ela sofreu diversas alterações A interpretação das normas contidas no MBFT,
relevantes nos últimos anos. bem como dos conceitos e definições, representa
Vale dizer que o Brasil têm se engajado em ações a posição oficial sobre a aplicação da legislação
de Segurança Viária dentro dos acordos de trânsito tanto por parte da Senatran, quanto
internacionais contraídos no âmbito da Segunda pelo Contran, tendo efeitos vinculantes para todos
Década de Ação Global para a Segurança os órgãos do SNT.
Viária 2020-2030, a qual pretende diminuir pela O referido Manual está dividido em duas partes:
metade os índices de acidentes, mortos e feridos a) A Parte Geral, onde são apresentadas normas,
no trânsito. conceitos e definições que são aplicáveis a todo o
Dentro deste esforço, o Brasil instituiu, por meio conjunto normativo e;
da Lei nº 13.614, de 11 de janeiro de 2018 , o b) As fichas de fiscalização de cada uma das
Pnatrans - Plano Nacional de Redução de Mortes infrações de trânsito.
e Lesões no Trânsito, com ações voltadas para As fichas são compostas dos campos, abaixo
atingir o cumprimento das metas pelos órgãos do descritos, destinados ao detalhamento das
SNT. No âmbito do Pnatrans, dentre os pilares infrações com seus respectivos amparos legais e
previstos, temos o Pilar 6 - Normatização e procedimentos, e indica(m):
Fiscalização. ● Tipificação Resumida - a conduta infracional de
Deste modo, visando dar efetividade ao Pilar 6 - acordo com Portaria do Órgão Máximo Executivo
Normatização e Fiscalização, o Conselho Nacional de Trânsito da União.
de Trânsito (Contran) apresenta a nova versão do ● Código do Enquadramento - o código da
Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, infração e seu desdobramento.
tendo em vista a necessidade de uma aplicação ● Amparo Legal - o dispositivo legal do Código de
uniforme da legislação por parte dos órgãos do Trânsito Brasileiro (CTB).
Sistema Nacional de Trânsito (SNT) e, ao mesmo ● Tipificação do Enquadramento - a conduta
tempo, deixar claras as mudanças pelas quais a infracional de acordo com o CTB.
nossa legislação vem passando. ● Gravidade - a classificação da infração de
Este Manual foi fruto de meses de trabalho acordo com a sua gravidade.
incansável de um Grupo de Trabalho constituído ● Penalidade - a(s) sanção(ões) aplicável(eis) à
especialmente para esta finalidade e composto por conduta infracional.
estudiosos da área do trânsito, com vasta ● Medida Administrativa - o procedimento
experiência no assunto, irmanados pelo objetivo aplicável à conduta infracional.
de tornar a aplicação da legislação de trânsito um ● Infrator - o responsável pelo cometimento da
tema de fácil compreensão. infração.
Por fim, novas fontes de energia e avanços ● Competência - o órgão ou entidade do Sistema
tecnológicos extraordinários (como os carros Nacional de Trânsito com competência para
autônomos) já começam a despontar e o seu devir autuar.
provocará, a seu tempo, mudanças inexoráveis na ● Pontuação - o número de pontos a serem
legislação para que se alcance a Segurança imputados ao infrator.
Viária. Sabe-se que este é um trabalho contínuo, ● Constatação da Infração - se a abordagem é
destinado a nunca se esgotar ou se completar, ou não necessária para a constatação da infração.
mas o Contran estará vigilante e pronto para ● Pode Configurar Crime de Trânsito - a
quando o futuro chegar. previsão de eventual ilícito criminal, limitando-se
aos tipos penais previstos no Capítulo XIX do
MBFT - Divisão e Modo de Utilização CTB.
● Quando Autuar - possível(eis) situação(ões)
O MBFT contempla os procedimentos gerais a que configura(m) a infração tipificada na
serem observados pelas autoridades de trânsito, respectiva ficha.
seus agentes e órgãos de julgamento de 1ª e 2ª ● Quando NÃO Autuar - possível(eis)
instâncias. Está estruturado em fichas de situação(ões) que não configura(m) a infração
fiscalização, classificadas por código de tipificada na respectiva ficha ou remete a outros
enquadramentos.
● Definições e Procedimentos - dispositivos Pnatrans: Plano Nacional de Redução de Mortes
legais, estabelece definições e procedimentos e Lesões no Trânsito
específicos. PIV: Placa de Identificação Veicular
● Exemplos do Campo de ‘Observações’ do PPD: Permissão para Dirigir
AIT - de forma meramente exemplificativa e não Renach: Registro Nacional de Carteiras de
obrigatória, informações a serem registradas no Habilitação
campo ‘observações’ do auto de infração de Renainf: Registro Nacional de Infrações de
trânsito, com o objetivo de especificar a conduta Trânsito
observada e/ou adicionar outras informações Renavam: Registro Nacional de Veículos
relevantes. Automotores
● Informações Complementares - situações Res.: Resolução
específicas, normas aplicáveis, necessidade de Senatran: Secretaria Nacional de Trânsito
sinalização para configurar a infração e ilustrações SNT: Sistema Nacional de Trânsito
que representam as infrações constantes das
respectivas fichas. INTRODUÇÃO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A fiscalização de trânsito, parte integrante do


esforço legal, conjugada às ações de operação de
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas trânsito, de engenharia de tráfego e de educação
ACC: Autorização para Conduzir Ciclomotor para o trânsito, é uma ferramenta de suma
AE: Autorização Especial importância na busca de convivência pacífica
AET: Autorização Especial de Trânsito entre usuários das vias.
AIT: Auto de Infração de Trânsito As ações de fiscalização influenciam diretamente
ANTT: Agência Nacional de Transportes na segurança viária e fluidez do trânsito,
Terrestres contribuindo para a efetiva mudança de
CLA: Certificado de Licenciamento Anual comportamento dos usuários das vias, e de forma
CMT: Capacidade Máxima de Tração específica, dos infratores, por meio de ações
CNH: Carteira Nacional de Habilitação preventivas, aplicação de medidas administrativas
CNH-e: Carteira Nacional de Habilitação e imposição de sanções, propiciando a eficácia da
Eletrônica norma jurídica.
Conama: Conselho Nacional do Meio Ambiente Nesse contexto, o papel dos órgãos e entidades
Contran: Conselho Nacional de Trânsito do SNT é desenvolver atividades voltadas à
CP: Código Penal melhoria da qualidade de vida da população,
CRLV-e: Certificado de Registro e Licenciamento atuando como facilitador da mobilidade
de Veículo em meio digital sustentável, norteando-se, dentre outros, pelos
CRV: Certificado de Registro de Veículo princípios constitucionais da legalidade,
CSV: Certificado de Segurança Veicular impessoalidade, moralidade, publicidade e
CTB: Código de Trânsito Brasileiro eficiência.
CTV: Combinação para Transporte de Veículos Desta forma, o presente Manual tem como
CVC: Combinação de Veículos de Cargas objetivos uniformizar procedimentos e orientar a
FTP: Faixa de Travessia de Pedestre autoridade de trânsito e seus agentes nas ações
GLP: Gás Liquefeito de Petróleo de fiscalização.
GNV: Gás Natural Veicular
Inmetro: Instituto Nacional de Metrologia, AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO
Qualidade e Tecnologia
IPVA: Imposto sobre Propriedade de Veículos O agente da autoridade de trânsito, competente
Automotores para realizar a fiscalização, deve se enquadrar em
ITL: Instituição Técnica Licenciada uma das seguintes categorias, com atuação
ITV: Inspeção Técnica Veicular isolada ou cumulativa, não bastando mera
NBR: Normas Técnicas Brasileiras designação mediante portaria ou outro ato
PBT: Peso Bruto Total administrativo:
PBTC: Peso Bruto Total Combinado I - agentes de trânsito dos órgãos ou entidades
executivos de trânsito ou rodoviário;
II - policiais rodoviários federais; cinto de segurança conforme disposto no art. 65
III - policiais militares do serviço ativo, quando do CTB;
firmado convênio para esta finalidade, de acordo b) previstas no art. 162, inciso I, 221, nos incisos
com o inciso III do art. 23 do CTB; VII e XXI do art. 230 e nos arts. 232, 233, 233-A,
IV - guardas municipais, na conformidade do 240 e 241 do CTB;
inciso VI do art. 5º da Lei nº 13.022, de 8 de c) puníveis de forma específica com suspensão do
agosto de 2014; direito de dirigir; e
V - agentes dos órgãos policiais da Câmara dos d) relacionadas à pessoa física ou jurídica,
Deputados e do Senado Federal, quando firmado expressamente mencionada no CTB.
convênio com o órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via, de acordo com o art. 25- RESPONSABILIDADE PELA INFRAÇÃO
A do CTB.
Para que possa exercer suas atribuições, o agente As penalidades serão impostas ao condutor, ao
da autoridade de trânsito deverá estar proprietário do veículo, ao embarcador e ao
devidamente uniformizado, conforme padrão da transportador, salvo os casos de descumprimento
instituição, e no regular exercício de suas funções. de obrigações e deveres impostos a pessoas
Todo veículo utilizado na fiscalização de trânsito físicas ou jurídicas expressamente mencionadas
deverá estar caracterizado na forma definida pelo no CTB.
órgão ou entidade. Proprietário
O agente da autoridade de trânsito, ao constatar o Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade
cometimento da infração, lavrará o respectivo auto pela infração referente à prévia regularização e
e adotará as medidas administrativas e penais preenchimento das formalidades e condições
cabíveis, conforme previsão legal correspondente exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre,
à conduta infracional. conservação e inalterabilidade de suas
O agente da autoridade de trânsito deve priorizar características, componentes, agregados,
suas ações no sentido de coibir a prática das habilitação legal e compatível de seus condutores,
infrações de trânsito, devendo tratar a todos com quando esta for exigida, e outras disposições que
urbanidade e respeito, sem, contudo, omitir-se das deva observar.
providências que a lei lhe determina. Condutor
Ao condutor caberá a responsabilidade pelas
INFRAÇÃO DE TRÂNSITO infrações decorrentes de atos praticados na
direção do veículo.
Constitui infração de trânsito a inobservância a Embarcador
qualquer preceito do Código de Trânsito Brasileiro O embarcador é responsável pela infração relativa
(CTB) ou da legislação complementar. ao transporte de carga com excesso de peso nos
O infrator está sujeito às penalidades e medidas eixos ou no peso bruto total, quando
administrativas previstas no CTB. simultaneamente for o único remetente da carga e
As infrações classificam-se, de acordo com sua o peso declarado na nota fiscal, fatura ou
gravidade, em quatro categorias, computados, manifesto for inferior àquele aferido.
ainda, os seguintes números de pontos: Transportador
I - infração de natureza gravíssima, 7 pontos; O transportador é o responsável pela infração
II - infração de natureza grave, 5 pontos; relativa ao transporte de carga com excesso de
III - infração de natureza média, 4 pontos; peso nos eixos ou quando a carga proveniente de
IV - infração de natureza leve, 3 pontos. mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto
Não serão computados os pontos nas infrações: total.
a) praticadas por passageiros usuários do serviço Responsabilidade Solidária
de transporte rodoviário de passageiros em I. Aos proprietários e condutores de veículos serão
viagens de longa distância transitando em impostas concomitantemente as penalidades, toda
rodovias com a utilização de ônibus, em linhas vez que houver responsabilidade solidária em
regulares intermunicipais, interestaduais, infração dos preceitos que lhes couber observar,
internacionais e aquelas em viagem de longa respondendo cada um de per si pela falta em
distância por fretamento e turismo ou de qualquer comum que lhes for atribuída.
modalidade, excluídas as situações II. O transportador e o embarcador são
regulamentadas pelo Contran quanto ao uso do
solidariamente responsáveis pela infração relativa que caracterizam a conduta infracional, como, por
ao excesso de peso bruto total, se o peso exemplo, de condutor não habilitado ou sob
declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for influência de álcool, ou, ainda, de veículo não
superior ao limite legal. licenciado ou em mau estado de conservação.
III. Pessoa Física ou Jurídica expressamente Todavia, o fato circunstancial terá que se revestir
mencionada no CTB: A pessoa física ou jurídica é de toda a materialidade relativa à infração
responsável por infração de trânsito, não vinculada efetivamente cometida e não de mera presunção
a veículo ou à sua condução, expressamente subjetiva do agente.
mencionada no CTB, devendo ser atendida a O campo de Observações do AIT:
regulamentação específica para a lavratura de a) poderá ser preenchido, consignando
Auto de Infração de Trânsito (AIT) e consequente informações com o objetivo de especificar a
sanção. conduta constatada e/ou adicionar outras
informações relevantes, conforme exemplos
AUTUAÇÃO constantes nas fichas de fiscalização;
b) deverá ser preenchido, de forma obrigatória,
A autuação é ato administrativo, vinculado na nas infrações cuja ficha de fiscalização preveja de
forma da lei, da autoridade de trânsito ou seus forma expressa, que é necessária alguma
agentes quando da constatação do cometimento informação para caracterizar a infração, a exemplo
de infração de trânsito, devendo ser formalizado do art. 169 do CTB (dirigir sem atenção e sem os
por meio da lavratura do Auto de Infração de cuidados indispensáveis à segurança).
Trânsito (AIT). As informações referentes à caracterização da
Para fins do contido no § 3º do art. 280 e no § 6º-A infração devem constar em todas as vias do AIT.
do art. 282, ambos do CTB, considera-se em O AIT, quando lavrado em suporte físico, não
flagrante quem está cometendo a infração de poderá conter rasuras, emendas, uso de
trânsito ou acaba de cometê-la, com ou sem corretivos, ou qualquer tipo de adulteração.
abordagem. O agente da autoridade só poderá registrar uma
O AIT é peça informativa que dá início ao infração por auto e, no caso da constatação de
processo administrativo e subsidia a autoridade de infrações simultâneas em que os códigos
trânsito para aplicação das penalidades, devendo infracionais possuam a mesma raiz (os três
ser preenchido de acordo com as disposições primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma
contidas no artigo 280 do CTB e demais normas infração.
regulamentares, com o registro do fato que Exemplo: condutor e passageiro sem usar o cinto
fundamentou sua lavratura. de segurança, lavrar somente o auto de infração
Quando a configuração de uma infração depender com o código 518-51 e descrever no campo
da existência de sinalização específica, esta “Observações” a situação constatada (condutor e
deverá revelar-se suficiente e corretamente passageiro sem usar o cinto de segurança).
implantada de forma legível e visível. Caso Também deverá ser registrado em um único AIT
contrário, o agente não deverá lavrar o AIT, diversas condutas que caracterizam a mesma
comunicando à autoridade de trânsito com infração.
circunscrição sobre a via a irregularidade Exemplo: falta de roda sobressalente e falta de
observada. dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de
É vedada a lavratura do AIT por solicitação de emergência (triângulo), lavrar somente o auto de
terceiros, excetuando-se o caso em que o órgão infração com o código 663-71 e descrever no
ou entidade de trânsito realiza operação de campo ‘Observações’ os equipamentos faltantes
fiscalização de trânsito, em que um agente de (o veículo não possuía a roda sobressalente e o
trânsito constate a infração e a informe a outro triângulo).
agente que esteja na operação, devendo tal Será lavrado somente um AIT quando o veículo
informação constar do campo observações do estiver estacionado irregularmente e não for
AIT. aplicada a medida administrativa de remoção,
No atendimento de sinistros de trânsito, lavrar-se- independentemente do tempo em que permaneça
á o AIT quando houver constatação de infração de no local, desde que não seja movimentado nesse
trânsito, em que o agente da autoridade de período.
trânsito tiver elementos de convicção suficientes, As infrações simultâneas podem ser concorrentes
ou concomitantes:
Infrações Concorrentes Infrações que contenham, em seu tipo infracional,
São aquelas em que o cometimento de uma os verbos “conduzir”, “dirigir”, “transitar” e “circular”
infração implica necessariamente o cometimento (e suas variações) implicam, necessariamente,
de outra. que o veículo esteja em movimento.
Nesses casos, será lavrado um único AIT. São exemplos de infrações que não podem
Exemplos de infrações concorrentes: ocorrer simultaneamente:
Exemplo 1: ultrapassar pelo acostamento (art. Exemplo 1: veículo estacionado na esquina (art.
202), implica necessariamente a prática da 181, I) e com o licenciamento vencido (art. 230, V),
infração de transitar com o veículo pelo sem que tenha sido constatada a condução do
acostamento (art. 193). Neste caso, autuar apenas veículo. Neste caso, autuar apenas pela infração
no art. 202. do art. 181, I.
Exemplo 2: veículo novo, sem registro (art. 230, Exemplo 2: veículo estacionado em local proibido
V) e sem ambas as placas (art. 230, IV). Neste pela sinalização (art. 181, XVIII), e com o condutor
caso, autuar apenas no art. 230, V. sem utilizar o cinto de segurança (art.167), sem
Exemplo 3: passageiro excedente em veículo (art. que tenha sido constatada a condução do veículo.
231, VII) e sem usar o cinto de segurança Neste caso, autuar apenas pela infração no art.
(art.167). Neste caso, autuar apenas no art. 231, 181, XVIII.
VII. Observação: Os exemplos de infrações que não
Observação: os exemplos de infrações podem ocorrer simultaneamente citados não
concorrentes citados não esgotam as situações esgotam todas as situações previstas.
que implicam em infrações concorrentes. Infrações Continuadas
Infrações Concomitantes Caracterizam-se por uma conduta única,
São concomitantes aquelas infrações que ocorrem inalterada e ininterrupta, observada por mais de
de maneira independente umas da outras. uma vez em momentos distintos e sequenciais.
Nesses casos, será lavrado AIT para cada A abordagem do condutor faz cessar a infração
infração constatada, na forma dos arts. 266 e 280 continuada.
do CTB. Nesse caso, deverá ser lavrado um único AIT.
São exemplos de infrações concomitantes: São exemplos de infração continuada:
Exemplo 1: Deixar de reduzir a velocidade do Exemplo 1: condutor ou passageiro sem utilizar o
veículo de forma compatível com a segurança do cinto de segurança (art. 167);
trânsito ao ultrapassar ciclista (art. 220, XIII) e não Exemplo 2: condutor ou passageiro de
manter a distância de 1,50m ao ultrapassar motocicleta flagrado sem utilizar o capacete (art.
bicicleta (art. 201). 244, I ou II);
Exemplo 2: condutor que não usa o cinto de Exemplo 3: veículo estacionado em local proibido
segurança (art.167) e que está segurando telefone que não possa ser removido e permaneça
celular (art. 252, parágrafo único). estacionado no mesmo lugar.
Exemplo 3: veículo que avança o sinal vermelho Infrações Sucessivas
do semáforo (art. 208) e que excede o limite de Caracterizam-se pelo cometimento de repetidas
velocidade em menos de 20% (art. 218, I). condutas idênticas, ao longo de um percurso, de
Exemplo 4: veículo que está sem um forma reiterada e intermitente.
equipamento obrigatório (art. 230, IX) e com outro Nesses casos, será lavrado AIT para cada
equipamento obrigatório em desacordo (art. 230, infração constatada, na forma dos arts. 266 e 280
X). do CTB.
Observação: os exemplos de infrações São exemplos de infrações sucessivas:
concomitantes citados não esgotam as situações Exemplo 1: duas ou mais ultrapassagens pela
que implicam em infrações concomitantes. contramão onde houver marcação viária
A concomitância não ocorrerá, entretanto, em longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo
infrações que não podem ocorrer linha dupla contínua ou simples contínua amarela
simultaneamente, conforme a tipificação de cada (art. 203, V);
uma delas. Não é possível autuar um veículo, no Exemplo 2: dois ou mais excessos de velocidade
mesmo local, dia e horário, por uma infração de superior à máxima permitida, flagradas por
estacionamento e outra de movimento (deixar de medidores de velocidade em pontos distintos, ao
usar o cinto de segurança). Nesse caso, caberá longo do percurso (art. 218, I, II ou III); e
apenas uma delas.
Exemplo 3: dois ou mais avanços de sinal veículos elencados no inciso VII do artigo 29 do
vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória CTB, desde que estejam devidamente
(art. 208). caracterizados externamente por pintura ou
Observação: os exemplos de infrações plotagem, que identifique o veículo de relance, na
sucessivas citadas não esgotam as situações que forma definida pelo próprio órgão.
implicam infrações sucessivas.
O agente da autoridade de trânsito, sempre que MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
possível, deverá abordar o condutor do veículo
para constatar a infração, ressalvados os casos Medidas administrativas são providências de
em que a infração poderá ser comprovada sem a caráter complementar, exigidas para a
abordagem. Para esse fim, o Manual estabelece regularização de situações infracionais, sendo, em
as seguintes situações: grande parte, de aplicação momentânea, e têm
● Caso 1: “possível sem abordagem” - significa como objetivo prioritário impedir a continuidade da
que a infração pode ser constatada sem a prática infracional, garantindo a proteção à vida e
abordagem do condutor, sendo desnecessária a à incolumidade física das pessoas e não se
justificativa no AIT quanto ao motivo de não ter confundem com penalidades.
sido abordado. Compete à autoridade de trânsito com
● Caso 2: “mediante abordagem” – significa que a circunscrição sobre a via e seus agentes aplicar as
infração só pode ser constatada se houver a medidas administrativas, considerando a
abordagem do condutor. necessidade de segurança e fluidez do trânsito.
● Caso 3: “vide procedimentos” – significa que há A ausência de registro no AIT da medida
situações em que só é possível constatar a administrativa adotada ou a impossibilidade de
infração mediante abordagem, porém há outras sua aplicação ou conclusão não invalidam a
situações em que é possível constatá-la sem autuação pela infração de trânsito.
abordagem. A eventual invalidação, anulação ou arquivamento
Tratando-se de combinação de veículos, deve ser do AIT não prejudicará, necessariamente, a
observado o seguinte: medida administrativa aplicada pelo agente da
● Caso 1: nas infrações de circulação, autoridade de trânsito.
preferencialmente, deverá ser autuada a unidade Retenção do Veículo
tratora. Não sendo possível identificar a unidade Consiste na imobilização do veículo, pelo tempo
tratora, deverá ser autuada a unidade tracionada, necessário, no local da abordagem ou em local
indicando-se no campo de observações do AIT que seja garantida a segurança viária, para sanar
que se tratava de uma combinação de veículos; determinada irregularidade, aplicável nas infrações
● Caso 2: nas infrações relacionadas às em que esteja prevista esta medida administrativa.
condições da unidade (por exemplo: falta de Quando a irregularidade for sanada, o veículo será
licenciamento, falta de placa, lâmpadas liberado tão logo seja regularizada a situação.
queimadas ou mau estado de conservação), a Na impossibilidade de sanar a falha no local da
autuação deverá ser feita em cada unidade infração, o veículo poderá ser retirado por
irregular; e condutor regularmente habilitado, desde que
● Caso 3: nas infrações de estacionamento, ofereça condições de segurança para circulação e
autuar pela placa da unidade tratora. Somente esteja devidamente licenciado, assinalando-se ao
autuar pela placa da unidade tracionada, se esta condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta)
estiver desatrelada. dias, para sua regularização, mediante registro no
Renavam.
FISCALIZAÇÃO DE VEÍCULOS DE O recolhimento do CRLV-e se dará com o
EMERGÊNCIA POR EQUIPAMENTOS lançamento, pelo órgão responsável pela
ELETRÔNICOS fiscalização, desta medida administrativa no
cadastro do veículo junto ao Renavam.
Não deverão ser processadas as imagens No prazo assinalado no recibo, o infrator deverá
registradas por equipamentos medidores de providenciar a solução da irregularidade do veículo
velocidade do tipo fixo ou por sistemas e apresentá-lo no local indicado, onde, após
automáticos não metrológicos, nas condutas de comprovada a regularização, terá seu CRLV-e
circulação, estacionamento e parada para os restituído.
Caso o veículo seja flagrado, em circulação, fora Não atendidas quaisquer das situações previstas
do prazo estipulado no recibo de recolhimento, anteriormente, o veículo deverá ser removido ao
sem a devida regularização, deverá ser autuado depósito.
pela respectiva irregularidade e recolhido ao No prazo assinalado, o veículo regularizado
depósito, nos termos do § 7º do art. 270 do CTB. deverá ser apresentado no local indicado, para ter
No caso de não observância do prazo a situação do CRLV-e restabelecida. Caso não
estabelecido para a regularização, a autoridade de seja efetuada a regularização no prazo concedido
trânsito deverá encaminhar o documento ao órgão no momento da fiscalização, permanecerá a
ou entidade de trânsito de registro do veículo, restrição no sistema, e o veículo será removido se
sendo que, no caso de documento digital, deve ser flagrado em circulação.
comunicado o órgão executivo de trânsito da O veículo será removido ao depósito nos
Unidade Federativa de registro do veículo, para seguintes casos:
inserção de restrição administrativa. I. quando a irregularidade não for sanada e não se
Não efetuada a regularização no prazo concedido apresentar o condutor regularmente habilitado e o
no momento da fiscalização, será feito registro de veículo não reunir condições para transitar com
restrição administrativa no Renavam, pelo órgão segurança;
ou entidade executivo de trânsito da Unidade II. quando o veículo não estiver devidamente
Federativa de registro do veículo, que será registrado e licenciado;
retirada após comprovada a regularização. III. quando necessário à boa ordem administrativa.
Quando se tratar de transporte coletivo IV. O atendimento à boa ordem administrativa se
conduzindo passageiros ou de veículo de carga dará nas infrações em que, embora a
transportando produto perigoso ou perecível, irregularidade possa ter cessado em razão da
desde que o veículo ofereça condições de abordagem, seja necessário garantir que a
segurança para circulação em via pública, a conduta não será praticada novamente, tendo
retenção pode deixar de ser aplicada como objetivo prioritário a proteção à vida, à
imediatamente. Segurança Viária e à incolumidade física da
Não atendidas quaisquer das situações previstas, pessoa, em consonância com o § 1º do art. 269 do
o veículo deverá ser removido ao depósito. CTB.
Remoção do Veículo V. São exemplos de infrações que ensejam o
A remoção do veículo tem por finalidade recolhimento do veículo ao depósito, quando
restabelecer as condições de segurança e fluidez necessário à boa ordem administrativa: arts. 173;
da via ou garantir a boa ordem administrativa. 174; 175; 210; 230, I; 231, VIII; 239; 253; e 253-A.
Consiste em deslocar o veículo do local onde é O veículo em estado de abandono ou acidentado
verificada a infração para depósito fixado pela poderá ser removido para o depósito fixado pelo
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a órgão ou entidade competente, componente do
via. Sistema Nacional de Trânsito, independentemente
Quando a irregularidade puder ser sanada no local da existência de infração à legislação de trânsito.
onde for constatada a infração, o veículo será Considera-se veículo em estado de abandono o
liberado tão logo seja regularizada a situação. veículo estacionado na via ou em estacionamento
Na impossibilidade de sanar a irregularidade no público, sem capacidade de locomoção por meios
local da infração, desde que o veículo ofereça próprios e que, devido a seu estado de
condições de segurança para circulação e esteja conservação e processo de deterioração, ofereça
devidamente licenciado, poderá ser retirado por risco à saúde pública, à segurança pública ou ao
condutor regularmente habilitado, mediante meio ambiente, independentemente de encontrar-
recolhimento do CRLV-e. se estacionado em local permitido.
O recolhimento digital do CRLV-e será registrado A remoção do veículo acidentado será realizada
em sistema informatizado, com ciência ao quando não houver responsável pelo bem no local
condutor. do acidente.
A ciência do recolhimento digital do CRLV-e dar- A remoção deve ser feita por meio de veículo
se-á por meio de recibo entregue ao condutor ou destinado para esse fim, a serviço do órgão de
de lançamento dessa medida administrativa em trânsito, ou, na falta deste, valendo-se da própria
campo próprio ou no de observações do AIT, capacidade de movimentação do veículo a ser
assinalando-se prazo razoável, não superior a 15 removido, desde que haja condições de segurança
(quinze) dias, para sua regularização.
para o trânsito, de acordo com a regulamentação o seu recolhimento, mediante recibo, para que
do órgão responsável pela remoção. seja feito o encaminhamento para a autoridade de
Nas infrações de estacionamento em que se prevê trânsito responsável pela aplicação da penalidade
a remoção do veículo, esta não será aplicada se o de suspensão ou cassação. Se o documento for
condutor, regularmente habilitado, retirar o veículo apresentado em meio digital, o bloqueio já estará
de onde se encontra irregularmente, desde que inserido no próprio sistema do Renach.
esteja devidamente licenciado e em condições de Quando o agente detectar indícios de
circulação, se a retirada do veículo do local ocorrer inautenticidade ou adulteração, o documento de
antes do início da operação de remoção, ou ainda, habilitação apresentado deverá ser recolhido e
quando o agente avaliar que a operação de encaminhado, juntamente com o condutor, para a
remoção trará ainda mais prejuízo à segurança Polícia Judiciária, nos termos do art. 272 do CTB.
e/ou fluidez da via. Recolhimento do Certificado de Licenciamento
Considera-se iniciada a operação de remoção Anual (CLA/CRLV-e)
quando o veículo destinado para a remoção Consiste na inserção, em sistema informatizado,
(guincho) se encontrar no local da infração e o de restrição do documento que certifica o
responsável pelo guincho já tiver iniciado qualquer licenciamento do veículo, com o objetivo de
procedimento mecânico de guinchamento, tais garantir que o proprietário promova a
como, destravamento do sistema de transmissão regularização de uma infração constatada.
ou de frenagem, amarração de rodas, veículo Deve ser aplicado nas seguintes situações:
sobre ao menos um dos patins, colocação de a) quando não for possível sanar a irregularidade
veículo na lança do guincho, ou, subida de no local da infração, nos casos em que esteja
veículo, ainda que parcial, na plataforma do prevista a medida administrativa de retenção ou
guincho, entre outros. de remoção do veículo e este tenha sido liberado
A restituição dos veículos removidos só ocorrerá nos termos do § 2º do art. 270 e § 9º- A do art. 271
após o pagamento das multas, taxas e despesas do CTB.
com remoção e estada, além de outros encargos b) quando houver fundada suspeita quanto à
previstos na legislação específica. inautenticidade ou adulteração, devendo ser
Recolhimento do Documento de Habilitação encaminhado, juntamente com o condutor, para a
A medida administrativa de recolhimento do Polícia Judiciária, nos termos do art. 274 do CTB.
documento de habilitação é aplicada pela A ciência do recolhimento digital do CLA/CRLV-e
autoridade de trânsito quando da imposição da dar-se-á por meio de recibo entregue ao condutor
penalidade de suspensão do direito de dirigir ou ou de lançamento dessa medida administrativa em
de cassação da CNH/PPD, após o devido campo próprio ou no de observações do AIT.
processo administrativo, com o objetivo de impedir Transbordo do Excesso de Carga
a condução de veículos nas vias públicas O transbordo do excesso de carga consiste na
enquanto perdurar a suspensão ou cassação. retirada ou remanejamento da carga de um
Quando o condutor possuir CNH/PPD em meio veículo que exceda o limite de peso ou a
físico, a autoridade de trânsito notificará o capacidade máxima de tração, às expensas do
condutor para que entregue a sua CNH. proprietário, sem prejuízo da autuação cabível.
Quando o condutor possuir CNH/PPD em meio A critério do agente, avaliados os riscos e as
digital, a autoridade de trânsito colocará um condições de segurança, poderá ser dispensado o
bloqueio no aplicativo, indicando a existência da remanejamento ou transbordo de produtos
suspensão ou cassação. perigosos, produtos perecíveis, cargas vivas e
O agente da autoridade de trânsito somente passageiros.
aplicará a medida administrativa de recolhimento Nos casos em que não for dispensado o
de documento de habilitação quando ele flagrar o remanejamento ou transbordo da carga, o veículo
cometimento das infrações previstas nos art. 162, deverá ser recolhido ao depósito.
II (Dirigir veículo com Carteira Nacional de Recolhimento de Animais que se Encontrem
Habilitação, Permissão paraDirigir ou Autorização Soltos nas Vias e na Faixa de Domínio das Vias
para Conduzir Ciclomotor cassada ou com de Circulação
suspensão do direito de dirigir). Esta medida administrativa consiste no
No caso do art. 162, II, quando o documento de recolhimento de animais soltos nas vias ou nas
habilitação for apresentado em meio físico, o faixas de domínio, com o objetivo de garantir a
agente da autoridade de trânsito deve providenciar segurança dos usuários, evitando perigo potencial
gerado à segurança do trânsito. Nestas situações o agente deverá verificar se o
O animal deverá ser recolhido para depósito fixado país de origem da habilitação do condutor é
pelo órgão ou entidade de trânsito competente, ou, signatário de convenções ou acordos
excepcionalmente, para instalações públicas ou internacionais, ratificados e aprovados pela
privadas, dedicadas à guarda e preservação de República Federativa do Brasil. A informação
animais. encontra-se disponível em sítio eletrônico do
O recolhimento deixará de ocorrer se o Órgão Máximo Executivo da União.
responsável, presente no local, se dispuser a
retirar o animal. DISPOSIÇÕES FINAIS
Medidas Administrativas Inominadas
Além das medidas administrativas relacionadas no O condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor,
artigo 269, o CTB prevê medidas administrativas quando desmontado e empurrando o veículo nas
específicas para as infrações dos artigos 221 vias públicas, não se equipara ao pedestre, exceto
(apreensão das placas irregulares), 243 em caso de defeito, pane mecânica ou elétrica.
(recolhimento de placas e documentos), 245 O simples abandono de veículo em via pública,
(remoção de mercadoria e material), 255 (remoção estacionado em local não proibido pela
de bicicleta) e 278 (retorno ao ponto de evasão). sinalização, não caracteriza infração de trânsito.
Os órgãos e entidades executivos do SNT
HABILITAÇÃO poderão celebrar convênio delegando as
atividades previstas no CTB, com vistas à maior
Para a condução de veículos automotores é eficiência e à segurança para os usuários da via.
obrigatório o porte do documento de habilitação, Em razão de ser a legislação de trânsito dinâmica,
apresentado no original e dentro da data de e as normas que a regem estarem em constante
validade. mudança, alterações eventuais serão
O porte do documento de habilitação será automaticamente recepcionadas, no que couber,
dispensado quando, no momento da fiscalização, por este Manual.
for possível ter acesso ao sistema informatizado
para verificar se o condutor está habilitado. RESOLUÇÃO 993/2023
O documento de habilitação não pode estar
plastificado para que sua autenticidade possa ser Estabelece os equipamentos obrigatórios para
verificada. a frota de veículos em circulação e relaciona o
São documentos de habilitação: índice de regulamentações sobre segurança
I. Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) - veicular aplicáveis.
habilita o condutor somente para conduzir
ciclomotores e cicloelétricos; Art. 1º Esta Resolução estabelece os
II. Permissão para Dirigir (PPD) - categorias A e B; equipamentos de segurança para a frota de
III. Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - veículos em circulação e relaciona o índice de
categorias A, B, C, D e E; regulamentações sobre segurança veicular
IV. Permissão Internacional para Dirigir (PID). aplicáveis.
Art. 2º Aplica-se essa Resolução aos veículos do
CONDUTOR ORIUNDO DE PAÍS ESTRANGEIRO tipo automóvel, camioneta, utilitário, caminhonete,
caminhão, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus,
O condutor de veículo automotor, oriundo de país trator de rodas, de esteiras e mistos (inclusive
estrangeiro e nele habilitado, desde que máquinas de elevação/guindastes), reboque e
penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no semirreboque, ciclomotor, motoneta, motocicleta,
território nacional quando amparado por triciclo, triciclo de cabine fechada, quadriciclo e
convenções ou acordos internacionais, ratificados quadriciclo de cabine fechada.
e aprovados pela República Federativa do Brasil Art. 3º Para circular em vias públicas, os veículos
e, igualmente, pela adoção do Princípio da de que trata do art. 2º devem estar dotados dos
Reciprocidade, no prazo máximo de 180 (cento e equipamentos obrigatórios relacionados no Anexo
oitenta) dias, respeitada a validade da habilitação I, conforme o caso.
de origem, conforme regulamentação de resolução § 1º Os veículos de que trata o art. 2º devem
do Contran. atender aos requisitos técnicos gerais de
construção relacionados no Anexo II e aos demais a aplicação das multas por infrações, a
estabelecidos sucessivamente em arrecadação e o repasse dos valores arrecadados,
regulamentação específica do CONTRAN. nos termos do inciso VIII do art. 12 do CTB.
§ 2º Compete à fiscalização de trânsito constatar Art. 2º A Resolução CONTRAN nº 918, de 2022,
as condições de funcionamento dos equipamentos passa a vigorar com as seguintes alterações:
obrigatórios previstos no Anexo I.
Art. 4º Regulamentação específica do CONTRAN "Art. 25. Os órgãos autuadores da União, para
deve indicar os equipamentos obrigatórios para arrecadarem multas de trânsito de sua
circulação dos seguintes veículos: competência, devem utilizar a Guia de
I - inacabados ou incompletos; e Recolhimento da União (GRU) do tipo Cobrança
II - equipamento de mobilidade individual ou a plataforma digital PagTesouro, observado o
autopropelidos e bicicletas com motor elétrico Decreto nº 4.950, de 9 de janeiro de 2004, a
auxiliar. Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro
Art. 5º O CONTRAN pode estabelecer, por meio Nacional (STN) nº 2, de 22 de maio de 2009, o
de Resolução específica, equipamentos Decreto nº 10.494, de 23 de setembro de 2020, e
obrigatórios adicionais aos previstos nesta suas alterações posteriores."
Resolução. "Art. 27. Os órgãos arrecadadores poderão firmar,
Art. 6º Os veículos registrados em outros países e sem ônus para si, acordos e parcerias técnico o
em circulação no território nacional devem atender peracionais para viabilizar o pagamento de multas
ao disposto nesta Resolução, excetuando-se os de trânsito com cartões de débito ou crédito,
equipamentos obrigatórios dispensados por disponibilizando aos infratores ou proprietários de
convenções e acordos internacionais ratificados veículos alternativas para quitar seus débitos à
pelo Brasil. vista ou em parcelas mensais, com a imediata
Art. 7º Esta Resolução não se aplica aos veículos regularização da situação do veículo.
destinados à exportação. § 1º Os órgãos arrecadadores deverão solicitar
Art. 8º Os proprietários ou condutores cujos autorização ao órgão máximo executivo de trânsito
veículos circularem em vias públicas desprovidos da União para viabilizar o pagamento de multas de
dos requisitos estabelecidos nesta Resolução trânsito com cartões de débito ou crédito."
ficam sujeitos às penalidades constantes no art.
230 do CTB, no que couber, respeitadas as Art. 3º Esta Resolução entra em vigor em 02 de
exceções e situações particulares previstas nesta maio de 2023.
Resolução.
Art. 9º Os anexos desta resolução encontram-se RESOLUÇÃO Nº 996/2023
disponíveis no sítio eletrônico do órgão máximo
executivo de trânsito da união. Dispõe sobre o trânsito, em via pública, de
Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº ciclomotores, bicicletas elétricas e
912, de 28 de março de 2022. equipamentos de mobilidade individual
Art. 11. Esta Resolução entra em vigor em 3 de autopropelidos.
julho de 2023.
CAPÍTULO I
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 991/2023 DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Altera a Resolução CONTRAN nº 918, de 28 de Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o trânsito, em
março de 2022, que consolida as normas sobre via pública, de ciclomotores, bicicletas elétricas e
os procedimentos para a aplicação das multas equipamentos de mobilidade individual
por infrações, a arrecadação e o repasse dos autopropelidos.
valores arrecadados, nos termos do inciso VIII Art. 2º Para efeitos desta Resolução, define-se:
do art. 12 do Código de Trânsito Brasileiro I - bicicleta: veículo de propulsão humana, dotado
(CTB). de duas rodas, não sendo, para efeito do Código
de Trânsito Brasileiro (CTB), similar à motocicleta,
Art. 1º Esta Resolução altera a Resolução motoneta e ciclomotor;
CONTRAN nº 918, de 28 de março de 2022, que II - equipamento de mobilidade individual
consolida as normas sobre os procedimentos para autopropelido: equipamento com as seguintes
características: competição, devidamente autorizadas pelo órgão
a) dotado de uma ou mais rodas; ou entidade com circunscrição sobre a via,
b) dotado ou não de sistema de autoequilíbrio que estando limitadas à velocidade máxima de
estabiliza dinamicamente o equipamento propulsão do motor auxiliar de 45 km/h (quarenta
inerentemente instável por meio de sistema de e cinco quilômetros por hora).
controle auxiliar composto por giroscópio e § 4º As bicicletas elétricas podem ser dotadas de
acelerômetro; modo de assistência a pé, função que permite ao
c) provido de motor de propulsão com potência condutor ativar a assistência do motor elétrico sem
nominal máxima de até 1000 W (mil watts); pedalar, com um limite de velocidade de até 6
d) velocidade máxima de fabricação não superior km/h (seis quilômetros por hora).
a 32 km/h (trinta e dois quilômetros por hora); e § 5º É permitido o transporte de um passageiro,
e) largura não superior a 70 cm (setenta em dispositivo adequado previsto pelo fabricante,
centímetros) e distância entre eixos de até 130 cm nos equipamentos de mobilidade individual
(cento e trinta centímetros); autopropelidos que se assemelham a bicicletas
III - bicicleta elétrica: veículo de propulsão com acelerador.
humana, com duas rodas, com as seguintes § 6º A bicicleta ou o equipamento cuja cilindrada,
características: potência ou velocidade máxima de fabricação for
a) provido de motor auxiliar de propulsão, com superior às definidas para o equipamento de
potência nominal máxima de até 1000 W (mil mobilidade individual autopropelido deve ser
watts); classificado como ciclomotor, motocicleta,
b) provido de sistema que garanta o motoneta ou triciclo, conforme o caso.
funcionamento do motor somente quando o § 7º O veículo cuja cilindrada, potência ou
condutor pedalar (pedal assistido); velocidade máxima de fabricação for superior às
c) não dispor de acelerador ou de qualquer outro definidas para ciclomotor deve ser classificado
dispositivo de variação manual de potência; como motocicleta, motoneta ou triciclo, conforme o
d) velocidade máxima de propulsão do motor caso.
auxiliar não superior a 32 km/h (trinta e dois § 8º Apresenta-se no Anexo I quadro com as
quilômetros por hora); características dos veículos de que trata esta
IV - ciclomotor: veículo de 2 (duas) ou 3 (três) Resolução.
rodas, provido de motor de combustão interna cuja
cilindrada não exceda a 50 cm (cinquenta CAPÍTULO II
centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol (três DOS EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS
polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de
motor de propulsão elétrica com potência máxima Art. 3º Os equipamentos de mobilidade individual
de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade autopropelidos, para circularem, devem ser
máxima de fabricação não exceda a 50 km/h dotados de:
(cinquenta quilômetros por hora); I - indicador e/ou dispositivo limitador eletrônico de
V - motoneta: veículo automotor de duas rodas, velocidade;
dirigido por condutor em posição sentada; e II - campainha; e
VI - motocicleta: veículo automotor de duas III - sinalização noturna, dianteira, traseira e
rodas, com ou sem side-car, dirigido por condutor lateral, incorporadas ao equipamento.
em posição montada. Parágrafo único. Permite-se a utilização de
§ 1º A bicicleta elétrica equipara-se à bicicleta para dispositivo alternativo ao velocímetro, que indique
efeito desta Resolução. a velocidade de circulação por meio de aviso
§ 2º Excetuam-se da exigência estabelecida na sonoro ou por aplicativo em smartphone, para
alínea 'c' do inciso II do caput os equipamentos cumprimento da exigência de dispositivo indicador
dotados de uma roda, providos de sistema de de velocidade de que trata o inciso I do caput.
autoequilíbrio (monociclos autoequilibrados), que Art. 4º As bicicletas elétricas, fabricadas ou
podem estar providos de motor com potência adaptadas, para circularem, devem ser dotadas
nominal máxima de até 4000 W (quatro mil watts). de:
§ 3º Excetuam-se do limite estabelecido na alínea I - indicador e/ou dispositivo limitador eletrônico de
'd' do inciso III do caput as bicicletas elétricas velocidade;
destinadas ao uso esportivo, quando em II - campainha;
circulação em estradas, rodovias ou em
III - sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e por hora);
nos pedais; II - em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, limitada à
IV - espelho retrovisor do lado esquerdo; e velocidade máxima regulamentada pelo órgão
V - pneus em condições mínimas de segurança. com circunscrição sobre a via; e
Parágrafo único. Permite-se a utilização de II - em vias com velocidade máxima
dispositivo alternativo ao velocímetro, que regulamentada de até 40 km/h (quarenta
indique a velocidade de circulação por meio de quilômetros por hora).
aviso sonoro ou por aplicativo em smartphone, Art. 10. O órgão ou entidade com circunscrição
para cumprimento da exigência de dispositivo sobre a via pode, mediante estudos técnicos de
indicador de velocidade de que trata o inciso I do engenharia que garantam a segurança de todos
caput. os usuários da via, definir velocidade e/ou vias de
Art. 5º Os ciclomotores devem ser dotados dos circulação diversas daquelas previstas nos arts.
equipamentos obrigatórios estabelecidos no CTB 7º, 8º e 9º.
e em regulamentação específica do CONTRAN. Art. 11. A circulação de bicicletas elétricas e de
equipamentos de mobilidade individual
CAPÍTULO III autopropelidos deve seguir as mesmas
DA CIRCULAÇÃO DE CICLOMOTORES, disposições estabelecidas pelo CTB e pelas
BICICLETAS ELÉTRICAS E EQUIPAMENTOS regulamentações do CONTRAN para a circulação
DE MOBILIDADE INDIVIDUAL de bicicletas.
AUTOPROPELIDOS
CAPÍTULO IV
Art. 6º Cabe ao órgão ou entidade com DO CADASTRAMENTO, REGISTRO E
circunscrição sobre a via regulamentar a LICENCIAMENTO
circulação de ciclomotores, bicicletas elétricas e
equipamentos de mobilidade individual Art. 12. As bicicletas elétricas e os equipamentos
autopropelidos, nas vias terrestres abertas à de mobilidade individual autopropelidos não são
circulação pública, conforme dispõe o art. 2º do sujeitos ao registro, ao licenciamento e ao
CTB. emplacamento para circulação nas vias, conforme
§ 1º A regulamentação de que trata o caput se art. 134-A do CTB.
aplica a qualquer tipo de via e a qualquer tipo de Art. 13. Para o registro e o licenciamento de
infraestrutura cicloviária. ciclomotores junto aos órgãos ou entidades
§ 2º O órgão ou entidade com circunscrição sobre executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
a via deve observar as diretrizes estabelecidas em Federal, deve ser exigida a apresentação dos
Resolução específica do CONTRAN acerca do seguintes documentos:
regulamento de sinalização viária. I - Certificado de Adequação à Legislação de
Art. 7º A circulação de bicicletas elétricas em Trânsito (CAT), expedido pelo órgão máximo
ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas deve respeitar a executivo de trânsito da União, conforme
velocidade máxima regulamentada pelo órgão regulamentação específica;
com circunscrição sobre a via. II - código específico de marca/modelo/versão;
Art. 8º A circulação de bicicletas elétricas para uso III - nota fiscal do veículo;
esportivo deve observar velocidade máxima IV - documento de identificação do proprietário do
assistida limitada a 45 km/h quando em uso nas veículo e, no caso de pessoa jurídica, documento
vias arteriais, estradas, rodovias ou quando em de identificação de seu representante legal e
competição esportiva, devendo, nas demais vias, comprovante de poderes para assinar pela
ciclovias e ciclofaixas, seguir os limites empresa; e
estabelecidos no art. 7º ou na sinalização de V - comprovante do Cadastro de Pessoa Física
regulamentação viária existente. (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa
Art. 9º A circulação de equipamentos de Jurídica (CNPJ).
mobilidade individual autopropelidos pode ser Parágrafo único. Compete aos fabricantes, órgão
autorizada pelo órgão ou entidade com alfandegário e/ou importadores a realização de
circunscrição sobre a via nas seguintes situações: pré-cadastro no Registro Nacional de Veículos
I - em áreas de circulação de pedestres, limitada à Automotores (RENAVAM), dos ciclomotores
velocidade máxima de 6 km/h (seis quilômetros fabricados ou importados a partir da entrada em
vigor desta Resolução. Art. 15. O VIN deve ser gravado conforme critério
Art. 14. Para o registro e o licenciamento junto aos de identificação estabelecido em Resolução
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos específica do CONTRAN.
Estados e do Distrito Federal dos ciclomotores que Parágrafo único. Nos casos em que o veículo
não possuam CAT e código específico de não dispuser de VIN originalmente gravado por
marca/modelo/versão, fabricados ou importados seu fabricante, compete aos órgãos ou entidades
até a data de entrada em vigor desta Resolução, executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
deve ser exigido: Federal fornecê-lo seguindo o padrão estabelecido
I - Certificado de Segurança Veicular (CSV), no Anexo IV desta Resolução e autorizar a
constando número de identificação veicular (VIN) gravação por empresas por eles credenciadas.
ou, em sua ausência, o número de série do Art. 16. O número do motor dos ciclomotores deve
produto; estar em conformidade com o estabelecido pelo
II - Laudo de Vistoria, constando o número de CONTRAN em regulamentação específica.
motor e o VIN;
III - nota fiscal e/ou Declaração de Procedência, CAPÍTULO V
constando a potência do motor, prevista no Anexo DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
II, para o caso de pessoa física, e no Anexo III,
para o caso de pessoa jurídica; Art. 17. Para os veículos e equipamentos objetos
IV - documento de identificação do proprietário do desta Resolução, em que houver modificação com
veículo e, no caso de pessoa jurídica, documento instalação de sistema de propulsão utilizando
de identificação de seu representante legal e veículo de base, quadro de bicicletas ou
comprovante de poderes para assinar pela assemelhados, deverá ser atendida Resolução
empresa; e específica do CONTRAN de fabricação de
V - comprovante do Cadastro de Pessoa Física veículos artesanais.
(CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa Art. 18. Ficam dispensados do cumprimento dos
Jurídica (CNPJ). requisitos desta Resolução:
§ 1º Os proprietários dos ciclomotores de que trata I - os veículos de uso exclusivo fora de estrada;
o caput: II - os veículos de competição; e
I - devem providenciar a inclusão desses veículos III - os equipamentos destinados à locomoção de
junto ao RENAVAM a partir de 1º de novembro de pessoas com deficiência ou com
2023 até 31 de dezembro de 2025, findo o qual comprometimento de mobilidade.
ficam impedidos de circular em via pública; e Art. 19. O descumprimento do disposto nesta
II - são responsáveis pela comprovação e Resolução sujeita o infrator, conforme o caso,
manutenção dos requisitos técnicos de segurança independentemente de outras penalidades, às
dos veículos estabelecidos em regulamentação seguintes sanções previstas no CTB:
específica do CONTRAN. I - art. 187, inciso I, quando transitar em local não
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito permitido pelo órgão com circunscrição sobre a
dos Estados e do Distrito Federal devem via;
cadastrar, registrar e licenciar os ciclomotores de II - art. 193, quando transitar em calçadas,
que trata o caput utilizando o código específico de passeios, ciclovias, exceto nos casos autorizados
marca/modelo/versão 040400, referente à pela autoridade de trânsito com circunscrição
designação CICLOMOTOR/L13154, utilizando sobre a via;
funcionalidade específica do RENAVAM. III - art. 230, inciso IV, quando o veículo for
§ 3º Para fins de cadastramento, registro e conduzido sem placa de identificação;
licenciamento no sistema RENAVAM, os veículos IV - art. 230, inciso V, quando conduzir veículo que
referidos no caput, cuja procedência seja não esteja registrado e licenciado;
desconhecida, devem ser considerados de V - art. 244, quando conduzir ciclomotor sem o uso
procedência nacional. de capacete ou transportar passageiro sem o uso
§ 4º A potência a ser apresentada nos do capacete;
documentos previstos no inciso III do caput deve VI - art. 244, § 1º, quando transitar com bicicleta
ser declarada em cavalo-vapor (cv), para os elétrica em vias de trânsito rápido ou rodovias,
veículos com motor à combustão, ou em salvo onde houver acostamento ou faixas de
quilowatts (kW), para os veículos com motor rolamento próprias; e
elétrico.
VII - art. 244, § 2º, quando transitar com VII - solução pacífica dos conflitos;
ciclomotores nas vias de trânsito rápido ou VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
rodovias, salvo onde houver acostamento ou IX - cooperação entre os povos para o progresso
faixas de rolamento próprias. da humanidade;
Parágrafo único. Os tipos infracionais e as X - concessão de asilo político.
situações descritas nos incisos deste artigo não Parágrafo único. A República Federativa do
afastam a possibilidade de aplicação de outras Brasil buscará a integração econômica, política,
infrações, penalidades e medidas administrativas social e cultural dos povos da América Latina,
previstas no CTB. visando à formação de uma comunidade latino-
Art. 20. Os Anexos desta Resolução encontram- americana de nações.
se disponíveis no sítio eletrônico do órgão máximo
executivo de trânsito da União. TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA CAPÍTULO I
DO BRASIL DE 1988 Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

TÍTULO I Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem


DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada país a inviolabilidade do direito à vida, à
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios liberdade, à igualdade, à segurança e à
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado propriedade, nos termos seguintes:
Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - homens e mulheres são iguais em direitos e
I - a soberania; obrigações, nos termos desta Constituição;
II - a cidadania II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
III - a dignidade da pessoa humana; fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre III - ninguém será submetido a tortura nem a
iniciativa; tratamento desumano ou degradante;
V - o pluralismo político. IV - é livre a manifestação do pensamento,
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, sendo vedado o anonimato;
que o exerce por meio de representantes eleitos V - é assegurado o direito de resposta,
ou diretamente, nos termos desta Constituição. proporcional ao agravo, além da indenização por
Art. 2º São Poderes da União, independentes e dano material, moral ou à imagem;
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
o Judiciário. crença, sendo assegurado o livre exercício dos
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
República Federativa do Brasil: proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
II - garantir o desenvolvimento nacional; de assistência religiosa nas entidades civis e
III - erradicar a pobreza e a marginalização e militares de internação coletiva;
reduzir as desigualdades sociais e regionais; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer política, salvo se as invocar para eximir-se de
outras formas de discriminação. obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
nas suas relações internacionais pelos seguintes IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
princípios: artística, científica e de comunicação,
I - independência nacional; independentemente de censura ou licença;
II - prevalência dos direitos humanos; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
III - autodeterminação dos povos; honra e a imagem das pessoas, assegurado o
IV - não-intervenção; direito a indenização pelo dano material ou moral
V - igualdade entre os Estados; decorrente de sua violação;
VI - defesa da paz; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo,
ninguém nela podendo penetrar sem propriedade particular, assegurada ao proprietário
consentimento do morador, salvo em caso de indenização ulterior, se houver dano;
flagrante delito ou desastre, ou para prestar XXVI - a pequena propriedade rural, assim
socorro, ou, durante o dia, por determinação definida em lei, desde que trabalhada pela família,
judicial; não será objeto de penhora para pagamento de
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
das comunicações telegráficas, de dados e das dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, desenvolvimento;
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo
lei estabelecer para fins de investigação criminal de utilização, publicação ou reprodução de suas
ou instrução processual penal; obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, a lei fixar;
ofício ou profissão, atendidas as qualificações XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
profissionais que a lei estabelecer; a) a proteção às participações individuais em
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
e resguardado o sigilo da fonte, quando humanas, inclusive nas atividades desportivas;
necessário ao exercício profissional; b) o direito de fiscalização do aproveitamento
XV - é livre a locomoção no território nacional em econômico das obras que criarem ou de que
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos participarem aos criadores, aos intérpretes e às
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele respectivas representações sindicais e
sair com seus bens; associativas;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
armas, em locais abertos ao público, industriais privilégio temporário para sua
independentemente de autorização, desde que utilização, bem como proteção às criações
não frustrem outra reunião anteriormente industriais, à propriedade das marcas, aos
convocada para o mesmo local, sendo apenas nomes de empresas e a outros signos distintivos,
exigido prévio aviso à autoridade competente; tendo em vista o interesse social e o
XVII - é plena a liberdade de associação para desenvolvimento tecnológico e econômico do
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; País;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, XXX - é garantido o direito de herança;
a de cooperativas independem de autorização, XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros
sendo vedada a interferência estatal em seu situados no País será regulada pela lei brasileira
funcionamento; em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
XIX - as associações só poderão ser sempre que não lhes seja mais favorável a lei
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas pessoal do "de cujus";
atividades suspensas por decisão judicial, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em defesa do consumidor;
julgado; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
XX - ninguém poderá ser compelido a associar- públicos informações de seu interesse particular,
se ou a permanecer associado; ou de interesse coletivo ou geral, que serão
XXI - as entidades associativas, quando prestadas no prazo da lei, sob pena de
expressamente autorizadas, têm legitimidade responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
para representar seus filiados judicial ou seja imprescindível à segurança da sociedade e
extrajudicialmente; do Estado;
XXII - é garantido o direito de propriedade; XXXIV - são a todos assegurados,
XXIII - a propriedade atenderá a sua função independentemente do pagamento de taxas:
social; a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
desapropriação por necessidade ou utilidade de poder;
pública, ou por interesse social, mediante justa e b) a obtenção de certidões em repartições
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
casos previstos nesta Constituição; de situações de interesse pessoal;
XXV - no caso de iminente perigo público, a XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
autoridade competente poderá usar de Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o XLIX - é assegurado aos presos o respeito à
ato jurídico perfeito e a coisa julgada; integridade física e moral;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; L - às presidiárias serão asseguradas condições
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com para que possam permanecer com seus filhos
a organização que lhe der a lei, assegurados: durante o período de amamentação;
a) a plenitude de defesa; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
b) o sigilo das votações; naturalizado, em caso de crime comum, praticado
c) a soberania dos veredictos; antes da naturalização, ou de comprovado
d) a competência para o julgamento dos crimes envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
dolosos contra a vida; drogas afins, na forma da lei;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o LII - não será concedida extradição de estrangeiro
defina, nem pena sem prévia cominação legal; por crime político ou de opinião;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para LIII - ninguém será processado nem sentenciado
beneficiar o réu; senão pela autoridade competente;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação LIV - ninguém será privado da liberdade ou de
atentatória dos direitos e liberdades seus bens sem o devido processo legal;
fundamentais; LV - aos litigantes, em processo judicial ou
XLII - a prática do racismo constitui crime administrativo, e aos acusados em geral são
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de assegurados o contraditório e ampla defesa,
reclusão, nos termos da lei; com os meios e recursos a ela inerentes;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da obtidas por meios ilícitos;
tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas LVII - ninguém será considerado culpado até o
afins, o terrorismo e os definidos como crimes trânsito em julgado de sentença penal
hediondos, por eles respondendo os mandantes, condenatória;
os executores e os que, podendo evitá-los, se LVIII - o civilmente identificado não será
omitirem; submetido a identificação criminal, salvo nas
XLIV - constitui crime inafiançável e hipóteses previstas em lei;
imprescritível a ação de grupos armados, civis ou LIX - será admitida ação privada nos crimes de
militares, contra a ordem constitucional e o Estado ação pública, se esta não for intentada no prazo
Democrático; legal;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
condenado, podendo a obrigação de reparar o atos processuais quando a defesa da intimidade
dano e a decretação do perdimento de bens ser, ou o interesse social o exigirem;
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e LXI - ninguém será preso senão em flagrante
contra eles executadas, até o limite do valor do delito ou por ordem escrita e fundamentada de
patrimônio transferido; autoridade judiciária competente, salvo nos casos
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e de transgressão militar ou crime propriamente
adotará, entre outras, as seguintes: militar, definidos em lei;
a) privação ou restrição da liberdade; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde
b) perda de bens; se encontre serão comunicados imediatamente
c) multa; ao juiz competente e à família do preso ou à
d) prestação social alternativa; pessoa por ele indicada;
e) suspensão ou interdição de direitos; LXIII - o preso será informado de seus direitos,
XLVII - não haverá penas: entre os quais o de permanecer calado, sendo-
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, lhe assegurada a assistência da família e de
nos termos do art. 84, XIX; advogado;
b) de caráter perpétuo; LXIV - o preso tem direito à identificação dos
c) de trabalhos forçados; responsáveis por sua prisão ou por seu
d) de banimento; interrogatório policial;
e) cruéis; LXV - a prisão ilegal será imediatamente
XLVIII - a pena será cumprida em relaxada pela autoridade judiciária;
estabelecimentos distintos, de acordo com a LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança; a) o registro civil de nascimento;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a b) a certidão de óbito;
do responsável pelo inadimplemento voluntário e LXXVII - são gratuitas as ações de habeas
inescusável de obrigação alimentícia e a do corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
depositário infiel; necessários ao exercício da cidadania.
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de administrativo, são assegurados a razoável
sofrer violência ou coação em sua liberdade de duração do processo e os meios que garantam a
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; celeridade de sua tramitação.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito
para proteger direito líquido e certo, não à proteção dos dados pessoais, inclusive nos
amparado por habeas corpus ou habeas data, meios digitais.
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
de poder for autoridade pública ou agente de fundamentais têm aplicação imediata.
pessoa jurídica no exercício de atribuições do § 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Poder Público; Constituição não excluem outros decorrentes do
LXX - o mandado de segurança coletivo pode regime e dos princípios por ela adotados, ou dos
ser impetrado por: tratados internacionais em que a República
a) partido político com representação no Federativa do Brasil seja parte.
Congresso Nacional; § 3º Os tratados e convenções internacionais
b) organização sindical, entidade de classe ou sobre direitos humanos que forem aprovados,
associação legalmente constituída e em em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
funcionamento há pelo menos um ano, em turnos, por três quintos dos votos dos
defesa dos interesses de seus membros ou respectivos membros, serão equivalentes às
associados; emendas constitucionais.
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal
sempre que a falta de norma regulamentadora Penal Internacional a cuja criação tenha
torne inviável o exercício dos direitos e manifestado adesão.
liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à CAPÍTULO II
cidadania; Dos direitos sociais
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde,
relativas à pessoa do impetrante, constantes de a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
registros ou bancos de dados de entidades o lazer, a segurança, a previdência social, a
governamentais ou de caráter público; proteção à maternidade e à infância, a assistência
b) para a retificação de dados, quando não se aos desamparados, na forma desta Constituição.
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de
administrativo; vulnerabilidade social terá direito a uma renda
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para básica familiar, garantida pelo poder público em
propor ação popular que vise a anular ato lesivo programa permanente de transferência de renda,
ao patrimônio público ou de entidade de que o cujas normas e requisitos de acesso serão
Estado participe, à moralidade administrativa, ao determinados em lei, observada a legislação fiscal
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, e orçamentária.
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; rurais, além de outros que visem à melhoria de
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica sua condição social:
integral e gratuita aos que comprovarem I - relação de emprego protegida contra
insuficiência de recursos; despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
LXXV - o Estado indenizará o condenado por termos de lei complementar, que preverá
erro judiciário, assim como o que ficar preso indenização compensatória, dentre outros
além do tempo fixado na sentença; direitos;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
pobres, na forma da lei: involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
unificado, capaz de atender a suas necessidades termos da lei;
vitais básicas e às de sua família com moradia, XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, por meio de normas de saúde, higiene e
higiene, transporte e previdência social, com segurança;
reajustes periódicos que lhe preservem o poder XXIII - adicional de remuneração para as
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
qualquer fim; forma da lei;
V - piso salarial proporcional à extensão e à XXIV - aposentadoria;
complexidade do trabalho; XXV - assistência gratuita aos filhos e
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
em convenção ou acordo coletivo; anos de idade em creches e pré-escolas;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao XXVI - reconhecimento das convenções e
mínimo, para os que percebem remuneração acordos coletivos de trabalho;
variável; XXVII - proteção em face da automação, na forma
VIII - décimo terceiro salário com base na da lei;
remuneração integral ou no valor da XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
aposentadoria; cargo do empregador, sem excluir a indenização a
IX - remuneração do trabalho noturno superior à que este está obrigado, quando incorrer em dolo
do diurno; ou culpa;
X - proteção do salário na forma da lei, XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
constituindo crime sua retenção dolosa; relações de trabalho, com prazo prescricional de
XI - participação nos lucros, ou resultados, cinco anos para os trabalhadores urbanos e
desvinculada da remuneração, e, rurais, até o limite de dois anos após a extinção
excepcionalmente, participação na gestão da do contrato de trabalho;
empresa, conforme definido em lei; XXX - proibição de diferença de salários, de
XII - salário-família pago em razão do dependente exercício de funções e de critério de admissão por
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XIII - duração do trabalho normal não superior a XXXI - proibição de qualquer discriminação no
oito horas diárias e quarenta e quatro tocante a salário e critérios de admissão do
semanais, facultada a compensação de horários e trabalhador portador de deficiência;
a redução da jornada, mediante acordo ou XXXII - proibição de distinção entre trabalho
convenção coletiva de trabalho; manual, técnico e intelectual ou entre os
XIV - jornada de seis horas para o trabalho profissionais respectivos;
realizado em turnos ininterruptos de XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou
revezamento, salvo negociação coletiva; insalubre a menores de dezoito e de qualquer
XV - repouso semanal remunerado, trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
preferencialmente aos domingos; condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador
superior, no mínimo, em cinquenta por cento à com vínculo empregatício permanente e o
do normal; trabalhador avulso.
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, Parágrafo único. São assegurados à categoria
pelo menos, um terço a mais do que o salário dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
normal; nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII,
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e
emprego e do salário, com a duração de cento e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas
vinte dias; em lei e observada a simplificação do
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em cumprimento das obrigações tributárias, principais
lei; e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II,
mediante incentivos específicos, nos termos da lei; III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua
integração à previdência social.
Art. 8º É livre a associação profissional ou Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos
sindical, observado o seguinte: empregados, é assegurada a eleição de um
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado representante destes com a finalidade exclusiva
para a fundação de sindicato, ressalvado o de promover-lhes o entendimento direto com os
registro no órgão competente, vedadas ao Poder empregadores.
Público a interferência e a intervenção na
organização sindical; CAPÍTULO IV
II - é vedada a criação de mais de uma Dos Direitos Políticos
organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou Art. 14. A soberania popular será exercida pelo
econômica, na mesma base territorial, que será sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
definida pelos trabalhadores ou empregadores com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
interessados, não podendo ser inferior à área de mediante:
um Município; I - plebiscito;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e II - referendo;
interesses coletivos ou individuais da categoria, III - iniciativa popular.
inclusive em questões judiciais ou administrativas; § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
em se tratando de categoria profissional, será II - facultativos para:
descontada em folha, para custeio do sistema a) os analfabetos;
confederativo da representação sindical b) os maiores de setenta anos;
respectiva, independentemente da contribuição c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito
prevista em lei; anos.
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter- § 2º Não podem alistar-se como eleitores os
se filiado a sindicato; estrangeiros e, durante o período do serviço
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos militar obrigatório, os conscritos.
nas negociações coletivas de trabalho; § 3º São condições de elegibilidade, na forma
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser da lei:
votado nas organizações sindicais; I - a nacionalidade brasileira;
VIII - é vedada a dispensa do empregado II - o pleno exercício dos direitos políticos;
sindicalizado a partir do registro da candidatura III - o alistamento eleitoral;
a cargo de direção ou representação sindical e, se IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
eleito, ainda que suplente, até um ano após o final V - a filiação partidária;
do mandato, salvo se cometer falta grave nos VI - a idade mínima de:
termos da lei. a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
Parágrafo único. As disposições deste artigo Presidente da República e Senador;
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de b) trinta anos para Governador e Vice-
colônias de pescadores, atendidas as condições Governador de Estado e do Distrito Federal;
que a lei estabelecer. c) vinte e um anos para Deputado Federal,
Art. 9º É assegurado o direito de greve, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
competindo aos trabalhadores decidir sobre a Prefeito e juiz de paz;
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses d) dezoito anos para Vereador.
que devam por meio dele defender. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades analfabetos.
essenciais e disporá sobre o atendimento das § 5º O Presidente da República, os Governadores
necessidades inadiáveis da comunidade. de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os quem os houver sucedido, ou substituído no curso
responsáveis às penas da lei. dos mandatos poderão ser reeleitos para um
Art. 10. É assegurada a participação dos único período subsequente.
trabalhadores e empregadores nos colegiados dos § 6º Para concorrerem a outros cargos, o
órgãos públicos em que seus interesses Presidente da República, os Governadores de
profissionais ou previdenciários sejam objeto de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem
discussão e deliberação. renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do VIII;
titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou V - improbidade administrativa, nos termos do art.
afins, até o segundo grau ou por adoção, do 37, § 4º.
Presidente da República, de Governador de Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral
Estado ou Território, do Distrito Federal, de entrará em vigor na data de sua publicação, não
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos se aplicando à eleição que ocorra até um ano da
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular data de sua vigência.
de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as TÍTULO III
seguintes condições: DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
I - se contar menos de dez anos de serviço, CAPÍTULO I
deverá afastar-se da atividade; Da Organização Político-Administrativa
II - se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado pela autoridade superior e, se eleito, Art. 18. A organização político-administrativa da
passará automaticamente, no ato da diplomação, República Federativa do Brasil compreende a
para a inatividade. União, os Estados, o Distrito Federal e os
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos Municípios, todos autônomos, nos termos desta
de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a Constituição.
fim de proteger a probidade administrativa, a § 1º Brasília é a Capital Federal.
moralidade para exercício de mandato § 2º Os Territórios Federais integram a União, e
considerada vida pregressa do candidato, e a sua criação, transformação em Estado ou
normalidade e legitimidade das eleições contra a reintegração ao Estado de origem serão reguladas
influência do poder econômico ou o abuso do em lei complementar.
exercício de função, cargo ou emprego na § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si,
administração direta ou indireta. subdividir-se ou desmembrar-se para se
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias ou Territórios Federais, mediante aprovação da
contados da diplomação, instruída a ação com população diretamente interessada, através de
provas de abuso do poder econômico, corrupção plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
ou fraude. complementar.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o
em segredo de justiça, respondendo o autor, na desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. estadual, dentro do período determinado por Lei
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às Complementar Federal, e dependerão de
eleições municipais as consultas populares sobre consulta prévia, mediante plebiscito, às
questões locais aprovadas pelas Câmaras populações dos Municípios envolvidos, após
Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
90 (noventa) dias antes da data das eleições, apresentados e publicados na forma da lei.
observados os limites operacionais relativos ao Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao
número de quesitos. Distrito Federal e aos Municípios:
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
questões submetidas às consultas populares nos subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas ou manter com eles ou seus representantes
eleitorais, sem a utilização de propaganda relações de dependência ou aliança, ressalvada,
gratuita no rádio e na televisão. na forma da lei, a colaboração de interesse
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, público;
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: II - recusar fé aos documentos públicos;
I - cancelamento da naturalização por sentença III - criar distinções entre brasileiros ou
transitada em julgado; preferências entre si.
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
CAPÍTULO II IV - permitir, nos casos previstos em lei
Da União complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam
Art. 20. São bens da União: temporariamente;
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe V - decretar o estado de sítio, o estado de
vierem a ser atribuídos; defesa e a intervenção federal;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio
das fronteiras, das fortificações e construções de material bélico;
militares, das vias federais de comunicação e à VII - emitir moeda;
preservação ambiental, definidas em lei; VIII - administrar as reservas cambiais do País e
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água fiscalizar as operações de natureza financeira,
em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais especialmente as de crédito, câmbio e
de um Estado, sirvam de limites com outros capitalização, bem como as de seguros e de
países, ou se estendam a território estrangeiro ou previdência privada;
dele provenham, bem como os terrenos marginais IX - elaborar e executar planos nacionais e
e as praias fluviais; regionais de ordenação do território e de
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas desenvolvimento econômico e social;
limítrofes com outros países; as praias marítimas; X - manter o serviço postal e o correio aéreo
as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, nacional;
destas, as que contenham a sede de Municípios, XI - explorar, diretamente ou mediante
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público autorização, concessão ou permissão, os serviços
e a unidade ambiental federal, e as referidas no de telecomunicações, nos termos da lei, que
art. 26, II; disporá sobre a organização dos serviços, a
V - os recursos naturais da plataforma continental criação de um órgão regulador e outros aspectos
e da zona econômica exclusiva; institucionais;
VI - o mar territorial; XII - explorar, diretamente ou mediante
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; autorização, concessão ou permissão:
VIII - os potenciais de energia hidráulica; a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e
IX - os recursos minerais, inclusive os do imagens;
subsolo; b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios aproveitamento energético dos cursos de água,
arqueológicos e pré-históricos; em articulação com os Estados onde se situam os
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos potenciais hidroenergéticos;
índios. c) a navegação aérea, aeroespacial e a
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos infraestrutura aeroportuária;
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a d) os serviços de transporte ferroviário e
participação no resultado da exploração de aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
petróleo ou gás natural, de recursos hídricos nacionais, ou que transponham os limites de
para fins de geração de energia elétrica e de Estado ou Território;
outros recursos minerais no respectivo território, e) os serviços de transporte rodoviário
plataforma continental, mar territorial ou zona interestadual e internacional de passageiros;
econômica exclusiva, ou compensação financeira f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
por essa exploração. XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros Ministério Público do Distrito Federal e dos
de largura, ao longo das fronteiras terrestres, Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
designada como faixa de fronteira, é considerada XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia
fundamental para defesa do território nacional, e penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros
sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. militar do Distrito Federal, bem como prestar
Art. 21. Compete à União: assistência financeira ao Distrito Federal para a
I - manter relações com Estados estrangeiros e execução de serviços públicos, por meio de
participar de organizações internacionais; fundo próprio;
II - declarar a guerra e celebrar a paz; XV - organizar e manter os serviços oficiais de
III - assegurar a defesa nacional; estatística, geografia, geologia e cartografia de
âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito VI - sistema monetário e de medidas, títulos e
indicativo, de diversões públicas e de garantias dos metais;
programas de rádio e televisão; VII - política de crédito, câmbio, seguros e
XVII - conceder anistia; transferência de valores;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente VIII - comércio exterior e interestadual;
contra as calamidades públicas, especialmente IX - diretrizes da política nacional de transportes;
as secas e as inundações; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial,
XIX - instituir sistema nacional de marítima, aérea e aeroespacial;
gerenciamento de recursos hídricos e definir XI - trânsito e transporte;
critérios de outorga de direitos de seu uso; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento metalurgia;
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
transportes urbanos; XIV - populações indígenas;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o XV - emigração e imigração, entrada, extradição e
sistema nacional de viação; expulsão de estrangeiros;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, XVI - organização do sistema nacional de
aeroportuária e de fronteiras; emprego e condições para o exercício de
XXIII - explorar os serviços e instalações profissões;
nucleares de qualquer natureza e exercer XVII - organização judiciária, do Ministério Público
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o do Distrito Federal e dos Territórios e da
enriquecimento e reprocessamento, a Defensoria Pública dos Territórios, bem como
industrialização e o comércio de minérios organização administrativa destes;
nucleares e seus derivados, atendidos os XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e
seguintes princípios e condições: de geologia nacionais;
a) toda atividade nuclear em território nacional XIX - sistemas de poupança, captação e garantia
somente será admitida para fins pacíficos e da poupança popular;
mediante aprovação do Congresso Nacional; XX - sistemas de consórcios e sorteios;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a XXI - normas gerais de organização, efetivos,
comercialização e a utilização de radioisótopos material bélico, garantias, convocação,
para pesquisa e uso agrícolas e industriais; mobilização, inatividades e pensões das polícias
c) sob regime de permissão, são autorizadas a militares e dos corpos de bombeiros militares;
produção, a comercialização e a utilização de XXII - competência da polícia federal e das
radioisótopos para pesquisa e uso médicos; polícias rodoviária e ferroviária federais;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares XXIII - seguridade social;
independe da existência de culpa; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do XXV - registros públicos;
trabalho; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para XXVII - normas gerais de licitação e contratação,
o exercício da atividade de garimpagem, em em todas as modalidades, para as administrações
forma associativa. públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
tratamento de dados pessoais, nos termos da obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
lei. empresas públicas e sociedades de economia
Art. 22. Compete privativamente à União legislar mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
sobre: XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial,
I - direito civil, comercial, penal, processual, defesa marítima, defesa civil e mobilização
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e nacional;
do trabalho; XXIX - propaganda comercial.
II - desapropriação; XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.
III - requisições civis e militares, em caso de Parágrafo único. Lei complementar poderá
iminente perigo e em tempo de guerra; autorizar os Estados a legislar sobre questões
IV - águas, energia, informática, telecomunicações específicas das matérias relacionadas neste
e radiodifusão; artigo.
V - serviço postal;
Art. 23. É competência comum da União, dos VIII - responsabilidade por dano ao meio
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e valor artístico, estético, histórico, turístico e
das instituições democráticas e conservar o paisagístico;
patrimônio público; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência,
II - cuidar da saúde e assistência pública, da tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
proteção e garantia das pessoas portadoras de X - criação, funcionamento e processo do juizado
deficiência; de pequenas causas;
III - proteger os documentos, as obras e outros XI - procedimentos em matéria processual;
bens de valor histórico, artístico e cultural, os XII - previdência social, proteção e defesa da
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os saúde;
sítios arqueológicos; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
IV - impedir a evasão, a destruição e a XIV - proteção e integração social das pessoas
descaracterização de obras de arte e de outros portadoras de deficiência;
bens de valor histórico, artístico ou cultural; XV - proteção à infância e à juventude;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à XVI - organização, garantias, direitos e deveres
educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à das polícias civis.
inovação; § 1º No âmbito da legislação concorrente, a
VI - proteger o meio ambiente e combater a competência da União limitar-se-á a estabelecer
poluição em qualquer de suas formas; normas gerais.
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; § 2º A competência da União para legislar sobre
VIII - fomentar a produção agropecuária e normas gerais não exclui a competência
organizar o abastecimento alimentar; suplementar dos Estados.
IX - promover programas de construção de § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os
moradias e a melhoria das condições Estados exercerão a competência legislativa
habitacionais e de saneamento básico; plena, para atender a suas peculiaridades.
X - combater as causas da pobreza e os fatores § 4º A superveniência de lei federal sobre
de marginalização, promovendo a integração normas gerais suspende a eficácia da lei
social dos setores desfavorecidos; estadual, no que lhe for contrário.
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as
concessões de direitos de pesquisa e exploração CAPÍTULO III
de recursos hídricos e minerais em seus Dos Estados Federados
territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se
para a segurança do trânsito. pelas Constituições e leis que adotarem,
Parágrafo único. Leis complementares fixarão observados os princípios desta Constituição.
normas para a cooperação entre a União e os § 1º São reservadas aos Estados as
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo competências que não lhes sejam vedadas por
em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do esta Constituição.
bem-estar em âmbito nacional. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao mediante concessão, os serviços locais de gás
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: canalizado, na forma da lei, vedada a edição de
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, medida provisória para a sua regulamentação.
econômico e urbanístico; § 3º Os Estados poderão, mediante lei
II - orçamento; complementar, instituir regiões metropolitanas,
III - juntas comerciais; aglomerações urbanas e microrregiões,
IV - custas dos serviços forenses; constituídas por agrupamentos de municípios
V - produção e consumo; limítrofes, para integrar a organização, o
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da planejamento e a execução de funções públicas
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, de interesse comum.
proteção do meio ambiente e controle da poluição; Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
artístico, turístico e paisagístico; emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da CAPÍTULO IV
União; Dos Municípios
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica,
domínio da União, Municípios ou terceiros; votada em dois turnos, com o interstício mínimo
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à de dez dias, e aprovada por dois terços dos
União; membros da Câmara Municipal, que a
IV - as terras devolutas não compreendidas entre promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
as da União. nesta Constituição, na Constituição do respectivo
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Estado e os seguintes preceitos:
Legislativa corresponderá ao triplo da I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos
representação do Estado na Câmara dos Vereadores, para mandato de quatro anos,
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, mediante pleito direto e simultâneo realizado em
será acrescido de tantos quantos forem os todo o País;
Deputados Federais acima de doze. II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao
Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras término do mandato dos que devam suceder,
desta Constituição sobre sistema eleitoral, aplicadas as regras do art. 77, no caso de
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
de mandato, licença, impedimentos e incorporação III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º
às Forças Armadas. de janeiro do ano subsequente ao da eleição;
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será IV - para a composição das Câmaras Municipais,
fixado por lei de iniciativa da Assembleia será observado o limite máximo de:
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até
cinco por cento daquele estabelecido, em 15.000 (quinze mil) habitantes;
espécie, para os Deputados Federais, observado b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais
o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000
153, III, e 153, § 2º, I. (trinta mil) habitantes;
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com
sobre seu regimento interno, polícia e serviços mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até
administrativos de sua secretaria, e prover os 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
respectivos cargos. d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até
processo legislativo estadual. 80.000 (oitenta mil) habitantes;
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice- e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de
Governador de Estado, para mandato de 4 mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até
(quatro) anos, realizar-se-á no primeiro domingo 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
de outubro, em primeiro turno, e no último f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de
domingo de outubro, em segundo turno, se mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e
houver, do ano anterior ao do término do mandato de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de
janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes
mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
§ 1º Perderá o mandato o Governador que h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de
assumir outro cargo ou função na administração mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
virtude de concurso público e observado o habitantes;
disposto no art. 38, I, IV e V. i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice- mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
Governador e dos Secretários de Estado serão habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil)
fixados por lei de iniciativa da Assembleia habitantes;
Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de
até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de
de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes;
habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos
habitantes; Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de da Câmara Municipal, observado o que dispõem
mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, §
até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) 2º, I;
habitantes; VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de respectivas Câmaras Municipais em cada
mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) legislatura para a subsequente, observado o que
habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e dispõe esta Constituição, observados os critérios
duzentos mil) habitantes; estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios seguintes limites máximos:
de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) a) em Municípios de até dez mil habitantes, o
habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
trezentos e cinquenta mil) habitantes; vinte por cento do subsídio dos Deputados
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de Estaduais;
1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta
habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e mil habitantes, o subsídio máximo dos
quinhentos mil) habitantes; Vereadores corresponderá a trinta por cento do
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios subsídio dos Deputados Estaduais;
de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem
mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e mil habitantes, o subsídio máximo dos
oitocentos mil) habitantes; Vereadores corresponderá a quarenta por cento
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios do subsídio dos Deputados Estaduais;
de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) d) em Municípios de cem mil e um a trezentos
habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e mil habitantes, o subsídio máximo dos
quatrocentos mil) habitantes; Vereadores corresponderá a cinquenta por cento
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios do subsídio dos Deputados Estaduais;
de mais de 2.400.000 (dois milhões e e) em Municípios de trezentos mil e um a
quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo
(três milhões) de habitantes; dos Vereadores corresponderá a sessenta por
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de f) em Municípios de mais de quinhentos mil
habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
habitantes; corresponderá a setenta e cinco por cento do
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios subsídio dos Deputados Estaduais;
de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de VII - o total da despesa com a remuneração dos
habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de Vereadores não poderá ultrapassar o montante de
habitantes; cinco por cento da receita do Município;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas
Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) opiniões, palavras e votos no exercício do
de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de mandato e na circunscrição do Município;
habitantes; IX - proibições e incompatibilidades, no exercício
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos da vereança, similares, no que couber, ao disposto
Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de nesta Constituição para os membros do
habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de Congresso Nacional e na Constituição do
habitantes; respectivo Estado para os membros da
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Assembleia Legislativa;
Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de
habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de Justiça;
habitantes; e XI - organização das funções legislativas e
fiscalizadoras da Câmara Municipal;
XII - cooperação das associações representativas prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e
no planejamento municipal; publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada
interesse específico do Município, da cidade ou de a legislação estadual;
bairros, através de manifestação de, pelo menos, V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime
cinco por cento do eleitorado; de concessão ou permissão, os serviços públicos
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do de interesse local, incluído o de transporte
art. 28, parágrafo único. coletivo, que tem caráter essencial;
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo VI - manter, com a cooperação técnica e financeira
Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores da União e do Estado, programas de educação
e excluídos os gastos com inativos, não poderá infantil e de ensino fundamental;
ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao VII - prestar, com a cooperação técnica e
somatório da receita tributária e das transferências financeira da União e do Estado, serviços de
previstas no § 5° do art. 153 e nos arts. 158 e 159, atendimento à saúde da população;
efetivamente realizado no exercício anterior: VIII - promover, no que couber, adequado
I - 7% (sete por cento) para Municípios com ordenamento territorial, mediante planejamento e
população de até 100.000 (cem mil) habitantes; controle do uso, do parcelamento e da ocupação
II - 6% (seis por cento) para Municípios com do solo urbano;
população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 IX - promover a proteção do patrimônio histórico-
(trezentos mil) habitantes; cultural local, observada a legislação e a ação
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com fiscalizadora federal e estadual.
população entre 300.001 (trezentos mil e um) e Art. 31. A fiscalização do Município será exercida
500.000 (quinhentos mil) habitantes; pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por controle externo, e pelos sistemas de controle
cento) para Municípios com população entre interno do Poder Executivo Municipal, na forma
500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três da lei.
milhões) de habitantes; § 1º O controle externo da Câmara Municipal
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com será exercido com o auxílio dos Tribunais de
população entre 3.000.001 (três milhões e um) e Contas dos Estados ou do Município ou dos
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios,
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) onde houver.
para Municípios com população acima de § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão
8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. competente sobre as contas que o Prefeito deve
§ 1° A Câmara Municipal não gastará mais de anualmente prestar, só deixará de prevalecer por
setenta por cento de sua receita com folha de decisão de dois terços dos membros da Câmara
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de Municipal.
seus Vereadores. § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante
§ 2° Constitui crime de responsabilidade do sessenta dias, anualmente, à disposição de
Prefeito Municipal: qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o
I - efetuar repasse que supere os limites definidos qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
neste artigo; termos da lei.
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos
mês; ou ou órgãos de Contas Municipais.
III - enviá-lo a menor em relação à proporção
fixada na Lei Orçamentária. TÍTULO III
§ 3° Constitui crime de responsabilidade do DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao CAPÍTULO VII
§ 1° deste artigo. Da Administração Pública
Seção I
Art. 30. Compete aos Municípios:
Disposições Gerais
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual
no que couber; Art. 37. A administração pública direta e indireta
III - instituir e arrecadar os tributos de sua de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
competência, bem como aplicar suas rendas, sem do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, membros de qualquer dos Poderes da União, dos
moralidade, publicidade e eficiência e, também, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos
ao seguinte: detentores de mandato eletivo e dos demais
I - os cargos, empregos e funções públicas são agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
acessíveis aos brasileiros que preencham os espécie remuneratória, percebidos
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
estrangeiros, na forma da lei; pessoais ou de qualquer outra natureza, não
II - a investidura em cargo ou emprego público poderão exceder o subsídio mensal, em
depende de aprovação prévia em concurso espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
público de provas ou de provas e títulos, de Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios,
acordo com a natureza e a complexidade do cargo o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
ou emprego, na forma prevista em lei, Federal, o subsídio mensal do Governador no
ressalvadas as nomeações para cargo em âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
comissão declarado em lei de livre nomeação e Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
exoneração; Poder Legislativo e o subsidio dos
III - o prazo de validade do concurso público será Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
período; cento do subsídio mensal, em espécie, dos
IV - durante o prazo improrrogável previsto no Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito
edital de convocação, aquele aprovado em do Poder Judiciário, aplicável este limite aos
concurso público de provas ou de provas e títulos membros do Ministério Público, aos Procuradores
será convocado com prioridade sobre novos e aos Defensores Públicos;
concursados para assumir cargo ou emprego, na XII - os vencimentos dos cargos do Poder
carreira; Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
V - as funções de confiança, exercidas superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
exclusivamente por servidores ocupantes de XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
serem preenchidos por servidores de carreira de remuneração de pessoal do serviço público;
nos casos, condições e percentuais mínimos XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
previstos em lei, destinam-se apenas às servidor público não serão computados nem
atribuições de direção, chefia e acumulados para fins de concessão de
assessoramento; acréscimos ulteriores;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes
livre associação sindical; de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
VII - o direito de greve será exercido nos termos ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste
e nos limites definidos em lei específica; artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, §
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e 2º, I;
empregos públicos para as pessoas portadoras XVI - é vedada a acumulação remunerada de
de deficiência e definirá os critérios de sua cargos públicos, exceto, quando houver
admissão; compatibilidade de horários, observado em
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação qualquer caso o disposto no inciso XI:
por tempo determinado para atender a a) a de dois cargos de professor;
necessidade temporária de excepcional b) a de um cargo de professor com outro técnico
interesse público; ou científico;
X - a remuneração dos servidores públicos e o c) a de dois cargos ou empregos privativos de
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente profissionais de saúde, com profissões
poderão ser fixados ou alterados por lei regulamentadas;
específica, observada a iniciativa privativa em XVII - a proibição de acumular estende-se a
cada caso, assegurada revisão geral anual, empregos e funções e abrange autarquias,
sempre na mesma data e sem distinção de fundações, empresas públicas, sociedades de
índices; economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
cargos, funções e empregos públicos da público;
administração direta, autárquica e fundacional, dos
XVIII - a administração fazendária e seus governo, observado o disposto no art. 5º, X e
servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de XXXIII;
competência e jurisdição, precedência sobre os III - a disciplina da representação contra o
demais setores administrativos, na forma da lei; exercício negligente ou abusivo de cargo,
XIX - somente por lei específica poderá ser criada emprego ou função na administração pública.
autarquia e autorizada a instituição de empresa § 4º Os atos de improbidade administrativa
pública, de sociedade de economia mista e de importarão a suspensão dos direitos políticos, a
fundação, cabendo à lei complementar, neste perda da função pública, a indisponibilidade dos
último caso, definir as áreas de sua atuação; bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
XX - depende de autorização legislativa, em cada gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
caso, a criação de subsidiárias das entidades penal cabível.
mencionadas no inciso anterior, assim como a § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição
participação de qualquer delas em empresa para ilícitos praticados por qualquer agente,
privada; servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
XXI - ressalvados os casos especificados na ressalvadas as respectivas ações de
legislação, as obras, serviços, compras e ressarcimento.
alienações serão contratados mediante processo § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de
de licitação pública que assegure igualdade de direito privado prestadoras de serviços públicos
condições a todos os concorrentes, com cláusulas responderão pelos danos que seus agentes,
que estabeleçam obrigações de pagamento, nessa qualidade, causarem a terceiros,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos assegurado o direito de regresso contra o
termos da lei, o qual somente permitirá as responsável nos casos de dolo ou culpa.
exigências de qualificação técnica e econômica § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
indispensáveis à garantia do cumprimento das restrições ao ocupante de cargo ou emprego da
obrigações. administração direta e indireta que possibilite o
XXII - as administrações tributárias da União, dos acesso a informações privilegiadas.
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e
atividades essenciais ao funcionamento do financeira dos órgãos e entidades da
Estado, exercidas por servidores de carreiras administração direta e indireta poderá ser
específicas, terão recursos prioritários para a ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
realização de suas atividades e atuarão de forma seus administradores e o poder público, que tenha
integrada, inclusive com o compartilhamento de por objeto a fixação de metas de desempenho
cadastros e de informações fiscais, na forma da para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor
lei ou convênio. sobre:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, I - o prazo de duração do contrato;
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá II - os controles e critérios de avaliação de
ter caráter educativo, informativo ou de desempenho, direitos, obrigações e
orientação social, dela não podendo constar responsabilidade dos dirigentes;
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem III - a remuneração do pessoal.
promoção pessoal de autoridades ou servidores § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas
públicos. públicas e às sociedades de economia mista, e
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e suas subsidiárias, que receberem recursos da
III implicará a nulidade do ato e a punição da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
autoridade responsável, nos termos da lei. Municípios para pagamento de despesas de
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação pessoal ou de custeio em geral.
do usuário na administração pública direta e § 10. É vedada a percepção simultânea de
indireta, regulando especialmente: proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
I - as reclamações relativas à prestação dos ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de
serviços públicos em geral, asseguradas a cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
manutenção de serviços de atendimento ao cargos acumuláveis na forma desta Constituição,
usuário e a avaliação periódica, externa e os cargos eletivos e os cargos em comissão
interna, da qualidade dos serviços; declarados em lei de livre nomeação e
II - o acesso dos usuários a registros exoneração.
administrativos e a informações sobre atos de
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
limites remuneratórios de que trata o inciso XI do prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
caput deste artigo, as parcelas de caráter havendo compatibilidade, será aplicada a norma
indenizatório previstas em lei. do inciso anterior;
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do IV - em qualquer caso que exija o afastamento
caput deste artigo, fica facultado aos Estados e para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante serviço será contado para todos os efeitos legais,
emenda às respectivas Constituições e Lei exceto para promoção por merecimento;
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal V - na hipótese de ser segurado de regime
dos Desembargadores do respectivo Tribunal de próprio de previdência social, permanecerá
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco filiado a esse regime, no ente federativo de
centésimos por cento do subsídio mensal dos origem.
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se
aplicando o disposto neste parágrafo aos Seção II
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e Dos Servidores Públicos
dos Vereadores.
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e
poderá ser readaptado para exercício de cargo os Municípios instituirão, no âmbito de sua
cujas atribuições e responsabilidades sejam competência, regime jurídico único e planos de
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em carreira para os servidores da administração
sua capacidade física ou mental, enquanto pública direta, das autarquias e das fundações
permanecer nesta condição, desde que possua a públicas.
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e
o cargo de destino, mantida a remuneração do os Municípios instituirão conselho de política de
cargo de origem. administração e remuneração de pessoal,
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização integrado por servidores designados pelos
de tempo de contribuição decorrente de cargo, respectivos Poderes.
emprego ou função pública, inclusive do Regime § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos
Geral de Previdência Social, acarretará o demais componentes do sistema remuneratório
rompimento do vínculo que gerou o referido observará:
tempo de contribuição. I - a natureza, o grau de responsabilidade e a
§ 15. É vedada a complementação de complexidade dos cargos componentes de cada
aposentadorias de servidores públicos e de carreira;
pensões por morte a seus dependentes que não II - os requisitos para a investidura;
seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. III - as peculiaridades dos cargos.
40 ou que não seja prevista em lei que extinga § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal
regime próprio de previdência social. manterão escolas de governo para a formação e
§ 16. Os órgãos e entidades da administração o aperfeiçoamento dos servidores públicos,
pública, individual ou conjuntamente, devem constituindo-se a participação nos cursos um dos
realizar avaliação das políticas públicas, requisitos para a promoção na carreira, facultada,
inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado para isso, a celebração de convênios ou contratos
e dos resultados alcançados, na forma da lei. entre os entes federados.
Art. 38. Ao servidor público da administração § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
direta, autárquica e fundacional, no exercício de público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX,
disposições: podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato
ou função; eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
II - investido no mandato de Prefeito, será Estaduais e Municipais serão remunerados
afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe exclusivamente por subsídio fixado em parcela
facultado optar pela sua remuneração; única, vedado o acréscimo de qualquer
III - investido no mandato de Vereador, havendo gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
compatibilidade de horários, perceberá as
representação ou outra espécie remuneratória, respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. observados o tempo de contribuição e os demais
37, X e XI. requisitos estabelecidos em lei complementar do
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal respectivo ente federativo.
e dos Municípios poderá estabelecer a relação § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão
entre a maior e a menor remuneração dos ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o §
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo
o disposto no art. 37, XI. estabelecido para o Regime Geral de Previdência
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16.
publicarão anualmente os valores do subsídio e da § 3º As regras para cálculo de proventos de
remuneração dos cargos e empregos públicos. aposentadoria serão disciplinadas em lei do
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal respectivo ente federativo.
e dos Municípios disciplinará a aplicação de § 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios
recursos orçamentários provenientes da economia diferenciados para concessão de benefícios em
com despesas correntes em cada órgão, autarquia regime próprio de previdência social, ressalvado o
e fundação, para aplicação no desenvolvimento de disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.
programas de qualidade e produtividade, § 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei
treinamento e desenvolvimento, modernização, complementar do respectivo ente federativo idade
reaparelhamento e racionalização do serviço e tempo de contribuição diferenciados para
público, inclusive sob a forma de adicional ou aposentadoria de servidores com deficiência,
prêmio de produtividade. previamente submetidos a avaliação
§ 8º A remuneração dos servidores públicos biopsicossocial realizada por equipe
organizados em carreira poderá ser fixada nos multiprofissional e interdisciplinar.
termos do § 4º. § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de complementar do respectivo ente federativo idade
caráter temporário ou vinculadas ao exercício de e tempo de contribuição diferenciados para
função de confiança ou de cargo em comissão à aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
remuneração do cargo efetivo. penitenciário, de agente socioeducativo ou de
Art. 40. O regime próprio de previdência social policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do
dos servidores titulares de cargos efetivos terá caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e
caráter contributivo e solidário, mediante os incisos I a IV do caput do art. 144.
contribuição do respectivo ente federativo, de § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei
servidores ativos, de aposentados e de complementar do respectivo ente federativo idade
pensionistas, observados critérios que preservem e tempo de contribuição diferenciados para
o equilíbrio financeiro e atuarial. aposentadoria de servidores cujas atividades
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de sejam exercidas com efetiva exposição a
previdência social será aposentado: agentes químicos, físicos e biológicos
I - por incapacidade permanente para o trabalho, prejudiciais à saúde, ou associação desses
no cargo em que estiver investido, quando agentes, vedada a caracterização por categoria
insuscetível de readaptação, hipótese em que será profissional ou ocupação.
obrigatória a realização de avaliações periódicas § 5º Os ocupantes do cargo de professor terão
para verificação da continuidade das condições idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em
que ensejaram a concessão da aposentadoria, na relação às idades decorrentes da aplicação do
forma de lei do respectivo ente federativo; disposto no inciso III do § 1º, desde que
II - compulsoriamente, com proventos comprovem tempo de efetivo exercício das
proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 funções de magistério na educação infantil e no
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e ensino fundamental e médio fixado em lei
cinco) anos de idade, na forma de lei complementar do respectivo ente federativo.
complementar; § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) dos cargos acumuláveis na forma desta
anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e Constituição, é vedada a percepção de mais de
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos uma aposentadoria à conta de regime próprio de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na previdência social, aplicando-se outras vedações,
idade mínima estabelecida mediante emenda às regras e condições para a acumulação de
benefícios previdenciários estabelecidas no § 15. O regime de previdência complementar de
Regime Geral de Previdência Social. que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, somente na modalidade contribuição definida,
quando se tratar da única fonte de renda formal observará o disposto no art. 202 e será efetivado
auferida pelo dependente, o benefício de por intermédio de entidade fechada de previdência
pensão por morte será concedido nos termos de complementar ou de entidade aberta de
lei do respectivo ente federativo, a qual tratará de previdência complementar.
forma diferenciada a hipótese de morte dos § 16. Somente mediante sua prévia e expressa
servidores de que trata o § 4º-B decorrente de opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
agressão sofrida no exercício ou em razão da aplicado ao servidor que tiver ingressado no
função. serviço público até a data da publicação do ato de
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios instituição do correspondente regime de
para preservar-lhes, em caráter permanente, o previdência complementar.
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. § 17. Todos os valores de remuneração
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, considerados para o cálculo do benefício previsto
distrital ou municipal será contado para fins de no § 3° serão devidamente atualizados, na forma
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e da lei.
9º-A do art. 201, e o tempo de serviço § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
correspondente será contado para fins de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime
disponibilidade. de que trata este artigo que superem o limite
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma máximo estabelecido para os benefícios do regime
de contagem de tempo de contribuição fictício. geral de previdência social de que trata o art. 201,
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à com percentual igual ao estabelecido para os
soma total dos proventos de inatividade, inclusive servidores titulares de cargos efetivos.
quando decorrentes da acumulação de cargos ou § 19. Observados critérios a serem estabelecidos
empregos públicos, bem como de outras em lei do respectivo ente federativo, o servidor
atividades sujeitas a contribuição para o regime titular de cargo efetivo que tenha completado
geral de previdência social, e ao montante as exigências para a aposentadoria voluntária e
resultante da adição de proventos de inatividade que opte por permanecer em atividade poderá
com remuneração de cargo acumulável na forma fazer jus a um abono de permanência
desta Constituição, cargo em comissão declarado equivalente, no máximo, ao valor da sua
em lei de livre nomeação e exoneração, e de contribuição previdenciária, até completar a idade
cargo eletivo. para aposentadoria compulsória.
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão § 20. É vedada a existência de mais de um regime
observados, em regime próprio de previdência próprio de previdência social e de mais de um
social, no que couber, os requisitos e critérios órgão ou entidade gestora desse regime em cada
fixados para o Regime Geral de Previdência ente federativo, abrangidos todos os poderes,
Social. órgãos e entidades autárquicas e fundacionais,
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, que serão responsáveis pelo seu financiamento,
exclusivamente, de cargo em comissão observados os critérios, os parâmetros e a
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, natureza jurídica definidos na lei complementar de
de outro cargo temporário, inclusive mandato que trata o § 22.
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de § 22. Vedada a instituição de novos regimes
Previdência Social. próprios de previdência social, lei complementar
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os federal estabelecerá, para os que já existam,
Municípios instituirão, por lei de iniciativa do normas gerais de organização, de funcionamento
respectivo Poder Executivo, regime de e de responsabilidade em sua gestão, dispondo,
previdência complementar para servidores entre outros aspectos, sobre:
públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o I - requisitos para sua extinção e consequente
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de migração para o Regime Geral de Previdência
Previdência Social para o valor das Social;
aposentadorias e das pensões em regime próprio II - modelo de arrecadação, de aplicação e de
de previdência social, ressalvado o disposto no § utilização dos recursos;
16.
III - fiscalização pela União e controle externo e CAPÍTULO III
social; Da Segurança Pública
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial;
V - condições para instituição do fundo com Art. 144. A segurança pública, dever do Estado,
finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e direito e responsabilidade de todos, é exercida
para vinculação a ele dos recursos provenientes para a preservação da ordem pública e da
de contribuições e dos bens, direitos e ativos de incolumidade das pessoas e do patrimônio,
qualquer natureza; através dos seguintes órgãos:
VI - mecanismos de equacionamento do deficit I - polícia federal;
atuarial; II - polícia rodoviária federal;
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do III - polícia ferroviária federal;
regime, observados os princípios relacionados IV - polícias civis;
com governança, controle interno e transparência; V - polícias militares e corpos de bombeiros
VIII - condições e hipóteses para militares.
responsabilização daqueles que desempenhem VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
com a gestão do regime; permanente, organizado e mantido pela União e
IX - condições para adesão a consórcio público; estruturado em carreira, destina-se a:
X - parâmetros para apuração da base de cálculo I - apurar infrações penais contra a ordem política
e definição de alíquota de contribuições ordinárias e social ou em detrimento de bens, serviços e
e extraordinárias. interesses da União ou de suas entidades
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo autárquicas e empresas públicas, assim como
exercício os servidores nomeados para cargo de outras infrações cuja prática tenha repercussão
provimento efetivo em virtude de concurso público. interestadual ou internacional e exija repressão
§ 1º O servidor público estável só perderá o uniforme, segundo se dispuser em lei;
cargo: II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de
I - em virtude de sentença judicial transitada em entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
julgado; descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e
II - mediante processo administrativo em que lhe de outros órgãos públicos nas respectivas áreas
seja assegurada ampla defesa; de competência;
III - mediante procedimento de avaliação periódica III - exercer as funções de polícia marítima,
de desempenho, na forma de lei complementar, aeroportuária e de fronteiras;
assegurada ampla defesa. IV - exercer, com exclusividade, as funções de
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão polícia judiciária da União.
do servidor estável, será ele reintegrado, e o § 2º A polícia rodoviária federal, órgão
eventual ocupante da vaga, se estável, permanente, organizado e mantido pela União e
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a estruturado em carreira, destina-se, na forma da
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
em disponibilidade com remuneração federais.
proporcional ao tempo de serviço. § 3º A polícia ferroviária federal, órgão
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua permanente, organizado e mantido pela União e
desnecessidade, o servidor estável ficará em estruturado em carreira, destina-se, na forma da
disponibilidade, com remuneração lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
proporcional ao tempo de serviço, até seu federais.
adequado aproveitamento em outro cargo. § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de
§ 4º Como condição para a aquisição da polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de competência da União, as funções de polícia
desempenho por comissão instituída para essa judiciária e a apuração de infrações penais,
finalidade. exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública;
aos corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução de ordenação da cidade expressas no plano
de atividades de defesa civil. diretor.
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão § 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão
administrador do sistema penal da unidade feitas com prévia e justa indenização em
federativa a que pertencem, cabe a segurança dinheiro.
dos estabelecimentos penais. § 4º É facultado ao Poder Público municipal,
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros mediante lei específica para área incluída no plano
militares, forças auxiliares e reserva do Exército diretor, exigir, nos termos da lei federal, do
subordinam-se, juntamente com as polícias civis proprietário do solo urbano não edificado,
e as polícias penais estaduais e distrital, aos subutilizado ou não utilizado, que promova seu
Governadores dos Estados, do Distrito Federal adequado aproveitament sopena, sucessivamente,
e dos Territórios. de:
§ 7º A lei disciplinará a organização e o I - parcelamento ou edificação compulsórios;
funcionamento dos órgãos responsáveis pela II - imposto sobre a propriedade predial e territorial
segurança pública, de maneira a garantir a urbana progressivo no tempo;
eficiência de suas atividades. III - desapropriação com pagamento mediante
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas títulos da dívida pública de emissão previamente
municipais destinadas à proteção de seus bens, aprovada pelo Senado Federal, com prazo de
serviços e instalações, conforme dispuser a lei. resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
quilombolas e violação aos direitos de que trata iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
este Estatuto. indenização e os juros legais
§ 9º A remuneração dos servidores policiais Art. 183. Aquele que possuir como sua área
integrantes dos órgãos relacionados neste artigo urbana de até duzentos e cinquenta metros
será fixada na forma do § 4º do art. 39. quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e
§ 10. A segurança viária, exercida para a sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou
preservação da ordem pública e da incolumidade de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
das pessoas e do seu patrimônio nas vias não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
públicas: rural.
I - compreende a educação, engenharia e § 1º O título de domínio e a concessão de uso
fiscalização de trânsito, além de outras atividades serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o ambos, independentemente do estado civil
direito à mobilidade urbana eficiente; e § 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito possuidor mais de uma vez.
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por
ou entidades executivos e seus agentes de usucapião.
trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
TÍTULO VIII
CAPÍTULO II DA ORDEM SOCIAL
Da Política Urbana CAPÍTULO VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, Jovem e do Idoso
executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo Art. 226. A família, base da sociedade, tem
ordenar o pleno desenvolvimento das funções especial proteção do Estado.
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus § 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
habitantes. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara termos da lei.
Municipal, obrigatório para cidades com mais de § 3º Para efeito da proteção do Estado, é
vinte mil habitantes, é o instrumento básico da reconhecida a união estável entre o homem e a
política de desenvolvimento e de expansão mulher como entidade familiar, devendo a lei
urbana. facilitar sua conversão em casamento.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função § 4º Entende-se, também, como entidade familiar
social quando atende às exigências fundamentais a comunidade formada por qualquer dos pais e
seus descendentes. I - idade mínima de quatorze anos para admissão
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade ao trabalho, observado o disposto no art. 7º,
conjugal são exercidos igualmente pelo homem e XXXIII;
pela mulher. II - garantia de direitos previdenciários e
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo trabalhistas;
divórcio. III - garantia de acesso do trabalhador adolescente
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da e jovem à escola;
pessoa humana e da paternidade responsável, o IV - garantia de pleno e formal conhecimento da
planejamento familiar é livre decisão do casal, atribuição de ato infracional, igualdade na
competindo ao Estado propiciar recursos relação processual e defesa técnica por
educacionais e científicos para o exercício desse profissional habilitado, segundo dispuser a
direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte legislação tutelar específica;
de instituições oficiais ou privadas. V - obediência aos princípios de brevidade,
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família excepcionalidade e respeito à condição peculiar
na pessoa de cada um dos que a integram, de pessoa em desenvolvimento, quando da
criando mecanismos para coibir a violência no aplicação de qualquer medida privativa da
âmbito de suas relações. liberdade;
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do VI - estímulo do Poder Público, através de
Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios,
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à de guarda, de criança ou adolescente órfão ou
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao abandonado;
respeito, à liberdade e à convivência familiar e VII - programas de prevenção e atendimento
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda especializado à criança, ao adolescente e ao
forma de negligência, discriminação, exploração, jovem dependente de entorpecentes e drogas
violência, crueldade e opressão. afins.
§ 1º O Estado promoverá programas de § 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência
assistência integral à saúde da criança, do e a exploração sexual da criança e do
adolescente e do jovem, admitida a participação adolescente.
de entidades não governamentais, mediante § 5º A adoção será assistida pelo Poder Público,
políticas específicas e obedecendo aos seguintes na forma da lei, que estabelecerá casos e
preceitos: condições de sua efetivação por parte de
I - aplicação de percentual dos recursos públicos estrangeiros.
destinados à saúde na assistência materno- § 6º Os filhos, havidos ou não da relação do
infantil; casamento, ou por adoção, terão os mesmos
II - criação de programas de prevenção e direitos e qualificações, proibidas quaisquer
atendimento especializado para as pessoas designações discriminatórias relativas à filiação.
portadoras de deficiência física, sensorial ou § 7º No atendimento dos direitos da criança e do
mental, bem como de integração social do adolescente levar-se-á em consideração o
adolescente e do jovem portador de deficiência, disposto no art. 204.
mediante o treinamento para o trabalho e a § 8º A lei estabelecerá:
convivência, e a facilitação do acesso aos bens e I - o estatuto da juventude, destinado a regular
serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos os direitos dos jovens;
arquitetônicos e de todas as formas de II - o plano nacional de juventude, de duração
discriminação. decenal, visando à articulação das várias esferas
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos do poder público para a execução de políticas
logradouros e dos edifícios de uso público e de públicas.
fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim Art. 228. São penalmente inimputáveis os
de garantir acesso adequado às pessoas menores de dezoito anos, sujeitos às normas da
portadoras de deficiência. legislação especial.
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e
seguintes aspectos: educar os filhos menores, e os filhos maiores têm
o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é
dever de amparar as pessoas idosas, garantida a gratuidade dos transportes
assegurando sua participação na comunidade, coletivos urbanos.
defendendo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito à vida.
§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão
executados preferencialmente em seus lares.

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