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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

Sistema Nacional de Trânsito – Arts. 2 ao 8


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SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO – ARTS. 2 AO 8

Diante das novidades tecnológicas, o legislador tem inovado para se adaptar à nova reali-
dade. Com isso, criou o aplicativo “Carteira Digital de Trânsito” (CDT) para permitir aos moto-
ristas o benefício de não portar fisicamente a CHN e o CRLV.

Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual.


Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter
acesso ao devido sistema informatizado para verificar se o veículo está licenciado. (Incluído pela
Lei n. 13.281, de 2016)
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as especi-
ficações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia,
identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo o
território nacional.
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator,
por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da impo-
sição da penalidade.
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do veículo será consi-
derada válida para todos os efeitos.
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira e de
representações de organismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao Ministério das
Relações Exteriores para as providências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a condutor, à exceção daquela de que trata o
§ 1º do art. 259, a notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu
pagamento.
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do prazo para apresentação de recurso pelo
responsável pela infração, que não será inferior a trinta dias contados da data da notificação da
penalidade.
§ 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no parágrafo anterior será a data para o
recolhimento de seu valor.
Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor autuado poderá optar por ser notificado por meio
eletrônico se o órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela autuação oferecer essa
opção. (Incluído pela Lei n. 13.281, de 2016)
§ 1º O proprietário ou o condutor autuado que optar pela notificação por meio eletrônico deverá
manter seu cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
(Incluído pela Lei n. 13.281, de 2016)
§ 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o proprietário ou o condutor autuado será con-
siderado notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema eletrônico. (Incluído
pela Lei n. 13.281, de 2016)
§ 3º O sistema previsto no caput será certificado digitalmente, atendidos os requisitos de auten-
ticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei n. 13.281, de 2016)
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Art. 283. (VETADO)


Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a data do vencimento expressa na notifi-
cação, por oitenta por cento do seu valor.
§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação eletrônica, se disponível, conforme regulamen-
tação do Contran, e opte por não apresentar defesa prévia nem recurso, reconhecendo o cometi-
mento da infração, poderá efetuar o pagamento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu valor,
em qualquer fase do processo, até o vencimento da multa. (Incluído pela Lei n. 13.281, de 2016)
(Incluído pela Lei n. 13.281, de 2016)

Há ainda outro aplicativo: o SNE (Sistema de Notificação Eletrônica). Por meio desse apli-
cativo, os proprietários dos veículos podem se cadastrar para receber futuras notificações de
forma eletrônica, dispensando o envio da notificação física para o endereço cadastrado. Para
incentivar os motoristas a se cadastrarem, o governo concede um desconto de 40% no valor
das infrações cometidas.
5m

VIAS TERRESTRES URBANAS E RURAIS

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os cami-
nhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão
ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as cir-
cunstâncias especiais.
• Todas as ruas, avenidas, logradouros, caminhos ou passagens são considerados vias
terrestres e urbanas e, portanto, estão sujeitos ao CTB. Por isso, deve-se evitar entre-
gar a direção a pessoas não habilitadas, ainda que a entrega seja feita em ruas deser-
tas, pois o Código de Trânsito prever sanções para o inabilitado e para o proprietário
do veículo.

– Inabilitado: comete infração gravíssima com fator 3 de multiplicação, o que totaliza o


valor de R$ 880. Fora isso, o processo de habilitação pode ficar suspenso por até 6
meses e, caso cometa um crime na direção do veículo, está sujeito à pena de deten-
ção de 6 meses a 1 ano.
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Art. 162. Dirigir veículo:


I – sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para Con-
duzir Ciclomotor:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (três vezes);
Medida administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado;
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilita-
ção ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

– Proprietário do veículo: também comete infração de natureza gravíssima com fator 3


de multiplicação. A diferença para o condutor inabilitado é que o proprietário do veí-
culo comete crime, independentemente do inabilitado gerar ou não perigo de dano.

Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas no artigo anterior:
Infração – as mesmas previstas no artigo anterior;
Penalidade – as mesmas previstas no artigo anterior;
Medida administrativa – a mesma prevista no inciso III do artigo anterior.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com
habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saú-
de, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias aber-
tas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
autônomas (vide art. 51) e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso
coletivo (vide art. 80).
10m

ATENÇÃO
• Esse dispositivo é muito cobrado em provas.
• Antigamente, os agentes de trânsito tinham dificuldade em autuar motoristas que esta-
cionavam de maneira irregular nos postos de combustíveis, por se tratar de um estabe-
lecimento privado. Para fazer cumprir as determinações do CTB dentro de tais estabe-
lecimentos, o legislador alterou o texto legal e passou a permitir a aplicação do CTB em
shoppings, supermercados, postos de combustíveis e demais estabelecimentos de uso
coletivo (≠ uso individual).
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Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos proprietá-
rios, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente mencio-
nadas.
• Os condutores estrangeiros que estiverem transitando no país somente poderão sair do
território nacional após quitar as multas por eles cometidas.

Art. 118. A circulação de veículo no território nacional, independentemente de sua origem, em trân-
sito entre o Brasil e os países com os quais exista acordo ou tratado internacional, reger-se-á pelas
disposições deste Código, pelas convenções e acordos internacionais ratificados.
Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de controle de fronteira comunicarão diretamente
ao RENAVAM a entrada e saída temporária ou definitiva de veículos.

COMENTÁRIO
Ficar atento com a alteração no artigo 2º do CTB, incluído pela Lei n. 13.145/2015, “as vias
e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo” também são
consideradas vias terrestres. Isso quer dizer que nos estacionamentos de hipermercados,
shoppings, postos de combustíveis, condomínios e praias abertas à circulação pública, as
normas do CTB também devem ser cumpridas e sua inobservância constitui infração de
trânsito.

SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO (SNT)

Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de plane-
jamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação,
habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policia-
mento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades.

•O art. 5º estabelece a finalidade do Sistema Nacional de Trânsito.

Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:


15m I – estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao
conforto, à defesa ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
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• O Brasil aderiu ao programa de redução de acidentes de trânsito das Nações Unidas.


Com isso, pretende reduzir em 50% o número de acidentes no país. As diretrizes desse
programa são estabelecidas pelo COTRAN, cabendo ao DENATRAN acompanhar a
sua execução.

II – fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de critérios técnicos, financeiros e


administrativos para a execução das atividades de trânsito;

• O Sistema Nacional de Trânsito objetiva padronizar a forma de atuação dos órgãos de


trânsito no país.

III – estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre os seus diversos


órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.

• Todos os sistemas permanentes de informações, como o RENAVAM e o RENAINF, são


organizados e mantidos pelo DENATRAN.

Da Composição e da Competência do Sistema Nacional de Trânsito

Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades:


I – o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo norma-
tivo e consultivo;

• As atribuições do CONTRAN estão previstas no art. 12.


• O CONTRAN não executa, apenas estabelece normas e recebe consultas.

II – os Conselhos Estaduais de Trânsito – CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal –


CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e coordenadores;

• Existem três órgãos consultivos:


– CONTRAN;
- Âmbito federal.
– CETRAN;
- Âmbito estadual.
– CONTRANDIFE.
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- Âmbito distrital.
• As atribuições estão previstas no art. 14.

III – os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;

• Órgão de trânsito da União: DENATRAN.


– Competências definidas no art. 19.
• Órgão de trânsito dos Estados e do DF: DETRAN.
– Competências definidas no art. 22.
• Órgão de trânsito dos Municípios.
– Competências definidas no art. 24.
20m

IV – os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;

• Órgão rodoviário da União: DNIT.


• Órgão rodoviário dos Estados e do DF: DER.
• Órgão rodoviário dos Municípios.
– Não é comum existirem órgãos rodoviários no âmbito dos Municípios.
– Competências definidas no art. 21.

V – a Polícia Rodoviária Federal;

• A PRFatua nas rodovias (pavimentada) e estradas (não pavimentadas) federais.


• Competências definidas no art. 20.

VI – as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e

• Competências definidas no art. 23.

VII – as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI.

• Competências definidas no art. 17.


25m
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COMENTÁRIO
Esse é um tema muito relevante e exigido nas provas de concursos. De forma resumida, os
órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional de Trânsito (SNT) são os seguintes:
• Órgãos Normativos e Consultivos: CONTRAN 1, CETRAN E CONTRANDIFE.
– Esses órgãos não aplicam auto de infração. Somente editam normas e recebem
consultas.
• Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito: DENATRAN, DETRAN (Departamento de
Trânsito), O.M.E.Tran (Órgãos Municipais Executivos de Trânsito).
– Não confunda: o CONTRAN é o órgão máximo normativo e consultivo; o DENATRAN
é o órgão máximo executivo de trânsito.
– O Órgão Municipal Executivo de Trânsito do Município de São Paulo é chamado de
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
– A CIRETRAN não é um órgão municipal, mas uma filial do DETRAN.
• Órgãos e Entidades Executivos Rodoviários de Trânsito: DNIT 2 (Departamento Nacio-
nal de Infraestrutura e Transporte), DER (Departamento de Estradas e Rodagens),
O.M.E.R.Tran (Órgãos Municipais Executivos Rodoviários de Trânsito).
– Nas rodovias federais, também há a atuação da PRF.
– O Estado de Goiás denomina o departamento responsável de AGTOR.
• A Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal são
as únicas instituições policiais a fazerem parte do Sistema Nacional de Trânsito.
– A polícia militar somente executa a fiscalização de trânsito mediante convênio, quer
com o DETRAN, quer com o DER, quer com os órgãos municipais de trânsito.
– A polícia civil, embora faça perícia em local de acidente de trânsito, não faz parte do
Sistema Nacional de Trânsito. A Polícia Federal, o Corpo de Bombeiro e a Guarda
Municipal também não fazem parte do Sistema Nacional.
- As Guardas Municipais podem aplicar auto de infração, por estarem vinculadas ao
órgão municipal.
• JARI – Juntas Administrativas de Recursos de Infrações.

1
Órgão existente no âmbito da União.
2
Atua nas rodovias e estravas federais.
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ATUAÇÃO EM ÁREA PORTUÁRIA

Art. 7º-A. A autoridade portuária ou a entidade concessionária de porto organizado poderá cele-
brar convênios com os órgãos previstos no art. 7º, com a interveniência dos Municípios e Esta-
dos, juridicamente interessados, para o fim específico de facilitar a autuação por descumprimento
da legislação de trânsito. (Incluído pela Lei n. 12.058, de 2009)

•OCTB pode ser aplicado dentro da área portuária, desde que sejam celebrados convê-
nios com os órgãos de trânsito.

§ 1º O convênio valerá para toda a área física do porto organizado, inclusive, nas áreas dos ter-
minais alfandegados, nas estações de transbordo, nas instalações portuárias públicas de pequeno
porte e nos respectivos estacionamentos ou vias de trânsito internas. (Incluído pela Lei n. 12.058,
de 2009)
§ 2º (VETADO) (Incluído pela Lei n. 12.058, de 2009)
§ 3º (VETADO) (Incluído pela Lei n. 12.058, de 2009)
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão os respectivos órgãos e entida-
des executivos de trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites circunscricionais
de suas atuações.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Paulo Sérgio Borges.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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