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Curso: Administração Publica

Modulo: Direito Fiscal e Aduaneiro

Regime a Distancia

Nome da Estudante: Cátia da Inês Emílio

Aspectos relacionados com o imposto, nomeadamente

 O seu conceito,
 Sua importância no quadro das receitas fiscais,
 Princípios orientadores,
 Incidência, forma de dedução do IRPS, IRPC

2º Ano

ISCED

Instituto Superior de Ciências e Educação a Distancia

Quelimane, Junho de 2019

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Índice
1.Introdução ....................................................................................................................... 2
2.Objectivo ......................................................................................................................... 3
2.1.Objectivo geral ............................................................................................................. 3
2.2.Objectivos específicos ................................................................................................. 3
3.Metodologia .................................................................................................................... 3
4.Quadro Teórico ............................................................................................................... 4
4.1.O que é o Imposto? ...................................................................................................... 4
4.2.Noção de Imposto ........................................................................................................ 4
5.Classificação dos Impostos em Moçambique ................................................................. 5
5.1.Impostos directos ......................................................................................................... 5
5.2.Impostos indirectos ...................................................................................................... 6
5.3.Outros Impostos ........................................................................................................... 6
5.3.1.O Imposto do Selo; ................................................................................................... 6
5.3.2.O Imposto sobre Sucessões e Doações; .................................................................... 6
5.3.3.A Sisa; ....................................................................................................................... 7
4.3.5.O Imposto Especial sobre o Jogo; ............................................................................. 7
4.3.6.O Imposto de Reconstrução Nacional; ..................................................................... 7
4.3.7.O Imposto sobre Veículos; ....................................................................................... 7
4.3.8.Outros impostos e taxas específicas, estabelecidas por lei. ...................................... 8
5.Evolução Histórica da Fiscalidade em Moçambique ...................................................... 8
5.1.Primeiras formas de imposto em Moçambique ........................................................... 8
6.Importância Sócio Económica Do Imposto .................................................................. 10
7.Princípios e Conceitos Gerais que Informam o Sistema Tributário Vigente ................ 10
8.Imposto sobre os Rendimentos das Pessoas Singulares (IRPS) ................................... 11
8.1.Regras de Incidência: ................................................................................................. 11
8.2.Determinação do Rendimento Colectável: ................................................................ 11
9.Imposto sobre os Rendimentos das Pessoas Colectivas (IRPC) ................................... 12
9.1.Regras de Incidência: ................................................................................................. 12
10.Conclusão.................................................................................................................... 13
11.Referências Bibliográficas .......................................................................................... 14

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1. Introdução

A Administração Pública de qualquer país e de qualquer época tem como finalidade


fundamental satisfazer, as necessidades colectivas das respectivas populações, através de
uso das legislações em vigor em um determinado território.
O presente trabalho insere-se no âmbito dos seminários curricular do curso de
licenciatura em Administração Pública no Instituto Superior de Ciências, educação a
Distancia (ISCED. Extensão de Quelimane o trabalho refere-se sobre os aspectos
relacionados com o imposto, nomeadamente o seu conceito, sua criação, sua importância
no quadro das receitas fiscais, Princípios orientadores, e abordar sobre a incidência,
forma de dedução do IRPS, IRPC

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2. Objectivo

2.1. Objectivo geral

 Constitui o objectivo do geral do trabalho fazer uma análise profunda sobre os


aspectos relacionados com o imposto,

2.2.Objectivos específicos

 Definir o Imposto;
 Abordagem sobre os princípios orientadores do imposto;
 Identificar as Incidências, forma de dedução do IRPS, IRPC.

3. Metodologia

A metodologia utilizada no presente trabalho trata-se de uma pesquisa explorativa através


de fontes bibliográficas (livros, revistas e Internet) e explicativa, procurando identificar o
que determina ou que contribui para a relação entre a Teoria das Relações Humanas e os
Programas de Qualidade de vida atuais
De acordo com Marconi e Lakatos (2001, p.43-44), pesquisa bibliográfica Trata-se de
levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas,
publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em
contacto directo com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.
De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 41) a pesquisa documental “assemelha-se
à pesquisa bibliográfica, diferenciando-se apenas na natureza das fontes”.

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4. Quadro Teórico

4.1. O que é o Imposto?

Podemos dizer, de acordo com Martins (2009: 31) que a primeira forma de imposto
remonta à antiguidade. As comunidades derrotadas nas guerras ficavam sujeitas a
pagamento de uma contribuição à comunidade triunfadora, marcando, assim, signo da
servidão, do domínio ou da dependência. Essa contribuição era imposta unilateralmente
pela comunidade vencedora com o fundamento que pelo seu pagamento a derrotada podia
continuar a usufruir dos seus bens e terras.

O Estado com os impostos visa, para além dos objectivos de arrecadação de receita, a
redistribuição e a estabilização económica. Os impostos são um elemento estruturante da
noção de Estado democrático, de uma sociedade de direito, bem como um imperativo de
cidadania

4.2. Noção de Imposto

Segundo Teixeira (1985: 36) o imposto é uma prestação pecuniária efectiva, de


pagamento coercivo com carácter unilateral e definitivo, em geral não consignados a
nenhum tipo de utilizações, sendo uma prestação devida ao Estado, estabelecida por lei
sem carácter de sanção, tendo como objectivo a realização de fins públicos.
Sanches (2007: 22) refere que definir imposto não é tarefa fácil como vem demonstrando
a doutrina. O imposto é uma das espécies tributárias criadas por lei e está sujeito ao
princípio da legalidade.

A noção de imposto difere conforme a perspectiva adoptada, podendo, centrar-se,


designadamente, nas suas características jurídicas, financeiras, políticas ou sociais. Como
refere Pereira (2009: 13) a noção moderna de imposto tem por base a definição de Jese
(1931), em que “o imposto é uma prestação pecuniária, exigida aos particulares por via
da autoridade, a título definitivo e sem contrapartida, com vista à cobertura dos
encargos
públicos”.

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Nabais (2008: 11) define o imposto com base em três elementos, “um elemento objectivo,
um elemento subjectivo e um elemento teológico (ou finalista) ”.

 Neste contexto, será objectivo porque o imposto é uma prestação pecuniária,


unilateral, definitiva e coerciva.
 Enquanto elemento subjectivo, o imposto é uma prestação, com as características
objectivas acima mencionadas, exigida a (ou devida por) detentores (individuais ou
colectivos) de capacidade contributiva (ability to pay) a favor de entidades que
exerçam funções ou tarefas públicas.
 O elemento teológico (ou finalista) reside no facto do imposto ser exigido pelas
entidades que exercem funções públicas, para a realização dessas funções, sem
carácter sancionatório.

Portanto, o imposto tem como conteúdo um dever de prestar que surge pela simples
verificação de um facto previsto na lei, dando origem a uma relação jurídica tributária.

5. Classificação dos Impostos em Moçambique

Os Impostos Nacionais do Sistema Tributário Classificam-se em directos e indirectos,


actuando a diversos níveis, designadamente:
 Tributação directa dos rendimentos e da riqueza; e
 Tributação indirecta da despesa.

5.1. Impostos directos

Os impostos directos são os que tributam as manifestações directas ou medidas de


riqueza. Nestes termos são considerados os que incidem directamente sobre o
rendimento, capital ou património de uma pessoa singular ou pessoa colectiva e têm
como referência um período de tempo delimitado, normalmente um ano.

Os principais impostos directos são em Moçambique são:

 Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares – IRPS;

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 Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas – IRPC; e
 Imposto Simplifica do para Pequenos Contribuintes.

5.2. Impostos indirectos

Os impostos indirectos são os que incidem indirectamente sobre a riqueza ou rendimento,


ou seja, incidem sobre a utilização desse rendimento, porque se evidenciam através do
acto de consumir. Outro aspecto a considerar em relação a estes é a possibilidade de
serem repercutidos entre os agentes económicos ao longo do circuito económico até ao
consumidor final. Deste facto resulta que, o pagamento dos impostos indirectos seja
efectuado no momento da operação de consumo que lhe dá origem.

Os principais impostos Indirectos em Moçambique são


 Impostos obre o Valor Acrescentado – IVA;
 Imposto sobre Consumo Específico – ICE;
 Direitos Aduaneiros

5.3. Outros Impostos

Nos termos do artigo 70 da lei N.º 15/2002 de 26 de Junho, O sistema tributário de


Moçambique se completa com outros impostos, nomeadamente:

5.3.1. O Imposto do Selo;

O Imposto do Selo incide sobre todos os documentos, livros, papéis e actos designados
em tabela própria, a aprovar pelo Conselho de Ministros, na qual constam as respectivas
taxas e se estabelecem as exclusões à tributação.

5.3.2. O Imposto sobre Sucessões e Doações;


O Imposto sobre Sucessões e Doações incide sobre as transmissões a título gratuito de
bens mobiliários e imobiliários.

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5.3.3. A Sisa;

A Sisa incide sobre as transmissões, a título oneroso, do direito de propriedade ou de


figuras parcelares desse direito, sobre bens imóveis.

4.3.5. O Imposto Especial sobre o Jogo;

O Imposto Especial sobre o Jogo incide sobre as receitas brutas resultantes da exploração
dos jogos regulados pela Lei n° 8/94, de 14 de Setembro, após o pagamento dos ganhos
aos jogadores. A taxa é fixada no contrato de concessão e é variável de acordo com o
período de concessão, nos seguintes termos.
a) 20% para o período de concessão de 10 a 14 anos;
b) 25% para o período de concessão de 15 a 19 anos;
c) 30% se o período de concessão for de 20 a 24 anos; e
d) 35% quando o período de concessão seja de 25 a 30 anos.

4.3.6. O Imposto de Reconstrução Nacional;

O Imposto de Reconstrução Nacional representa a contribuição mínima de cada cidadão


para os gastos públicos e incide, segundo taxas específicas, sobre todas as pessoas
residentes no território nacional, ainda que estrangeiros, quando para elas se verifiquem
as circunstâncias de idade, ocupação, aptidão para o trabalho e demais condições
estabelecidas no respectivo código. A taxa é estabelecida para cada ano pelo Ministro do
Plano e Finanças, mediante proposta dos Governos Provinciais, diversificadas de modo a
atender ao grau de desenvolvimento e às condições socioeconómicas prevalecentes em
cada distrito ou região.

4.3.7. O Imposto sobre Veículos;

O Imposto sobre Veículos incide sobre o uso e fruição dos veículos a seguir
mencionados, matriculados ou registados nos serviços competentes no território da
República de Moçambique, ou independentemente de registo ou matrícula, desde que

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sejam decorridos cento e oitenta dias a contar da entrada no mesmo território e, estejam
em uso e/ou circulação:
a) Automóveis ligeiros de passageiros, automóveis ligeiros mistos de peso bruto igual ou
inferior a 2.500 kg, camiões pesados e motociclos de passageiros com ou sem carro;
b) Aeronaves de uso particular;
c) Barcos de recreio de uso particular

4.3.8. Outros impostos e taxas específicas, estabelecidas por lei.

As taxas constam de uma tabela e são fixadas anualmente pelo Conselho de Ministros
atendendo os seguintes critérios:
a) Para automóveis e camiões – o combustível utilizado, a cilindrada do motor, a
potência, a voltagem (quando movidos a electricidade) e a antiguidade;
b) Para motociclos – a cilindrada do motor e a antiguidade;
c) Para aeronaves – o peso máximo autorizado à descolagem.

5. Evolução Histórica da Fiscalidade em Moçambique

5.1. Primeiras formas de imposto em Moçambique

O mussoco e o imposto de palhota eram as principais formas de imposto foi com o


surgimento de prazos da Zambézia em que se utilizou o tributo tradicional pela primeira
vez a favor do ocupante ou seja tratava-se de doações de grandes extensões de terra, a
pessoas do sexo feminino, por um período de três gerações e as mesmas eram obrigadas a
casar com portugueses “ nascido no reino”.

Estes tipos de tributação apresentavam várias chefias que eram nomeadamente o “


mambo” que era o governador do distrito e “mpfumo” chefe local e os chefes de
povoação que eram responsáveis pela cobrança de imposto e nos julgamentos cabia o
mambo condenar os ofensores que eram obrigados a compensa-lo com roupa, gado,
escravos, e outros bens mediante os crimes e dentro de cada chefia todos os habitantes
eram obrigados a pagar o imposto anual denominado mussoco mais tarde com a

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dominação portuguesa o mussoco passou a abranger outros produtos como marfim,
pedras preciosas e outros bens.
Em 1832 e 1841 foram publicados decretos em Portugal substituindo ou sucedendo os
prazos em Moçambique mas a mesma só veio a vigorar em 1854 e o decreto introduziu o
imposto da palhota que privilegiava os colonos que detinham terrenos que ficavam
apenas obrigados ao pagamento anual ao estado de 1600 reis a titulo de imposto de
palhota e em 1880 surgiu a tributação indirecta sobre produtos de consumo com o
argumento que os” indígenas” não estavam sujeitos ao tributo de sangue no recrutamento
e esta forma de tributação era a forma de suprir com as despesas publicas e a mesma
surge num período de a forma de suprir com as despesas publicas e a mesma surge num
período de dificuldades com a cobrança de imposto de palhota e houve ate rebeliões pois
não suportavam o montante do imposto que lhes era exigido e que muitas vezes era
cobrado com o trabalho forcado nas terras arrendadas.

Mais tarde as autoridades coloniais preferiam a administração directa do estado mas era
contra a legislação vigente naquela época promoveram arrendamento de um prazo com
uma companhia em maganja “companhia da cultura e do comercio do apoio” e surgiram
para alem da companhia de açúcar de Moçambique, a companhia de Luabo, companhia
de Boror, companhia de Zambézia com capitais integralmente estrangeiros e todas elas
visavam a exploração da forca de trabalho moçambicana que se introduziram interesses
como a Inglaterra, Alemanha e Bélgica que forneciam capitais que serviam para
desenvolver o sistema de exploração da terra moçambicana e o principal instrumento
opressor era o imposto que era pago pela forca de trabalho e aos que se negavam ao
impostos eram submetidos a trabalho forcado sem remuneração, esta opressão não
aconteceu apenas no centro e norte do pais abrangia o sul também e causou varias
rebeliões e confrontos devido aos valores elevados exigidos a companhia chegou a
negociar com Ngungunhana que lhe propôs colaborar na aplicação sistemática e regular
dessa cobrança porem a cobrança era facilitada cobrar no sul pois registava se grande
fluxo regular dessa cobrança porem a cobrança era facilitada cobrar no sul pois registava
se grande fluxo de homens que emigravam para a África do sul para trabalhar nas minas e
obtinham dinheiro para o pagar.

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6. Importância Sócio Económica Do Imposto

A Tributação representa a fonte primária através do qual o Estado colecta os recursos


para o financiamento das despesas públicas, visando alcançar o bem-estar social.
Para alem dos tributos (impostos), o Estado recorre a outras receitas não tributarias, a
saber
 Taxas Diversas de Serviços
 Receitas Patrimoniais
 Empréstimos
 Donativos

7. Princípios e Conceitos Gerais que Informam o Sistema Tributário Vigente

O artigo 100 da Constituição da República prescreve que “os impostos são criados ou
alterados por lei, que os fixa segundo critérios de justiça social”, sendo esta a única
referência do texto constitucional a esta importante matéria.

O texto constitucional é, a este respeito, complementado pela Lei ordinária, encontrando-


se os princípios que regem a organização e o funcionamento do sistema tributário
nacional e estabelecem as respectivas bases sistematizados em dois diplomas
complementares, respectivamente:
 Lei nº 15/2002, de 26 de Junho – Lei de Bases do Sistema Tributário;
 Lei nº 2/2006, de 22 de Março – Lei Geral Tributária.
São princípios e conceitos básicos estabelecidos por estes dois diplomas: Princípios
Gerais:

Princípios Gerais

 A tributação visa a satisfação das necessidades financeiras do Estado e de outras


entidades públicas e promove a justiça social, a igualdade de oportunidades e a
necessária redistribuição da riqueza e do rendimento;
 A tributação respeita os princípios da generalidade, da igualdade, da legalidade, da
não retroactividade, da justiça material e da eficiência e simplicidade do sistema

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tributário, não havendo lugar à cobrança de impostos que não tenham sido
estabelecidos por lei;
 Estão sujeitos ao princípio da legalidade tributária a incidência, a taxa, os
benefícios fiscais, as garantias e obrigações dos contribuintes e da administração
tributária e o regime de infracções tributárias.

8. Imposto sobre os Rendimentos das Pessoas Singulares (IRPS)

8.1. Regras de Incidência:

O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) incide sobre o valor global
anual dos respectivos rendimentos, expressos quer em dinheiro quer em espécie, seja qual
for o local onde se obtenham e a moeda e a forma por que sejam auferidos, mesmo que
provenientes de actos ilícitos, classificados nas seguintes categorias:

 Primeira Categoria: rendimentos do trabalho dependente;


 Segunda Categoria: rendimentos empresariais e profissionais;
 Terceira Categoria: rendimentos de capitais e das mais-valias;
 Quarta Categoria: rendimentos prediais;
 Quinta Categoria: outros rendimentos

8.2. Determinação do Rendimento Colectável:

O rendimento colectável em IRPS é o que resulta do englobamento dos rendimentos das


várias categorias auferidos em cada ano, depois de feitas as deduções e os abatimentos
previstos no respectivo Código.

Não são englobados para efeito de tributação os rendimentos aos quais seja aplicado o
regime de taxa liberatória, sem prejuízo da opção pelo englobamento.
Os rendimentos isentos entram no englobamento apenas para efeito de determinação da
taxa a aplicar aos restantes rendimentos.

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9. Imposto sobre os Rendimentos das Pessoas Colectivas (IRPC)

9.1. Regras de Incidência:

São tributadas em IRPC (sujeitos passivos): As sociedades comerciais e as demais


pessoas colectivas de direito público ou privado com sede ou direcção efectiva em
território Moçambicano, pela totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora
do território nacional, sem prejuízo das regras de prevenção da dupla tributação
internacional aplicáveis - convenções internacionais estabelecidas com Portugal, Itália,
Maurícias e Emiratos Árabes Unidos;

As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção
efectiva no território nacional, relativamente apenas à parcela dos respectivos
rendimentos obtidos no País e aqui não sujeitos a Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares (IRPS).

Para efeitos de sujeição a imposto consideram-se obtidos no território nacional os


rendimentos imputáveis a estabelecimento estável aí situado, e bem assim os que, não se
encontrando nessas condições, sejam relativos a imóveis aí situados, ou respeitem a
rendimentos cujo devedor tenha residência, sede ou direcção efectiva em território
nacional, ou cujo pagamento seja imputável a um estabelecimento estável nele situado.

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10. Conclusão

O sistema fiscal moçambicano é uma realidade que tem vindo a evoluir desde os tempos
antigos. Desde já, a evolução por mais que seja boa ou má aos olhos de uns e outros, ela
tende a melhorar qualquer situação social.

Deste modo, a história do direito fiscal que partiu desde o período primitivo até à época
colonial servindo os interesses dos soberanos e depois dos exploradores, respectivamente,
tem hodiernamente o sentido verdadeiro do fisco, que visa a financiar a carência do
Estado de forma a satisfazer os fins a que ele se obriga a prosseguir. Desde a
Independência até hoje, vivemos três épocas “fiscais” distintas que pretendiam fins de
justiça social. Porém, bem ou mal, perfeito ou imperfeito era o sistema vigente.

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11. Referências Bibliográficas

 Bairrada, Cristela e Martins, António (2008). Uma Nota Sobre a Justiça Fiscal em
Portugal. Consultado em 12 de Agosto de 2009 em:
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S087374442008000300003&script
=sci_arttext. Acesso no dia 10 de Maio de 2019
 Magaio, Ésio Cebola Alguineiro, (2016), Manual do curso de Licenciatura em
contabilidade e Auditoria, disciplina: Direito Fiscal, ISCED – BEIRA
 Ribeiro, José Joaquim Teixeira (1997). Lições de Finanças Públicas. (5.ª edição).
Coimbra: Coimbra Editora.
 Sanches, José Luís Saldanha (2007). Manual de Direito Fiscal. (3ª edição).
Coimbra Editora
 Trigo, Paulo Pereira et al. (2009). Economia e Finanças Públicas. (3.ª edição).
Lisboa: Escolar Editora.
 Nabais, José Casalta (2008). Direito Fiscal. (4.ª edição). Coimbra: Almedina.
 Ribeiro, José Joaquim Teixeira (1997). Lições de Finanças Públicas. (5.ª edição).
Coimbra: Coimbra Editora

Legislação
 Lei nº 15/2002, de 26 de Junho – Lei de Bases do Sistema Tributário;
 Lei nº 2/2006, de 22 de Março – Lei Geral Tributária.
 Constituição da Republica Edição 2004

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