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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................2
1.2. Objectivos.................................................................................................................................2
1.2. 1. Objectivos Gerais..................................................................................................................2
1.2.2. Objectivos Específicos...........................................................................................................2
2. Desvalores do acto Legislatvo.....................................................................................................3
2.1. Definição do acto legislativo....................................................................................................3
2.2. Tipos de desvalores do acto legislativo....................................................................................3
2.2.1. Invalidade..............................................................................................................................4
2.2.2. Inexistência............................................................................................................................4
2.2.3. Ineficácia................................................................................................................................5
2.2.3.1. Invalidade jurídicas. Nulidade e anualidade.......................................................................6
3. Conclusão.................................................................................................................................8
4. Referencia Bibliográfica...........................................................................................................9

1
1. Introdução.
O Presente trabalho tem como tema de abordagem, Desvalores do acto legislativo. Nesta senda,
procuraremos, fixar a noção dos actos legislativos e demonstrar o seu desvalor ou vicio.

O estudo dos desvalores do acto legislativo, permitirá nos analisar ate que ponto um determinado
acto legislativo pode padecer de vicio, ou mesmo comprometer a estabilidade de um determinado
ordenamento jurídico

Importa referir desde já, que os actos jurídicos em geral, e por tantos também os actos
genreadores de direito ou actos normativos, podem, em determinado caso concreto, não reunir
todos os requisitos necessários para produzirem os efeitos a que tendem. Estão afectos ou
ameaçados pela ineficácia jurídica, tomada em sentido em amplo.

Dentro desta categoria geral, podem e devem autonomizar-se duas espécies. A inexistência
jurídica e a invalidade que por sua vez se desdobra em duas subespécies, nulidade e
anulabilidade. A essas modalidades acresce a ineficácia strico sensu.

1.2. Objectivos

1.2. 1. Objectivos Gerais


 Conceitualizar os desvalores do acto legislativo; e
 Desenvolver e fazer entender o impacto dos Desvalores do acto legislativo.

1.2.2. Objectivos Específicos


 Aprimorar o nosso conhecimento relativo ao tema Desvalores do acto legislativo.

2
2. Desvalores do acto legislativo

2.1. Definição do acto legislativo.


De persi, o professor Marcelo Rebelo de Sousa e Sofia Galvão, preveem que o conceito do acto
legislativo deriva da lei, pelo que, a lei pode ser entendida como aquele acto do poder político do
Estado que provem do órgão constitucionalmente competente, obedece a um procedimento
constitucionalmente definido e reveste a forma constitucionalmente qualificada de lei. Nestes
termos, o acto legislativo seria definido pela fórmula e só pela forma1.

E isto, porque só seria acto legislativo aquele que como tal a constituição denominasse. Oque
estaria altamente simplificado, porque a constituição faz uma enumeração exaustiva dos actos
legislativos (artigo 142, numero 1)2.

Para Oliveira Ascensão, a lei como modo de formação, é um acto jurídico, o acto legislativo.
Esse acto, esta, portanto, sujeito aos defeitos ou desvalores que atingem o acto jurídico3.

2.2. Tipos de desvalores do acto legislativo


Castro Mendes apud Salomão Viagem o processo de elaboração da lei pode ser afectado por uma
acção ou omissão que reconduz a vícios que se chamam de desvalores do acto legislativo 4.Aqui
nos referimos apenas ao acto de elaboração da lei e não de qualquer norma. São três os
desvalores do acto legislativo a saber:

 Invalidade,
 Inexistência,
 Ineficácia.

2.2.1. Invalidade
A invalidade é um desvalor que se manifesta em duas vertentes, na possibilidade de o acto em
referência ser tido como nulo (nulidade), por um lado, e por outro, na possibilidade de o acto ser
1
DE SOUSA, Marcelo Rebelo, e GALVÃO, Sofia. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. 5ª Ed. LEX.
LISBOA. 2000. Pp.46
2
Constituição da Republica de Moçambique ( Lei n°1/2018 de 12 de junho).
3
ASCENSÃO, José De Oliveira. O DIREITO: INTRODUÇÃO E TEORIA GERAL. 10ª Edição. Almedina.
Coimbra. 1999. Pp.285
4
VIAGEM, Salomão. O Direito de Empresas: Um Direito Emergente e heterónimo. Pp.8.

3
anulável (anulabilidade). Uma lei não aprovada ou aprovada ilegal ou irregularmente é nula ou
anulável conforme a gravidade do vício que sobre ela recai. Se estiver em causa o quórum
mínimo para a aprovação, entendemos que a lei ora aprovada sera nula. Mas se for violado um
procedimento meramente formal de votação, em que por exemplo algum dos votantes (cujo voto
era necessário para o quorum necessário) não levantou completamente o seu braco, essa lei será
anulável. Voltaremos às espécicies de invalidades.

2.2.2. Inexistência
Oliveira Ascensão anuncia que, o conceito da inexistência é de perigoso manuseia. A declaração
da inexistência, a fazer-se, parece dever partir do órgão autor do acto a ser declarado tal, e deve
explicitar o fundamento dessa inexistência. Doutro modo serviria como veiculo comodo apara o
poder escamotear regras realmente existentes, criando a maior instabilidade no que respeita as
situações jurídicas medio tempore surgidas.

Inocêncio Galvão Telles, na inexistência, o acto supõe se que não amolda ao tipo legal, em que
pretende integrar-se, porque não se ajusta a natureza tal como a lei define ou modela, mas
também não se enquadra em qualquer outro tipo legal nem pode valer como acto atípico5.

Para Salomão a Viagem a inexistência é o desvalor do acto legislativo considerado na falta de


promulgação da lei. Em Moçambique a promulgação é um acto exclusivo da competência do
Presidente da República (artigo 162, numero 1 da CRM)6.

Galvao Telles, ensina ainda que, a inexistência de um acto supõe a sua ilegalidade. Ao practicar-
se não se observaram os requisitos que a lei considera necessários para se produzirem os efeitos
jurídicos.

2.2.3. Ineficácia
A ineficácia verifica-se quando há um vício relativo a publicação da lei (número 1 do artigo 144º
da CRM) e sua entrada em vigor. Já sabemos que a lei deve ser publicada no Boletim da

5
TELLES. Inocêncio Galvão. Introdução ao Estudo do Direito. Vol. I. 11ª Edição. Coimbra
Editora. Pg. 98

6
Constituição da Republica de Moçambique ( Lei n°1/2018 de 12 de junho).

4
República e pode estar sujeita a um lapso de tempo (vacatio legis) para que comece a vigorar. A
matéria da publicação da lei no Boletim da República e o lapso de tempo para a sua entrada em
vigor deve ser entendida na conjugação dos artigos 144º da CRM e artigo 5 do Código Civil.

Para oliveira Ascensão a publicação destina-se a tornar possível o conhecimento por todos. A lei
não nasce para se mantida secreta, ao contrário doo que aconteceu em épocas históricas recuadas,
em que se acentuava o caracter esotérico do direito. São mesmos organizados processos com a
função específica de tornar possível o conhecimento geral, para que todos possam pautar por ela
a sua conduta. Com essa base, a vida jurídica processase dai por diante como se a lei fosse
efetivamente conhecida por cada um, quanto na realidade o ais erudito dos cidadãos pode
conhecer todas as leis.

As formas de publicação variam muito com os tempos e lugares. Os antigos arautos


desempenhavam uma função de publicidade. A fixação de texto da lei em lugares públicos, as
portas das igrejas, por exemplo, teve função idêntica. Pouco a pouco, sobressaiu de entre todos u
processo que, se não oferece o máximo de eficácia, oferece o máximo de certeza, a publicação
num jornal oficial.

O conhecimento do direito tornou-se por isso uma ficção. Rehbinder escreve, de modo
impressionante: " primeiro era também realidade, depois tornou-se pelo menos possibilidade.
Agora é impossibilidade.

O destinatário principal das leis não são os cidadãos, são os serviços, o legislativo da através das
leis ordens ao executivo e ao judiciário.

Esta forma de publicação esta hoje assente nas ordens jurídicas Brasileira e portuguesa. Mas as
leis gerais não pormenorizaram o processo de publicação. Practica há vários jornais oficiais7

2.2.3.1. Invalidade jurídicas. Nulidade e anualidade


Tal como havia-se dito na explanação anterior, a invalidade é um desvalor dos actos legislativos
que da lugar a nulidade e anulabilidade. As figuras da invalidade têm o seu regime jurídico nos
artigos 285º e seguintes do Código Civil.

7
ASCENSÃO, José De Oliveira. O DIREITO: INTRODUÇÃO E TEORIA GERAL. 10ª Edição. Almedina.
Coimbra. 1999. Pp286287

5
Nestes termos, a nulidade é invocada quando um acto ou norma jurídica por enfermar de um
vício formal e ou sobretudo de ordem material, não pode à partida produzir os devidos efeitos na
ordem jurídica, pelo que, a anulabilidade verifica-se quando o acto cujos efeitos já estão a
produzir-se pode sofrer interrupção em virtude de se considerar infestado por um vício que
normalmente é de forma.

Portanto, no caso da anulabilidade os efeitos jurídicos não são considerados à partida enquanto
na anulabilidade os efeitos jurídicos são considerados mas a qualquer momento podem ser
interrompidos.

Características da nulidade

A nulidade (artigo 286º do Código Civil) caracteriza-se por:

Ser invocável a todo o tempo por qualquer interessado;

Ser de conhecimento oficioso por parte do tribunal;

Ser insanável quando o objecto do negócio a que se reporta, ferir de forma flagrante com os
requisitos legalmente estabelecidos cfr., artigo 280º do Código Civil

Características da anulabilidade

A anulabilidade (artigo 287º do Código Civil)) caracteriza-se por:

Só puder ser invocada por quem tem legitimidade nos termos da lei; (isto é, as pessoas cujos
interesses são por lei protegidos ao puderem invocar essa figura, só puder ser invocada até um
ano depois da cessação do vício que lhe serve de fundamento; e

Anulabilidade pode ser sanada, tornando o acto em causa confirmado ou válido (convalidação),
cfr., artigo 288 do Código Civil.

Ademais, se um acto jurídico (negócio jurídico) for considerado nulo por se ter arguido a
nulidade ou a anulabilidade, quem havia-se beneficiado com o acto agora declarado nulo deve
restituir tudo o que tiver sido prestado ou, se a restituição em espécie não for possível, o valor
correspondente, cfr., número 1 do artigo 289º do Código Civil.

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3. Conclusão
Nestes termos, em virtude das analises trazidas neste, presente trabalho, cujo o tema é desvalores
do acto legislativo, o grupo toma as ultimas considerações.

Importa-nos realçar que o estudo dos desvalores do acto legislativo, constitui um aspecto
bastante importante, para a segurança das normas jurídicas. Sendo que é deve se entender por
acto legislativo, as leis e os decretos-leis (artigo 142, numero 1 da CRM). Os actos legislativos
estão sujeitos a defeitos ou vícios, sendo que a doutrina chama a colação os vícios da:

7
 Da invalidade;
 Inexistência; e
 Da ineficácia.

Pela invalidade deve se o vício pelo qual, se manifesta por ser nulo (nulidade), por um lado, e
por outro, na possibilidade de o acto ser anulável (anulabilidade). A nulidade é invocada quando
um acto ou norma jurídica por enfermar de um vício formal e ou sobretudo de ordem material,
não pode à partida produzir os devidos efeitos na ordem jurídica.

A anulabilidade verifica-se quando o acto cujos efeitos já estão a produzir-se pode sofrer
interrupção em virtude de se considerar infestado por um vício que normalmente é de forma.

A inexistência é o acto que não se amolda ao tipo legal, em que pretende integrar-se, porque não
se ajusta a natureza tal como a lei define ou modela, mas também não se enquadra em qualquer
outro tipo legal nem pode valer como acto atípico.

No nosso ordenamento jurídico, esta figura é chamada a colação quando a falta de promulgação
da lei, sendo que a promulgação é um acto exclusivo do Presidente da Republica.

Ademais, temos a figura da ineficácia. A ineficácia é uma figura que verifica relativo ao
problema da publicação da lei, sendo em bom rigor, que a lei é pública no Boletim da Republica.

4. Referencia Bibliográfica
1. DE SOUSA, Marcelo Rebelo, e GALVÃO, Sofia. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO
DIREITO. 5ª Ed. LEX. LISBOA. 2000;
2. ASCENSÃO, José De Oliveira. O DIREITO: INTRODUÇÃO E TEORIA GERAL. 10ª
Edição. Almedina. Coimbra. 1999;
3. VIAGEM, Salomão. O Direito de Empresas: Um Direito Emergente e heterónimo;

8
4. TELLES. Inocêncio Galvão. Introdução ao Estudo do Direito. Vol. I. 11ª Edição.
Coimbra Editora.
5. Constituição da Republica de Mocambique

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