Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
OBJECTIVOS...................................................................................................................2
Geral...............................................................................................................................2
Específicos.....................................................................................................................2
ALIENAÇÃO DA HERANÇA.........................................................................................3
DIVERSOS MODOS DE ALIENAÇÃO.........................................................................4
OBJECTO DA ALIENAÇÃO..........................................................................................5
A FORMA DE ALIENAÇÃO..........................................................................................6
EFEITOS DA ALIENAÇÃO............................................................................................6
DIREITO DE PREFERÊNCIA.........................................................................................7
CLÁUSULA DE INALIENABILIDADE........................................................................8
CONCLUSÃO...................................................................................................................9
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................10
Legislação........................................................................................................................10
INTRODUÇÃO
A alienação da herança vem regulada logo apos a liquidação e partilha da
herança, ao cero por poder respeitar também a uma herança total ou a quotas de herança
já liquidadas e partilhadas mas que haja interesse em alienar como tais. Mas como a
alienação pode também respeitar a herança ou quota não liquidadas ou partilhadas, o
grupo optou por trazer diligências referentes a alienação da herança e os problemas que
a doutrina traz.
O herdeiro adquire, a herança apos a sua aceitação. Só que, apesar de ser apenas
um o herdeiro ou mesmo sendo vários os herdeiros, e os bens terem sido já partilhados,
e eles terem direito a cada um dos bens que componham a herança total ou a sua parte, a
lei atribui-lhes o direito às unidades jurídicas que constituem a herança global ou a
quota-parte.
OBJECTIVOS
Geral
Debruçar em torno da Herança Adquirida;
Específicos
Falar da alienação da herança;
Trazer os pressupostos para a imposição da herança alienada;
Elucidar acerca dos efeitos da alienação da herança;
10
ALIENAÇÃO DA HERANÇA.
Os herdeiros em conjunto, segundo resulta já da exposição do regime da
administração da herança, podem praticar actos jurídicos relativos a bens determinados
da herança, ou seja os actos de disposição.
Como sabemos, é direito dos herdeiros alienar “imoveis da sua herança”. 2 Logo,
na acepção de OLIVEIRA (2000), podem ser alienados bens singulares da herança, pelo
único herdeiro ou por todos os herdeiros em conjunto. Mas, falaremos agora da situação
em que a própria disposição jurídica ou seja a herança pode ser objecto de alienação.
A herança em globo, pode ser alienada lactus sensu (inter vivos), assim como
stricto sensu (mortis causa) pelo herdeiro único, e quando há pluralidade de herdeiros
apenas “inter vivos”. Mas, havendo indivisão, cada herdeiro não fica inibido de dispor
dos direitos que adquiriu com a aceitação, independentemente da liquidação do
património hereditário.
1
FERNANDES, Luís Carvalho. Lições de Direito das Sucessões. Pág. 289.
2
ASCENSAO, José de Oliveira. Direito Civil – Sucessões. Pág. 486.
10
já não é esta figura que fara disposições à essa situação. É possível notar que a alienação
da herança não é um negócio típico, porque a lei sujeita a alienação às disposições
reguladoras do negócio que lhe deu causa ao abrigo do art.º109 da lei 23/2019 de 23 de
Dezembro.
De acordo com o artigo 111º, a alienação deve ser feita por escritura pública. E
regula também as formas nos seus nrs 1 e 2.
A alienação pode ter por causa negócios jurídicos onerosos, como: a compra e
venda (art.º 874º do C.C), a doação em pagamento (art.º 837 do CC), a troca ou outras
formas onerosas de alienação (art.º 939 do CC).
3
ASCENSAO, José de Oliveira. Direito Civil – Sucessões. Pág. 487.
4
SACRAMENTO, Luís Filipe. Direito das Sucessões. Pág. 224.
5
SOUSA, Rabindranath. Licoes de Direito das Sucessoes. Pag, 66.
10
Mas, a alienação pode também ter por causa negócios jurídicos gratuitos como a
doação (art.º 940 do CC).
OBJECTO DA ALIENAÇÃO
A alienação, abrange tanto a herança global, como uma quota da herança já
partilhada bem como o direito a um quinhão hereditário. Mas é de caracter mais intenso
saber quais os direitos e obrigações que de facto, são susceptíveis de se integrar no acto
da alienação.7 Exclui-se desde já, os elementos e poderes pessoais. 8 Mas, se quisermos
distinguir oque é e oque não é objecto de alienação, podemos considerar de forma
abstracta, e como linha de orientação que: tudo o que está abrangido naquele titulo se
transmite, excepto itens pessoais; nada do que não esta abrangido, não é objecto de
transmissão.
É aquilo que se encontra consagrado no art.º 110 da lei das sucessões, e que no
entendimento de SACRAMENTO, pressupõe 3 presunções a saber:
10
Visto que, o art.º 110 dispõe de meras presunções, há que aludir que, as partes
querendo, podem dispor de forma diversa partindo do princípio da livre disposição de
vontade. ASCENCAO (2000), pensa que, a correspondência rigorosa do objecto da
alienação é prosseguida pelo art.º 114, nos seus nºs 1 e 2.
A FORMA DE ALIENAÇÃO
Como forma, dispõe o art.º 111 que, se necessário, a forma correcta é por via da
escritura pública, sempre que contenha bens.
EFEITOS DA ALIENAÇÃO
É importante dizer que, os efeitos da alienação obedecem às mesmas regras que
se aplicam aos negócios jurídicos que lhe são subentendidas.
10
responsável solidário pelos encargos. Dado à posição pessoal do herdeiro, este continua
vinculado pelos encargos, mas os bens matem-se na responsabilidade do mesmo, dai
que o alienante responde solidariamente pelos encargos, e tem direito ao reembolso total
do que houver sido despendido.
Do terceiro e último, atinente ao art.º 114, dispõe que o alienante por título
oneroso, que tenha disposto de bens da herança, está obrigado a indemnizar o
adquirente, entregando-lhe o valor da coisa, quando aquele seja obrigado a restituir os
bens por ele adquirido. CAPELO DE SOUSA, afirma que, como efeitos da alienação, se
transmitem os direitos consagrados nos arts.º 74, 75 e 84, todos da lei das sucessões.12
ASCENSÃO, considera ser nocivo todo o art.º 114. Porque, no seu ponto de
vista, como pode o alienante dispor de bens da herança? Há uma necessidade de saber-
se se é herdeiro único ou se for co-herdeiro. Quando é herdeiro único não há problemas,
mas se for co-herdeiro, essa disposição é feita por todos ou pelo alienante apenas? Se
for feita por todos, é estranho supor que tem de se repor ao adquirente a quota que tiver
recebido, se for por apenas um, há uma disposição invalida. Dai que entra um jogo de
compensação complicado (indemnização).
DIREITO DE PREFERÊNCIA
Face ao disposto no nº 1 do art.º 115, da lei, importa reter a ideia de que os co-
herdeiros só gozam do direito de preferência, quando seja alienado um quinhão
hereditário, a título oneroso ou dado em cumprimento a terceiros, estranhos à herança.
Existe aqui uma preferência legal e real.13
10
CLÁUSULA DE INALIENABILIDADE
A cláusula de inalienabilidade, determina que os bens da legítima não podem ser
transferidos a terceiros (onerosa ou gratuitamente), nem dados em pagamento. Tal
cláusula é inserida em disposições de última vontade com o objetivo de proteger o
beneficiário contra sua própria inaptidão para administrar o património herdado ou
ainda contra as loucuras, caprichos e extravagâncias do seu consorte.
10
CONCLUSÃO
Após uma vasta procura de material, e consolidação de materiais para realizar-se
a devida ilustração da temática referente a alienação da herança adquirida, o grupo pode
com clareza, afirmar que:
Temos porem que existe uma forma para a alienação da herança, e forma
correcta é por via da escritura pública, sempre que contenha bens.
10
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASCENSÃO, José de Oliveira. Direito Civil – Sucessões. 5ª ed. Coimbra
Editora. 2000.
SOUSA, Rabindranath Capelo. Lições de Direito das Sucessões. Vol. II. 4ª ed.
Coimbra Editora. Dezembro, 2012.
Legislação
Lei n.º 23/2019, de 23 de Dezembro – que aprova a lei das Sucessões;
Código Civil.
Decreto-Lei n.º 4/2006, de 23 de Agosto – que aprova o Código do
Notariado;
10