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CONTRATO DE TRABALHO

Art. 442 CLT. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou


expresso, correspondente à relação de emprego.
√ - ELEMENTOS ESSENCIAIS
A validade do negócio jurídico requer:
► Agente capaz;
► Objeto lícito;
► Forma prescrita ou não defesa em lei.
Art. 7º, CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXXIII. proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores
de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo
na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
P

N
Art. 439, CLT. É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos
salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é
vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus
responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da
indenização que lhe for devida.
OJ nº 199 SDI-I TST. É nulo o contrato de trabalho celebrado para o
desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a
ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a
formação do ato jurídico.
TRABALHO ILÍCITO
X
TRABALHO PROIBIDO
Súmula nº 363 do TST. A contratação de servidor público, após a
CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no
respectivo art. 37, II e §2º, somente lhe conferindo direito ao
pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de
horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos
valores referentes aos depósitos do FGTS.
Art. 444 CLT. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de
livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não
contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos
coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes.
√ - CARACTERIZAÇÃO
→ Direito Privado;
→ Bilateral ou sinalagmático;
→ Consensual;
→ Trato sucessivo ou débito permanente;
→ Oneroso;
→ Comutativo;
→ Intuito personae.
√ - CLASSIFICAÇÃO
Art. 443, CLT. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado
tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho
intermitente.
√ - PRAZO INDETERMINADO
Súmula nº 212 do TST. O ônus de provar o término do contrato de
trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é
do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego
constitui presunção favorável ao empregado.
√ - PRAZO DETERMINADO
→serviços cuja natureza e transitoriedade justifique a predeterminação
do prazo;
→atividades empresariais de caráter transitório;
→contrato de experiência.
Art. 445, CLT. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá
ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90
(noventa) dias.
Art. 451 CLT. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita
ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar
sem determinação de prazo.
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Art. 452 CLT. Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que
suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo
determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de
serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
Súmula 244 TST
III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista
no art. 10, inciso II, alínea "b", do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por
tempo determinado.
Súmula 378 TST
III. O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de
acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
Art. 479 CLT. Nos contratos que tenham termo estipulado, o
empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado
a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que
teria direito até o termo do contrato.
Art. 480 CLT. Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá
desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a
indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.
§1º. A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria
direito o empregado em idênticas condições.
Art. 481 CLT. Aos contratos por prazo determinado que contiverem
cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado
o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer
das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo
indeterminado.
√ - CONTRATO INTERMITENTE
Art. 443, §3º CLT. Considera-se como intermitente o contrato de trabalho
no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua,
ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de
inatividade, determinados em horas, dias ou meses,
independentemente do tipo de atividade do empregado e do
empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.
√ - REQUISITOS DO CONTRATO:
■ SOLENIDADE

■ REMUNERAÇÃO

■ INOBSERVÂNCIA DAS FORMALIDADES


Art. 452-A CLT. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado
por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho,
que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele
devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a
mesma função em contrato intermitente ou não.
▪ Convocação prévia:

▪ Prazo de resposta:

▪ Obs.: Silêncio:
Art. 452-A, §1º, CLT. O empregador convocará, por qualquer meio de
comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será
a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
§2º. Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil
para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.
§3º. A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do
contrato de trabalho intermitente.
▪ Multa por descumprimento
▪ Como ocorre o pagamento da multa?
▪ Empregador: desconto no salário
▪ Empregado: ajuizamento de Reclamação Trabalhista se não for paga
espontaneamente.
▪ Período de inatividade:
§4º. Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que
descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta
dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria
devida, permitida a compensação em igual prazo.

§5º. O período de inatividade não será considerado tempo à disposição


do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros
contratantes.
§6º. Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado
receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas:
I - remuneração;
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III - décimo terceiro salário proporcional;
IV - repouso semanal remunerado; e
V - adicionais legais.

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