DE TRABALHO
Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por
prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da
execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão
aproximada.
§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência.
(...)
Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a
regra do art. 451.
Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.
Contrato de trabalho por prazo determinado – art. 443, caput, da CLT
• Verbas rescisórias – não faz jus ao recebimento da multa de 40% sobre o FGTS (não há dispensa imotivada);
• Em caso de rescisão antecipada – recebe a metade do período faltante a título de indenização (art. 479 da CLT);
• Prazo máximo de 180 dias, para o mesmo empregador, consecutivos ou não, prorrogáveis por mais 90;
• Empresa contratante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas inadimplidas no período de prestação de
serviço;
• O empregado receberá, na rescisão, indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato,
correspondente a 1/12 do pagamento recebido (art. 12, f da Lei 6094/74);
• O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente (art. 443 CLT);
• Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é
contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas,
dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas,
regidos por legislação própria;
• Contrato escrito, contendo o valor hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor da hora relativa ao salário
mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função, em contrato
intermitente ou não (art. 452-A CLT);
Trabalho intermitente – art. 443, §3º c/c art. 452-A
• O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será
a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência;
• Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no
silêncio, a recusa;
• A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente;
• Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no
prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação
em igual prazo;
• O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar
serviços a outros contratantes
• § 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes
parcelas: remuneração; férias proporcionais com acréscimo de um terço; décimo terceiro salário proporcional; repouso
semanal remunerado; e adicionais legais.
• O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do
cumprimento dessas obrigações;
• A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no
qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.
Teletrabalho – art. 75-A – art. 76-E
• Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a
utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho
externo (art. 75-B CLT);
• A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de
trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado (art. 75-C CLT);
• Os empregados em regime de teletrabalho não estão sujeitos ao controle de jornada e consequente pagamento de
horas extras (art. 62,III CLT);
• Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as
partes, registrado em aditivo contratual (art. 75-C, §1º CLT);
• Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador,
garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual (art. 75-C, §2º
CLT);
• As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos
e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas
arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito (art. 75-D CLT);
• O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de
evitar doenças e acidentes de trabalho e o empregado assinará termo de responsabilidade comprometendo-se a
cumprir as instruções fornecidas pelo empregador (art. 75-E CLT).
PECULIARIDADES DO TRABALHO DA MULHER – ART.S 391-400 CLT
• por 60 dias a duração da licença-maternidade, desde que a empregada a requeira até o final do primeiro mês após
o parto;
• por 15 (quinze) dias a duração da licença-paternidade, desde que o empregado a requeira no prazo de 2 (dois) dias
úteis após o parto e comprove participação em programa ou atividade de orientação sobre paternidade
responsável.
• A prorrogação será garantida, na mesma proporção, à empregada e ao empregado que adotar ou obtiver guarda
judicial para fins de adoção de criança.
TRABALHO DO MENOR – Art. 402 – 411 CLT
• É proibido qualquer tipo de trabalho ao menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos;
• O local de trabalho do menor tem que apresentar totais condições que mantenha a saúde física e psíquica e seu
horário de trabalho tem que ser compatível com a frequência escolar;
• Não pode haver exposição a agentes insalubres ou periculosos, ou em locais prejudiciais à sua moralidade;
• Vedada a realização de horas extras, salvo se previsto em ACT ou CCT, com compensação, limitada a 48h semanais
ou por força maior.
CONTRATO DE APRENDIZAGEM
• Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que
o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito
em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento
físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação;
• Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora;
• O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de
aprendiz portador de deficiência;
• Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais
de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores
existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.