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Nos termos do art. 442 da CLT, contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou
expresso, correspondente à relação de emprego. O art. 443 da CLT prevê que o
contrato de trabalho pode ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por
Introdução
escrito. Portanto, a lei não estabelece forma especial para a celebração pelas partes do
pacto que vai reger a relação de emprego: o mesmo pode ser fruto de uma
manifestação expressa de vontade, assumindo a forma escrita ou verbal, mas pode,
ainda, decorrer de uma manifestação tácita de vontade. Neste último caso, estando
presentes as características da relação de emprego haverá contrato de trabalho
(contrato-realidade).
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Tratando-se de trabalho proibido o contrato de trabalho será nulo. Tal nulidade tem efeito ex nunc.
Apenas a partir da decretação da nulidade que o contrato vai ser suprimido do mundo jurídico; os
efeitos trabalhistas decorrentes do contrato são verificados e assegurados até a decretação da
nulidade.
Também será nulo o contrato de trabalho quando seu objeto for ilícito. Neste caso, a nulidade tem
efeito ex tunc, razão pela qual os direitos trabalhistas não são assegurados, nem mesmo até a data da
decretação da nulidade.
A contratação de empregados públicos sem prévia aprovação em concurso público gera a nulidade
do contrato de trabalho, apenas conferindo ao trabalhador direito ao pagamento da contraprestação
pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo e
dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
A prova do contrato de trabalho será feita pelas anotações constantes da Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS) do empregado ou por instrumento escrito.
Por prazo Não contém determinação quanto à sua vigência; terá validade até que ocorra uma
indetermina causa extintiva, indeterminada quanto à espécie e quanto ao momento da sua
do ocorrência. É a regra geral.
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Como regra, o prazo do contrato por prazo determinado não poderá exceder
de 2 anos, salvo no caso de contrato de experiência, que tem prazo máximo
de 90 dias.
O contrato por prazo determinado que tenha duração inferior ao prazo
máximo previsto em lei poderá ser prorrogado uma única vez, respeitado o
limite máximo de duração (2 anos/90 dias). Ocorrendo mais de uma
prorrogação ou sendo extrapolado o máximo de duração prevista por lei, o
contrato será considerado como por prazo indeterminado.
Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de
seis meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste
dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos
acontecimentos.
A rescisão antecipada do contrato por prazo determinado gera para a parte
que teve a iniciativa da rescisão o dever de indenizar a outra parte.
Prazo
Rescisão antecipada pelo Rescisão antecipada pelo
empregador empregado
Indenização é a remuneração a que Indenização igual ao valor dos
o empregado teria direito até o prejuízos que deste fato resultarem
término do contrato, pela metade ao empregador, não podendo tal
indenização exceder àquela que
seria devida no caso de rescisão
antecipada por iniciativa do
empregador
A indenização por rescisão antecipada do contrato por prazo determinado de
iniciativa de qualquer uma das partes, não será devida na hipótese de o
contrato conter cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão
antecipada.
Contrato de trabalho intermitente é aquele no qual a prestação de serviços, com
subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de
serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente
do tipo de atividade do empregado e do empregador.
a) Escrito; b) Conter o valor da hora ou do dia de trabalho, que não pode
ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos
demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função
Requisitos
em contrato intermitente ou não (períodos de inatividade não são
considerados tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador
prestar serviços a outros contratantes).
Havendo serviço a ser prestado, com pelo menos três dias corridos de
antecedência o empregador, por qualquer meio de comunicação eficaz,
Intermitente convocará o empregado para essa prestação, informando qual será a
jornada a ser cumprida. Recebida a convocação, o empregado terá o
prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no
silêncio, a recusa. Se ele recusar a oferta, não descaracteriza a
subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. Aceita a
Convocaçã oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem
o justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de 30 dias, multa de 50% da
remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
Na data acordada para o pagamento, o empregado receberá, de imediato,
a remuneração; as férias proporcionais com acréscimo de um terço; o
13º proporcional; o repouso semanal remunerado; e os adicionais legais.
A cada 12 meses de vigência do contrato de trabalho o empregado
adquire o direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de
férias.
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