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DIREITO DO TRABALHO

19. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

Introdução
O art. 7º, III, da Constituição Federal indica o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS
como um dos direitos dos trabalhadores. Assim, a CF extinguiu definitivamente o regime de
estabilidade definitiva no emprego.
O FGTS se aplica para os trabalhadores domésticos.
O trabalhador, seus dependentes e sucessores ou, ainda, o Sindicato a que estiver vinculado o
trabalhador, poderão ajuizar ação perante a Justiça do Trabalho para o fim de compelir o empregador
a efetuar os depósitos do FGTS.
O empregado que pede demissão ou que é dispensado por justa causa não pode levantar o FGTS por
ocasião da rescisão do contrato de trabalho.
Nas hipóteses de dispensa sem justa causa e de dispensa indireta, o empregador depositará na conta
vinculada do trabalhador no FGTS importância igual a 40% do montante de todos os depósitos feitos
na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, devidamente atualizados. No caso de
culpa recíproca ou de força maior, o percentual será de 20%. Tratando-se de extinção do contrato de
trabalho por acordo entre empregado e empregador, a indenização será de 20% dos depósitos
atualizados do FGTS.
Valor do FGTS 8% da remuneração mensal do empregado, incluídas todas as parcelas que
têm natureza salarial. O FGTS incide também sobre a gratificação de Natal
(13º salário) – (art. 15).
Forma de pagamento Depósito pelo empregador em conta vinculada do empregado junto à Caixa
Econômica Federal, até o dia 7 de cada mês, considerando-se a remuneração
do mês anterior (art. 15). O pagamento que não for efetuado pelo
empregador no prazo sofrerá incidência de juros, correção monetária e de
multa (art. 22).
No caso de suspensão do contrato de trabalho em decorrência de prestação
de serviço militar e de acidente do trabalho, o empregador permanece com a
obrigação de depositar FGTS (art. 15, § 5º, Lei n. 8.036/90).
O FGTS incide sobre todas as parcelas de natureza salarial pagas ao
empregado em virtude de prestação de serviços no exterior (OJ SDI-1 232,
TST).
Hipóteses de movimentação da conta do FGTS
Dispensa sem justa causa;
extinção do contrato de trabalho por acordo entre empregado e empregador (limitada a até 80% do
valor dos depósitos);
Dispensa indireta;
Rescisão do contrato por culpa recíproca ou por força maior;
Extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências ou
supressão de parte de suas atividades;
Morte do empregador individual, se dela decorrer a extinção do contrato de trabalho do empregado;
Declaração de nulidade do contrato de trabalho de empregado contratado pela Administração
Pública sem prévia aprovação em concurso público (art. 37, § 2º, CF, e Súmula 363, TST);
Aposentadoria;
Falecimento do empregado (pagamento será feito aos dependentes ou, na falta destes, aos herdeiros
na forma da lei civil);
Para pagamento total ou parcial do preço da aquisição de moradia própria;
Quando o trabalhador permanecer 3 anos ininterruptos fora do regime do FGTS;
Extinção normal do contrato por prazo determinado;
Supressão total do trabalho avulso por período superior a 90 dias;
Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna (câncer);
Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV;
Quando o trabalhador ou qualquer dos seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de
doença grave;
Quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a 70 anos;
Necessidade pessoal, cuja urgência decorra de desastre natural;
Quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese para
promoção de acessibilidade e de inclusão social;
Anualmente, no mês de aniversário do trabalhador;
A qualquer tempo, quando seu saldo for inferior a R$ 80,00 e não houver ocorrido depósitos ou
saques por, no mínimo, 1 ano;
Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for pessoa com doença rara.

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