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FGTS

O OBJETIVO DESTE TÓPICO É COLOCAR O ALUNO A PAR DAS ALTERAÇÕES QUE HOUVERAM NA

SEGURANÇA DO TRABALHADOR DURANTE AO LONGO DO TEMPO, FAZER COM QUE ENTENDAM O QUE

É O FGTS E PARA QUE SERVE.

AUTOR(A): PROF. OTACILIO DE MORAIS SOUZA

AUTOR(A): PROF. EUCLIDES BEZERRA DA SILVA

FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO

DEFINIÇÃO DO FGTS

O FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é um encargo trabalhista que o empregador assume

quando da contratação do funcionário.

Os empregadores devem realizar um depósito mensal correspondente a 8% do salário do funcionário em

uma conta vinculada ao seu nome na Caixa Econômica Federal. O FGTS é composto de contas vinculadas,

abertas em nome de cada trabalhador quando o empregador efetua o primeiro depósito. Seu saldo é

formado pelos depósitos mensais efetuados pelo empregador, acrescidos de atualização monetária e juros.

Há também os contratos de aprendizagem firmados nos termos da Lei nº 11.180/05, onde o percentual é

reduzido para 2%. Para o trabalhador doméstico, o recolhimento é correspondente a 11,2 %, sendo 8% a
título de depósito mensal e 3,2% a título de antecipação do recolhimento rescisório.

O objetivo desse recolhimento é o de auxiliar o trabalhador caso ele seja demitido sem justa causa, por

causa de doenças graves ou até por catástrofes naturais. O FGTS foi criado em 1966 por meio da Lei

Federal nº 5.107, de 13 de setembro de 1966 e passou a vigorar a partir de 01 de janeiro de 1967. Essa lei

substituiu a chamada “estabilidade” que o funcionário adquiria quando completasse 10 anos de trabalho na

mesma empresa e, assim, não poderia mais ser demitido, a não ser por justa causa.

Quem tem direito ao FGTS são todos os trabalhadores urbanos com contrato formal regido pela CLT

(Consolidação das Leis do Trabalho) e também os trabalhadores rurais, trabalhadores avulsos, temporários,

safreiros e atletas profissionais. Para os empregados domésticos o recolhimento tornou-se obrigatório a

partir de outubro de 2015.

Quem não têm direito ao FGTS são os trabalhadores individuais, ou autônomos, ou seja, pessoas que não

têm vínculo empregatício.


QUANDO PODE SER SACADO O FGTS

O FGTS, pode ser retirado:

·         Quando o empregado é despedido do trabalho sem justa causa;

·         No término do contrato por prazo determinado;

·         Na rescisão por acordo entre trabalhador e empregador, Lei nº 13.467/17;

·         Na rescisão do contrato por extinção total da empresa, fechamento de suas filiais ou agências;

·         Falecimento do empregador individual;

·         Rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior;

·         Na aposentadoria;

·         No caso de necessidade pessoal urgente e grave, desastres naturais, estado de calamidade pública

decretada pelo governo federal;

·         Na suspensão do Trabalho Avulso por prazo igual ou superior a 90 dias;

·         No falecimento do trabalhador;

·         Quando o titular da conta tiver idade igual ou superior a 70 anos;

·         Para dar de entrada em um imóvel ou pagar parte do financiamento de seu imóvel;

·         Quando o trabalhador ou seu dependente for portador do vírus HIV;

·         Quando o trabalhador ou seu dependente estiver acometido de neoplasia maligna;

·         Câncer;

·         Quando o trabalhador ou seu dependente estiver em estado terminal, em razão de doença grave;

·         Portador de alguma doença grave;

·         Quando a conta ficar sem movimentação durante três anos, ou o governo venha a liberar o saque das
contas inativas como ocorreu no primeiro semestre de 2017.

 
 
CONFERÊNCIA E MOVIMENTAÇÃO DA CONTA DO FGTS
 
O trabalhador recebe em sua casa o extrato do FGTS, onde ele verifica se os depósitos estão sendo efetuados
regularmente. Para isso, é necessário que seu endereço esteja atualizado na Caixa Econômica Federal.
Caso perceba que o depósito não está sendo efetuado, o trabalhador deve procurar a Delegacia Regional do
Trabalho - DRT, já que o responsável pela fiscalização das empresas é o Ministério do Trabalho e Emprego.

Ele também pode realizar a consulta via internet ou aparelho eletrônico para isto realizando os tipos de
cadastros existentes disponibilizados pela Caixa Econômica Federal.
 
MULTA DE 40%

Esta multa foi criada para garantir a estabilidade do trabalhador no emprego, caso o empregador decida
despedir o funcionário sem justa causa, ele é obrigado a pagar sobre o saldo total do FGTS uma multa de
40%.
RECOLHIMENTO DO FGTS

 
O novo portal do eSocial é o responsável pela emissão do DAE – Documento de Arrecadação do eSocial, guia
única de recolhimento para o Fundo de Garantia e todos os tributos devidos pelo empregador doméstico,
cujo pagamento deve ser efetuado em agências da Caixa, nos bancos conveniados ou lotéricas, canais de

autoatendimento e internet banking.


 
EM CASO DE RESCISÃO DE CONTRATO
Quando a empresa rescindir o contrato com o trabalhador, é obrigatório o recolhimento rescisório relativo

ao mês da rescisão, ao aviso prévio indenizado, quando for o caso, e ao mês imediatamente anterior, que
ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
Este recolhimento rescisório contempla, ainda, a multa rescisória cuja base de cálculo corresponde ao
montante de todos os depósitos devidos referentes ao FGTS durante a vigência do contrato de trabalho,

acrescida das remunerações aplicáveis às contas vinculadas. Para o recolhimento rescisório do FGTS é
obrigatória a utilização da GRRF - Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS.
 
O QUE MUDA NO FGTS COM A REFORMA TRABALHISTA

A reforma trabalhista que passou a vigorar em 11/11/2017 por meio da Lei nº 13.467/17 altera a CLT –
Consolidação das Leis do Trabalho, e alterando também o FGTS a fim de adequar a legislação às novas
relações de trabalho.

Criação do trabalho intermitente;


Criação da rescisão por acordo entre empregado e empregador;
Alteração do prazo de recolhimento das verbas rescisórias, independentemente do tipo de aviso prévio;
Simplificação do saque por rescisão contratual.
 
ATIVIDADE

2) Sobre a multa de 40% sobre o saldo do FGTS, assinale a alternativa

correta:

A. Tem direito o trabalhador que exerceu a profissão mais de 10 anos na mesma empresa e pediu
demissão;

B. Tem direito o trabalhador que é possuidor de uma doença grave e se afasta por um período

indeterminado de suas funções;


C. Tem direito o trabalhador que trabalhou em uma empresa e foi despedido sem motivo;
D. Tem direito o trabalhador que sofre acidente de trabalho e fica afastado do trabalho mais de seis
meses;

E. Tem direito o trabalhador que trabalhou por um determinado tempo na empresa sem faltas ou
atrasos e pede a demissão por motivo particular.

ATIVIDADE

3)  Sobre a conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, é correto

dizer que:

A. É uma conta vinculada do trabalhador no FGTS, e não poderá ser movimentada no caso do mesmo
ser despedido sem justa causa.

B. O FGTS é constituído pelos depósitos e saldos das contas vinculadas em nome dos trabalhadores, e
estas contas podem ser penhoradas.
C. Os trabalhadores domésticos não tem acesso ao regime do FGTS.
D.  As empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista não poderão equiparar seus diretores não

empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS.


E. O trabalhador só poderá utilizar os recursos do FGTS para financiar um único imóvel.

ATIVIDADE FINAL

1) Assinale a alternativa correta:

A. O FGTS é um valor referente a 8% do salário do trabalhador, este valor é descontado do total do

salário do trabalhador;
B. Independente do regime de contratação do funcionário, todos tem direito ao depósito do FGTS;
C. O fundo de garantia é depositado para o trabalhador no banco que a empresa tem conta;
D.  O objetivo do FGTS é o de auxiliar o trabalhador caso ele seja demitido sem justa causa, por causa

de doenças graves ou até por catástrofes naturais.


E. O FGTS, foi criado por meio da Constituição Federal de 1988.

REFERÊNCIA
Site Caixa Econômica Federal
www.caixa.gov.br (http://www.caixa.gov.br/)

Acessado em 21/11/2017

https://g1.globo.com/economia/noticia/contribuicao-sindical-sera-opcional-na-nova-lei-trabalhista-
entenda-o-que-mudou.ghtml (https://g1.globo.com/economia/noticia/contribuicao-sindical-sera-opcional-

na-nova-lei-trabalhista-entenda-o-que-mudou.ghtml)
Acessado em 21/11/2017

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