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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Dentre suas atribuições estão:

ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO - Emitir papel-moeda e moeda metálica;


NACIONAL: ÓRGÃOS NORMATIVOS, - Executar os serviços do meio circulante;
SUPERVISORES E OPERADORES. - Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das insti-
tuições financeiras e bancárias;
- Realizar operações de redesconto e empréstimo às institui-
ções financeiras;
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - Regular a execução dos serviços de compensação de che-
ques e outros papéis;
A Composição do Sistema Financeiro Nacional – SFN – é fei- - Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos fe-
ta de modo organizado e separado por competências. O SFN é di- derais;
vidido em órgãos normativos, órgãos supervisores e os operadores. - Exercer o controle de crédito;
Os órgãos normativos são como o nome diz emissores - Exercer a fiscalização das instituições financeiras;
de normas gerais. São eles: CMN (Conselho Monetário - Autorizar o funcionamento das instituições financeiras;
Nacional), CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) e - Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer car-
CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar).
gos de direção nas instituições financeiras;
Abaixo de cada Órgão Normativo existe uma entidade super-
- Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados fi-
visora. Estas Entidades Supervisoras supervisionam os operadores.
nanceiros e de capitais e,
- Controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.
CMN - Conselho Monetário Nacional
Supervisionados pelo BACEN estão as:
A responsabilidade do Conselho Monetário Nacional é expe-
dir diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN (Sistema
- Instituições Financeiras Captadoras de Depósitos à Vista:
Financeiro Nacional).
- Bancos Múltiplos com carteira comercial;
As funções seriam:
- Bancos Comerciais;
- Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessi- - Caixa Econômica Federal;
dades da economia; - Cooperativas de Crédito
- Regular o valor interno da moeda e o equilíbrio do balanço - Demais instituições financeiras;
de pagamentos; - Bancos de Câmbio;
- Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; - Outros intermediários financeiros e administradores de re-
- Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos cursos de terceiros
instrumentos financeiros;
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; e CVM
- Coordenar as políticas monetárias, creditaria orçamentária e
Seus objetivos são regulamentar, desenvolver, controlar e fis-
da dívida pública interna e externa.
calizar o mercado de valores mobiliários do país.
Existem duas entidades supervisoras abaixo do CMN, a saber:
Dentre suas atribuições estão:
- Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados
BACEN – Banco Central do Brasil e CVM – Comissão de
Valores Mobiliários. de bolsa e de balcão;
- Proteger os titulares de valores mobiliários;
BACEN - Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no
mercado;
É o principal executor das orientações do CMN. - Assegurar o acesso do público a informações sobre valores
mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham
A responsabilidade do BACEN é garantir o poder de compra
emitido;
da moeda nacional.
- Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no
Seus objetivos são: mercado de valores mobiliários;
- Zelar pela adequada liquidez da economia; - Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valo-
- Manter as reservas internacionais em nível adequado; res mobiliários;
- Estimular a formação de poupança; - Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular
- Zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoa- do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em
ações do capital social das companhias abertas.
mento do sistema financeiro.
- Supervisionados pela CVM estão:
- Bolsa de mercadorias e futuros;
Responsabilidade:
- Bolsas de valores;
- Outros intermediários financeiros e administradores de re-
- Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;
cursos de terceiros *
- Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - Funções:
- Regular a constituição, organização, funcionamento e fisca-
lização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem
como a aplicação das penalidades previstas;
- Sociedades de Capitalização;
- Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previ-
dência privada aberta, capitalização e resseguro; - Entidades abertas de previdência complementar.
- Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; - Conselho Nacional de Previdência Complementar
- Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Segu-
radoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aber- Responsabilidade:
ta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das
respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e - Regular o regime de previdência complementar operado pe-
a profissão de corretor. las entidades fechadas de previdência complementar (fundos
de pensão)
Existe uma entidade supervisora abaixo do CNSP, a SUSEP.
Existe uma entidade supervisora abaixo do CNPC, a PREVIC
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados - ou Superintendência Nacional de Previdência Complementar.
autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda;
PREVIC ou Superintendência Nacional de Previdência
Seus objetivos são o controle e fiscalização do mercado de
Complementar - é uma autarquia vinculada ao Ministério da
seguro, previdência privada aberta e capitalização.
Previdência Social.

Funções: Seus objetivos são fiscalizar as atividades das entidades fecha-


das de previdência complementar (fundos de pensão).
- Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e
ope- ração das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Funções:
Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na
qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;
- A Previc atua como entidade de fiscalização e de supervi-
- Atuar no sentido de proteger a captação de poupança
são das atividades das entidades fechadas de previdência comple-
popular que se efetua através das operações de seguro,
previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; mentar e de execução das políticas para o regime de previdência
- Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mer- complementar operado pelas entidades fechadas de
cados supervisionados; previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes
- Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instru- estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho
mentos operacionais a eles vinculados; Nacional de Previdência Complementar.
- Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição; - Supervisionados pela PREVIC estão: Entidades Fechadas de
zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o Previdência complementar (Fundos de Pensão)
mer- cado;
- Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entida-
des, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões
técnicas; COPOM - COMITÊ DE POLÍTICA
- Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer MONETÁRIA.
as atividades que por este forem delegadas; prover os serviços de
Secretaria Executiva do CNSP.

Supervisionados pela SUSEP estão as: COPOM – Comitê de Política Monetária

- Resseguradoras: Atualmente só o IRB é uma resseguradora. O Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central
- Sociedades seguradoras; foi criado em junho de 1996, com o objetivo de estabelecer
as diretrizes da política monetária e de definir a taxa básica de
juro.
De acordo com o Banco Central, os objetivos do Copom são
“implementar a política monetária, definir a meta da taxa Selic e
seu eventual viés, e analisar o ‘Relatório de Inflação’”. Vale lem-
brar que a taxa de juro fixada na reunião do colegiado é a meta
para
a Selic, que vigora no período até a próxima reunião do comitê.

Definição de viés

No momento do anúncio da taxa, o Copom pode estabelecer


um viés, de elevação ou de redução.
significativa na conjuntura econômica for esperada.
Trata-se de uma prerrogativa que autoriza o presidente do
Banco Central a alterar a meta para a taxa Selic na direção do
Funcionamento do COPOM
viés a qualquer momento entre as reuniões regulares do Copom.
O viés é utilizado, normalmente, quando alguma mudança
As reuniões do Copom são divididas em dois dias: a
primeira sessão às terças-feiras e a segunda às quartas-feiras. O
comitê é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do III – serviço de intermediação financeira (crédito) para cober-
Banco Cen- tral: o presidente, que tem o voto de qualidade; e os tura de inadimplemento por parte do consumidor de
diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos obrigações assumidas junto a fornecedor pertencente a uma rede
Especiais, Assun- tos Internacionais, Normas e Organização do credenciada; IV – serviço de intermediação financeira (crédito)
Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e para empréstimos em dinheiro direto ao consumidor,
Administração. disponibilizado através de operação de saque.
Também participam do primeiro dia da reunião os chefes de O contrato de intermediação de pagamentos à vista é o
alguns departamentos do Banco Central. contrato realizado entre o consumidor e uma administradora de
Primeiro dia do encontro: Nesse dia os chefes de cartões de crédito, que tem por objeto a prestação do serviço de
departamento e o gerente-executivo apresentam uma análise intermediação de pagamentos à vista das obrigações assumidas
da conjuntura econômica incluindo variáveis como inflação, por meio de cartão, até um limite estabelecido entre o consumidor
atividade econômica, evolução dos agregados monetários,
e um fornecedor de bens ou serviços pertencente a uma rede
finanças públicas, balanço de pagamentos, economia
credenciada, desde que o consumidor pague suas obrigações
internacional, mercado de câmbio, reservas internacionais,
integralmente até o dia do vencimento da fatura e não opte pelo
mercado monetário, operações de mercado aberto, avaliação
parcelamento do valor das compras.
prospectiva das tendências da inflação e expectativas gerais para
As empresas detentoras de uma determinada marca (popular-
variáveis macroeconômicas.
mente chamadas de bandeiras) autorizam outras empresas
Segundo dia do encontro: Participam dessa reunião os mem-
(chamadas emissoras) gerar cartões ostentando a respectiva
bros do Comitê, após análise das projeções atualizadas para a
marca.
infla- ção, apresentam alternativas para a meta da Selic e
Os portadores desses cartões têm à sua disposição uma rede de
recomendações para a da política monetária. As propostas são
votadas, buscando-se, quando possível, o consenso. lojas credenciadas para a aquisição de bens e serviços.
O estabelecimento comercial registra a transação com o uso
de máquinas mecânicas ou informatizadas, fornecidas pela
PRODUTOS BANCÁRIOS: NOÇÕES administradora do cartão de crédito, gerando um débito do
DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO, usuário-consumidor a favor da administradora e um crédito do
CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR, fornecedor do bem ou serviço contra a administradora, de acordo
CRÉDITO RURAL, CADERNETA DE com os con- tratos firmados entre essas partes.
POUPANÇA, CAPITALIZAÇÃO, Periodicamente, a administradora do cartão de crédito emite e
PREVIDÊNCIA, INVESTIMENTOS E apresenta a fatura ao usuário-consumidor, com a relação e o valor
SEGUROS. das compras efetuadas.

CARTÃO DE DÉBITO

CARTÃO DE CRÉDITO É dinheiro vivo, à medida que o valor é debitado da


conta corrente.
É um serviço de intermediação que permite ao O estabelecimento deve dispor de um terminal eletrônico, que
consumidor adquirir bens e serviços em estabelecimento fará a leitura do cartão de débito, com a respectiva senha do cliente.
comerciais previamente credenciados, mediante a Será cobrada uma taxa do estabelecimento e os recursos não
comprovação de sua condição de usuário. Tal comprovação é serão entregues imediatamente, não sendo, portanto, dinheiro vivo
feita com a apresentação do cartão no ato da aquisição da para o estabelecimento.
mercadoria.
Juridicamente, o cartão de crédito é um contrato de CDC – Crédito Direto ao Consumidor
adesão entre consumidor e administradora de cartões de crédito,
que tem por objeto a prestação dos seguintes serviços: É o financiamento concedido por uma Financeira para
I – serviços de intermediação de pagamentos à vista entre con- aquisição de bens e serviços por seus clientes - sua maior
sumidor e fornecedor pertencente a uma rede credenciada; utilização é na aquisição de veículos e eletrodomésticos.
II – serviço de intermediação financeira (crédito) para cober-
O CDC é concedido diretamente ao consumidor, pessoas jurí-
tura de obrigações assumidas através do cartão de crédito junto a
dicas ou pessoas físicas por bancos e sociedades de crédito, finan-
fornecedor pertencente a uma rede credenciada;
ciamento e investimento (financeiras).
Além dos juros é cobrado o IOF (Imposto sobre
operações de crédito, câmbio e seguro ou relativos a títulos e
valores imobiliários), que incide de forma diferente nas pessoas
físicas e jurídicas. Neste caso específico, o IOF arcado pelas
pessoas jurídicas é maior do que aquele pago pelas pessoas
físicas.
Em geral, as operações obedecem a um sistema de
pagamento Price, ou seja, a quitação do financiamento é efetuada
em prestações iguais, mensais e sucessivas.
do crédito concedido pela financeira ou pelo banco.
O CDC é uma alternativa de financiamento de veículos leves
e pesados, máquinas e equipamentos médicos e odontológicos,
CRÉDITO RURAL
equi- pamentos de informática, serviços diversos, entre outros.
Os prazos variam entre 1 e 48 meses, de acordo com o bem
financiado. O CDC Interveniência é uma modalidade de CDC na O Crédito Rural abrange recursos destinados a custeio,
qual a empresa vendedora da mercadoria atua como garantidora inves- timento ou comercialização. As suas regras, finalidades
e condi- ções estão estabelecidas no Manual de Crédito Rural
(MCR), ela- borado pelo Banco Central do Brasil. Essas normas
são seguidas por todos os agentes que compõem o Sistema
Nacional de Crédito Rural (SNCR), como bancos e cooperativas
de que as taxas destas operações observem as taxas das operações
de crédito. Representa importante operação ativa realizada pelo
bancárias comuns. Isto quer dizer que operações de crédito rural
Banco do Brasil, sendo que tal instituição é o principal agente do
contratadas com recursos livres não são subsidiadas.
Governo Federal neste segmento.
As linhas de Crédito Rural
As fontes de recursos do Crédito Rural

As principais linhas de crédito rural podem ser resumidas em


O crédito rural pode ser concedido com recursos de 2 cate-
gorias: 3 grandes grupos:
a) controlados: assim considerados da exigibilidade de recur-
sos obrigatórios, das Operações Oficiais de Crédito sob Os Créditos de Custeio: destinam-se ao custeio das despesas
supervisão do Ministério da Fazenda; da poupança rural, do normais da atividade, como por exemplo, do ciclo produtivo de
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de lavouras periódicas, da entressafra de lavouras permanentes,
Investimento Extramercado (outro fundo administrado pelo de exploração pecuária e do beneficiamento ou
Governo Federal), quando aplicados em operações industrialização de produtos agropecuários.
subvencionadas pela União sob a forma de equalização de
encargos financeiros, além de outros que vierem a ser Os Créditos de Investimentos
especificados pelo Conselho Monetário Nacional;
b) não controlados, assim considerados os da exigibilidade e São utilizados para o financiamento de investimentos
livres da poupança rural, de fundos, programas e linhas específi- fixos, semi fixos. São exemplos de investimento fixos a
cas, de recursos livres. construção, re- forma ou ampliação de benfeitorias e instalações
permanentes e a aquisição de máquinas e equipamentos de
As aplicações em crédito rural provável vida útil superior a 5 anos.
São exemplos de investimentos semi fixos a aquisição de ani-
A instituição financeira deve consignar no instrumento de mais de pequeno, médio e grande porte para criação,
cré- dito a fonte dos recursos utilizados no financiamento, recriação, engorda ou serviço e a aquisição de veículos, tratores
observada a classificação do parágrafo anterior, registrando a colheitadeiras, implementos, embarcações e aeronaves que
denominação do fundo, programa ou linha específica, se for o necessariamente devem ser utilizas na atividade agropecuária.
caso.
Os financiamentos ao amparo de recursos controlados do cré- Os Créditos de Comercialização
dito rural podem ser concedidos diretamente a produtores rurais
ou repassados por suas cooperativas. Têm o objetivo de assegurar ao produtor rural ou às suas coo-
A legislação específica do segmento determina a perativas os recursos necessários à comercialização de seus pro-
aplicação obrigatória em crédito rural de uma parcela de recursos dutos no mercado, compreendendo a pré-comercialização, o des-
captados pelas instituições financeiras. conto, os adiantamentos a cooperados por parte de cooperativas
As normas existentes detalham como é calculada esta parcela na fase imediata à colheita da produção própria ou de cooperados.
e quais instituições estão sujeitas ao cumprimento de tal obrigato-
riedade. CADERNETA DE POUPANÇA
Geralmente, nesta modalidade, as operações de crédito rural A conta poupança é um tipo de conta bancária, de baixo ris-
realizadas pelas instituições financeiras têm taxas subsidiadas. co e de rendimento pré-fixado de 0,5% ao mês mais a correção da
De igual modo, uma parcela dos recursos livres de uma insti- TR - Taxa Referencial, garantida pelo FGC - Fundo Garantidor de
tuição financeira (e recebem este nome, pois a instituição Crédito até o valor de R$ 70.000,00 por cliente, independente de
financei- ra pode aplicar livremente) pode ser aplicada no crédito qual banco é a sua depositária.
rural, des- O BC estabeleceu, ainda, que os depósitos até R$ 5 mil, efe-
tuados por intermédio de cheques em contas de poupança, conti-
nuarão a ter o mesmo tratamento atual, de serem remunerados a
partir da data em que realizados.
Desde 4 de maio de 2012 a poupança no Brasil passou a seguir
a taxa Selic, sempre quando esta estiver igual ou inferior a 8,5%.
Assim a remuneração será de 70% da Selic mais a taxa referencial.

Novas Regras para a caderneta de poupança com o adven-


to da Medida Provisória nº 567, de 03 de maio de 2012.

Com a publicação da Medida Provisória nº 567/2012, publi-


cada no Diário Oficial da União no dia 04 de maio de 2012, ficam
alteradas as regras da caderneta de poupança.
quan- do a Selic for igual ou menor que 8,5% ao ano. Para os
Assim, a partir do dia 04 de maio de 2012, novas cadernetas
clientes de cadernetas já existentes, que realizaram depósitos
de poupança ou depósitos feitos nessa modalidade passaram a ter
depois do dia 04.05.2012, os bancos abriram duas contas de
uma nova regra de remuneração.
poupança: uma com os depósitos feitos até o dia 03.05.2012 e
O rendimento passou de 6,17% ao ano (que é os 0,5% ao mês
outra com os novos in- gressos de dinheiro - ambas sob o
acumulados no período de um ano), mais a Taxa Referencial -
mesmo CPF.
TR, para 70% da taxa básica de juros (Taxa Selic), mas somente
No momento de fazer um resgate da poupança o dinheiro
sai prioritariamente da mais nova - de acordo com o
ministério da Fazenda. No entanto, se o valor a ser sacado
exceder o montante, o que faltar será tirado da conta antiga.
O PM é um plano em que os seus pagamentos, geralmente, são
No atual patamar da Selic, o rendimento da poupança perma- mensais e sucessivos.
nece em 0,5% ao mês, o que dá um total de 6,17% ao ano acres- É possível que após o último pagamento, o plano ainda
cido da TR (que tem o seu índice determinado diariamente pelo continue em vigor, pois seu prazo de vigência pode ser maior do
Banco Central). Esse pagamento de juros e TR é depositado na que o prazo de pagamento estipulado na proposta. Por sua vez, o
conta poupança no dia do aniversário (se você depositou em 5 de PU é um plano em que o pagamento é único (realizado uma única
abril os dividendos são pagos em 5 de maio). O dinheiro aplicado vez), tendo sua vigência estipulada na proposta.
e retirado com menos de 30 dias não rende. Enquanto que o prazo de pagamento é o período
As demais regras da aplicação serão mantidas: isenção de durante o qual o Subscritor compromete-se a efetuar os
Im- posto de Renda e direcionamento dos recursos da poupança pagamentos que, em geral, são mensais e sucessivos.
para crédito habitacional e agrícola. Outra possibilidade, como colocada acima, é a de o título ser
de Pagamento Único (P.U.). Prazo de Vigência, por sua vez, é o
CAPITALIZAÇÃO período durante o qual o Título de Capitalização está sendo admi-
nistrado pela Sociedade de Capitalização, sendo o capital relativo
Títulos de capitalização ao título atualizado monetariamente pela TR e capitalizado pela
taxa de juros informada nas Condições Gerais. Tal período deverá
ser igual ou superior ao período de pagamento.
É uma aplicação pela qual o subscritor (comprador do título)
constitui um capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e
PREVIDÊNCIA
mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que
será pago em moeda corrente num prazo máximo estabelecido.
Eles são considerados, para todos os fins legais, títulos de cré- Previdência privada, também chamada de Previdência com-
dito. plementar, é uma forma de seguro contratado para garantir uma
O título de capitalização só pode ser comercializado pelas renda ao comprador ou seu beneficiário. O valor do prêmio
é aplicado pela entidade gestora, que com base em cálculos
sociedades de capitalização devidamente autorizadas a funcionar.
atuariais, determina o valor do benefício. No Brasil pode ser do
A contratação de um título é realizada através do preenchi-
tipo aberta ou fechada.
mento e da assinatura do contrato.
Em resumo, pode-se dizer que é um sistema que acumula re-
O envio (a entrega) da proposta devidamente assinada repre-
cursos que garantam uma renda mensal no futuro, especialmente
senta a concretização da subscrição do Título, sendo proibida
no período em que se deseja parar de trabalhar. Num primeiro
a cobrança de qualquer taxa a título de inscrição.
mo- mento, era vista como uma forma uma poupança extra, além
Importante destacar que as Condições Gerais do título devem
da previdência oficial, mas como o benefício do governo tende a
estar disponíveis ao subscritor no ato da contratação. ficar cada vez menor, muitos adquirem um plano como forma de
A disponibilização das Condições Gerais em momento pos- garan- tir uma renda razoável ao fim de sua carreira profissional.
terior ao da contratação constitui violação às normas, sendo a So- Há dois tipos de plano de previdência no Brasil. A aberta e a
ciedade, portanto, passível de multa; O título pode ser adquirido fechada.
para outra pessoa, aliás, o subscritor, que é a pessoa que adquire o A aberta pode ser contratada por qualquer pessoa, enquanto a
título e assume o dever de efetuar os pagamentos, pode desde que fechada é destinada a grupos, como funcionários de uma empresa,
comunique por escrito à Sociedade, a qualquer momento, e não por exemplo,
somente no ato da contratação, definir quem será o titular, isto é,
quem assumirá os direitos relativos ao título, tais como o resgate Benefícios dos Planos Previdenciários
e o sorteio; Os títulos mais comuns no mercado são: o PM (paga-
mento mensal) e o PU (pagamento único). Os planos de aposentadoria e pensão privados podem ser con-
tratados deforma individual ou coletiva (averbados ou instituídos);
e podem oferecer juntos ou separadamente, alguns tipos básicos de
benefícios, quais sejam:
• Renda por sobrevivência - renda a ser paga ao participante
do plano que sobreviver ao prazo de diferimento contratado,
geral- mente denominada de aposentadoria.
• Renda por invalidez - renda a ser paga ao participante, em
decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o
período de cobertura e após cumprido o período de carência esta-
belecido no Plano; Planos de Aposentadoria.
• Pensão por morte - renda a ser paga ao(s)
beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em
decorrência da morte do Participante ocorrida durante o período
de cobertura e após cumprido o período de carência estabelecido
no Plano.
uma só vez ao próprio participante, em decorrência de sua
• Pecúlio por morte - importância em dinheiro, pagável
invali- dez total e permanente ocorrida durante o período de
de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de
cobertura e após cumprido o período de carência estabelecido
inscrição, em decorrência da morte do participante ocorrida
no Plano.
durante o período de cobertura e após cumprido o período de
carência estabelecido no Plano.
A SUSEP e as entidades que atuam no sistema criaram os
• Pecúlio por invalidez - importância em dinheiro, pagável de se- guintes planos padrões que atualmente são comercializados
pelo mercado de previdência aberta complementar:

PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre


Já o VGBL não conta com esse incentivo, mas, em compen-
sação, o investidor não é tributado com base na tabela progressi-
A legislação não exige depósitos periódicos no caso dos PG-
va no momento do resgate ou do recebimento do benefício, como
BLs, tipo contribuições mensais.
ocorre no PGBL. Sua tributação acontece apenas em relação ao
Os depósitos podem ser feitos à medida que haja
ganho de capital – ou seja, o lucro. Sendo assim, o VGBL torna-se
recursos disponíveis, dentro do que for contratado com o
um produto ideal para pessoas que atuam na economia informal
administrador. O participante deve verificar se tem renda para
ou que estão isentas do Imposto de Renda e, por isso, não podem
garantir o fluxo de pagamentos acertado no contrato.
contar com a vantagem fiscal do PGBL e dos planos de previdên-
O período de contribuição para os planos depende do prazo
existente entre a decisão de poupar e a idade que o contribuinte cia em geral.
deseja receber o benefício.
Quanto antes começa um plano de previdência privada, mais INVESTIMENTOS
fácil é formar a poupança, porque o volume de dinheiro que será
poupado será distribuído por um número maior de meses. Fundo de Investimentos
Segundo, porque o efeito da parte dos juros no capital final é
maior quanto maior o tempo de contribuição. A poupança que vai Os fundos de investimento representam significativa parcela
garantir o pagamento dos benefícios é formada por dois valores de recursos aplicados por investidores no SFN, tais investimen-
básicos. Um é a soma das contribuições feitas, retirando daí todos tos são constituídos sob a forma de condomínios, estando, dessa
os custos. O outro é o rendimento obtido ao longo dos anos. forma, segregados do patrimônio da instituição financeira que os
Quanto maior o número de anos, maior a contribuição do administra.
rendimento na formação do capital.
CONCEITO
VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre
O Fundo de Investimento Financeiro, constituído sob a forma
O VGBL – Vida Gerador de Benefícios Livres dá ao cliente o de condomínio aberto, é uma comunhão de recursos destinados à
direito de resgatarem vida, após o período de carência, uma parte aplicação em carteira diversificada de ativos financeiros e demais
ou a totalidade do montante aplicado, acrescido do rendimento modalidades operacionais disponíveis no âmbito do mercado
durante esse período. financeiro e de capitais.
O VGBL é bastante parecido com o PGBL. Isso porque o in- Ao administrador do Fundo compete a realização de uma
vestidor também tem seus recursos aplicados em um FIF exclusi- série de atividades gerenciais e operacionais relacionadas com os
vo, sendo cobrada taxa de carregamento, e ainda pode optar pelo cotistas e seus investimentos, dentre as quais a gestão da carteira
perfil do fundo em que aportará suas reservas. de títulos e valores mobiliários.
O VGBL não tem garantia de remuneração mínima, sendo o Esta gestão da carteira do Fundo pode ser realizada pelo pró-
benefício baseado na rentabilidade da carteira de investimento do prio administrador ou pode ser terceirizada, isto é, realizada por
FIF. A transferência (portabilidade) dos recursos de uma uma pessoa física ou jurídica, credenciada pela CVM e contratada
seguradora para outra é permitida, devendo apenas ser respeitado especialmente para esta finalidade.
o período de carência, que ainda não foi regulamentado pela Este é o gestor da carteira.
Susep (Superintendência de Seguros Privados).
As informações relevantes de um Fundo de Investimento
Conforme exposto, o PGBL e o VGBL são produtos com ca-
racterísticas bastante semelhantes. A grande diferença está no tra- constam de seu prospecto e de seu Regulamento, que devem,
tamento fiscal. No PGBL, o investidor conta com o incentivo fis- obrigatoriamente, ser entregues ao cotista por ocasião de seu
cal concedido aos planos de previdência, que permite ao ingresso no Fundo.
poupador deduzir de sua base de cálculo do Imposto de Renda O Fundo tem prazo indeterminado de duração e em sua de-
contribuições feitas a estes planos, até o limite de 12% de sua nominação, que não pode conter termos incompatíveis com o seu
renda bruta anual. objetivo, deve constar a expressão “investimento financeiro”, fa-
cultado o acréscimo de vocábulos que identifiquem o perfil de
suas aplicações.
As taxas, despesas e prazos adotados devem ser os mesmos
para todos os condôminos do fundo. Na definição da política de
investimento (onde serão aplicados os recursos do fundo), devem
ser prestadas informações acerca:
• das características gerais da atuação do fundo, entre as quais
os critérios de composição e de diversificação da carteira e os ris-
cos operacionais envolvidos;
• da possibilidade de realização de aplicações que coloquem
em risco o patrimônio do fundo; O valor de cada cota é
recalculado diariamente e a remuneração recebida varia de acordo
com o prazo de aplicação e com os rendimentos dos ativos
financeiros que compõe o fundo.
cotas a curto prazo, no entanto, como nem todos agem dessa
Não há, geralmente, garantia de que o valor resgatado
seja superior ao valor aplicado. for- ma, a soma restante, que sempre representa uma
Aplicação caracterizada pela aquisição de cotas de aplicações importância volumosa, poderá ser aplicada em modalidades
com características abertas e solidárias, e que representam parte mais rentáveis.
do Patrimônio do Fundo, sendo que apresenta ainda uma Os recursos obtidos pela administradora do Fundo serão
valorização diária. apli- cados no mercado financeiro interno ou externo onde
Neste modelo de aplicação, os investidores podem sacar suas houver uma melhor rentabilidade.
Os Fundos de Investimentos atuam conforme
determinação Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde são
determinados os limites de composição da carteira, que
e)Fundo Cambial - Devem possuir, no mínimo, 80% (oitenta
reflete na liquidez da aplicação.
por cento) da carteira em ativos relacionados diretamente, ao fator
de risco do fundo que é a variação de preços de moeda estrangeira
TIPOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO
ou a variação do cupom cambial.
f)Fundo de Dívida Externa - Devem aplicar, no mínimo, 80%
Os fundos de investimento podem ser classificados pelo índi- (oitenta por cento) de seu patrimônio líquido em títulos represen-
ce de volatilidade, que determina o grau de risco para o tativos da dívida externa de responsabilidade da União,
investidor. Segundo a CVM, autarquia responsável pela sendo permitida a aplicação de até 20% (vinte por cento) do
supervisão deste mercado, os Fundos podem ser:
patrimônio líquido em outros títulos de crédito transacionados no
A)Fundo de Curto Prazo - Devem aplicar seus recursos ex-
mercado internacional.
clusivamente em títulos públicos federais ou privados pré-fixados
g)Fundo Multimercado - Estes Fundos possuem políticas de
ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou
investimento que envolvem vários fatores de risco, sem o
títulos indexados a índices de preços, com prazo máximo a
compromisso de concentração em nenhum fator em especial ou
decorrer de 375 (trezentos e setenta e cinco) dias. O prazo médio
em fatores diferentes das demais classes de fundos.
da carteira do fundo inferior a 60 (sessenta) dias.
Os fundos classificados como “Referenciado”, “Renda Fixa”,
b) Fundo Referenciado - Esses Fundos devem identificar
“Cambial”, “Dívida Externa” e “Multimercado” poderão ser adi-
em sua denominação o seu indicador de desempenho, em
cionalmente classificados como “Longo Prazo” quando o
função da estrutura dos ativos financeiros integrantes das
prazo médio de sua carteira supere 365 (trezentos e sessenta
respectivas carteiras, desde que atendidas, cumulativamente, as
e cinco) dias e seja composta por títulos privados ou públicos
seguintes condições:
federais, pré-fixados ou indexados à taxa SELIC (taxa média de
I - tenham 80% (oitenta por cento), no mínimo, de seu patri-
juros dos títulos públicos federais) ou a outra taxa de juros, a
mônio líquido representado, isolada ou cumulativamente, por:
índices de preço ou à variação cambial, ou, ainda, por operações
a) títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco Cen-
compromissadas lastreadas nos títulos públicos federais acima
tral do Brasil;
referidos.
b) títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor es-
teja classificado na categoria baixo risco de crédito ou equivalente.
PLANOS DE SEGUROS
II - estipulem que 95% (noventa e cinco por cento), no mí-
nimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de forma As sociedades seguradoras são as únicas entidades a negociar
a acompanhar a variação do indicador de desempenho escolhido; planos de seguros.
III - restrinjam a respectiva atuação nos mercados de derivati- Para tanto, tais entidades seguem um conjunto de regras defi-
vos a realização de operações com o objetivo de proteger posições
nidas em legislação especifica relativa ao assunto.
detidas à vista, até o limite dessas.
Os planos de seguros existentes no mercado brasileiro são:
c)Fundo de Renda Fixa - Devem possuir, no mínimo, 80%
(oitenta por cento) da carteira em ativos relacionados diretamente 1. Seguro rural;
aos principais fatores de risco da carteira, que são a variação da 2. Seguro contra incêndio;
taxa de juros doméstica ou de índice de inflação, ou ambos. 3.Seguro garantia;
d)Fundo de Ações - Devem possuir, no mínimo, 67% (sessen- 4.Seguro de pessoas;
ta e sete por cento) da carteira em ações admitidas à negociação 5.Seguro de transporte;
no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de
6.Seguro de crédito interno;
balcão organizado.
7.Seguro de automóveis.

Seguro Rural

O Seguro Rural é um dos mais importantes instrumentos de


política agrícola, por permitir ao produtor proteger-se contra per-
das decorrentes principalmente de fenômenos climáticos
adversos. Contudo é mais abrangente, cobrindo não só atividade
agrícola, mas também a atividade pecuária, o patrimônio do
produtor rural, seus produtos, o crédito para comercialização
desses produtos, além do seguro de vida dos produtores.
O objetivo maior do Seguro Rural é oferecer coberturas, que
ao mesmo tempo atendam ao produtor e a sua produção, à
sua família, à geração de garantias a seus financiadores,
investidores, parceiros de negócios, todos interessados na maior
diluição possível dos riscos, pela combinação dos diversos ramos
de seguro.
causando prejuízos (danos). Para que fique caracterizado a
Seguro contra incêndio
ocor- rência de incêndio, para fins de seguro, não basta que
exista fogo é preciso:
Para fins de seguro, o incêndio pode ser definido como fogo
• que o fogo se alastre, se desenvolva, se propague;
que se propaga, ou se desenvolve com intensidade, destruindo e
• que a capacidade de alastrar-se não esteja limitada a um
recipiente ou qualquer outro local em que habitualmente haja
fogo, ou seja, que ocorra em local indesejado ou não habitual; e
• que o fogo cause dano.
• Seguro de acidentes pessoais: garante o pagamento de uma
indenização ao segurado ou a seus beneficiários, caso aquele ve-
Seguro de Garantia nha a sofre um acidente pessoal;
• Seguro de vida individual: é o seguro que garante um único
É um seguro que tem a finalidade de garantir o fiel segurado, contratado pelo próprio interessado;
cumprimento das obrigações contraídas pelo tomador junto ao • Seguro educacional: auxilia o custeio das despesas com
segurado em contratos privados ou públicos, bem como em educação dos beneficiários do segurado, à luz da ocorrência dos
licitações. riscos segurados definidos no contrato;
As partes se relacionam da seguinte forma: o segurado recebe • Seguro prestamista: são seguros em grupo, onde os segura-
uma apólice de seguro emitida pela seguradora, garantindo as dos convencionam pagar prestações ao estipulante pelo valor do
obrigações do tomador contraídas no contrato principal. Para que saldo da dívida ou do compromisso feito pelo segurado.
se conclua a operação, a seguradora e o tomador assinam o
Seguro de Transporte
contrato de contra garantia, garantindo o direito de regresso da
seguradora contra o tomador em um eventual sinistro.
Para que possamos compreender como funciona o seguro de
O tomador é a pessoa jurídica ou pessoa física que assume a
transporte, temos que entender como está estruturada a operação
tarefa de construir, fornecer bens ou prestar serviços, por meio de
de transporte.
um contrato contendo as obrigações estabelecidas. O conhecimento de embarque é o contrato feito para o trans-
Ao mesmo tempo, torna-se cliente e parceiro da seguradora, porte da mercadoria entre comprador (ou vendedor) e o transpor-
que passa a garantir seus serviços. tador (ou operador de transporte multimodal). A relação existente
O Tomador é o risco; o interessado em cumprir o contrato. É entre as partes deverá ser definida no contrato de compra e venda,
ele quem paga o prêmio do seguro; uma vez que a definição de quem tem a obrigação de contratar o
O segurado é a pessoa física ou jurídica contratante da frete constará deste.
obrigação junto ao tomador e o segurador é quem garante a Os principais contratos de transporte são:
realização do contrato. Geralmente este seguro é utilizado na • FOB: O vendedor é o responsável pela contratação do trans-
construção civil, porém pode ser aplicado em contratos de porte e do seguro da mercadoria até a colocação da mesma a
prestação de serviços, fornecimento e obrigações aduaneiras. bordo da embarcação. Cabe ao comprador contratar o transporte e
o seguro a partir deste ponto;
As relações entre o tomador e a seguradora regem-se pelo es-
• CIF: este contrato prevê a obrigatoriedade do vendedor pro-
tabelecido na proposta de seguro e no contrato de contra garantia.
videnciar o transporte e o seguro até o porto de destino final. Cos-
Tal contrato é o instrumento legal que permite obter ressar- tuma ser utilizado nas exportações brasileiras; Quem pode contra-
cimento junto ao tomador e seus fiadores dos valores pagos pela tar o seguro transporte é a pessoa que tem o interesse em
seguradora ao segurado. Este contrato não interfere no direito do preservar o patrimônio contra os riscos inerentes à viagem.
segurado. Ou seja, por qualquer pessoa que tenha o interesse segurável
na carga a ser transportada. Este interesse segurável será
Seguro de Pessoas esclarecido no contrato de compra e venda.
Neste contrato, estará definido a partir de que momento o inte-
São feitas pelas seguradoras visando a proteção de riscos su- resse segurável passará do vendedor ao comprador da mercadoria;
portados por pessoas físicas. Podem ser subdivididos nas
seguintes modalidades: Seguro de Crédito Interno
• Seguro de vida em grupo: garantem um pagamento de uma
indenização ao segurado e aos seus beneficiários. observadas as Entende-se por operação de crédito todo ato de vontade
ou disposição de alguém de destacar ou ceder, temporariamente,
garantias contratadas que podem ser básicas (geralmente morte ou
parte de seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que
invalidez permanente) ou adicionais. São feitos para garantir duas
essa parcela volte a sua posse integralmente, após decorrer o
ou mais pessoas, sendo obrigatoriamente contratados por uma es-
tempo estipulado.
tipulante, que representa os segurados; O seguro de crédito interno é uma modalidade de seguro que
tem por objetivo ressarcir o segurado (credor), nas operações de
crédito realizadas dentro do território nacional, das Perdas Líqui-
das Definitivas – PLD4 – causadas por devedor insolvente.
O sinistro é caracterizado quando ocorre a insolvência do de-
vedor reconhecida por meio de medidas judiciais ou extrajudiciais
realizadas para o pagamento da dívida.
Este seguro é geralmente contratado por empresas que reali-
zam operações de crédito em suas vendas, tanto para pessoa físi-
ca como para pessoa jurídica, ou intermediários de operações de
crédito, financiamento e investimento; consórcios, empresas
de factoring, etc.
Caracterizados desta forma como segurados das operações de
crédito. Seguro de Automóveis
Os segurados também são os responsáveis pelo pagamento
do prêmio de seguro. Os contratantes da operação de crédito, ou O Seguro de Automóveis poderá ser contratado pelas
seja, os devedores são denominados garantidos, e é sobre eles que moda- lidades de Valor Determinado ou Valor de Mercado
incide o risco de inadimplência. Referenciado. As Seguradoras podem oferecer apenas a
contratação na moda- lidade Valor Determinado, apenas na
modalidade Valor de Mercado Referenciado, ou ambas; As
principais garantias oferecidas são Compreensiva (colisão,
incêndio e roubo), Incêndio e Roubo, Colisão e Incêndio, MERCADO DE CAPITAIS E DE CÂMBIO:
Acidentes Pessoais de Passageiros e Responsabilidade Civil OPERAÇÕES E PRODUTOS.
Facultativa de Veículos: Outras garantias podem ser contratadas.
São elas:
• A assistência 24 Horas: tem como objetivo prestar assistên-
cia ao veículo segurado e a seus ocupantes, em caso de acidente MERCADO DE CAPITAIS
ou pane mecânica e/ou elétrica;
• Acessórios: garante a indenização dos prejuízos O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valo-
causados aos acessórios do veículo pelos mesmos riscos previstos res mobiliários que tem o propósito de proporcionar liquidez aos
na apólice contratada. títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capi-
Entende-se como acessório, original de fábrica ou não, rádio talização.
e toca-fitas, Cd players, televisores, etc, desde que fixados em
cará- ter permanente no veículo segurado; Ação é a menor fração do capital social de uma empresa do
• Equipamentos: garante a indenização dos prejuízos causa- tipo S.A.
dos aos equipamentos do veículo pelos mesmos riscos previstos
na apólice contratada. Entende-se como equipamento, qualquer Tipos de ações:
peça ou aparelho fixado em caráter permanente no veículo
segurado, exceto áudio e vídeo; Ordinárias – concedem aos possuidores o poder de voto nas
• Carroceria: garante indenização, no caso de danos causados AG (Assembleias Gerais), para estas Ações a empresa não é obri-
à carroceria do veículo segurado, desde que o sinistro seja decor- gada a distribuir lucros.
Preferenciais – oferecem preferência na distribuição de lu-
rente de um dos riscos cobertos na apólice;
cros ou reembolso do capital em caso de liquidação. Não possuem
• Blindagem: está coberta por esta garantia, a blindagem do
direito a voto ou é restrito. A lei permite até 2/3 do capital social.
veículo segurado, contra eventos cobertos pela apólice; São as mais negociadas no mercado.
• Despesas Extraordinárias: garante ao segurado, em caso de
indenização integral, uma quantia estipulada no contrato de segu- Normalmente as Ações Preferências são as mais valorizadas
ro, para o pagamento de despesas extras relativas a documentação no mercado, pela liquidez que oferecem e pela receita de dividen-
do veículo, etc; dos que pagam.
• Danos Morais: garante ao Segurado o reembolso da indeni-
zação por danos morais causados a terceiros, pela qual vier a ser MERCADO DE CÂMBIO
responsável civilmente em sentença judicial transitada em
julgado, ou em acordo judicial ou extrajudicial autorizado de O mercado de câmbio envolve as forças de oferta e procura
modo expresso pela seguradora; de divisas estrangeiras e a condição de equilíbrio, servindo para
• Extensão de Perímetro para os Países da América do Sul: explicar a determinação da taxa de câmbio e o volume das transa-
por meio desta garantia, o Segurado poderá ampliar a área de ções internacionais. Inclui todas transações de compra e venda de
abrangência do seguro do seu veículo para os países da América moeda estrangeira realizadas por exportadores, importadores,
do Sul; investidores, turistas, devedores e especuladores por intermédio
• Valor de Novo: Garante ao Segurado, no caso de do sistema financeiro.
indenização integral, a indenização referente a Cobertura de
Casco pelo Valor de Novo, nos casos em que o sinistro ocorra em Instituições Autorizadas a Operar
até 6 ou 12 meses da saída do veículo da concessionária;
Podem operar no mercado de câmbio apenas as instituições
autorizadas pelo Banco Central. O segmento livre é restrito
aos bancos e ao Banco Central.
No segmento flutuante, além desses dois, podem ter permis-
são para operar as agências de turismo, os meios de hospedagem
de turismo e as corretoras e distribuidoras de títulos e valores mo-
biliários.
A transação PCAM 830, do SISBACEN, disponível ao públi-
co em geral, lista todas as instituições autorizadas nos dois seg-
mentos do mercado de câmbio.
Em dúvida, o cliente deve solicitar documentação comproba-
tória da aprovação do Banco Central e/ou contatar a representação
do Departamento de Câmbio na praça ou região ou ainda ligar
para as Centrais de Atendimento do Banco Central.
determinado por certa quantia de ouro e prata que
OPERAÇÕES BÁSICAS
representavam.
Atualmente não há mais o lastro metálico para servir de
CÂMBIO. Operação financeira que consiste em vender, tro- rela- ção no câmbio entre as moedas, e as taxas cambiais são
car ou comprar valores em moedas de outros países ou papéis que determi- nadas por uma conjunção de fatores intrínsecos ao
representem moedas de outros países. Para essas operações país, principal- mente a política econômica vigente. O câmbio
são utilizados cheques, moedas propriamente ditas ou notas não possui apenas
bancárias, letras de câmbio, ordens de pagamento etc. o valor teórico de determinar preços comparativos entre
Até o século passado, a maioria das moedas tinha seu valor moedas, mas a função básica de exprimir a relação efetiva de
troca entre diferentes países.
A troca de moedas é consequência das transações comerciais
entre países.
que o valor das moedas estrangeiras flutue de acordo com o inte-
No Brasil, a rede bancária, liderada pelo Banco do Brasil, é a
resse que despertam no mercado segundo a interação da oferta e
intermediária nas transações cambiais.
Os exportadores, ao receberem moeda estrangeira, vendem- da procura.
na aos bancos e os bancos revendem essa moeda aos O câmbio livre é também chamado de flutuante ou errático.
importadores para que paguem as mercadorias compradas. As flutuações da taxa cambial apresentam uma série de
Essas transações são sempre reguladas pelo governo, que fixa riscos, pois o mercado de divisas passa a sofrer variações
os preços de compra e venda das moedas estrangeiras. determinadas também por fatores políticos, sociais e até
psicológicos.
Estrutura do Mercado Cambial Brasileiro Quando um país sofre uma crise de liquidez, por exemplo, o
regime de câmbio livre estimula a especulação com moeda estran-
geira, o que eleva excessivamente sua cotação e agrava sua escas-
- Banco Central do Brasil: órgão executor da política cambial
brasileira; sez. Da mesma forma, os importadores passam a utilizar
- Banco Autorizado: instituição bancária com quem o cliente maior quantidade de divisas (moeda estrangeira) para suas
fecha o câmbio; compras, querendo evitar pagá-las mais caras com o avanço da
- Cliente: qualquer pessoa física ou jurídica habilitada a com- crise, o que agrava a crise de liquidez.
prar ou vender moeda estrangeira;
- Corretor de Câmbio: intermediário de quem, CÂMBIO MANUAL
facultativamente, o cliente pode se utilizar para realizar as suas
operações de câmbio. A simples troca física da moeda de um país pela de outro. As
operações manuais de câmbio só se fazem em dinheiro efetivo e
Segmentos de Mercado restringem-se aos viajantes e turistas.
Nas transações de comércio exterior ou de pais a pais, utili-
O Mercado Cambial Brasileiro está dividido em dois segmen- zam-se divisas sob a forma de letras de câmbio, cheques, ordens
tos distintos: de pagamento ou títulos de crédito.

a) Mercado de Taxas Livres (ou Câmbio Comercial), CÂMBIO MÚLTIPLO


que abrange as operações de câmbio relativas ao comércio
exterior e de capitais estrangeiros, entre outras; Sistema de câmbio em que as taxas variam conforme a des-
tinação do uso da moeda estrangeira. Acaba funcionando
b) Mercado de Taxas Flutuantes (ou Câmbio Turismo), que
como um tipo de subsídio para a compra de alguns produtos ou
engloba as operações não enquadradas no Câmbio Comercial.
como taxação na compra de outros. E adotado tanto para a
importação quanto para a exportação, e alguns países o adotam
MODALIDADES
oficialmente.
CAMBIO LIVRE O Brasil não possui câmbio múltiplo, mas certas regulamen-
tações de natureza cambial criam efeito semelhante. O dólar para
Regime de operações do mercado de divisas sem interferência a compra de petróleo, por exemplo, possui valor inferior ao
das autoridades monetárias. A liberação da taxa cambial faz com do
cambio oficial, contrapartida, durante algum tempo a taxação de
25% de IOF (imposto sobre Operações Financeiras) na compra.
de dólares por turistas brasileiros que viajavam ao exterior criou
um dólar mais caro. Estão no mesmo caso a taxação variável dos
produtos de importação (com alíquotas maiores para os chamados
supérfluos e o confisco cambial incidente sobre produtos de ex-
portação (como o café). Consideraremos que essas operações se
realizem em um mercado cambial totalmente livre, isto é,
onde inexistam quaisquer tipos de controles de câmbio.

Nota: Algumas das operações aqui tratadas poderão não ser


permitidas no Brasil, em virtude de dispositivos cambiais vigentes.
Os negócios cambiais realizados pelos bancos podem ser efe-
tuados com seus clientes não bancários (empresas,
particulares etc.) como também com outros bancos (operações
interbancárias).
Tais operações poderão referir-se a operações “prontas”, ope-
rações “futuras”, operações de swaps, hedging etc.
As transações “interbancárias” normalmente são efetuadas
por telex ou telefone, diretamente entre os bancos ou, conforme a
legislação cambial do país, com a intervenção de corretores.
proposta.
A rapidez é fator primordial na condução dessas operações os
Uma proposta de operação devera ser imediatamente
negócios são consumados dizendo-se simplesmente “feito” a uma
respon- dida ela outra parte, aceitando-a ou recusando-a. Uma
demora na resposta poderá fazer que a outra parte se recuse a
fechar o negocio nas condições estabelecidas inicialmente. Este
aspecto é de particular importância no caso de cotações cambiais,
ções por intermédio de participantes liquidantes, conforme acordo
as quais, em um mercado livre de câmbio, poderão modificar-
entre as partes, e operam dentro de limites fixados por eles. Cada
se rapidamente, de acordo com as condições de mercado.
participante não-liquidante pode utilizar os serviços de mais
de um participante liquidante, exceto no caso de operações
específicas, previstas no regulamento do sistema, tais como
SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO
pagamento de juros e resgate de títulos, que são obrigatoriamente
E CUSTÓDIA (SELIC) E CETIP S.A. -
MERCADOS ORGANIZADOS. liquidadas por intermédio de um liquidante-padrão previamente
indicado pelo participante não-liquidante.
Os participantes não-liquidantes são classificados como autô-
nomos ou como subordinados, conforme registrem suas operações
diretamente ou o façam por intermédio de seu liquidante-padrão.
SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E DE CUSTÓ-
Os fundos de investimento são normalmente subordinados e
DIA - SELIC
as corretoras e distribuidoras, normalmente autônomas. As
entidades responsáveis por sistemas de compensação e de
O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Te-
liquidação são obrigatoriamente participantes autônomos.
souro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição
Também obrigatoriamente, são participantes subordinados as
processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate,
sociedades seguradoras, as sociedades de capitalização, as
o pagamento dos juros e a custódia. O sistema processa também a
entidades abertas de previdência, as entidades fechadas de
liquidação das operações definitivas e compromissadas
previdência e as resseguradoras locais.
registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega
Tratando-se de um sistema de liquidação em tempo real, a li-
contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos
quidação de operações é sempre condicionada à disponibilidade
exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta
do título negociado na conta de custódia do vendedor e à
financeira de cada operação é realizada por intermédio do STR,
disponibilidade de recursos por parte do comprador. Se a conta de
ao qual o Selic é interligado.
custódia do vendedor não apresentar saldo suficiente de títulos, a
O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por
operação é mantida em pendência pelo prazo máximo de 60
ele operado em parceria com a Anbima, tem seus centros
minutos ou até 18h30, o que ocorrer primeiro (não se enquadram
operacionais (centro principal e centro de contingência)
nessa restrição as operações de venda de títulos adquiridos em
localizados na cidade do Rio de Janeiro. O horário normal de
leilão primário realizado no dia). A operação só é encaminhada ao
funcionamento segue o do STR, das 6h30 às 18h30, em todos os
STR para liquidação da ponta financeira após o bloqueio dos
dias considerados úteis para o sistema financeiro. Para
títulos negociados, sendo que a não liquidação por insuficiência
comandar operações, os participantes liquidantes e os
de fundos implica sua rejeição pelo STR e, em seguida, pelo
participantes responsáveis por sistemas de compensação e de
Selic.
liquidação encaminham mensagens por intermédio da RSFN,
Na forma do regulamento do sistema, são admitidas algumas
observando padrões e procedimentos previstos em manuais
associações de operações. Nesses casos, embora ao final a liqui-
específicos da rede. Os demais participantes utilizam outras
dação seja feita operação por operação, são considerados, na ve-
redes, conforme procedimentos previstos no regulamento do
rificação da disponibilidade de títulos e de recursos
sistema.
financeiros, os resultados líquidos relacionados com o conjunto de
Participam do sistema, na qualidade de titular de conta
operações associadas.
de custódia, além do Tesouro Nacional e do Banco Central do
Brasil, bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de
Diagrama: Selic – Exemplos de operações associadas
investimento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de
títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de serviços de
compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas
outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
São considerados liquidantes, respondendo diretamente pela
liquidação financeira de operações, além do Banco Central do
Brasil, os participantes titulares de conta de reservas bancárias,
incluindo-se nessa situação, obrigatoriamente, os bancos
comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e as
caixas econômicas, e, opcionalmente, os bancos de
investimento. Os não-liquidantes liquidam suas opera-

CETIP – Mercados Organizados

A Cetip S.A. - Mercados Organizados é a integradora do mer-


cado financeiro.
mercado e da sociedade brasileira.
É uma companhia de capital aberto que oferece serviços de
A empresa é, também, a maior depositária de títulos
registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos
privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de
e títulos. Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura,
ativos priva- dos do país.
proporciona liquidez, segurança e transparência para as operações
Mais de 15 mil instituições participantes utilizam os
financeiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do
serviços da Cetip. Entre eles, fundos de investimento; bancos
comerciais, múltiplos e de investimento; corretoras e
distribuidoras; financei- ras, consórcios, empresas de leasing e
Com autonomia de gestão, a Diretoria de Autorregulação não
crédito imobiliário; cooperativas de crédito e investidores
se reporta ao presidente da Cetip, mas sim ao Conselho de
estrangeiros; e empresas não financeiras, como fundações,
concessionárias de veículos e seguradoras. Autorregulação, composto por membros independentes da
Milhões de pessoas físicas são beneficiadas todos os empresa.
dias por produtos e serviços prestados pela companhia, como Alinhada com a Instrução nº 461 da Comissão de Valores
processamento de TEDs e liquidação de DOCs, bem como Mobiliários (CVM), a área é responsável pela fiscalização e
registros de Gravame, CDBs e títulos de renda fixa. supervisão das operações realizadas nos mercados atendidos pela
Cetip.
Histórico Verifica os negócios cursados em seu ambiente, bem como as
operações registradas e realizadas, assegurando a sua permanente
Em 1986, em uma década que marcou o Brasil com grandes aderência às leis e aos regulamentos vigentes. Também tem como
transformações, nascia a Cetip. À época, diversas mudanças responsabilidades expedir normas, sob a forma de deliberações e
acon- teciam em âmbito político, econômico, social e cultural. pareceres de orientação, e instaurar os processos relativos ao des-
A empresa — instituída pelo Conselho Monetário Nacional cumprimento de suas disposições. Se necessário, a área promove
(CMN), em 1984, e que passou a operar em março de 1986 — julgamento de casos e a imposição das penalidades cabíveis.
surgiu como o porto seguro das instituições financeiras e ajudou A Cetip mantém, ainda, um sistema que registra e
o Brasil a superar diversos desajustes financeiros e seus planos atualiza os parâmetros de monitoramento dos seus mercados, de
econômicos. forma a ressaltar todas as operações que, eventualmente, se
Dentre os muitos eventos que ocorreram nesses mais de 20 afastem dos padrões estabelecidos.
anos de história se destaca a implementação do Sistema de Paga- Considerado uma referência em todo o mundo, este modelo
mentos Brasileiro (SPB), em 2002. Isso possibilitou que os negó- é estudado por inúmeros países. A companhia é constantemente
cios cursados na companhia passassem a ser liquidados no procurada por pesquisadores, instituições e órgãos reguladores de
mesmo dia (D+0). diversas nações.
A Cetip, que realizou pesados investimentos para duplicação
do parque de processamento de dados, monitoramento do
Mercados - Renda Fixa e Derivativos de Balcão
fluxo operacional e aprimoramento dos controles internos,
passou a apresentar modelo ímpar de negócios e
significativas vantagens comparativas. A Cetip é líder no Brasil no registro e depósito de ativos de
A partir daí a empresa redefiniu conceitos corporativos, reviu Renda Fixa e Derivativos de Balcão. A empresa, que tem mais de
a tecnologia empregada e reestruturou o acervo de sistemas, nor- duas décadas de história, concentra 89% das negociações eletrôni-
mas e processos. cas de títulos públicos e 73% dos privados.
A nova estrutura da companhia contribuiu para que ela se Baseada em inovação, agilidade, eficiência e, acima de tudo,
des- tacasse no mercado financeiro. Como resultado, em maio de segurança, sua forma de atuação se tornou modelo inédito e refe-
2008, os associados da Cetip aprovaram, em Assembleia Geral rência em todo mundo.
Extraordinária, a proposta de desmutualização e a transformação No Brasil, a grande maioria dos derivativos de balcão e
da em- presa em uma sociedade anônima, e, em 28 de outubro de títulos de renda fixa é, obrigatoriamente, registrada. A Cetip, a
2009, principal câmara que atua nesses mercados no país, por meio da
a companhia passou a ter capital aberto, com ações negociadas no Unidade de Títulos e Ativos Mobiliários, analisa as potenciais
Novo Mercado. emissões, realiza registro desses títulos e faz a guarda eletrônica
dos ativos. Também possibilita a negociação dos ativos de
Autorregulação renda fixa, que pode ser realizada por telefone ou meio
eletrônico, diretamente na Plataforma Eletrônica de Negociação
Para garantir a aderência às regras de funcionamento dos proprietária da integradora do mercado financeiro. A companhia
mercados, a instituição possui uma estrutura independente para a efetua também a liquidação financeira das operações,
Autorregulação. transferindo a titularidade dos instrumentos negociados, do
vendedor para o comprador, e creditando
e debitando o valor correspondente em suas respectivas contas.
É por intermédio dessa Plataforma Eletrônica que o mercado
ganha transparência nas negociações, com lançamento de
ofertas, fechamento de operações e difusão de informações
em tempo real. O sistema também conta com dois grandes
módulos para operações especiais: os módulos de leilão, que
já realizou operações relevantes como o leilão dos Cepacs do Rio
de Janeiro, e o de leilão por troca de títulos do Tesouro Nacional.
Traz ainda o serviço de Cotação, que permite às instituições
cadastrarem, a qualquer momento, uma solicitação de cotação
tomadora ou doadora de recursos, bem como de compra ou venda
de valores mobiliários ou títulos públicos e privados, no mercado
secundário.
A plataforma eletrônica agrega transparência às operações.
A Cetip passou a contar com a Unidade de
Financiamento após a aquisição da GRV, que é líder no
Mercados - Financiamentos de Veículos
registro de financiamento de veículos no Brasil e opera o
Sistema Nacional de Gravames (SNG), que controla as
restrições financeiras e fornece informações para lojas de
O Centro de Processamento de Dados está localizado no Rio
carros, seguradoras, instituições financeiras e órgãos de trânsito
de Janeiro, e está dividido em dois sites: um principal e um secun-
de todo o país.
dário (fora da sede, que é o site de contingência hot stand-by, no
Entre as modalidades de crédito ao consumidor, a Cetip con-
qual todas as informações do site principal são instantaneamente
centra sua atuação no mercado de financiamento de veículos. replicadas). Existe ainda um terceiro site, fora do Rio de Janeiro,
apto a assumir o desempenho das funções em curto prazo, caso
Segurança e Tecnologia haja indisponibilidade dos outros dois. Se houver necessidade de
operar no ambiente de contingência, as instituições participantes
O modelo de negócio da Cetip está fundamentado nos con- serão orientadas, em tempo hábil, sobre os procedimentos de
ceitos de transparência e segurança. É por isso que a sua política substituição de seu endereço fixo (IP).
corporativa classifica a informação como seu principal ativo. Por-
tanto, a segurança da informação é determinante para garantir a
confiabilidade dos serviços prestados e a integridade da
própria instituição, de seus participantes e dos mercados GARANTIAS DO SISTEMA
atendidos. FINANCEIRO NACIONAL: AVAL;
As normas e os procedimentos adotados atendem aos padrões FIANÇA; PENHOR MERCANTIL;
da ISO 17799 e do Cobit (Control Objectives for Information and ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA; HIPOTECA;
Related Technologies), e a empresa é objeto de constantes audito- FIANÇAS BANCÁRIAS; FUNDO
rias, inclusive de órgãos reguladores, que atestam a existência, a GARANTIDOR DE CRÉDITOS (FGC).
integridade e a efetividade dos controles internos.
As operações das instituições financeiras são registradas
na empresa após verificação dos itens de segurança, como
códigos de acesso, senhas e validade de datas. Com a ação GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
coordenada entre as funções de custódia, registro e liquidação
financeira, a Cetip pode assegurar aos vendedores que a entrega São divididas em 2 modalidades:
do objeto vendido será realizada contra o efetivo pagamento do
valor acordado. Da mesma forma, os compradores têm certeza de
1. GARANTIAS PESSOAIS que baseiam-se na confiança,
que o pagamento somente será processado mediante o
isto é, se o devedor não pagar, uma terceira pessoa (que prestou a
recebimento do objeto da operação.
garantia pessoal) será obrigada a pagar no lugar dele, onde temos
A instituição aplica o conceito da entrega contra pagamento,
o aval e a fiança.
o chamado DVP – Delivery Versus Payment. Para isso, as
informa- ções do comprador e do vendedor do título são
2. GARANTIAS REAIS que vinculam patrimônio ao cum-
comparadas e, se houver alguma divergência, o sistema rejeita a
primento da obrigação assumida pelo devedor. Recaem sobre bens
operação.
móveis ou imóveis do patrimônio do devedor ou de terceiro; se
A existência de diversos ciclos diários de liquidação, com fi-
ele não pagar, haverá um processo de execução em que será
nalização em D+0 (no mesmo dia de sua realização), e a possibili-
requerida a venda judicial do bem, pagando-se preferencialmente
dade de agendamento de operações facilitam a interconexão com
o credor, onde temos o penhor, a hipoteca e a alienação fiduciária.
mercados situados em diferentes fusos horários.
As operações efetuadas pela Plataforma Eletrônica seguem o A seguir disporemos a conceituação de cada espécie, vejamos:
STP – Straight Through Processing, ou seja, são processadas sem
Aval
a descontinuidade e a reentrada de dados, com a integração das
funções de depósito e de liquidação financeira.
O aval é a garantia de pagamento formal e solidária firmada
Todo esse processo conta com a proteção de salas de controle por terceiro em um título de crédito, onde os intervenientes são: o
que monitoram, em tempo real, toda a rede de usuários dos siste- avalista (aquele que presta o aval), o avalizado (aquele que recebe
mas em homologação e produção, desde a abertura até o encerra- o aval) e o credor. Para tanto, basta que se lance o aval no próprio
mento das operações. título ou na folha de alongamento. A simples assinatura no
Essa estrutura permite identificar, automaticamente, as ocor- anverso do título é suficiente para configurar o aval.
rências, inclusive nos sistemas operacionais das instituições, ante- Considera-se não escrito o aval cancelado. Tratando-se
cipando e prevenindo problemas e adotando uma atitude proativa de garantia solidária, implica que o avalista é coobrigado, isto é, é
na busca de soluções. codevedor principal.

Fiança

Dá-se a fiança quando uma pessoa se obriga a satisfazer deter-


minada obrigação, caso o respectivo devedor não a cumpra.
para que os bens do devedor sejam excutidos em primeiro
A fiança é um contrato acessório; pode ser gratuito ou onero-
lugar, salvo se foi estipulada solidariedade no contrato de
so. Os intervenientes são: o devedor (afiançado), o fiador (pessoa
fiança.
física ou pessoa jurídica) e o credor.
O fiador tem a prerrogativa de renunciar a este direito.
Caso o devedor principal não cumpra a obrigação e o fiador
venha a ser acionado para responder pela dívida, sem que antes A fiança só pode ser concedida pelo cônjuge quando o
tenha sido acionado aquele, poderá alegar o benefício de ordem outro der seu consentimento. A este requisito se dá o nome de
outorga uxória. A falta da autorização torna o ato anulável.
Fiança bancária
A posse do bem gravado não se transfere ao credor.
É um compromisso contratual pelo qual uma instituição
A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou
financeira garante o cumprimento de obrigações de seus clientes.
construções no imóvel e deve ser registrada no Cartório de
O público alvo são as pessoas físicas e jurídicas. A fiança bancária Registro de Imóveis.
é uma obrigação por escrito (carta de fiança) assumida pelo Podem ser objeto de hipoteca os imóveis, seus acessórios, as
banco, responsabilizando-se por dívida total ou parcial de estradas de ferro (linhas, estações, locomotivas e vagões), as minas
cliente que queira assumir uma obrigação perante terceiros. e pedreiras, os navios e os aviões.
Regulamentação do CMN estipula o limite máximo de expo-
sição por cliente a ser observado pelas instituições financeiras na
prestação de garantia de fiança bancária. Alienação fiduciária
A vantagem se trabalhar com fiança bancária é que a garantia
oferecida pelos bancos goza de grande respeitabilidade no mundo Pelo contrato de alienação fiduciária, o devedor transfere ao
dos negócios. A fiança bancária está sujeita a cobrança de tarifas, credor a propriedade de uma coisa móvel ou imóvel, até
mas não se sujeita a cobrança de IOF, por tratar-se de um que a dívida daquele seja inteiramente paga. O devedor é
contrato. chamado fiduciante e o credor denomina-se fiduciário. Uma vez
completado o pagamento, a propriedade do bem alienado volta ao
Penhor fiduciante.
A alienação fiduciária de coisas móveis rege-se pelo Decreto-
É um direito real que consiste na tradição de coisa -Lei 911/1969. Até a entrada em vigor do novo Código Civil os
móvel, suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou por contratos de empréstimos com garantia de alienação fiduciária de
terceiro ao credor, a fim de garantir o pagamento do débito. coisa móvel só podiam ser pactuados entre instituições financeiras
Tem como sujeitos o devedor pignoratício (pode ser tanto o e o financiado, pessoa física ou jurídica. A partir de da entrada em
sujeito passivo da obrigação principal como terceiro que ofereça vigor da Lei 9.514/97, passou a existir também a alienação fidu-
o ônus real) e o credor pignoratício (o que empresta o dinheiro). ciária da coisa imóvel.
A mora ou o inadimplemento do fiduciante possibilita ao
Penhor mercantil
fiduciário requerer em juízo a busca e apreensão do bem móvel
objeto do contrato, para vendê-lo a terceiros e tornar efetiva a sua
É caracterizando-se pela dispensa da tradição da garantia. Se o bem móvel não for encontrado na posse do
coisa onerada, ou seja, o devedor continua na sua posse, fiduciante, a busca e apreensão podem transformar-se em ação de
equiparando-se ao depositário para todos os efeitos. Visa
depósito; se ele não entregar a coisa, poderá ser considerado
garantir obrigação comercial.
depositário infiel.
Penhor mercantil é a garantia na qual o bem empenhado faz
A lei faculta a venda da coisa independentemente de leilão,
parte integrante do negócio comercial. Pode abranger tanto esto-
avaliação prévia ou interpelação do devedor. O credor deve apli-
ques de matérias-primas quanto estoques de produtos
car o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas
acabados. Os estoques objeto de penhor mercantil são confiados a
fiel depositário, que se torna responsável pela guarda, existência e decorrentes, entregando ao devedor o saldo apurado, se houver.
conservação dos bens dados em garantia.
Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Hipoteca
O Fundo Garantidor de Crédito- FGC constitui-se numa asso-
A hipoteca é um direito real sobre um bem imóvel ou aos que ciação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de di-
forem a ele equiparados, que tem por objetivo assegurar o paga- reito privado do Brasil, que administra um mecanismo de
mento de uma dívida. proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite
recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição
financeira, em caso de falência ou de sua liquidação. São as
instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem
dos depósitos para a manutenção do FGC com 2% sobre o valor
total das contas cobertas pela garantia em todo o sistema
financeiro.
Assim, é uma espécie de “seguro” para determinados investi-
mentos em renda fixa. Na verdade, esse fundo não é um
“produto”, seria uma entidade privada, sem fins lucrativos, que
assim, administra o mecanismo de proteção aos correntistas,
poupadores e investidores, contra instituições financeiras em caso
de intervenção, liquidação ou falência.
Praticamente todas as instituições financeiras que operam no
Brasil, tais como bancos comerciais, sociedades de crédito,
bancos múltiplos etc., são associadas ao FGC.
ditos:
Principais investimentos protegidos pelo FGC: poupança,
● depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;
CDBs e LCIs
● depósitos em contas correntes de depósito para
A Resolução 3.400, de 6 de setembro de 2006 determina que investimen- to;
são objeto da garantia proporcionada pelo FGC os seguintes cré- ● depósitos de poupança;
● depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado;
● depósitos mantidos em contas não movimentáveis por che-
ques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos cional – CMN aprovou a Resolução n° 3.692, de 26 de março de
referentes a prestação de serviços de pagamento de salários,
2009, alterada pelas Resoluções n°s 3.717, de 23 de abril de 2009
vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
●letras de câmbio; e 3.793, de 28 de setembro de 2009, que autorizou os bancos co-
● letras imobiliárias; merciais, os bancos múltiplos, os bancos de desenvolvimento, os
bancos de investimentos, as sociedades de crédito, financiamento
● letras hipotecárias;
e investimento e as caixas econômicas a captar, a partir de 1 de
● letras de crédito imobiliário.
abril de 2009, depósitos a prazo, sem emissão de certificado, com
ga- rantia especial (Depósito a prazo com Garantia Especial –
De outra face, não são cobertos pela garantia: DPGE)
a ser proporcionada pelo FGC no valor de até R$ 20 milhões por
● os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos depositante.
captados ou levantados no exterior;
● as operações relacionadas a programas de interesse gover-
namental instituídos por lei;
● os depósitos judiciais;
CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO:
● os depósitos a prazo autorizados a compor o nível II do Pa- CONCEITO E ETAPAS.
trimônio de Referência, de que trata a Resolução 2.837, de 30 de
maio de 2001.

De todos os créditos acima listados, os mais destacados são


CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO
a poupança, os CDBs (depósitos a prazo), e as letras de crédito.
Insta ressaltar, dentro desse contexto, que os fundos de
CONCEITO
investimento não contam com a proteção do FGC, por serem
entidades constituídas sob a forma de condomínios abertos, assim
é uma comunhão de recursos arrecadados de clientes para Constitui um conjunto de operações comerciais ou
aplicação em carteira diversificada de ativos financeiros, cujos financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país
regulamentos são registrados em cartórios de títulos e dos recursos, bens e serviços que se originam ou estão ligados a
documentos. Geralmente são administrados por uma instituição atos ilícitos.
financeira e estão sujeitos a supervisão e acompanhamento do Em outras palavras é a intenção de ocultar a origem ilegal de
Banco Central do Brasil ou da CVM – Comissão de Valores recursos para que, num momento posterior, eles possam ser rein-
Mobiliários, dependendo de sua natureza. troduzidos na economia revestidos de legitimidade.
Não se pode confundir a pessoa jurídica de um Banco com a Assim sendo é o delito de ocultação ou dissimulação da natu-
dos Fundos de Investimentos, pois, na hipótese de intervenção ou reza, origem, localização, disposição, movimentação ou proprie-
liquidação extrajudicial em um banco, a garantia para os cotistas dade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indireta-
desses Fundos consiste na própria carteira de ativos financeiros, mente, de infração penal.
que seguem normas específicas de administração que Novaleidelavagemdodinheirofoibaixadaem10dejulhode2012.
objetivam garantir segurança e transparência, de forma que o Entre as principais especificações da nova lei, está a possibilidade
cliente pondere fatores, tais como: rentabilidade e risco quando da de punição para lavagem de dinheiro proveniente de qualquer
sua decisão de aplicar em um fundo de investimento financeiro. origem ilícita.
O valor máximo assegurado é de R$ 70.000,00 (setenta mil Nos termos da lei, o crime de lavagem de dinheiro significa
reais) por depositante ou aplicador. “ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição,
No início de 2009, com o objetivo de criar melhores condi- movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores prove-
ções para que as instituições financeiras médias e pequenas vol- nientes, direta ou indiretamente, de infração penal”.
tassem a realizar operações de crédito, o Conselho Monetário Na- A pena para o infrator à lei é de reclusão com prazo de 3 a 10
anos, e multa.
Incorre nesta mesma pena quem utiliza, na atividade econô-
mica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de in-
fração penal.
A Lei altera dispositivos que criam o Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (COAF), ampliando os tipos de profis-
sionais obrigados a enviar informações sobre operações suspeitas,
alcançando doleiros, empresários que negociam direitos de atle-
tas, comerciantes de artigos de luxo, pessoas físicas que trabalham
com compra e troca de moeda estrangeira, etc.
Também será possível apreender bens em nomes de laranjas e
vender bens apreendidos antes do final do processo, cujos
recursos ficarão depositados em juízo até o final do julgamento.
Os crimes desta categoria são inafiançáveis.
O patrimônio apreendido poderá ser repassado a estados e mu-
nicípios, e não apenas à União. No tocante à “delação premiada”,
já prevista na Lei anterior, poderá ser feita “a qualquer tempo”, ou ETAPAS
seja, mesmo depois da condenação.
Teoricamente, os mecanismos mais utilizados no processo de
lavagem de dinheiro envolvem três etapas independentes que, não
raro, se dão simultaneamente. São elas: colocação, ocultação e in-
CAPÍTULO I
tegração.
Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos e
Colocação - é a etapa em que o criminoso introduz o Valores
dinheiro “sujo” no sistema econômico mediante depósitos,
compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens. O Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização,
fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro e disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou va-
a utilização de estabelecimentos comerciais que, normalmente, lores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:
trabalham com dinheiro em espécie são alguns dos artifícios dos I - de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou
quais os criminosos se valem para dificultar a identificação da drogas afins;
procedência do dinheiro. II - de terrorismo;
II – de terrorismo e seu financiamento; (Redação dada pela
Ocultação - é a etapa em que o rastreamento contábil dos re- Lei nº 10.701, de 9.7.2003)
cursos ilícitos é dificultado. Neste ponto, o objetivo é interromper III - de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material
a sequencia de evidências, no caso de a origem do dinheiro vir a destinado à sua produção;
ser investigada. O dinheiro é movimentado eletronicamente: os
IV - de extorsão mediante sequestro;
ativos são transferidos para contas anônimas ou depositados em
contas “fantasmas”. Por razões óbvias, estas operações são V - contra a Administração Pública, inclusive a
preferencial- mente executadas em países que adotam leis de exigência, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, de
sigilo bancário. qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou
omissão de atos administrativos;
VI - contra o sistema financeiro nacional;
Integração - nesta etapa ocorre a incorporação formal do di-
nheiro ao sistema econômico. Este objetivo é alcançado VII - praticado por organização criminosa.
através do investimento em ativos (lícitos ou não) que, não raro, VIII – praticado por particular contra a administração pública
são um meio de facilitação da atuação dos criminosos, como é o estrangeira (arts. 337-B, 337-C e 337-D do Decreto-Lei nº 2.848,
caso de sociedades prestadoras de serviços. de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal). (Inciso incluído pela
Lei nº 10.467, de 11.6.2002)
Pena: reclusão de três a dez anos e multa.
PREVENÇÃO E COMBATE AO § 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou
CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO: dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes
LEI Nº 9.613/98 E SUAS ALTERAÇÕES, de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo:
CIRCULAR BACEN 3.461/2009 E SUAS Art.1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização,
ALTERAÇÕES E CARTA-CIRCULAR disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos
BACEN 3.542/12. COAF - CONSELHO ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração
DE CONTROLE DE ATIVIDADES penal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
FINANCEIRAS. I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) III
- (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) IV -
LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) V -
(revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) VI -
(revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) VII -
Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens,
(revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) VIII -
direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro
(revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Pena:
para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle
reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa. (Redação
de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências.
dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- § 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes
de infração penal: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garan-
tia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não corresponden-
tes aos verdadeiros.
§ 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens,
direitos ou valores que sabe serem provenientes de qualquer dos
crimes antecedentes referidos neste artigo;
cimento de que sua atividade principal ou secundária é
§ 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Redação dada
dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.
pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens,
art. 14 do Código Penal.
direitos ou valores provenientes de infração penal; (Redação
dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 4º A pena será aumentada de um a dois terços, nos
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhe-
casos previstos nos incisos I a VI do caput deste artigo, se o
crime for cometido de forma habitual ou por intermédio de
organização criminosa. § 1º A denúncia será instruída com indícios suficientes
§ 5º A pena será reduzida de um a dois terços e começará da existência da infração penal antecedente, sendo puníveis
a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de
aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração penal
autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as antecedente. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à § 2º No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica
apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
dos bens, direitos ou valores objeto do crime. 1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não
§ 4º A pena será aumentada de um a dois terços, se os
comparecer nem constituir advogado ser citado por edital,
crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou
prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de
por intermédio de organização criminosa. (Redação dada pela Lei
defensor dativo. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
nº 12.683, de 2012)
§ 5º A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e
ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao Art. 3º Os crimes disciplinados nesta Lei são insuscetíveis de
juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena fiança e liberdade provisória e, em caso de sentença condenatória,
restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em li-
espontaneamente com as autoridades, prestando berdade. (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012)
esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações
penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à
Art. 4º O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
Público, ou representação da autoridade policial, ouvido o
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Ministério Público em vinte e quatro horas, havendo indícios
suficientes, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação
CAPÍTULO II
penal, a apreensão ou o sequestro de bens, direitos ou valores do
Disposições Processuais Especiais
acusado, ou existentes em seu nome, objeto dos crimes previstos
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta nesta Lei, procedendo-se na forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-
Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.
Lei:
§ 1º As medidas assecuratórias previstas neste artigo serão
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento
levantadas se a ação penal não for iniciada no prazo de cento e
comum dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz
vinte dias, contados da data em que ficar concluída a diligência.
singular;
§ 2º O juiz determinará a liberação dos bens, direitos e
II - independem do processo e julgamento das infrações pe-
valores apreendidos ou sequestrados quando comprovada a
nais antecedentes, ainda que praticados em outro país, cabendo ao
juiz competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão sobre licitude de sua origem.
a unidade de processo e julgamento; (Redação dada pela Lei nº § 3º Nenhum pedido de restituição será conhecido
sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz
12.683, de 2012)
determinar a prática de atos necessários à conservação de
III - são da competência da Justiça Federal:
bens, direitos ou valores, nos casos do art. 366 do Código de
a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem Processo Penal.
econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou in- § 4º A ordem de prisão de pessoas ou da apreensão ou
teresses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas sequestro de bens, direitos ou valores, poderá ser suspensa
públicas;
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução
b) quando a infração penal antecedente for de competência da
imediata possa comprometer as investigações.
Justiça Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 4º O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou mediante representação do delegado de polícia, ouvido
o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo
indícios suficientes de infração penal, poderá decretar medidas
assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou
acusado, ou existentes em nome de interpostas pessoas, que sejam
instrumento, produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei
ou das infrações penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº
12.683, de 2012)
§ 1º Proceder-se-á à alienação antecipada para
preservação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos
a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando
houver dificuldade para sua manutenção. (Redação dada pela Lei
nº 12.683, de 2012)
comparecimento pessoal do acusado ou de interposta pessoa a
§ 2º O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens,
que se refere o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a
direitos e valores quando comprovada a licitude de sua origem,
prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou
mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários
valores, sem prejuízo do disposto no § 1o. (Redação dada
e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações
pela Lei nº 12.683, de 2012)
pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal.
§ 4º Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente
§ 3º Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o
da infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para
pagamento de prestação pecuniária, multa e custas. (Redação
dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira de-
Art. 4º-A. A alienação antecipada para preservação de valor
signada em lei, preferencialmente pública, de cada Estado ou, na
de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a reque-
sua ausência, em instituição financeira pública da União;
rimento do Ministério Público ou por solicitação da parte interes-
sada, mediante petição autônoma, que será autuada em apartado e (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
cujos autos terão tramitação em separado em relação ao processo b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada
principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) Estado, na forma da respectiva legislação. (Incluída pela Lei
§ 1º O requerimento de alienação deverá conter a relação de nº
todos os demais bens, com a descrição e a especificação de cada 12.683, de 2012)
um deles, e informações sobre quem os detém e local onde se § 5º Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do
encontram. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) depósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida na ação
§ 2º O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos penal, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
apartados, e intimará o Ministério Público. (Incluído pela Lei nº
I - em caso de sentença condenatória, nos processos de com-
12.683, de 2012)
petência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito Federal, incor-
§ 3º Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre
porado definitivamente ao patrimônio da União, e, nos processos
o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará
de competência da Justiça Estadual, incorporado ao patrimônio do
o valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em
leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico, por valor não Estado respectivo; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da avaliação. (Incluído II - em caso de sentença absolutória extintiva de punibilidade,
pela Lei nº 12.683, de 2012) colocado à disposição do réu pela instituição financeira, acrescido
§ 4º Realizado o leilão, a quantia apurada será depositada em da remuneração da conta judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte 2012)
disciplina: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 6º A instituição financeira depositária manterá controle
I - nos processos de competência da Justiça Federal e da Justi- dos valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei nº
ça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 12.683, de 2012)
a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal § 7º Serão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os
ou em instituição financeira pública, mediante documento tributos e multas incidentes sobre o bem alienado, sem
adequa- do para essa finalidade; (Incluída pela Lei nº 12.683, de prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competência de cada
2012) ente da Federação, venham a desonerar bens sob constrição
b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Fede- judicial daqueles ônus. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
ral ou por outra instituição financeira pública para a Conta Única § 8º Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo, os
do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalida- autos da alienação serão apensados aos do processo principal.
de, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e (Incluída pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012)
§ 9º Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos
c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal
contra as decisões proferidas no curso do procedimento
ou por instituição financeira pública serão debitados à Conta
previsto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Única do Tesouro Nacional, em subconta de restituição; (Incluída
§ 10º. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal
pela Lei nº 12.683, de 2012)
condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o caso, da
II - nos processos de competência da Justiça dos Estados: (In-
União ou do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e da
fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e daque-
les aos quais não foi dada destinação prévia; e (Incluído pela Lei
nº 12.683, de 2012)
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90
(noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença
condenatória, ressal- vado o direito de lesado ou terceiro de boa-
fé. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10
deste artigo serão adjudicados ou levados a leilão, depositando- se
o saldo na conta única do respectivo ente. (Incluído pela Lei nº
12.683, de 2012)
§ 12. O juiz determinará ao registro público competente que
emita documento de habilitação à circulação e utilização dos bens
colocados sob o uso e custódia das entidades a que se refere o
caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 4º-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas
§ 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada de
asse- curatórias de bens, direitos ou valores poderão ser
bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilícito de
suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a
drogas e que tenham sido objeto de dissimulação e ocultação nos
sua execução imediata puder comprometer as investigações.
termos desta Lei permanecem submetidos à disciplina
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
definida em lei específica. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 5º Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz,
ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa qualificada para a
administração dos bens, direitos ou valores apreendidos ou
sequestra- dos, mediante termo de compromisso.
combate, da ação penal e do julgamento dos crimes previstos
nesta Lei, e, quanto aos processos de competência da Justiça
Art. 5º Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz,
Estadual, a preferência dos órgãos locais com idêntica função.
ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou jurídica
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
qualificada para a administração dos bens, direitos ou valores
§ 2º Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja
sujeitos a medidas assecuratórias, mediante termo de
perda em favor da União ou do Estado for decretada serão
compromisso. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública, se
houver interesse na sua conservação. (Incluído pela Lei nº 12.683,
Art. 6º A pessoa responsável pela administração dos bens:
de 2012)
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será satis- CAPÍTULO IV
feita com o produto dos bens objeto da administração;
Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes Praticados
II - prestará, por determinação judicial, informações periódi-
no Estrangeiro
cas da situação dos bens sob sua administração, bem como
explicações e detalhamentos sobre investimentos e
Art. 8º O juiz determinará, na hipótese de existência de
reinvestimentos realizados.
tratado ou convenção internacional e por solicitação de autoridade
Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens
estrangeira competente, medidas assecuratórias sobre bens,
sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao conhecimento
direitos ou valores oriundos de crimes descritos no art. 1o
do Ministério Público, que requererá o que entender cabível.
praticados no estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
2012)
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de
CAPÍTULO III
tratado ou convenção internacional, quando o governo do
Dos Efeitos da Condenação país da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao
Brasil.
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Có- § 2º Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou
digo Penal: valores privados sujeitos a medidas assecuratórias por
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de solicitação de autoridade estrangeira competente ou os recursos
competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e va- provenientes da sua alienação serão repartidos entre o Estado
lores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes requerente e o Brasil, na proporção de metade, ressalvado o
previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados para prestar a direito do lesado ou de terceiro de boa-fé. (Redação dada pela Lei
fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; nº 12.683, de 2012)
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de CAPÍTULO V
qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no
DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTRO-
art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade
LE
aplicada.
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1º A União e os Estados, no âmbito de suas competências,
regulamentarão a forma de destinação dos bens, direitos
e valores cuja perda houver sido declarada, assegurada, Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11
quanto aos processos de competência da Justiça Federal, a sua as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente
utilização pelos órgãos federais encarregados da prevenção, do ou eventual, como atividade principal ou acessória,
cumulativamente ou não: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
2012)
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financei-
ros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro
como ativo financeiro ou instrumento cambial;
III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação,
intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros
e os sistemas de negociação do mercado de balcão
organizado;
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de
previdência complementar ou de capitalização;
III - as administradoras de cartões de credenciamento ou car-
tões de crédito, bem como as administradoras de consórcios para
aquisição de bens ou serviços;
V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de
IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de
fomento comercial (factoring);
cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou
equivalente, que permita a transferência de fundos; VI - as sociedades que efetuem distribuição de
dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias,
serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição,
mediante sorteio ou método assemelhado;
XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; (Incluído
VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros
que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste pela Lei nº 12.683, de 2012)
artigo, ainda que de forma eventual; XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens
VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de de alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a sua co-
autorização de órgão regulador dos mercados financeiro, de mercialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
câmbio, de capitais e de seguros; XVIII - as dependências no exterior das entidades menciona-
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou das neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, relativamente a
estrangei- ras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, residentes no País. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
procuradoras, comissionarias ou por qualquer forma representem
interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades CAPÍTULO VI
referidas neste artigo; Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de
promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado,
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias,
nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes;
pedras e metais preciosos, objetos de arte e antiguidades.
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens II - manterão registro de toda transação em moeda nacional
de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercialização ou ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito,
exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro,
espécie; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; (Incluído termos de instruções por esta expedidas;
pela Lei nº 12.683, de 2012) III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles inter-
nos, compatíveis com seu porte e volume de operações, que lhes
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que
permitam atender ao disposto neste artigo e no art. 11, na forma
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, au-
disciplinada pelos órgãos competentes; (Redação dada pela Lei nº
ditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em
12.683, de 2012)
operações: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no
comerciais ou industriais ou participações societárias de qualquer órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no Conselho de
natureza; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na forma e condições
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos; por eles estabelecidas; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, in-
-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações presta-
vestimento ou de valores mobiliários; (Incluída pela Lei nº
12.683, de 2012) das. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de § 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa
qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas jurídica, a identificação referida no inciso I deste artigo deverá
análogas; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluída pela Lei seus proprietários.
nº 12.683, de 2012) § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos rela- deste artigo deverão ser conservados durante o período
cionados a atividades desportivas ou artísticas profissionais; (In- mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da
cluída pela Lei nº 12.683, de 2012) conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na autoridade competente.
promoção, intermediação, comercialização, agenciamento ou § 3º O registro referido no inciso II deste artigo será
negociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou efetuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus
feiras, exposições ou eventos similares; (Incluído pela Lei nº entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário,
12.683, de 2012) operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo
que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela
autoridade competente.

Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado for-


mando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições
financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº
10.701, de 9.7.2003)
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CAPÍTULO VII CAPÍTULO VIII
Da Comunicação de Operações Financeiras Da Responsabilidade Administrativa

Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos admi-
nistradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obri-
I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos gações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas,
de instruções emanadas das autoridades competentes, possam cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as
constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou seguintes sanções:
com eles relacionar-se; I - advertência;
II - deverão comunicar, abstendo-se de dar aos clientes II - multa pecuniária variável não superior: (Redação dada
ciência de tal ato, no prazo de vinte e quatro horas, às autoridades
pela Lei nº 12.683, de 2012)
competentes:
a) todas as transações constantes do inciso II do art. 10 que a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº 12.683,
ultrapassarem limite fixado, para esse fim, pela mesma autoridade de 2012)
e na forma e condições por ela estabelecidas, devendo ser juntada b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente se- ria
a identificação a que se refere o inciso I do mesmo artigo; obtido pela realização da operação; ou (Incluída pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 10.701, de 9.7.2003) 12.683, de 2012)
b) a proposta ou a realização de transação prevista no inciso c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); (In-
I deste artigo.
cluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para
de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se
o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas
refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a
referidas no art. 9º;
proposta ou realização: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de
2012)
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. atividade, operação ou funcionamento. (Redação dada pela Lei nº
10, acompanhadas da identificação de que trata o inciso I do 12.683, de 2012)
mencionado artigo; e (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) § 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no
b) das operações referidas no inciso I; (Redação dada pela cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art. 10.
Lei nº 12.683, de 2012) § 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da art. 9o, por culpa ou dolo: (Redação dada pela Lei nº
sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e 12.683, de 2012)
condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas, I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência,
transações ou operações passíveis de serem comunicadas nos ter- no prazo assinalado pela autoridade competente;
mos do inciso II. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10;
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações que, por III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição
suas características, no que se refere às partes envolvidas, valores, formulada nos termos do inciso V do art. 10; (Redação dada pela
forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de Lei nº 12.683, de 2012)
fundamento econômico ou legal, possam configurar a hipótese IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comuni-
nele prevista.
cação a que se refere o art. 11.
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista
§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem
neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou
verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das
administrativa.
obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência
§ 3º As pessoas para as quais não exista órgão próprio
fiscalizador ou regulador farão as comunicações mencionadas específica, devidamente caracterizada em transgressões
neste artigo ao Conselho de Controle das Atividades anteriormente punidas com multa.
Financeiras - COAF e na forma por ele estabelecida. § 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de
§ 3º O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com reincidência específica de infrações anteriormente punidas
base no inciso II do caput aos respectivos órgãos responsáveis com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
pela regulação ou fiscalização das pessoas a que se refere o art.
9o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções previs-
tas neste Capítulo será regulado por decreto, assegurados o
Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques contraditório e a ampla defesa.
em espécie deverão ser previamente comunicados à instituição
financeira, nos termos, limites, prazos e condições fixados pelo
Banco Central do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades


CAPÍTULO IX
ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência de
Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras outros órgãos
e entidades.
Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o § 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às
Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, com a pessoas mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão
finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo
COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição das
pessoas abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas no art.
12.
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão
mecanismos de cooperação e de troca de informações que acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do investigado que
viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou informam qualificação pessoal, filiação e endereço,
dissimulação de bens, direitos e valores. independentemente de autorização judicial, mantidos pela
§ 3º O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas instituições
Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de financeiras, pelos provedores de internet e pelas administradoras
pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº de cartão de crédito. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
10.701, de 9.7.2003)
Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições financeiras
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades
competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis, e tributárias em resposta às ordens judiciais de quebra ou trans-
quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de ferência de sigilo deverão ser, sempre que determinado, em meio
fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito. informático, e apresentados em arquivos que possibilitem a
migração de informações para os autos do processo sem
Art. 16. O Coaf será composto por servidores públicos redigitação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
de reputação ilibada e reconhecida competência, designados em
ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes do Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este
quadro de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais direitos
previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão
Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de
fundamentada, o seu retorno. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da
2012)
Secretaria da Receita Federal do Brasil, da Agência Brasileira de
Inteligência, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil
da Justiça, do Departamento de Polícia Federal, do Ministério conservará os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo
da Previdência Social e da Controladoria Geral da União, mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início do exercício
atendendo à indicação dos respectivos Ministros de Estado. seguinte ao da declaração de renda respectiva ou ao do pagamento
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) do tributo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo
Presidente da República, por indicação do Ministro de Estado da Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Fazenda.
§ 2º Das decisões do COAF relativas às aplicações de Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e 110º
penas administrativas caberá recurso ao Ministro de Estado da da República.
Fazenda. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Iris Rezende
Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento definidos Luiz Felipe Lampreia
em estatuto aprovado por decreto do Poder Executivo. Pedro Malan
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 4.3.1998
CAPÍTULO X
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) CIRCULAR Nº 3461
DISPOSIÇÕES GERAIS
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) Consolida as regras sobre os procedimentos a serem adotados
na prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes
Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.
do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão
Processo Penal), no que não forem incompatíveis com esta Lei. realizada em 23 de julho de 2009, com base no disposto nos arts.
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 10, inciso IX, e 11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro
de 1964, 10 e 11 da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, e tendo
em vista o disposto na Convenção Internacional para Supressão
do Financiamento do Terrorismo, adotada pela Assembleia Geral
das Nações Unidas em 9 de dezembro de 1999, promulgada por
meio do Decreto nº 5.640, de 26 de dezembro de 2005,

D E C I D I U:
Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições auto-
rizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem
implementar políticas e procedimentos internos de controle
destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de que
trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.
ocorrência da prática dos mencionados crimes;
§ 1º As políticas de que trata o caput devem:
III - definir os critérios e procedimentos para seleção,
I - especificar, em documento interno, as treina- mento e acompanhamento da situação econômico-
responsabilidades dos integrantes de cada nível hierárquico da financeira dos empregados da instituição;
instituição; IV - incluir a análise prévia de novos produtos e serviços, sob
II - contemplar a coleta e registro de informações tempestivas a ótica da prevenção dos mencionados crimes;
sobre clientes, que permitam a identificação dos riscos de
V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua
ausência, pela diretoria da instituição;
VI - receber ampla divulgação interna.
II - os valores de renda mensal e patrimônio, no caso de pes-
§ 2º Os procedimentos de que trata o caput devem incluir soas naturais, e de faturamento médio mensal dos doze meses
medidas prévia e expressamente estabelecidas, que permitam: anteriores, no caso de pessoas jurídicas;
I - confirmar as informações cadastrais dos clientes e identifi- III - declaração firmada sobre os propósitos e a natureza da
car os beneficiários finais das operações; relação de negócio com a instituição.
II - possibilitar a caracterização ou não de clientes como pes- § 1º As informações relativas a cliente pessoa natural devem
soas politicamente expostas. Circular nº 3.461, de 24 de julho de abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-la.
2009. § 2º As informações cadastrais relativas a cliente pessoa
§ 3º Para os fins desta circular, considera-se cliente jurídica devem abranger as pessoas naturais autorizadas a
eventual ou permanente qualquer pessoa natural ou jurídica com a representá-la, bem como a cadeia de participação societária, até
qual seja mantido, respectivamente em caráter eventual ou alcançar a pessoa natural caracterizada como beneficiário
permanente, relacionamento destinado à prestação de serviço final.Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009.
financeiro ou à realização de operação financeira. § 3º Excetuam-se do disposto no § 2º as pessoas jurídicas
§ 4º Os procedimentos de que trata o caput devem ser constituídas sob a forma de companhia aberta ou entidade sem
reforçados para início de relacionamento com: fins lucrativos, para as quais as informações cadastrais devem
I - instituições financeiras, representantes ou correspondentes abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-las, bem
localizados no exterior, especialmente em países, territórios e de- como seus controladores, administradores e diretores, se houver.
pendências que não adotam procedimentos de registro e controle § 4º As informações cadastrais relativas a cliente fundo de
similares aos definidos nesta circular; investimento devem incluir a respectiva denominação, número de
II - clientes cujo contato seja efetuado por meio eletrônico, inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), bem
mediante correspondentes no País ou por outros meios indiretos. como as informações de que trata o inciso I relativas às pessoas
§ 5º As políticas e procedimentos internos de controle de que responsáveis por sua administração.
trata o caput devem ser implementados também pelas § 5º As instituições mencionadas no art. 1º devem realizar
dependências e subsidiárias situadas no exterior das instituições testes de verificação, com periodicidade máxima de um ano, que
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo assegurem a adequação dos dados cadastrais de seus clientes.
Banco Central do Brasil. (Incluído pela Circular nº 3.583, de
12/3/2012) Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem
§ 6º O diretor responsável pela implementação e obter as seguintes informações cadastrais de seus clientes
cumprimento das medidas estabelecidas nesta Circular, nos eventuais, do proprietário e do destinatário dos recursos
termos do art. 18, deve informar por escrito ao Banco Central do envolvidos na operação ou serviço financeiro:
Brasil sobre a existência de legislação ou regulamentação que I - quando pessoa natural, o nome completo e o número de
impeça ou limite a aplicação do disposto no § 5º a suas inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); e (Redação dada
dependências e subsidiárias situadas no exterior. (Incluído pela Circular nº 3.517, de 7/12/2010)
pela Circular nº 3.583, de 12/3/2012) II - quando pessoa jurídica, a razão social e número de inscri-
ção no CNPJ.
Manutenção de Informações Cadastrais Atualizadas Parágrafo único. Admite-se o desenvolvimento de procedi-
Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem coletar e mento interno destinado à identificação de operações ou serviços
manter atualizadas as informações cadastrais de seus clientes per- financeiros eventuais que apresentem baixo risco de
manentes, incluindo, no mínimo: utilização para lavagem de dinheiro ou de financiamento ao
I - as mesmas informações cadastrais solicitadas de terrorismo, para os quais é dispensada a exigência de obtenção
depositantes previstas no art. 1º da Resolução no 2.025, de 24 de das informações cadastrais de clientes, ressalvado o cumprimento
novembro de 1993, com a redação dada pela Resolução no 2.747, do disposto nos demais artigos desta circular. (Redação dada pela
de 28 de junho de 2000; Circular nº 3.517, de 7/12/2010)

Pessoas Politicamente Expostas

Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º devem coletar de


seus clientes permanentes informações que permitam caracterizá-
-los ou não como pessoas politicamente expostas e identificar a
origem dos fundos envolvidos nas transações dos clientes assim
caracterizados.
§ 1º Consideram-se pessoas politicamente expostas os
agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado,
nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, territórios e
24 de julho de 2009.
dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções
públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou
outras pessoas de seu relacionamento próximo. equivalentes, de autarquias, fundações públicas, empresas
§ 2º No caso de clientes brasileiros, devem ser abrangidos: públicas ou sociedades de economia mista;
d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS),
I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo
ní- vel 6, ou equivalentes;
e Legislativo da União; III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do
II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União: Supre- mo Tribunal Federal e dos tribunais superiores;
a) de ministro de estado ou equiparado; IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério
b) de natureza especial ou equivalente; Circular nº 3.461, de Públi- co, o Procurador-Geral da República, o Vice
Procurador Geral da República, o Procurador-Geral do
Trabalho, o Procurador Geral da Justiça Militar, os
Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores-Gerais § 6º No caso de relação de negócio com cliente estrangeiro
de Justiça dos Estados e do Distrito Federal; que também seja cliente de instituição estrangeira fiscalizada por
V - os membros do Tribunal de Contas da União e o Procu- entidade governamental assemelhada ao Banco Central do
rador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009.
União; Brasil, admite-se que as providências em relação às pessoas
VI - os governadores de estado e do Distrito Federal, os politicamente expostas sejam adotadas pela instituição estrangei-
presi- dentes de tribunal de justiça, de Assembleia e Câmara ra, desde que assegurado ao Banco Central do Brasil o acesso aos
Legislativa, os presidentes de tribunal e de conselho de contas de respectivos dados e procedimentos adotados.
Estado, de Municípios e do Distrito Federal;
VII - os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal de capi-
Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio
tais de Estados.
§ 3º No caso de clientes estrangeiros, para fins do disposto no
caput, as instituições mencionadas no art. 1º devem adotar pelo Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º somente devem ini-
menos uma das seguintes providências: ciar qualquer relação de negócio ou dar prosseguimento a relação
I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua já existente com o cliente se observadas as providências estabe-
classificação; lecidas nos arts. 2º, 3º e 4º, conforme o caso. (Redação dada pela
Circular nº 3.583, de 12/3/2012)
II - recorrer a informações publicamente disponíveis;
III - consultar bases de dados comerciais sobre pessoas poli-
Registros de Serviços Financeiros e Operações Financei-
ticamente expostas;
ras
IV - considerar a definição constante do glossário dos
termos utilizados no documento “As Quarenta Recomendações”,
do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem manter re-
Financiamento do Terrorismo (Gafi), não aplicável a indivíduos gistros de todos os serviços financeiros prestados e de todas
em posições ou categorias intermediárias ou inferiores, segundo a as operações financeiras realizadas com os clientes ou em seu
qual uma pessoa politicamente exposta é aquela que exerce ou nome.
exerceu importantes funções públicas em um país estrangeiro, tais § 1º No caso de movimentação de recursos por clientes
como, chefes de estado e de governo, políticos de alto nível, altos permanentes, os registros devem conter informações consolidadas
servidores dos poderes públicos, magistrados ou militares de alto que permitam verificar:
nível, dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de partidos I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a
políticos. atividade econômica e capacidade financeira do cliente;
§ 4º O prazo de cinco anos referido no § 1º deve ser II - a origem dos recursos movimentados;
contado, retroativamente, a partir da data de início da relação de
III - os beneficiários finais das movimentações.
negócio ou da data em que o cliente passou a se enquadrar como
pessoa politicamente exposta. § 2º O sistema de registro deve permitir a identificação:
§ 5º Para efeito do § 1º são considerados familiares os I - das operações que, realizadas com uma mesma
parentes, na linha reta, até o primeiro grau, o cônjuge, o pessoa, conglomerado financeiro ou grupo, em um mesmo mês
companheiro, a companheira, o enteado e a enteada. calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto,
o valor de R$10.000,00 (dez mil reais);
II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma,
configurem artifício que objetive burlar os mecanismos de identi-
ficação, controle e registro.
Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação de Cheques
Depositados em Outra Instituição Financeira e da Utilização
de Instrumentos de Transferência de Recursos
Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem manter re-
gistros específicos das operações de transferência de recursos.
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação:
I - das operações referentes ao acolhimento em depósitos de
Transferência Eletrônica Disponível (TED), de cheque,
cheque administrativo, cheque ordem de pagamento e outros
documentos compensáveis de mesma natureza, e à liquidação de
cheques depositados em outra instituição financeira; Circular nº
3.461, de 24 de julho de 2009.
II - das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem
de pagamento, de ordem de pagamento, de Documento de Crédito
(DOC), de TED e de outros instrumentos de transferência de
recursos, quando de valor superior a R$1.000,00 (mil reais).
valor e ao número do cheque, o código de compensação
§ 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por
da instituição depositária, os números da agência e da conta
instituição depositária devem conter, no mínimo, os dados
de depósitos depositárias, cabendo à instituição
relativos ao valor e ao número do cheque depositado, o código de
depositária fornecer à instituição sacada os dados relativos ao
compensação da instituição sacada, os números da agência
seu código de compensação e aos números da agência e
e da conta de depósitos sacadas. (Redação dada pela Circular
da conta de depósitos depositárias (Redação dada pela
nº 3.517, de 7/12/2010)
Circular nº 3.517, de 7/12/2010)
§ 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por § 4º No caso de cheque utilizado em operação simultânea
instituição sacada devem conter, no mínimo, os dados relativos ao
de saque e depósito na própria instituição sacada, com vistas à
transferência de recursos da conta de depósitos do emitente para § 8º A instituição sacada deve informar à instituição
conta de depósitos de terceiros, os registros de que trata o inciso I depositária e a instituição depositária deve informar à
do § 1º devem conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e ao instituição sacada, quando requeridas, no prazo máximo de 5
número do cheque sacado, bem como aos números das agências (cinco) dias úteis contados a partir da data de solicitação, os
sacada e depositária e das respectivas contas de depósitos. números de inscrição no CPF ou CNPJ dos titulares da conta
§ 5º Os registros de que trata o inciso II do § 1º devem sacada e da conta depositária referentes às operações de
conter, no mínimo, as seguintes informações: transferência de valores efetuadas mediante cheque, cheque
I - o tipo e o número do documento emitido, a data da opera- administrativo, cheque ordem de pagamento e outros documentos
ção, o nome e o número de inscrição do adquirente ou remetente compensáveis de mesma natureza, e à liquidação de cheques
no CPF ou no CNPJ; depositados em outra instituição financeira. (Incluído pela
II - quando pagos em cheque, o código de compensação da Circular nº 3.517, de 7/12/2010)
instituição, o número da agência e da conta de depósitos sacadas
referentes ao cheque utilizado para o respectivo pagamento,
Registros de Cartões Pré-Pagos
inclu- sive no caso de cheque sacado contra a própria instituição
emisso- ra dos instrumentos referidos neste artigo;
III - no caso de DOC, o código de identificação da instituição Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem manter re-
destinatária no sistema de liquidação de transferência de fundos e gistros específicos da emissão ou recarga de valores em um
os números da agência, da conta de depósitos depositária e o nú- ou mais cartões pré-pagos.
mero de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular; § 1º O sistema de registro deve permitir a identificação da:
IV - no caso de ordem de pagamento: I - emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-
a) destinada a crédito em conta: os números da agência desti- -pagos, em montante acumulado igual ou superior a
natária e da conta de depósitos depositária; R$100.000,00 (cem mil reais) ou o equivalente em moeda
b) destinada a pagamento em espécie: os números da agência estrangeira, no mês calendário;
destinatária e de inscrição do beneficiário no CPF ou no CNPJ. II - emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago
§ 6º Em se tratando de operações de transferência de que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza,
recursos envolvendo pessoa física residente no exterior da origem, da localização, da disposição, da movimentação
desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela ou da propriedade de bens, direitos e valores.
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a identificação § 2º Para fins do disposto no caput, define-se cartão pré- pago
prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea «b», pode ser efetuada como o cartão apto a receber carga ou recarga de valores em
Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009 pelo número do moeda nacional ou estrangeira oriundos de pagamento em
respectivo passaporte, complementada com a nacionalidade da espécie, de operação cambial ou de transferência a débito de
referida pessoa e, quando for o caso, o organismo
contas de depósito.
internacional de que seja representante para o exercício de
§ 3º Os registros das ocorrências de que tratam os incisos I
funções específicas no País.
§ 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea e II do § 1º devem conter as seguintes informações:
«b», não se aplica às operações de transferência de recursos I - o nome ou razão social e o respectivo número de inscri-
envolvendo pessoa jurídica com domicílio sede no exterior ção no CPF ou no CNPJ da pessoa natural ou jurídica responsável
desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma definida pela pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago, no caso de
RFB. emissão ou recarga efetuada por residente ou domiciliado no País;
II - o nome, o número do passaporte e o respectivo país emis-
sor, no caso de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago
efetuada por pessoa natural não residente no País ou domiciliada
no exterior;
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF da
pessoa natural a quem se destina o cartão pré-pago; Circular
nº 3.461, de 24 de julho de 2009.
IV - a identificação das instituições, das agências e das con-
tas de depósito ou de poupança debitadas, os nomes dos titulares
das contas e respectivos números de inscrição no CPF, no
caso de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago
oriundos de transferências a débito de contas de depósito ou de
poupança tituladas por pessoas naturais;
V - a identificação das instituições, das agências e das contas
de depósito ou de poupança debitadas, os nomes dos titulares das
contas e respectivos números de inscrição no CNPJ, bem como os
nomes das pessoas naturais autorizadas a movimentá-las e respec-
responsáveis pela emissão ou recarga de valores em cartão
tivos números de inscrição no CPF, no caso de emissão ou
pré-pago.
recarga de valores em cartão pré-pago oriundos de transferências
a débito de contas de depósito ou de poupança tituladas por
Registros de Movimentação Superior a R$100.000,00 em
pessoas jurídicas;
VI - a data e o valor de cada emissão ou recarga de valores em Espécie
cartão pré-pago;
VII - o propósito da emissão do cartão pré-pago; Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa Econômica
Federal, os bancos múltiplos com carteira comercial ou de
VIII - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF das
crédito imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as
pessoas naturais que representem as pessoas jurídicas
sociedades de poupança e empréstimo e as cooperativas de
crédito devem manter registros específicos das operações de
depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por
meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para
Especial Atenção
saque.
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação de:
Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem dispensar
I - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie
por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para especial atenção a:
saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais); I - operações ou propostas cujas características, no que se re-
II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie fere às partes envolvidas, valores, formas de realização e instru-
por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para mentos utilizados, ou que, pela falta de fundamento econômico ou
saque, que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da na- legal, indiquem risco de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº
tureza, da origem, da localização, da disposição, da 9.613, de 1998, ou com eles relacionados;
movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores; II - propostas de início de relacionamento e operações com
III - emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer pessoas politicamente expostas de nacionalidade brasileira e
outro instrumento de transferência de fundos contra pagamento as oriundas de países com os quais o Brasil possua elevado
em espécie, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil número de transações financeiras e comerciais, fronteiras comuns
reais). ou proximidade étnica, linguística ou política;
§ 2º Os registros de que trata o caput devem conter III - indícios de burla aos procedimentos de
as informações abaixo indicadas: identificação e registro estabelecidos nesta circular;
I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no IV - clientes e operações em que não seja possível identificar
CNPJ, conforme o caso, do proprietário ou beneficiário dos recur- o beneficiário final;
sos e da pessoa que efetuar o depósito, o saque em espécie ou o
V - operações oriundas ou destinadas a países ou territórios
pedido de provisionamento para saque; Circular nº 3.461, de 24
que aplicam insuficientemente as recomendações do Gafi,
de julho de 2009.
conforme informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil; e
II - o tipo e o número do documento, o número da instituição,
(Re- dação dada pela Circular nº 3.517, de 7/12/2010)
da agência e da conta corrente de depósitos à vista ou da conta de
VI - situações em que não seja possível manter atualizadas as
poupança a que se destinam os valores ou de onde o valor será
informações cadastrais de seus clientes.
sacado, conforme o caso;
§ 1º A expressão “especial atenção” inclui os seguintes
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou
procedimentos:
no CNPJ, conforme o caso, dos titulares das contas referidas no
I - monitoramento reforçado, mediante a adoção de
inciso II, se na mesma instituição;
procedimentos mais rigorosos para a apuração de
IV - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF, no
situações suspeitas; Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009.
caso de saque em espécie por meio de cartão pré-pago cujo porta-
II - análise com vistas à verificação da necessidade das comu-
dor seja residente ou domiciliado no País;
nicações de que tratam os arts. 12 e 13;
V - o nome e o número do passaporte e o respectivo país
III - avaliação da alta gerência quanto ao interesse no início ou
emissor, no caso de saque em espécie por meio de cartão pré-pago
manutenção do relacionamento com o cliente.
cujo portador seja não residente no País ou domiciliado no
§ 2º Considera-se alta gerência qualquer detentor de
exterior;
cargo ou função de nível hierárquico superior ao daquele
VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie, do
ordinariamente responsável pela autorização do
saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou do provisiona-
relacionamento com o cliente.
mento para saque.
Manutenção de Informações e Registros

Art. 11. As informações e registros de que trata esta circular


devem ser mantidos e conservados durante os seguintes períodos
mínimos, contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do
término do relacionamento com o cliente permanente ou da
conclusão das operações:
I - 10 (dez) anos, para as informações e registros de que trata
o art. 7º;
II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de que tra-
tam os arts. 6º, 8º e 9º.
III - 5 (cinco) anos, para as informações cadastrais definidas
nos arts. 2º e 3º. (Incluído pela Circular nº 3.517, de 7/12/2010)
Parágrafo único. As informações de que trata o art. 2º devem
ser mantidas e conservadas juntamente com o nome da pessoa
incumbida da atualização cadastral, o nome do gerente
responsável pela conferência e confirmação das informações
prestadas e a data de início do relacionamento com o cliente
permanente.
de até 5 (cinco) dias úteis após o encerramento do mês
Comunicações ao Coaf
calendário;
II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e III,
Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º devem comuni-
na data da operação.
car ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na
Parágrafo único. Devem também ser comunicadas ao Coaf
forma determinada pelo Banco Central do Brasil:
as propostas de realização das operações de que trata o caput.
I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 1º, inciso I, no prazo
Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar
ao Coaf, na forma determinada pelo Banco Central do Brasil:
Art. 16. As instituições de que trata o art. 1º devem manter,
I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor pelo prazo de 5 (cinco) anos, os documentos relativos às análises
seja igual ou superior a R$10.000,00 (dez mil reais) e que, de operações ou propostas que fundamentaram a decisão de
considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de efetuar ou não as comunicações de que tratam os arts. 12 e 13.
realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento
econômico ou legal, possam configurar a existência de indícios Procedimentos Internos de Controle
dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998;Circular nº 3.461,
de 24 de julho de 2009. Art. 17. O Banco Central do Brasil aplicará,
II - as operações realizadas ou serviços prestados que, por cumulativamente ou não, as sanções previstas no art. 12 da Lei nº
sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que 9.613, de 1998, na forma estabelecida no Decreto nº 2.799, de 8
objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e de outubro de 1998, às instituições mencionadas no art. 1º, bem
registro; como aos seus administradores, que deixarem de cumprir as
III - as operações realizadas ou os serviços prestados, qual- obrigações estabelecidas nesta circular.
quer que seja o valor, a pessoas que reconhecidamente tenham
Art. 18. As instituições de que trata o art. 1º devem indicar
perpetrado ou intentado perpetrar atos terroristas ou neles
ao Banco Central do Brasil diretor responsável pela implementa-
participado ou facilitado o seu cometimento, bem como a ção e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, bem
existência de recursos pertencentes ou por eles controlados direta como pelas comunicações de que tratam os arts. 12 e 13.Circular
ou indiretamente; nº 3.461, de 24 de julho de 2009.
IV - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo. § 1º Para fins da responsabilidade de que trata o caput,
§ 1º O disposto no inciso III aplica-se também às entidades admite-se que o diretor indicado desempenhe outras funções na
pertencentes ou controladas, direta ou indiretamente, pelas instituição, exceto a relativa à administração de recursos de
pessoas ali mencionadas, bem como por pessoas e entidades terceiros.
atuando em seu nome ou sob seu comando. § 2º No caso de conglomerados financeiros, admite-se a
indicação de um diretor responsável pela implementação e
§ 2º As comunicações das ocorrências de que tratam os
cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, bem
incisos III e IV devem ser realizadas até o dia útil seguinte
como pelas comunicações referentes às respectivas
àquele em que verificadas. instituições integrantes.
§ 3º Devem também ser comunicadas ao Coaf as propostas de
realização das operações e atos descritos nos incisos I a IV. Art. 19. O Banco Central do Brasil divulgará:
I - os procedimentos para efetuar as comunicações de que tra-
Art. 14. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13 deve- tam os arts. 12 e 13;
rão ser efetuadas sem que seja dada ciência aos envolvidos. II - operações e situações que podem configurar indício de
§ 1º As comunicações relativas a cliente identificado como ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998;
pessoa politicamente exposta devem incluir especificamente III - situações exemplificativas de relacionamento próximo,
essa informação. para fins do disposto no art. 4º.
§ 2º A alteração ou o cancelamento de comunicação
efetuados após o quinto dia útil seguinte ao da sua inclusão Art. 20. A atualização das informações cadastrais relativas
devem ser acompanhados de justificativa da ocorrência. a clientes permanentes cujos relacionamentos tenham sido
iniciados antes da entrada em vigor desta circular deve ser efetuada
Art. 15. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13 em conformidade com os testes de verificação de que trata o § 5º
relativas a instituições integrantes de conglomerado financeiro e a do art. 2º.
instituições associadas a sistemas cooperativos de crédito podem
Art. 21. Esta circular entra em vigor na data de sua publi-
ser efetuadas, respectivamente, pela instituição líder do
cação, surtindo efeitos 30 (trinta) dias após a data de publicação
conglomerado econômico e pela cooperativa central de crédito.
para os relacionamentos com clientes permanentes ou
eventuais estabelecidos a partir dessa data.

Art. 22. Ficam revogadas as Circulares ns. 2.852, de 3


de dezembro de 1998, 3.339, de 22 de dezembro de 2006, e
3.422, de 27 de novembro de 2008, e os arts. 1º e 2º da Circular
nº 3.290, de 5 de setembro de 2005.

Brasília, 24 de julho de 2009.


Alexandre Antonio Tombini
Diretor
Alvir Alberto Hoffmann
Diretor
Os Chefes dos Departamentos de Prevenção a Ilícitos
CARTA CIRCULAR Nº 3.542, DE 12 DE MARÇO DE
Finan- ceiros e de Atendimento de Demandas de Informações
2012
do Sistema Financeiro (Decic), substituto, de Normas do
Sistema Financeiro (Denor) e da Gerência-Executiva de
Divulga relação de operações e situações que podem confi- Normatização de Câmbio e Capitais Estrangeiros (Gence), no
gurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, uso da atribuição que confere o art. 22, inciso I, alínea “a”, do
de 3 de março de 1998, passíveis de comunicação ao Conselho de Regimento Interno do Banco Central do Brasil, anexo à
Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Portaria nº 29.971, de 4 de março de 2005, e tendo em vista
esclarecer o disposto no arts. 13 e 19, inciso II, da Circular nº
3.461, de 24 de julho de 2009,
g) realização de depósitos em espécie em contas de clientes
RESOLVEM: que exerçam atividade comercial relacionada com negociação de
bens de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, imóveis,
Art. 1º As operações ou as situações descritas a seguir, consi- barcos, joias, automóveis ou aeronaves executivas;
derando as partes envolvidas, os valores, a frequência, as formas h) realização de saques em espécie de conta que receba di-
de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento versos depósitos por transferência eletrônica de várias origens em
econômico ou legal, podem configurar indícios de ocorrência dos curto período de tempo;
crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, i) realização de depósito em espécie com cédulas
passíveis de comunicação ao Conselho de Controle de Atividades úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com aspecto de que foram
Financeiras (Coaf): armazenadas em local impróprio ou ainda que apresentem marcas,
I - situações relacionadas com operações em espécie em moe- símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas em maços
da nacional: desorganizados e não uniformes; e
a) realização de depósitos, saques, pedidos de j) realização de depósitos ou troca de grandes quantidades de
provisionamento para saque ou qualquer outro instrumento de cédulas de pequeno valor, realizados por pessoa natural ou jurídi-
transferência de recursos em espécie, que apresentem atipicidade ca, cuja atividade ou negócio não tenha como característica
recebi- mentos de grandes quantias de recursos em espécie;
em relação à atividade econômica do cliente ou
II - situações relacionadas com operações em espécie em
incompatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira;
moeda estrangeira e cheques de viagem:
b) movimentações em espécie realizadas por clientes
a) movimentação de recursos em espécie em moeda estran-
cujas atividades possuam como característica a utilização de
geira ou cheques de viagem, que apresente atipicidade em relação
outros instrumentos de transferência de recursos, tais como
à atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua
cheques, cartões de débito ou crédito;
capacidade econômico-financeira;
c) aumentos substanciais no volume de depósitos em espécie
de qualquer pessoa natural ou jurídica, sem causa aparente, nos b) negociações de moeda estrangeira em espécie, em municí-
pios localizados em regiões de fronteira, que não apresentem
casos em que tais depósitos forem posteriormente
compatibilidade com a natureza declarada da operação;
transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino não
c) negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques
relacionado com o cliente;
de viagem denominados em moeda estrangeira, que não apresen-
d) fragmentação de depósitos, em espécie, de forma a dissi- tem compatibilidade com a natureza declarada da operação;
mular o valor total da movimentação; d) negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques
e) realização de depósitos de grandes valores em espécie, de de viagem denominados em moeda estrangeira, realizadas por di-
forma parcelada, especialmente em regiões geográficas de maior ferentes pessoas naturais, não relacionadas entre si, que informem
risco, principalmente nos mesmos caixas ou terminais de o mesmo endereço residencial; e
autoatendimento próximos, destinados a uma única conta ou a e) recebimentos de moeda estrangeira em espécie, por
várias contas em municípios ou agências distintas; Carta Circular pessoas naturais residentes no exterior, transitoriamente no País,
nº 3.542, de 12 de março de 2012. decorrentes de ordens de pagamento a seu favor ou da utilização
f) movimentação de recursos em espécie em municípios lo- de cartão de uso internacional, sem a evidência de propósito claro;
calizados em regiões de fronteira, que apresentem indícios de ati- III - situações relacionadas com dados cadastrais de clientes:
picidade ou de incompatibilidade com a capacidade econômico- a) resistência ao fornecimento de informações necessárias
-financeira do cliente; para o início de relacionamento ou para a atualização cadastral,
oferecimento de informação falsa ou prestação de informação de
difícil ou onerosa verificação;
b) abertura, movimentação de contas ou realização de
operações por detentor de procuração ou de qualquer outro
tipo de mandato; Carta Circular nº 3.542, de 12 de março de
2012.
c) apresentação de irregularidades relacionadas aos
procedimentos de identificação e registro das operações exigidos
pela regulamentação vigente, seguidas ou não do encerramento do
relacionamento comercial;
d) cadastramento de várias contas em uma mesma data,
ou em curto período, com depósitos de valores idênticos ou
aproximados, ou com outros elementos em comum, tais como
origem dos recursos, titulares, procuradores, sócios, endereço,
número de telefone, etc;
e) realização de operações em que não seja possível identifi-
car o beneficiário final, observados os procedimentos definidos na
regulamentação vigente;
por pessoas naturais, sem demonstração da existência de
f) informação de mesmo endereço comercial por
diferentes pessoas jurídicas ou organizações, sem justificativa relação familiar ou comercial; e
razoável para tal ocorrência; i) incompatibilidade da atividade econômica ou
g) representação de diferentes pessoas jurídicas ou faturamento informados com o padrão apresentado por
organizações pelos mesmos procuradores ou representantes clientes com o mesmo perfil;
legais, sem justificativa razoável para tal ocorrência;
h) informação de mesmo endereço residencial ou comercial IV - situações relacionadas com a movimentação de contas:
a) movimentação de recursos incompatível com o patrimônio,
a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade
financeira do cliente; o) pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiários que
b) transferências de valores arredondados na unidade de mi- não apresentem ligação com a atividade ou ramo de negócio da
lhar ou que estejam um pouco abaixo do limite para notificação pessoa jurídica;
de operações; p) pagamentos ou transferências por pessoa jurídica para for-
c) movimentação de recursos de alto valor, de forma contu- necedor distante e seu local de atuação, sem fundamentação eco-
maz, em benefício de terceiros; nômico-financeira;
d) manutenção de numerosas contas destinadas ao acolhimento
q) realização de depósitos de cheques endossados totalizando
de depósitos em nome de um mesmo cliente, cujos valores,
valores significativos;
somados, resultem em quantia significativa;
e) movimentação de quantia significativa por meio de r) existência de conta de depósitos à vista de
organizações sem fins lucrativos cujos saldos ou movimentações
conta até então pouco movimentada ou de conta que acolha
financeiras não apresentem fundamentação econômica ou legal ou
depósito inusitado;
nas quais pareça não haver vinculação entre a atividade declarada
f) ausência repentina de movimentação financeira em conta
da organização e as outras partes envolvidas nas transações;
que anteriormente apresentava grande movimentação; s) movimentação habitual de recursos financeiros de ou para
g) utilização de cofres de aluguel de forma atípica em relação pessoas politicamente expostas ou pessoas de relacionamento pró-
ao perfil do cliente; ximo, não justificada por eventos econômicos;
h) dispensa da faculdade de utilização de prerrogativas como t) existência de contas em nome de menores ou
recebimento de crédito, de juros remuneratórios para grandes sal- incapazes, cujos representantes realizem grande número de
dos ou, ainda, de outros serviços bancários especiais que, em cir- operações atípicas; e
cunstâncias normais, sejam valiosas para qualquer cliente; Carta u) transações significativas e incomuns por meio de contas de
Circular nº 3.542, de 12 de março de 2012. depósitos de investidores não residentes constituídos sob a forma
i) mudança repentina e injustificada na forma de movimenta- de trust;
V - situações relacionadas com operações de investimento in-
ção de recursos ou nos tipos de transação utilizados;
terno:
j) solicitação de não observância ou atuação no sentido de in-
a) operações ou conjunto de operações de compra ou de
duzir funcionários da instituição a não seguirem os procedimentos
venda de títulos e valores mobiliários a preços incompatíveis com
regulamentares ou formais para a realização de uma operação;
os praticados no mercado ou quando realizadas por pessoa cuja
k) recebimento de recursos com imediata compra de instru- atividade declarada e perfil não se coadunem ao tipo de
mentos para a realização de pagamentos ou de transferências a negociação realizada; Carta Circular nº 3.542, de 12 de março de
terceiros, sem justificativa; 2012.
l) realização de operações que, por sua habitualidade, valor e b) realização de operações atípicas que resultem em elevados
forma, configurem artifício para burla da identificação da origem, ganhos para os agentes intermediários, em desproporção com
do destino, dos responsáveis ou dos beneficiários finais; a natureza dos serviços efetivamente prestados;
m) existência de contas que apresentem créditos e c) investimentos significativos em produtos de baixa rentabi-
débitos com a utilização de instrumentos de transferência de lidade e liquidez;
recursos não característicos para a ocupação ou o ramo de d) investimentos significativos não proporcionais à capacida-
atividade desenvol- vida pelo cliente; de econômico-financeira do cliente, ou cuja origem não seja
n) recebimento de depósitos provenientes de diversas clara- mente conhecida; e
origens, sem fundamentação econômico-financeira, e) resgates de investimentos no curtíssimo prazo, independen-
especialmente provenientes de regiões distantes do local de temente do resultado auferido;
atuação da pessoa jurídica ou distantes do domicílio da pessoa VI - situações relacionadas com cartões de pagamento:
natural; a) utilização, carga ou recarga de cartão em valor não compa-
tível com a capacidade econômico-financeira, atividade ou perfil
do usuário;
b) realização de múltiplos saques com cartão em
terminais eletrônicos em localidades diversas e distantes do local
de contra- tação ou recarga;
c) utilização do cartão de forma incompatível com o perfil do
cliente, incluindo operações atípicas em outros países;
d) utilização de diversas fontes de recursos para carga e recar-
ga de cartões; e
e) realização de operações de carga e recarga de cartões, se-
guidas imediatamente por saques em caixas eletrônicos.
VII - situações relacionadas com operações de crédito no País:
a) realização de operações de crédito no País liquidadas com
recursos aparentemente incompatíveis com a situação econômico-
-financeira do cliente;
consecutivas, liquidadas antecipadamente ou em prazo muito
b) solicitação de concessão de crédito no País incompatível
curto; e) liquidação de operações de crédito no País por
com a atividade econômica ou com a capacidade financeira
terceiros,
do cliente;
sem justificativa aparente;
c) realização de operação de crédito no País seguida de remes-
sa de recursos ao exterior, sem fundamento econômico ou legal, e f) concessão de garantias de operações de crédito no País
sem relacionamento com a operação de crédito; por terceiros não relacionados ao tomador;
d) realização de operações de crédito no País, simultâneas ou g) realização de operação de crédito no País com
oferecimen- to de garantia no exterior por cliente sem tradição de
realização de operações no exterior; e Carta Circular nº 3.542, de
12 de março de 2012.
c) existência de recursos pertencentes ou controlados, direta
h) aquisição de bens ou serviços incompatíveis com o objeto
ou indiretamente, por pessoas que reconhecidamente tenham co-
da pessoa jurídica, especialmente quando os recursos forem origi-
metido ou intentado cometer atos terroristas, ou deles participado
nados de crédito no País;
ou facilitado o seu cometimento; e
VIII - situações relacionadas com a movimentação de recur-
sos oriundos de contratos com o setor público: d) movimentações com indícios de financiamento do
a) movimentações atípicas de recursos por agentes públicos, terrorismo;
XI - situações relacionadas com atividades internacionais:
conforme definidos no art. 2º da Lei nº 8.429, de 2 de junho de
a) realização ou proposta de operação com pessoas naturais
1992;
ou jurídicas, inclusive sociedades e instituições financeiras, situa-
b) movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou das em países que não apliquem ou apliquem insuficientemente as
jurídica relacionados a patrocínio, propaganda, marketing, recomendações do Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro
consultorias, assessorias e capacitação; e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), ou que tenham sede em
c) movimentações atípicas de recursos por organizações sem países ou dependências com tributação favorecida ou regimes fis-
fins lucrativos; e cais privilegiados ou em locais onde seja observada a prática con-
d) movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou tumaz dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de
jurídica relacionados a licitações; 1998, não claramente caracterizadas em sua legalidade e
IX - situações relacionadas a consórcios: fundamentação econômica;
a) existência de consorciados detentores de elevado número b) utilização de operações complexas e com custos mais ele-
de cotas, incompatível com sua capacidade econômico-financeira vados que visem a dificultar o rastreamento dos recursos ou a
ou com o objeto da pessoa jurídica; identificação da natureza da operação;
b) aumento expressivo do número de cotas pertencentes a um c) realização de pagamentos de importação e recebimentos de
mesmo consorciado; exportação, antecipados ou não, por empresa sem tradição ou cuja
c) oferecimento de lances incompatíveis com a capacidade avaliação econômico-financeira seja incompatível com o
econômico-financeira do consorciado; montante negociado;
d) oferecimento de lances muito próximos ao valor do bem; d) realização de pagamentos a terceiros não relacionados
e) pagamento antecipado de quantidade expressiva de a operações de importação ou de exportação;
prestações vincendas, não condizente com a capacidade e) realização de transferências unilaterais que, pela habitua-
econômico-financeira do consorciado; lidade, valor ou forma, não se justifiquem ou apresentem atipici-
f) aquisição de cotas previamente contempladas, seguida de dade;
quitação das prestações vincendas; f) realização de transferências internacionais nas quais
g) utilização de documentos falsificados na adesão ou tentati- não se justifique a origem dos fundos envolvidos ou que se
va de adesão a grupo de consórcio; mostrem incompatíveis com a capacidade econômico-financeira
X - situações relacionadas a pessoas suspeitas de envolvimen- ou com o perfil do cliente;
to com atos terroristas: g) realização de transferência de valores a título de disponi-
a) movimentações financeiras envolvendo pessoas relaciona- bilidade no exterior, incompatível com a capacidade econômico-
das a atividades terroristas listadas pelo Conselho de Segurança -financeira do cliente ou sem fundamentação econômica ou legal;
das Nações Unidas; h) realização de exportações ou importações
b) realização de operações ou prestação de serviços, qualquer aparentemente fictícias ou com indícios de superfaturamento ou
que seja o valor, a pessoas que reconhecidamente tenham come- subfaturamento;
tido ou intentado cometer atos terroristas, ou deles participado ou i) existência de informações na carta de crédito com discre-
facilitado o seu cometimento; Carta Circular nº 3.542, de 12 de pâncias em relação a outros documentos da operação de comércio
março de 2012. internacional;
j) realização de pagamentos ao exterior após créditos em reais
efetuados nas contas de depósitos dos titulares das operações de
câmbio por pessoas que não demonstrem a existência de vínculo
comercial ou econômico; Carta Circular nº 3.542, de 12 de março
de 2012.
k) movimentações decorrentes de programa de repatriação de
recursos que apresentem inconsistências relacionadas à identifica-
ção do titular ou do beneficiário final, bem como ausência de
informações confiáveis sobre a origem e a fundamentação
econômica ou legal; e
l) realização de frequentes pagamentos antecipados ou à vista
de importação em que não seja possível obter informações sobre o
desembaraço aduaneiro das mercadorias;
XII - situações relacionadas com operações de crédito contra-
tadas no exterior:
d) contratação, no exterior, de operações de crédito, quitadas
a) contratação de operações de crédito no exterior com cláusu-
sem explicação aparente para a origem dos recursos; e
las que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no
mercado, como juros destoantes da prática ou prazo muito longo; b) e) contratação de empréstimos ou financiamentos no
contratação, no exterior, de várias operações de crédito exterior, oferecendo garantias em valores ou formas
consecutivas, sem que a instituição tome conhecimento da quita- incompatíveis com a atividade ou capacidade econômico-
ção das anteriores; financeira do cliente ou em valores muito superiores ao
c) contratação, no exterior, de operações de crédito que não valor das operações contratadas ou cuja origem não seja
sejam quitadas por intermédio de operações na mesma instituição; claramente conhecida;
XIII - situações relacionadas com operações de investimento
externo: Art. 3º A comunicação das situações relacionadas nesta Carta
a) recebimento de investimento externo direto, cujos recursos Circular, bem como de outras que, embora não mencionadas, pos-
retornem imediatamente a título de disponibilidade no exterior; sam configurar indícios de ocorrência das práticas de que trata o
b) recebimento de investimento externo direto, com realiza- art. 13 da Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009, deve ser efe-
ção quase imediata de remessas de recursos para o exterior a tuada por meio do Sistema de Controle de Atividades Financeiras
título de lucros e dividendos; (Siscoaf).
c) realização de remessas de lucros e dividendos ao exterior
em valores incompatíveis com o valor investido; Art. 4º Esta Carta Circular entra em vigor em 14 de maio de
d) realização de remessas ao exterior a título de investimen-
2012, quando fica revogada a Carta Circular nº 2.826, de 4 de de-
to em montantes incompatíveis com a capacidade financeira
do cliente; zembro de 1998.
e) realização de remessas de recursos de um mesmo investidor
situado no exterior para várias empresas no País; Nelson Rodrigues de Oliveira
f) realização de remessas de recursos de vários investidores Chefe do Departamento de Prevenção a Ilícitos Financeiros e
situados no exterior para uma mesma empresa no País; e de Atendimento de Demandas de Informações do Sistema Finan-
Carta Circular nº 3.542, de 12 de março de 2012. ceiro, substituto Sergio Odilon Dos Anjos Chefe do
g) recebimento de aporte de capital desproporcional ao porte Departamento de Normas do Sistema Financeiro
ou à natureza empresarial do cliente, ou em valores incompatíveis Geraldo Magela Siqueira
com a capacidade econômico-financeira dos sócios; e Chefe da Gerência-Executiva de Normatização de Câmbio e
XIV - situações relacionadas com empregados das instituições Capitais Estrangeiros
financeiras e seus representantes: Este texto não substitui o publicado no DOU de 14/3/2012,
a) alteração inusitada nos padrões de vida e de comportamen-
Seção 1, p. 14 a 16, e no Sisbacen.
to do empregado ou do representante, sem causa aparente;
b) modificação inusitada do resultado operacional da pessoa
jurídica do representante ou do correspondente no País, sem causa COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras
aparente;
c) realização de qualquer negócio de modo diverso ao Autarquia criada no âmbito do Ministério da Fazenda para:
procedimento formal da instituição por empregado, representante
ou correspondente no País; e a) coordenar e propor mecanismos de cooperação e troca de
d) fornecimento de auxílio ou informações, remunerados ou informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate
não, a cliente em prejuízo do programa de prevenção à lavagem
à ocultação ou à dissimulação de bens, direitos e valores;
de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo da
instituição, ou de auxílio para estruturar ou fracionar operações, b) receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas
burlar limites regulamentares ou operacionais. de atividades ilícitas previstas em lei;
c) disciplinar e aplicar penas administrativas, sem prejuízo
Art. 2º As situações descritas nesta Carta Circular, da competência de outros órgãos e entidades
quando aplicáveis, podem indicar parâmetros para a estruturação d) comunicar à autoridade competente para a
de sistemas de controles internos, inclusive informatizados, instauração dos procedimentos legais, em casos de indícios
para prevenção de lavagem de dinheiro e combate ao fundados da prática do crime de lavagem de dinheiro.
financiamento do terrorismo implantados pelas instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Desde março de 2012 (com vigência contar de maio do mes-
Banco Central do Brasil. mo ano) o COAF passa a atuar também nas seguintes operações
e situações:

• Operações com moeda nacional, estrangeira e


cheques de viagem ou com dados cadastrais de clientes,
movimentação de contas e operações de investimento interno;
• Investimentos significativos não proporcionais à capaci-
dade econômica e financeira do cliente, cuja origem não seja cla-
ramente definida;
• Movimentações atípicas de recursos por agentes públi-
cos, ou por pessoa física ou jurídica relacionados a patrocínio,
propaganda, marketing, consultoria, assessoria e capacitação; ou
de recursos por organizações sem fins lucrativos ou por pessoa
física ou jurídica relacionados a licitações públicas;
• Situações relacionadas a consórcios;
• Aumento expressivo do número de quotas pertencentes a
um mesmo consorciado;
do Terrorismo, ou que tenham sede em países com tributação
• Situações relacionadas a pessoas suspeitas de
favorecida ou regimes fiscais privilegiados;
envolvimento com atos terroristas, ou relacionadas com
• Situações relacionadas com operações de crédito contra-
atividades internacionais;
tadas no exterior e operações de investimento externo;
• Realização ou proposta de operação com pessoas, inclu-
• Situações relacionadas com empregados de instituições
sive sociedades e instituições situadas em países que não
financeiras e seus representantes;
apliquem (ou apliquem insuficientemente) as recomendações do
• Abertura e movimentação de contas ou realização de ope-
Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento
rações por detentor de procuração ou qualquer tipo de mandato;
• Ausência repentina de movimentação financeira em
conta; PRINCÍPIOS DO SISTEMA DE AUTORREGULAÇÃO
• Utilização de cofres de aluguel de forma atípica ou do car-
tão de forma incompatível com o perfil do cliente. ● Ética e Legalidade - adotar condutas benéficas à
sociedade, ao funcionamento do mercado e ao meio-ambiente.
Respeitar a livre concorrência e a liberdade de iniciativa. Atuar
em conformidade com a legislação vigente e com as normas da
AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA. auto regulação.
● Respeito ao Consumidor – tratar o consumidor de
forma justa e transparente, com atendimento cortês e digno.
Assistir o consumidor na avaliação dos produtos e serviços
SISTEMA DE AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA adequados às suas necessidades e garantir a segurança e a
confidencialidade de seus dados pessoais. Conceder crédito de
forma responsável e incentivar o uso consciente de crédito.
CONCEITO
● Comunicação Eficiente – fornecer informações de
forma precisa, adequada, clara e oportuna, proporcionando
Sistema voluntário, focado na sadia concorrência do condições para o consumidor tomar decisões conscientes e bem
mercado, na elevação de padrões e no aumento da transparência informadas.
em benefício dos consumidores. A comunicação com o consumidor, por qualquer veículo,
pessoalmente ou mediante ofertas ou anúncios publicitários, deve
CARACTERÍSTICAS ser feita de modo a informá-lo sobre os aspectos relevantes
do relacionamento com a Signatária.
● É composto (NORMAS DE AUTORREGULAÇÃO) ● Melhoria Contínua - aperfeiçoar padrões de conduta, elevar
pelo Código de Autorregulação Bancária, pelos Normativos a qualidade dos produtos, níveis de segurança e a eficiência dos
do Conselho de Autorregulação, pelas Decisões da Diretoria serviços.
de Autorregulação e pelos Julgados dos Comitês Disciplinares;
● As normas da Autorregulação não se sobrepõem, mas REGRAS DE AUTORREGULAÇÃO
se harmonizam à legislação vigente, destacadamente ao Código
de Defesa do Consumidor, às leis e normas especificamente
É responsabilidade do Conselho de Autorregulação
direcionadas ao sistema bancário e à execução de atividades
estabelecer normativo com regras sobre práticas bancárias, sendo
delegadas pelo setor público a instituições financeiras;
que ele deve revisar periodicamente a cada 2 anos.
● As normas da Autorregulação abrangem todos os
Os trabalhos de revisão são desenvolvidos por um comitê re-
produ- tos e serviços ofertados ou disponibilizados pelas
visional composto por no mínimo 7 (sete) representantes das sig-
Signatárias a qualquer pessoa física, cliente ou não cliente;
natárias não suspensas, sendo 1 (um) representante por conglome-
● São participantes do Sistema de Autorregulação Bancária
rado financeiro. Estes trabalhos podem ser facilitados ou liberados
as signatárias do Termo de Adesão ao Sistema de Autorregulação por um empresa de consultoria.
Bancária (bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de
investimento, caixas econômicas, cooperativas de crédito ou RESPONSABILIDADES DAS SIGNATÁRIAS
sociedades de crédito, financiamento e investimento, desde
que associados à Febraban);
Cada signatária deve:

● Respeitar e fazer com que suas controladas e coligadas su-


jeitas à fiscalização do Banco Central do Brasil respeitem as nor-
mas da Autorregulação;
● Apontar um profissional com cargo estatutário,
preferencialmente com a atribuição de ouvidor ou de diretor
responsável pela ouvidoria, para ser o interlocutor da Diretoria de
Autorregulação;
● Enviar à Diretoria de Autorregulação semestralmente,
e sempre que necessário, um relatório sobre a sua aderência às
nor- mas da Autorregulação (relatório de conformidade), que é o
documento de registro do cumprimento das metas de aderência da
Signatária às normas da Autorregulação e dos planos de ação para
adequação da Signatária às normas da Autorregulação;
● Enviar à Diretoria de Autorregulação os mesmos relatórios
produzidos por suas Ouvidorias e remetidos semestralmente
ao Banco Central do Brasil, contendo informações descritivas e
estatísticas sobre reclamações de clientes.

É composto pelos membros do Conselho Diretor


ENTIDADES DO SISTEMA DE AUTORREGULAÇÃO
da Febraban que sejam representantes de Signatárias, bem
como por representantes das demais Signatárias, desde que
CONSELHO DAS SIGNATÁRIAS elegíveis para a posição de Conselheiro Diretor da Febraban.
Principais competências:

●Deliberar sobre a admissão de novas Signatárias; ●Criar seu regimento interno, que disporá, no mínimo, sobre
●Sortear as Signatárias que serão representadas no Conselho sua estrutura, funcionamento e rito para emitir parecer em proce-
de Autorregulação e nomear Conselheiros Natos. dimento disciplinar.

CONSELHO DE AUTORREGULAÇÃO DIRETORIA DE AUTORREGULAÇÃO

É o órgão normativo e de administração do Sistema de É o órgão executivo do Sistema de Autorregulação,


Autorregulação Bancária, composto por Conselheiros do Sistema, subordinado ao Conselho de Autorregulação.
Conselheiros Independentes e por Conselheiros Setoriais.
Principais competências:
Principais competências:
●Implementar as orientações do Conselho de Autorregulação;
●Admitir Signatárias, ad referendum do Conselho das Signa-
tárias; ●Orientar as Signatárias quanto ao correto preenchimento
●Suspender Signatárias; dos Relatórios de Conformidade. Aprovar o teor dos
Relatórios de Conformidade, monitorando o cumprimento das
●Publicar as Regras e deliberar alterações ao Código e às Re-
gras; obrigações ali consignadas, de acordo com a política definida pelo
●Editar Normativos versando sobre assuntos de interesse co- Conselho de Autorregulação;
letivo, incluindo aqueles concernentes às práticas das Signatárias; ●Desenvolver e gerenciar processos e sistemas para monitorar
●Estabelecer, por meio de resoluções, as diretrizes, políticas a aderência das Signatárias às normas da Autorregulação;
e procedimentos do Sistema de Autorregulação Bancária, incluin- ●Registrar denúncias por parte das Signatárias. Notificar, ao
do (a) a política de comunicação, (b) o modelo de Relatório de Presidente do Conselho de Autorregulação, indícios de violação
Conformidade, bem como o procedimento para seu às normas da Autorregulação e inadequação nos Relatórios de
preenchimento pelas Signatárias e critérios de análise para a Conformidade.
Diretoria de Autorregulação, (c) o Selo da Autorregulação, e (d) o
relatório anual con- tendo informações sobre as atividades SANÇÕES AO DESCUMPRIMENTO DAS NORMAS
desempenhadas e resultados alcançados pelo Conselho de
Autorregulação e pela Diretoria de Autorregulação;
●Recomendação do Comitê Disciplinar para o ajuste de sua
●Efetuar a revisão periódica das Regras;
conduta, encaminhada através de carta reservada;
●Nomear e destituir o responsável pela Diretoria de Autorre-
gulação, bem como supervisionar a Diretoria de Autorregulação; ●Recomendação do Comitê Disciplinar para o ajuste de sua
●Deliberar sobre assuntos que entenda relevantes ao Sistema conduta, encaminhada através de carta com o conhecimento de to-
de Autorregulação. das as Signatárias, cumulada com a obrigação de pagar uma con-
tribuição entre 1 (uma) e 10 (dez) vezes o valor da menor
COMITÊS SETORIAIS anuidade paga por uma Associada da Febraban;
●Suspensão de sua participação no Sistema de
Comitês com competência temática, integrados ao Autorregulação Bancária, com a interrupção do direito de uso do
Sistema de Autorregulação Bancária através de convênios Selo da Autorregulação e a perda do mandato de seu Conselheiro
celebrados pelo Conselho de Autorregulação com entidades no Conselho de Autorregulação, cumulada com a obrigação de
representativas do setor financeiro. pagar uma contribuição entre 5 (cinco) e 15 (quinze) vezes o valor
da menor anuidade paga por uma Associada da Febraban.
Principais competências:
●Propor e interpretar normativos no âmbito de sua competên- EXERCÍCIOS
cia temática;
●Em procedimento disciplinar, emitir parecer sobre casos di- 1. (FCC - 2011 - Banco do Brasil – Escriturário) Depósitos
retamente relacionados à sua competência temática; bancários, em espécie ou em cheques de viagem, de valores
individuais não significativos, realizados de maneira que o total
de cada depósito não seja elevado, mas que no conjunto se torne
significativo, podem configurar indício de ocorrência de
A) crime contra a administração privada. B)
fraude cambial.
C) fraude contábil.
D) crime de lavagem de dinheiro.
E) fraude fiscal.

RESPOSTA: “D”
Monetário: Curtíssimo ou curto prazo, Controle da liquidez
monetária da Economia, suprimentos momentâneos de caixa.
(Bancário e não bancário.)
Crédito: Curto, médio e aleatório, Financiamento do consumo
e capital de giro das empresas. (Bancário e não bancário)
Capitais: Médio, longo e indeterminado, financiamento de ca-
pital fixo, de giro e especiais. (Não bancário)
Câmbio: à vista, curto prazo, Conversão de valores em moeda
estrangeira e nacional. (Bancário e auxiliar)
Mercado de Ações - Mercado Futuro:
- faz parte dos derivativos;
2. (CESPE - Caixa - Técnico Bancário)
- é um tipo específico de mercado a termo (contrato a termo
A) É de competência privativa do BACEN a formulação das padronizado);
normas que disciplinam o crédito em todas as suas modalidades e
as operações creditícias em todas as suas formas. 4. Assinale a alternativa incorreta em relação ao Sistema
B) Os percentuais de recolhimento compulsório a que as Financeiro Nacional:
instituições financeiras estão sujeitas podem variar em função das A) O Sistema Financeiro Nacional pode ser conceituado
regiões geoeconômicas. como um conjunto de instituições que se dedicam, de alguma
C) As operações de hot money, vendor finance e créditos forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a
rotativos constituem instrumentos típicos de atuação dos
manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e
bancos comerciais no mercado monetário.
investidores.
D) As operações do mercado interfinanceiro são destinadas a
B) O mercado financeiro pode ser considerado como ele-
atender ao fluxo de recursos demandado pelas instituições
mento dinâmico no processo de crescimento econômico, uma vez
financeiras e são lastreadas em certificados de depósitos
bancários. que permite a elevação das taxas de poupança e investimento.
E) Nas operações de crédito direto ao consumidor, as ins- C) O Sistema Financeiro Brasileiro é dividido em dois
tituições financeiras estão desobrigadas de informar previa- subsistemas, ou seja, o Normativo e o de Intermediação, onde
mente ao cliente o custo efetivo total. neste aparece o Banco Central do Brasil.
D) A Lei da Reforma Bancária, em seu artigo 17, carac- teriza
RESPOSTA: “B” uma instituição financeira como as pessoas jurídicas públicas
e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a
Opção (B) está correta. coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros
próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a
Opção (A) – errada - função do CMN.
custódia de valor de propriedade de terceiros.
Opção (C) – errada – são instrumentos do mercado de crédito
E) A Lei 6.385/76 criou a CVM (Comissão de Valores Mo-
e não do monetário. biliários), transferindo do Banco Central as responsabilidade pela
Opção (D) – errada – são lastreadas em certificados de regulamentação e fiscalização das atividades relacionadas ao
depósitos interfinanceiros ou interbancários (CDI), e não mercado de valores mobiliários (ações, debêntures etc.).
bancários.
Opção (E) – as instituições têm que informar o custo efetivo RESPOSTA: “C”
total.
Se criarmos um organograma do Sistema Financeiro Nacio-
3. (CESGRANRIO - Caixa – Escriturário) O mercado que nal, veremos que o mesmo divide-se em dois subsistemas, ou seja,
opera a curto prazo destinando os recursos captados ao o subsistema normativo e o subsistema de intermediação. No Nor-
financiamento de consumo para pessoas físicas e capital de giro mativo, aparece o Banco Central do Brasil e não no de
para pessoas jurídicas, através de intermediários financeiros
Intermediação, como menciona o item da questão.
bancários, é o mercado
A) de crédito
5. O Conselho Monetário Nacional, como órgão normativo,
B) de capitais
não tem funções executivas, sendo o responsável pela fixação das
C) de câmbio
D) de ações diretrizes da políticas monetárias, creditícias e cambial do País.
E) monetário Pelo desenvolvimento destas políticas no cenário econômico
nacional, o CMN acaba se transformando num conselho de
política econômica. É a entidade superior do Sistema Financeiro
RESPOSTA: “A”
Nacional, sendo de sua competência, exceto:
E) orientar a aplicação dos recursos das instituições finan-
A) adaptar o volume dos meios de pagamento às reais ne-
ceiras públicas ou privadas, de forma a garantir condições
cessidades da economia e seu processo de desenvolvimento;
favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia
B) autorizar as emissões de papel-moeda;
nacional.
C) regular o valor interno da moeda, prevenindo ou cor-
rigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem RESPOSTA: “B”
interna ou externa;
D) regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do ba-
Autorizar as emissões de papel-moeda, não representa
lanço de pagamentos do País;
uma competência do CMN e sim uma atribuição específica.

6. O Banco Central do Brasil ou BACEN é a entidade


I – regular a constituição e o funcionamento das institui-
criada para atuar como órgão executivo central do sistema
financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer ções financeiras, bem como zelar por sua liquidez;
cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sis- tema II – acionar medidas de prevenção ou correção de desequi-
e as normas expedidas pelo CMN. São de sua privativa líbrios econômicos, surtos inflacionários etc;
competência as seguintes atribuições, com exceção de: III – regulamentar, sempre que julgar necessário, as taxas de
A) a auditoria das companhias abertas; juros, comissões e qualquer outra forma de remuneração praticada
B) emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e pelas instituições financeiras;
limites autorizados pelo CMN; IV – fomentar e reequipar os setores da economia por meio de
C) executar os serviços do meio circulante; várias linhas de crédito;
D) receber os recolhimentos compulsórios dos bancos co- V – ter o monopólio das operações de penhor.
merciais e os depósitos voluntários das instituições financeiras
e bancárias que operam no País; Estão corretos APENAS os itens:
E) exercer o controle de crédito sob todas as suas formas.
A) I e IV
RESPOSTA: “A” B) II e V
C) I, II e III
A auditoria das companhias abertas representa uma atividade
D) I, II e IV
de fiscalização da CVM e não do BACEN. E) II, III e V

7. São consideradas Instituições Financeiras Não-monetárias, RESPOSTA: “C”


exceto:
A) Bancos de Desenvolvimento;
B) Bancos de Investimento; Itens I, II e III – Corretos
C) Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento
– Financeiras; O Conselho Monetário Nacional tem como papel estabelecer
D) Cooperativas de Crédito; E) políticas que versem sobre as seguintes matérias:
Companhias Hipotecárias.
- controlar o volume dos meios de pagamento da economia,
RESPOSTA: “D” por meio das emissões de papel moeda e do estabelecimento de
normas para as transações de títulos públicos, realizadas pelo
As Cooperativas de Crédito são consideradas Instituições Fi- Banco Central;
nanceiras Monetárias. - regular o valor interno da moeda, aprovando os orçamentos
monetários do Banco Central;
8. (CESGRANRIO – 2008 - técnico bancário (carreira ad- - regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço
ministrativa) da Caixa Econômica Federal) O sistema financeiro é de pagamentos, por meio da fixação de diretrizes e normas da
composto por um conjunto de instituições financeiras, públicas e política cambial;
privadas, e seu órgão normativo máximo é o Conse- lho - garantir condições favoráveis ao desenvolvimento econômi-
Monetário Nacional (CMN). Algumas das principais atribuições co do país, a partir da orientação às instituições financeiras sobre
do CMN são: a aplicação de recursos e regulamentando o crédito;
- buscar o aprimoramento das instituições financeiras e seus
instrumentos, objetivando a liquidez e solvência.
Regulamentar, sempre que necessário, as taxas de juros,
comissões e qualquer outra forma de remuneração das
instituições financeiras, determinando índice de encaixe, normas
de contabilização etc.;
- coordenar as políticas: monetária, creditícia, orçamentária,
fiscal e de dívida pública;
- definir metas para inflação, de acordo com as
orientações
do CMN.

Item IV – Errado

Quem fomenta e reequipa os setores da economia por meio


de várias linhas de crédito são as Instituições financeiras que
atuam como intervenientes financeiros, ou seja, captam recursos
de investidores e emprestam ao tomadores.
Portanto, alternativa C
Item V – Errado
9. (FCC – 2013 - Escriturário – Banco do Brasil) A
A Caixa econômica Federal é quem tem o monopólio do Pe-
Comis- são de Valores Mobiliários (CVM) controla e fiscaliza
nhor no Brasil. o seguin- te produto do mercado de valores mobiliários:
A) Certificado de Depósito a Prazo.
B) Título de Capitalização.
C) Letra de Câmbio.
D) Título de Emissão do Tesouro Nacional. E)
Fundo de Investimento.

RESPOSTA: “E”

A CVM fiscaliza os fundos de investimento, mercado de capi-


tais, TVMs, bolsas, s/a abertas, etc..

10. (FCC – 2013 - Escriturário – Banco do Brasil) O Sis- tema


Financeiro Nacional tem como entidades supervisoras:
A) Receita Federal do Brasil e Resseguradores.
B) Comissão de Valores Mobiliários e Bolsas de Mercadorias e
futuros.
C) Banco Central do Brasil e Superintendência de Seguros
Privados.
D) Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social.
E) FEBRABAN e Superintendência Nacional de Previdência
Complementar.

RESPOSTA: “C”

Entidades supervisoras são aquelas que fiscalizam.


BACEN fiscaliza o mercado financeiro e cambio,
enquanto que a SUSEP fiscaliza seguros, resseguros,
Previdência Privada aberta e capitalização.

11. (FCC – 2013 - Escriturário – Banco do Brasil) A ope-


ração por meio da qual a instituição financeira garante em
contrato, perante terceiros, o cumprimento de obrigações de-
correntes de riscos assumidos por parte do seu cliente é
denominada
A) fiança bancária.
B) penhor mercantil.
C) alienação fiduciária.
D) adiantamento de contrato de câmbio. E)
aval.

RESPOSTA: “A”

Simplesmente trouxe o conceito de fiança bancária, quando


um banco é garantidor de uma operação de crédito, em
outras palavras, fiança bancária é um compromisso contratual
pelo qual uma instituição financeira garante o cumprimento de
obrigações de seus clientes.

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