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Trabalhador e da
Trabalhadora
Temas
• Trabalho – uma construção social
• Trabalho – saúde e adoecimento
• Processo e ambiente e trabalho
• O futuro do Trabalho x a Saúde dos Trabalhadores
SÓ MAIS CINCO MINUTOS !!!!!
Trabalho!!!!
Quem inventou?
TRABALHO
nas
Sociedades
TRIBAIS
e na ATUALIDADE
TRABALHO NAS
SOCIEDADES
MODERNAS
RECONHECIMENTO
m ,
m e
o h o ,
d a lh o
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É possível equilibrar?
•TRABALHO
•PRAZER
•SOFRIMENTO
Gráfico de Guérin
o mundo do trabalho
E AS VÍTIMAS DE CONDIÇÕES
DE TRABALHO INADEQUADAS
NO MUNDO
2,3 milhões de óbitos por acidentes ou doenças
ocupacionais anualmente, entre homens e mulheres,
no mundo.
270 milhões de acidentes de trabalho por ano
Acidentes não
Total de acidentes
graves
Notificação Lesão grave** Crianças e Adolescentes Óbitos
x
No trajeto para o trabalho
Risco psicossocial
Os riscos à saúde do trabalhador
É possível prevenir?
A quem cabe esse papel?
• Empregador?
• Trabalhador?
• Poder Público?
• Sociedade Civil?
Marco legal em
Saúde do Trabalhador
Constituição Federal 1988
Seção II
Da Saúde
Trabalhadores são todos os homens e mulheres, que trabalham na área urbana ou rural,
independente da forma de inserção no mercado de trabalho (formal ou informal), de seu
vínculo empregatício (público ou privado), assalariado, autônomo, avulso, temporário,
cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado e mesmo os desempregados.
(BRASIL, 2012)
2. EM QUAIS ESPAÇOS DO PROCESSO DE TRABALHO DAS eAB/eSF O USUÁRIO(A)-
TRABALHADOR(A) PODE SER RECONHECIDO? (1)
a) Cadastramento
b) Consulta Clínica
“... tipo de trabalho que a pessoa exerce, independentemente da profissão de origem ou de remuneração, mesmo que no momento do
cadastramento esteja de férias, licença ou afastado temporariamente ...” (BRASIL, 2018, p. 38)
Situação no mercado de trabalho: empregador; assalariado com/sem carteira de trabalho; autônomo com/sem
previdência social; aposentado/pensionista; desempregado; não trabalha; servidor público/militar; outra (segurados
especiais, por exemplo).
a) Cadastramento
“Sempre que identificada a ocorrência de acidente ou doença relacionada ao trabalho, esta deve ser registrada e
especificada (tipo de acidente ou doença) no campo “outras condições de saúde” e informada à equipe de
saúde para desencadear as ações de cuidado e vigilância adequadas.” (BRASIL, 2018, p. 41)
ATENÇÃO: todo usuário é um potencial trabalhador!!!
Ficha de identificação
Você trabalha? informação sobre a situação no mercado de trabalho
Qual a sua ocupação atual/pregressa? ocupação atual e/ou pregressa
Escuta qualificada
Para além de “O que te trouxe aqui?” Investigação sobre relação entre queixas / problemas de saúde apresentados
com o trabalho/ocupação atual ou pregressa do usuário(a).
Exemplo: queixas de dor e ardência ao urinar em mulheres jovens X trabalho (baixa ingestão de líquidos; excessivo controle da
saída do
posto de trabalho para ir ao banheiro) – caixas de supermercados, atendente de telemarketing, costureiras, etc. (BRASIL, 2018,
p. 43)
c) Consulta Clínica
- Fazer diagnóstico correto e definir plano terapêutico, estabelecendo a relação entre o agravo ou a doença e o trabalho.
- Informar o/a trabalhador/a sobre as causas e evolução de seu adoecimento com orientações sobre prevenção.
- Orientações sobre direitos trabalhistas, previdenciários e à saúde - .
- Desencadear ações de Vigilância Epidemiológica (VE) e orientar para inspeção nos ambientes e processos de trabalho, a partir da notificação pela
eAB/eSF dos casos suspeitos/confirmados nos Sistemas de Informação em Saúde, de modo articulado com as referências técnicas de Vigilância em
Saúde do Trabalhor (Visat) no território.
Estratégias potentes para promoção de comportamentos favoráveis à saúde espaço de interação (dialógica), de
compartilhamento, de discussão e reflexão coletiva sobre problemas de saúde (doenças e agravos) relacionados ao
trabalho; condições de trabalho e seus impactos à saúde; formas de lidar com o adoecimento; medidas de proteção à
saúde e prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho; orientações sobre direitos à saúde,
previdenciários, trabalhistas; dentre outros temas.
Exemplos: grupo de trabalhadores com Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
(LER/DORT); grupo de trabalhadores expostos (amianto, benzeno, mercúrio, agrotóxico, petróleo cru...) ;
grupo de orientações sobre acesso a direitos trabalhistas, previdenciários e sociais, dentre outros.
Reuniões de equipe (mínima e ampliada) informações sobre trabalho / usuário-trabalhador circulam, mas
normalmente não orientam as condutas adotadas.
Priorização de problemas X capacidade de resolução de problemas
Salas de Curativos e de Procedimentos: espaço em potencial para produção de informações de saúde do trabalhador
-
acidente de trabalho e outras demandas agudas relacionadas ao trabalho (pico hipertensivo, por exemplo).
Sala de espera: espaço em potencial para a identificação de demandas de saúde do trabalhador e desenvolvimento de
ações
de promoção da saúde.
Doenças e agravos relacionados Óbitos por acidentes de Doenças e agravos relacionados Inquéritos, informes e
ao trabalho trabalho ao trabalho que levaram à boletins epidemiológicos
Sinan SIM hospitalização
SIH
(BRASIL, 2012)
Estabelecimentos públicos e Domicílios e Por conta própria, familiar ou
Zonas urbanas e rurais
privados preridomicílios prestando serviço
Registros administrativos Fontes secundárias IBGE, Informações de moradores, membros das equipes de
públicos Rais saúde, representantes de trabalhadores, de
associação de moradores, da mídia, etc
Por que identificar as atividades produtivas desenvolvidas no
território?
• FÁBRICA DE CIMENTO NO
• TERRITÓRIO
• Potencial exposição a
situações de risco para saúde
de trabalhadores e da
população residente no
entrono: maior número de
acidentes de trânsito
(tráfego de carretas pesadas);
problemas respiratórios
(asma, bronquite)
aumento de demandas de
saúde para USB/USF (maior
frequência e gravidade dos
mais vulneráveis).
Figura: ilustração do mapeamento de atividades produtivas no território (BRASIL, 2018, p. 37).
PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO PARA AÇÃO: PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE
AÇÕES DE SAÚDE NO
TERRITÓRIO.
Articulação com os setores da Vigilância em Saúde (Saúde Ambiental, Sanitária, Epidemiológica, Saúde do(a)
Trabalhador(a)), participando e apoiando intervenções por eles(as) indicadas.
Desenvolvimento de ações de educação em saúde e informação à comunidade sobre potenciais riscos e danos à
saúde decorrentes dessa atividade produtiva, favorecendo sua mobilização, com vistas à melhoria das condições de
vida, de trabalho e de saúde.
Lista A: elaborada a partir dos agentes patogênicos e/ou fatores de risco Lista B: Agravos relacionados sistematizados a partir da
potencialmente presentes no trabalho. CID10.
Ag. etiológicos ou fatores de Doenças causalmente relacionadas com os respectivos Agentes etiológicos ou fatores de
Doenças
risco de natureza ocupacional agentes ou fatores de risco (Cid10) risco de natureza ocupacional
Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Pneumoconiose devida à Exposição ocupacional a poeiras de
Sílica livre Silicose (J62.8) poeira de Sílica (Silicose) sílica-livre (Z57.2) (Quadro 18)
Outras doenças (I27.9; J44.-; J63.8; J99.1; M05.3) (J62.8)
Substâncias químicas que Queimaduras, náuseas, vômito, cefaleia, Inúmeras atividades na indústria e no setor
podem estar presentes nos alergia, asma brônquica, câncer, doenças de serviços, no setor agropecuário,
ambientes de trabalho na gástricas e intestinais, neurológicas, silvicultura, madeireiro; empresas
forma de poeiras, fumos, hepáticas, renais, etc. também podem causar desinsetizadoras e da saúde pública que
Químicos névoas, neblinas, gases ou acidentes decorrentes de explosões e atuam no controle de endemias e
vapores. (agrotóxicos) incêndio. Penetram no organismo pela pele zoonoses, etc.
ou pelo trato digestivo provocando
intoxicação aguda ou crônica.
Máquinas com partes móveis Acidentes diversos (quedas, fraturas, Trabalhadores da construção civil;
não protegidas; calandras e esmagamento, amputação; traumatismos). motoristas de transportes coletivos;
cilindros; guilhotinas; prensas padeiros, metalúrgicos, trabalhadores em
Mecânicos e uso de instrumentos vias públicas, profissionais de saúde, etc.
cortantes ou perfurantes, etc.
Intoxicações exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados)
Câncer
Dermatoses ocupacionais
LER/DORT
Pneumoconioses
Transtornos Mentais
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_ 23_08_2012.html
. Acesso em: 10 de outubro de 2016.
DOWBOR, T. P. O Trabalho com Determinantes Sociais da Saúde no Programa de Saúde da Família no Município de São
Paulo. São Paulo : USP. Tese de Doutorado, 2008.
RUÍDO
AGENTES FÍSICOS
Definição:
Ruído
Mistura de sons cujas freqüências não
seguem qualquer lei precisa e que diferem
entre si por valores imperceptíveis ao
ouvido humano, normalmente considerado
como um som indesejado.
De forma genérica, ruído é o som capaz de
causar uma sensação indesejável e
desagradável.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
FÍSICOS
Ruído de fundo: todo ruído que está sendo captado e que não
seja proveniente da fonte objeto das medições;
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
FÍSICOS
• Ruído contínuo: todo e qualquer ruído que não está classificado como ruído
de impacto;
Fontes de ruído
No meio ambiente o ruído é provocado por diversas fontes:
Na rua: pelos motores dos veículos
No ar: pelas turbinas e motores dos aviões
No mar: pelos motores das embarcações
Na floresta: pelas moto-serras
No escritório: pelo ar-condicionado e impressoras
Na discoteca: pelas caixas de som em alto volume
Na sala de aula: pela conversa dos alunos
No divertimento: no carnaval pelo som dos trios elétricos
Na indústria: pelas caldeiras, motores, moinhos, geradores
etc.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
FÍSICOS
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Alteração da produção hormonal
Aumento da frequência cardíaca
Fadiga muscular
Perturbação do sono
Constrição dos vasos sanguíneos
Distúrbios gastrointestinais
Perturbação da visão
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
FÍSICOS
EFEITOS PSICOLÓGICOS
Aumento das tensões
Irritabilidade
Agravamento de estados de angústia
Aumento da apreensão
Aumento do medo
Redução da atenção
Redução da concentração
Aumento da susceptibilidade
Efeitos no sistema auditivo
Mudança temporária do limiar de audição, também conhecida
como surdez temporária, ocorre após a exposição do indivíduo a
ruído intenso, mesmo que por curto período de tempo;
OBS.: Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para
indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.
ATENÇÃO: Para ruído de impacto, o LT = 130 dB
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
FÍSICOS
Controle no receptor:
Pode-se utilizar protetores auriculares, limitar o tempo de exposição e
rotatividade dos trabalhadores.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
FÍSICOS
Plug de semi-inserção 15 a 20 25 a 35
Concha 15 a 35 30 a 45
Concha e inserção 25 a 45 30 a 60
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS
• Exercício 1
Chico trabalha numa boate e recebe comumente a seguinte
exposição diária de ruído:
dB(A) 85 87 90 92
Tempo ( h ) 2 4 1 1
Exercício 2
Qual a DOSE de ruído recebida por Zé do Batuque, na sua Banda
Batucada do Zé no desfile de uma micareta, conforme a exposição ao
ruído abaixo:
dB(A) 85 80 92 87
Tempo (h) 2 3 1 2
85 – 8 horas
80 – 8 horas
92 – 3 horas Solução: Dose = ( 2/8 ) + ( 3/8 ) + ( 1/3 ) +
87 – 6 horas + ( 2/6 ) = 1,28
Ultrapassou o LT? Sim ultrapassou o LT, pois D>1
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
FÍSICOS
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 14 16
3,0 2,6 2,1 1,8 1,5 1,2 1,0 0,8 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1
Exercício 3
Na área de lavanderia de um hotel foi verificado o ruído de uma
máquina de lavar de 96 dB(A). Qual será o novo ruído deste
ambiente com a implantação de uma máquina de lavar nova para
ampliar a quantidade de roupa a ser lavada e que emite um ruído
de 90 dB(A)?
Solução:
96 – 90 = 6
Seis na 1ª linha da tabela corresponde a +1
O novo nível de ruído será 96 + 1 = 97 dB(A)
Exposição máxima de 1 h e 15 minutos.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saud
e/vigilancia_em_saude/saude_do_trabalhador/
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/
vigilancia_em_saude/saude_do_trabalhador/index.php?p=2
54267
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload
/saude/saude%20do%20trabalhador%20-%20riscos%20or
ganizacao%20do%20trabalho_21_05.pdf
Cecília Martins – socióloga e
especialista em Saúde em Saúde
do Trabalhador
ccmartins@prefeitura.sp.gov.br
ceccimartins@gmail.com