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AULA 10
A forma como ele se encerra, por iniciativa do trabalhador, do patrão, ou ainda, de ambos,
se ela tem motivo justo ou é desmotivada, se por vontade das partes ou alheia a elas, tudo
isso influencia nos direitos e deveres do empregado e do empregador.
Com o fim do contrato de trabalho, muitas vezes, surge a figura do desemprego, que em
grande escala prejudica o crescimento do país, a qualidade de vida da sociedade, a
segurança e a paz social.
Extinção Normal: O contrato por prazo determinado termina pela sua execução integral.
Nesse caso, o empregado:
• Por vontade do empregado – Neste caso, o valor da indenização é limitado, porém não é
prefixado, muito menos tarifado. O empregado pagará ao empregador o valor do prejuízo
que este provar ter sofrido, até o limite da indenização presente no art. 479 (metade do
valor das remunerações que teria direito até a data prevista para o final do contrato).
Também há a limitação do valor a ser recebido na rescisão contratual.
Porém, tais contratos podem ter a cláusula assecuratória de ruptura antecipada do contrato,
e neste caso, as verbas rescisórias seguem as regras dos contratos por tempo
indeterminado (não havendo as multas previstas nos artigos 479 e 480 da CLT).
• O art. 502 da CLT dispõe para o caso de extinção antecipada por força maior, que o
empregador pague a indenização tarifada do artigo 479, reduzida à metade do seu valor
(Ou seja, metade dos 50% dos salários a que teria direito até o final do contrato). Caso seja
comprovada a inverdade das alegações de força maior, é garantido o complemento da
indenização já percebida.
Caso o empregado peça demissão, deverá conceder o aviso prévio ao empregador. Caso
não o conceda, o empregador poderá descontar o valor do aviso prévio.
Caso o empregador encerre o contrato de trabalho, sem justa causa, deverá conceder o
aviso-prévio ao empregado. O aviso-prévio poderá ser trabalhado ou indenizado. O
empregado poderá ficar trabalhando por trinta dias (no mínimo), recebendo salário, tendo
direito a redução de duas horas diárias ou sete dias corridos. Porém, o empregador poderá
optar por pagar (indenizar) o aviso-prévio, dispensando o empregado imediatamente, desde
que pague o valor correspondente.
Para se caracterizar a dispensa por justa causa, devem ser preenchidos os seguintes
requisitos:
- Imediatividade: a dispensa deverá ser imediata, caso contrário, estará caracterizado o
perdão.
- Gravidade: a falta deve ser grave o bastante para ensejar a dispensa.
- Duplicidade de punição: esse é um requisito negativo. Deverá estar ausente, pois não
pode haver duplicidade de punição.
O rol do art. 482 da CLT, que dispõe os casos que constituem falta grave, é taxativo.
Se empregador cometer falta grave, o empregado poderá entrar com ação de rescisão
indireta – comprovada a falta do patrão, o empregado terá direito a receber tudo o que
receberia em uma dispensa sem justa causa:
- aviso-prévio indenizado e sua projeção;
- 13º salário proporcional;
- férias vencidas e proporcionais com 1/3;
- FGTS com a multa de 40%.
Caso o empregado esteja em gozo de estabilidade provisória, ainda fará jus aos salários e
demais prestações vincendas até o término final do período de estabilidade.
Exceção: Nos casos previstos no artigo 483, §1º (para atender obrigações legais) e §2º
(morte do empregador) não se trata de justa causa, e sim motivo justificado. Desta forma, o
empregado pode rescindir o contrato, porém não recebe a multa de 40% do FGTS.
6 - Distrato
Tipo de término do contrato bastante raro e que supõe decisão judicial a respeito, no quadro
de um processo trabalhista. Neste caso, tanto o empregado como o empregador
concorreram para a ruptura do contrato de trabalho. Está previsto no artigo 484, da CLT.
Nestes casos, as verbas rescisórias devidas são as mesmas previstas na dispensa sem
justa causa (aviso-prévio indenizado e sua projeção, 13º salário proporcional, férias
integrais e proporcionais com 1/3, FGTS com acréscimo de 40%).
Porém, se o fechamento da empresa ou do estabelecimento se deu por motivo de força
maior, as verbas rescisórias serão diferenciadas. O empregado terá as respectivas
indenizações reduzidas à metade (férias proporcionais com 1/3, 13º. Salário e aviso prévio
indenizado). O acréscimo de 40% sobre os valores do FGTS também reduz à metade
(20%).
9 - Morte do Empregado
No caso de morte do empregador pessoa física ou empresa individual, nem sempre há o fim
do empreendimento socioeconômico, o qual poderá ser mantido em funcionamento pelos
respectivos herdeiros. Desta forma, há três situações possíveis:
a) O empregado continua trabalhando para os herdeiros, não produzindo nenhum efeito
rescisório.
b) Se a morte do empregador implicar no efetivo fim do empreendimento, provocará
automaticamente a extinção do contrato de trabalho, enquadrando-se no grupo de fatores
extintivos da empresa. Nesta linha, seriam devidas as seguintes parcelas: aviso-prévio
indenizado e sua projeção, 13º salário proporcional, férias vencidas e proporcionais com
1/3, FGTS COM acréscimo de 40%.
c) A morte do empregador pessoa física ou empresa individual faculta ao empregado dar
por terminado o contrato, mesmo que os herdeiros permaneçam com o empreendimento.
Neste caso, fará jus ao 13º salário proporcional, férias vencidas e proporcionais com 1/3,
FGTS (poderá sacar) mas SEM a multa de 40%. Não precisará cumprir o aviso-prévio.
11 - Aposentadoria
Se o empregado parar
Como a aposentadoria não é causa para extinção do contrato, deverá ocorrer uma rescisão
por iniciativa do empregado ou do empregador, ou seja, pedido de demissão ou rescisão
sem justa causa. No termo de rescisão do contrato de trabalho deverá constar uma dessas
causas de afastamento.
Se continuar trabalhando
Neste caso o empregado não recebe verbas rescisórias, pois a aposentadoria não é causa
de extinção do contrato. Não haverá anotação de baixa do contrato em sua CTPS.
Poderá movimentar a conta do FGTS não por conta de rescisão contratual (que não houve),
mas em razão da aposentadoria, devendo, neste caso, utilizar-se dos documentos
fornecidos pelo INSS.
Outra novidade trazida pela Reforma Trabalhista consiste na possibilidade de, nos contratos
individuais de trabalho, as partes (empregado e empregador) firmarem um termo de
quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o Sindicato da respectiva categoria, com
eficácia liberatória, conforme previsto no artigo 507-B, da CLT: