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DIREITO DO TRABALHO

PROFESSOR: REGINALDO MESSAGGI


E-MAIL: reginaldo.messaggi@unisul.br
regimessaggi@hotmail.com

AULA 10

EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

O término do contrato de trabalho é um marco importante, nem sempre positivo, para as


partes envolvidas (empregado e empregador) e para a sociedade em geral.

A forma como ele se encerra, por iniciativa do trabalhador, do patrão, ou ainda, de ambos,
se ela tem motivo justo ou é desmotivada, se por vontade das partes ou alheia a elas, tudo
isso influencia nos direitos e deveres do empregado e do empregador.

Com o fim do contrato de trabalho, muitas vezes, surge a figura do desemprego, que em
grande escala prejudica o crescimento do país, a qualidade de vida da sociedade, a
segurança e a paz social.

Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá


proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social,
comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o
pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma
estabelecidos neste artigo.
§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que
seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter
especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e
discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas,
relativamente às mesmas parcelas.
§ 4o O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado:
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme
acordem as partes; ou (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for
analfabeto. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o
parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de
remuneração do empregado. (Redação dada pela
Lei nº 5.584, de 26.6.1970)
§ 6o A entrega ao empregado de documentos que comprovem a
comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem
como o pagamento dos valores constantes do instrumento de
rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias
contados a partir do término do contrato. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017)
a) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
b) (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o
infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao
pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao
seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN,
salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
§ 9º (vetado). (Incluído pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989)
§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de Trabalho e
Previdência Social é documento hábil para requerer o benefício do
seguro-desemprego e a movimentação da conta vinculada no Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, desde que a
comunicação prevista no caput deste artigo tenha sido realizada.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou


coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo
necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de
celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho
para sua efetivação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

1 - Extinção dos Contratos por Tempo Determinado

Extinção Normal: O contrato por prazo determinado termina pela sua execução integral.
Nesse caso, o empregado:

- não recebe indenização (multa de 40% do FGTS);


- não há aviso prévio a ser pago;
- recebe as férias vencidas e proporcionais, com 1/3;
- recebe o 13.º proporcional;
- terá direito a levantar o FGTS (Lei n. 8.036/90).

Extinção Anormal: Neste caso há a extinção antecipada do contrato (antes da data


prevista para o final do contrato), sem justa causa e por exercício da vontade do
empregador ou do empregado, ou ainda, por motivo de força maior:

• Por vontade do empregador – Neste caso a indenização é prefixada, ou seja, o


montante do dano já está tarifado. O empregador pagará ao empregado a metade do valor
da remuneração a que teria direito até o termo do contrato.

Desta forma, o empregado teria direito às verbas devidas se o contrato se encerrasse


normalmente na data fixada:
- férias vencidas e proporcionais + 1/3;
- 13º proporcional;
- saque do FGTS, com o acréscimo de 40%;
- mais esta indenização (metade da remuneração que receberia até o final do contrato);
- não tem aviso-prévio.

• Por vontade do empregado – Neste caso, o valor da indenização é limitado, porém não é
prefixado, muito menos tarifado. O empregado pagará ao empregador o valor do prejuízo
que este provar ter sofrido, até o limite da indenização presente no art. 479 (metade do
valor das remunerações que teria direito até a data prevista para o final do contrato).
Também há a limitação do valor a ser recebido na rescisão contratual.

Assim, terá direito apenas:


- 13º salário proporcional;
- férias proporcionais com 1/3;
- descontando-se a indenização devida ao empregador;
- não tem aviso-prévio;
- não saca o FGTS e não tem a multa de 40%.

Porém, tais contratos podem ter a cláusula assecuratória de ruptura antecipada do contrato,
e neste caso, as verbas rescisórias seguem as regras dos contratos por tempo
indeterminado (não havendo as multas previstas nos artigos 479 e 480 da CLT).

• O art. 502 da CLT dispõe para o caso de extinção antecipada por força maior, que o
empregador pague a indenização tarifada do artigo 479, reduzida à metade do seu valor
(Ou seja, metade dos 50% dos salários a que teria direito até o final do contrato). Caso seja
comprovada a inverdade das alegações de força maior, é garantido o complemento da
indenização já percebida.

Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento


inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização
do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.
§ 1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior.
§ 2º - À ocorrência do motivo de força maior que não afetar
substancialmente, nem for suscetível de afetar, em tais condições, a
situação econômica e financeira da empresa não se aplicam as
restrições desta Lei referentes ao disposto neste Capítulo.

Art. 502 - Ocorrendo motivo de força maior que determine a


extinção da empresa, ou de um dos estabelecimentos em que
trabalhe o empregado, é assegurada a este, quando despedido,
uma indenização na forma seguinte:
(...)
II - não tendo direito à estabilidade, metade da que seria devida em
caso de rescisão sem justa causa;
III - havendo contrato por prazo determinado, aquela a que se refere
o art. 479 desta Lei, reduzida igualmente à metade.

Art. 504 - Comprovada a falsa alegação do motivo de força maior, é


garantida a reintegração aos empregados estáveis, e aos não-
estáveis o complemento da indenização já percebida, assegurado a
ambos o pagamento da remuneração atrasada.

2 - Extinção do Contrato por Decisão do Empregado (Pedido de Demissão)

Caso o empregado peça demissão, deverá conceder o aviso prévio ao empregador. Caso
não o conceda, o empregador poderá descontar o valor do aviso prévio.

O empregado, neste caso, fará jus a:


- 13º proporcional;
- férias integrais e proporcionais com 1/3;
- O empregado não terá direito ao acréscimo de 40%, nem poderá movimentar a conta do
FGTS.

3 - Extinção do Contrato por Decisão do Empregador – Dispensa Sem Justa Causa

A dispensa é poder do empregador.

Caso o empregador encerre o contrato de trabalho, sem justa causa, deverá conceder o
aviso-prévio ao empregado. O aviso-prévio poderá ser trabalhado ou indenizado. O
empregado poderá ficar trabalhando por trinta dias (no mínimo), recebendo salário, tendo
direito a redução de duas horas diárias ou sete dias corridos. Porém, o empregador poderá
optar por pagar (indenizar) o aviso-prévio, dispensando o empregado imediatamente, desde
que pague o valor correspondente.

A indenização prevista no art. 7º, inciso I, da Constituição é a multa de 40% sobre os


valores depositados na conta do FGTS do empregado.

Neste caso o empregado terá direito:


- além do aviso-prévio e sua projeção correspondente;
- 13º salário proporcional;
- férias integrais e proporcionais com 1/3 e;
- FGTS com acréscimo de 40%.

4 - Extinção do Contrato por Decisão do Empregador – Dispensa Por Justa Causa

Trata-se da dispensa por falta grave.

Para se caracterizar a dispensa por justa causa, devem ser preenchidos os seguintes
requisitos:
- Imediatividade: a dispensa deverá ser imediata, caso contrário, estará caracterizado o
perdão.
- Gravidade: a falta deve ser grave o bastante para ensejar a dispensa.
- Duplicidade de punição: esse é um requisito negativo. Deverá estar ausente, pois não
pode haver duplicidade de punição.

O rol do art. 482 da CLT, que dispõe os casos que constituem falta grave, é taxativo.

Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de


trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão
do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa
para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso
não tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas
contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para
o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do
empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de
empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito
administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. (Incluído
pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966)
O empregado somente terá direito à:
- baixa na CTPS e entrega do termo de rescisão;
- saldo de salário e;
- férias simples (vencidas) com 1/3;
- não há aviso-prévio;
- não há multa de 40% ou direito de movimentação a conta do FGTS.

5 - Rescisão Indireta do Contrato de Trabalho (Justa Causa do Empregador)

Está prevista no art. 483 da CLT.

Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e


pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por
lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos
com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável; (diz respeito ao
empregador que não adota medidas de proteção aos riscos).
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; (atraso
salarial, não conceder férias).
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas
de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou
tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou
rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações
legais, incompatíveis com a continuação do serviço.
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa
individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de
trabalho.
§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado
pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das
respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final
decisão do processo. (Incluído pela Lei nº 4.825, de 5.11.1965)

Se empregador cometer falta grave, o empregado poderá entrar com ação de rescisão
indireta – comprovada a falta do patrão, o empregado terá direito a receber tudo o que
receberia em uma dispensa sem justa causa:
- aviso-prévio indenizado e sua projeção;
- 13º salário proporcional;
- férias vencidas e proporcionais com 1/3;
- FGTS com a multa de 40%.
Caso o empregado esteja em gozo de estabilidade provisória, ainda fará jus aos salários e
demais prestações vincendas até o término final do período de estabilidade.

Exceção: Nos casos previstos no artigo 483, §1º (para atender obrigações legais) e §2º
(morte do empregador) não se trata de justa causa, e sim motivo justificado. Desta forma, o
empregado pode rescindir o contrato, porém não recebe a multa de 40% do FGTS.

6 - Distrato

Corresponde à resilição bilateral do contrato. O distrato era juridicamente possível, porém


na prática ela seria inviável. Trata-se da possibilidade dos sujeitos envolvidos – empregado
e empregador – porem fim, de forma consensual ao contrato.

Em razão da irrenunciabilidade da maioria dos direitos trabalhistas, um acordo informal


realizado entre as partes para rompimento do contrato, para ter validade, deveria ser
precedido do pagamento de todas as verbas rescisórias próprias à dispensa sem justa
causa.

Porém, atualmente, com a Reforma Trabalhista, o instituto do Distrato ficou possível,


conforme artigo 484-A, da CLT:

Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo


entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as
seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - por metade: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) o aviso prévio, se indenizado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio
de 1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a
movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da
Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por
cento) do valor dos depósitos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste
artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

7 - Ruptura do Contrato de Trabalho por Culpa Recíproca

Tipo de término do contrato bastante raro e que supõe decisão judicial a respeito, no quadro
de um processo trabalhista. Neste caso, tanto o empregado como o empregador
concorreram para a ruptura do contrato de trabalho. Está previsto no artigo 484, da CLT.

Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a


rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a
indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do
empregador, por metade.

Neste caso as verbas rescisórias (aviso-prévio indenizado, 13º proporcional e férias


proporcionais com 1/3) serão reduzidas pela metade, bem como a multa de 40% sobre o
FGTS (passando para 20%).

8 - Extinção da Empresa ou do Estabelecimento

Trata-se de ruptura do contrato de trabalho em virtude de fechamento da empresa ou de


estabelecimento da empresa em certa localidade.

Nestes casos, as verbas rescisórias devidas são as mesmas previstas na dispensa sem
justa causa (aviso-prévio indenizado e sua projeção, 13º salário proporcional, férias
integrais e proporcionais com 1/3, FGTS com acréscimo de 40%).
Porém, se o fechamento da empresa ou do estabelecimento se deu por motivo de força
maior, as verbas rescisórias serão diferenciadas. O empregado terá as respectivas
indenizações reduzidas à metade (férias proporcionais com 1/3, 13º. Salário e aviso prévio
indenizado). O acréscimo de 40% sobre os valores do FGTS também reduz à metade
(20%).

9 - Morte do Empregado

Com a morte do empregado há a extinção automática da relação de emprego. Neste caso


não incidirão as verbas rescisórias devidas na despedida injusta. O empregador deverá
pagar ao espólio apenas o 13º salário proporcional, férias vencidas e proporcionais com 1/3
e o FGTS SEM a multa de 40%. Porém, os valores do FGTS poderão ser sacados aos
dependentes previdenciários do falecido.

Não ensejarão indenizações rescisórias (art. 479, CLT), nem aviso-prévio.

Todavia, se a morte do empregado tiver sido provocada culposamente pelo empregador


(acidente de trabalho, por exemplo), a solução jurídica tende a ser distinta. Neste caso
ensejarão as verbas rescisórias previstas para o caso de rescisão indireta (justa causa do
empregador).

10 - Morte do Empregador-Pessoa Natural ou Empresa Individual

No caso de morte do empregador pessoa física ou empresa individual, nem sempre há o fim
do empreendimento socioeconômico, o qual poderá ser mantido em funcionamento pelos
respectivos herdeiros. Desta forma, há três situações possíveis:
a) O empregado continua trabalhando para os herdeiros, não produzindo nenhum efeito
rescisório.
b) Se a morte do empregador implicar no efetivo fim do empreendimento, provocará
automaticamente a extinção do contrato de trabalho, enquadrando-se no grupo de fatores
extintivos da empresa. Nesta linha, seriam devidas as seguintes parcelas: aviso-prévio
indenizado e sua projeção, 13º salário proporcional, férias vencidas e proporcionais com
1/3, FGTS COM acréscimo de 40%.
c) A morte do empregador pessoa física ou empresa individual faculta ao empregado dar
por terminado o contrato, mesmo que os herdeiros permaneçam com o empreendimento.
Neste caso, fará jus ao 13º salário proporcional, férias vencidas e proporcionais com 1/3,
FGTS (poderá sacar) mas SEM a multa de 40%. Não precisará cumprir o aviso-prévio.

11 - Aposentadoria

- Por tempo de serviço.


- Por idade.

Atualmente, não é considerada causa de rescisão contratual.

Desta forma, o empregado poderá parar ou continuar trabalhando.

Se o empregado parar

Como a aposentadoria não é causa para extinção do contrato, deverá ocorrer uma rescisão
por iniciativa do empregado ou do empregador, ou seja, pedido de demissão ou rescisão
sem justa causa. No termo de rescisão do contrato de trabalho deverá constar uma dessas
causas de afastamento.
Se continuar trabalhando

Neste caso o empregado não recebe verbas rescisórias, pois a aposentadoria não é causa
de extinção do contrato. Não haverá anotação de baixa do contrato em sua CTPS.

Poderá movimentar a conta do FGTS não por conta de rescisão contratual (que não houve),
mas em razão da aposentadoria, devendo, neste caso, utilizar-se dos documentos
fornecidos pelo INSS.

12 - Quitação anual de obrigações trabalhistas

Outra novidade trazida pela Reforma Trabalhista consiste na possibilidade de, nos contratos
individuais de trabalho, as partes (empregado e empregador) firmarem um termo de
quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o Sindicato da respectiva categoria, com
eficácia liberatória, conforme previsto no artigo 507-B, da CLT:

Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do


contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações
trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas
mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com
eficácia liberatória das parcelas nele especificadas. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

No início, o entendimento era de que apenas empregados com remuneração superior a


duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, poderiam fazer tal quitação anual. Atualmente, o entendimento
majoritário é de que todos os empregados, independentemente do valor da remuneração,
podem fazer a quitação anual.

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