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DIREITO DO TRABALHO

PROFESSOR: REGINALDO MESSAGGI


E-MAIL: reginaldo.messaggi@unisul.br
regimessaggi@hotmail.com

AULA 09

SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Fundamento da figura jurídica da suspensão e da interrupção do contrato: necessidade de


ausências e afastamentos do empregado.

A relação de emprego, desenvolvendo-se como de trato sucessivo, sujeita-se a uma série


de vicissitudes, de modo que seria quase impossível ao empregado sempre trabalhar.

Um dos princípios do Direto do Trabalho é o da Continuidade da Relação. Não se estaria


atendendo tal princípio se, cada vez que o empregado precisasse se afastar, pelas
surpresas da vida, o contrato fosse dado como encerrado.

Assim criaram-se situações que, mesmo o empregado estando afastado do trabalho seu
contrato não se extingue.

Suspensão do contrato – paralisação temporária e total da execução e dos efeitos do


contrato de trabalho. O empregado não trabalha, temporariamente são suspensas as
obrigações e os direitos. #Não há trabalho; # Não há salário; # Não há contagem de
tempo de serviço. O tempo de serviço que não é contado quando o contrato está
suspenso é aquele para efeitos trabalhistas – p. ex., período aquisitivo de férias). Embora o
contrato esteja suspenso (execução e efeitos) permanecem algumas obrigações às partes,
como, por exemplo, o dever de lealdade contratual.

Interrupção do contrato – paralisação temporária e parcial da execução do contrato,


porém há a produção de alguns efeitos. Não há trabalho, mas o contrato segue produzindo
alguns efeitos, ou seja, há pagamento de salário (embora não haja prestação de serviço) e
há contagem de tempo de serviço.

OBSERVAÇÕES:

A) As causas determinantes da suspensão e da interrupção do Contrato de trabalho devem


ser temporárias, se a causa não é de caráter transitório, nada justifica a conservação do
vínculo contratual.

B) As hipóteses determinantes da suspensão e da interrupção, de um modo geral, estão


previstas em lei, como normas de caráter imperativo, porém nada impede que novas
causas venham a ser criadas pela vontade das partes contratantes, só que, neste caso, o
objetivo deve ser o interesse do empregado.

C) As partes podem também transformar as suspensões legais em interrupção basta que


fique acordado o pagamento de salário.
CAUSAS DE SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

CLT
Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas,
por ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência,
tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa.

A corrente majoritária entende que o prazo para retorno, cessada a causa motivadora da
suspensão, é de 30 dias, por analogia à Súmula 32, TST.

SÚMULA 32, TST - ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) -


Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar
ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício
previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.

CAUSAS “ATÍPICAS DE SUSPENSÃO DO CONTRATO”/ “HIPÓTESES ESPECIAIS DE


SUSPENSÃO”

Aqui embora não haja prestação de serviço, nem pagamento de salário, há contagem do
tempo de serviço para determinados fins, por isso são chamadas de causas especiais ou
atípicas de suspensão, já que na suspensão contratual “típica” não há contagem de tempo
de serviço para nenhum fim.

1 - Serviço Militar Obrigatório

Art. 4º, §1º, CLT.

Art. 4º (...)
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para
efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o
empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço
militar e por motivo de acidente do trabalho. (Redação
dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Este período de afastamento não é remunerado pelo empregador. Há contagem de


tempo para efeito de indenização e estabilidade. Há depósitos do FGTS (Decreto
99.684/90, art. 28).

Art. 28. 0 depósito na conta vinculada do FGTS é obrigatório


também nos casos de interrupção do contrato de trabalho prevista
em lei, tais como:
I - prestação de serviço militar;
II - licença para tratamento de saúde de até quinze dias;
III - licença por acidente de trabalho;
IV - licença à gestante; e
V - licença-paternidade.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a base de cálculo será
revista sempre que ocorrer aumento geral na empresa ou na
categoria profissional a que pertencer o trabalhador.

Empregador não pode despedir o empregado enquanto durar a suspensão do contrato.


Quanto às férias, se após prestar o serviço militar o empregado retornar ao trabalho,
terá direito ao cômputo do tempo anterior ao afastamento no período aquisitivo de
férias (art. 132 CLT). O engajamento definitivo na carreira militar extingue o contrato.
2 - Acidente de Trabalho (e doenças ocupacionais) – Afastamento do empregado a partir
do 16º dia, causado por acidente do trabalho ou doença profissional (situações equiparadas
pela Lei Trabalhista e Previdenciária).

Art. 4º, §1º e 476, da CLT.

Art. 4º (...)
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para
efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o
empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar
e por motivo de acidente do trabalho. (Redação dada
pela Lei nº 13.467, de 2017)

Art. 476 - Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o


empregado é considerado em licença não remunerada, durante o
prazo desse benefício.

Há contagem de tempo para efeito de indenização e estabilidade. Há depósitos do FGTS.


Empregador não pode despedir o empregado enquanto durar a suspensão do contrato.

Cessado o auxílio-doença acidentário, com o retorno do empregado ao trabalho, este tem


um ano de estabilidade – artigo 118, Lei 8213/91:

Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida,


pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato
de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença
acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

CAUSAS DE SUSPENSÃO DO CONTRATO (TÍPICAS).

1 - Mandato Sindical – art. 543, parágrafo 2º, CLT.

Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical


ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação
coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções,
nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne
impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
(...)
§ 2º - Considera-se de licença não remunerada, salvo
assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o
empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a
que se refere este artigo.

Se o empregado continuar normalmente exercendo suas funções na empresa não há que


se falar em suspensão do contrato.

2 - Suspensão Disciplinar – poder disciplinar do empregador de punir faltas cometidas


pelo empregado. Afastamento do empregado sem pagamento de salário.

Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias


consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.
3 - Greve – Lei n.º 7.783/89 – Lei de greve.

Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação


em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações
obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo,
convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho
durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores
substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts.
9º e 14.

Observadas as condições impostas pela Lei, a greve é legal e suspende o contrato de


trabalho, porém o instrumento que põe fim a greve pode dispor de forma diversa.

4 - Auxílio Doença – art. 476, CLT.

Art. 476 - Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o


empregado é considerado em licença não remunerada, durante o
prazo desse benefício.

Seguro-doença e auxílio-enfermidade são termos substituídos por auxílio-doença pela Lei


nº 8.213/91.

Os primeiros 15 dias de doença são remunerados pelo empregador e por isso ocorre
interrupção do contrato; a partir daí o ônus passa para a Previdência Social (Lei nº
8.213/91, art. 60 e D. 3.048/99). Temos, então, suspensão do Contrato de Trabalho.

5 - Aposentadoria por Invalidez – Lei nº 8.213/91, art. 42 e art. 475, CLT.

Art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terá


suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas
leis de previdência social para a efetivação do benefício.

Desta forma, enquanto o empregado estiver recebendo benefício previdenciário de


Aposentadoria por Invalidez estará com seu contrato de trabalho suspenso e, o empregador
só poderá efetuar a baixa do contrato de trabalho (extinguir o contrato) desse empregado,
via de regra, com a sua morte.

6 - Encargo Público de “longa duração” – exemplo: afastamento para cumprir mandato


político eletivo (artigo 472, caput) – enquadram-se como suspensão do contrato de trabalho.

Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências


do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá
motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por
parte do empregador.

7 - Prisão Provisória do Empregado - (não se confunde com o caso do artigo 482, alínea
“d”, da CLT que permite a dispensa por justa da causa do empregado – “condenação
criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da
execução da pena”). É causa de suspensão do contrato de trabalho e não do seu
rompimento motivado.

Causas suspensivas e contratos a termo – artigo 472, parágrafo 2º, CLT – “Nos
contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes
interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação”.

As causas suspensivas do contrato podem prorrogar o vencimento do pacto laboral,


estendendo seu termo final à data do retorno obreiro ao serviço.

CAUSAS DE INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

1 - Faltas justificadas – podem ser justificadas em decorrência da Lei (art. 473, da CLT);
da norma coletiva; do regulamento da empresa; do próprio contrato de trabalho.

Aqui estariam presentes alguns encargos públicos de “curta duração” (como, por exemplo,
se alistar eleitor – art. 473, V, CLT) que se caracterizam como interrupção do contrato de
trabalho porque se tratam de faltas justificadas pela Lei.

Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço


sem prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do
cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada
em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua
dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da
primeira semana; (A licença-paternidade é de 05 dias, conforme § 1º
do art. 10 do ADCT)
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de
doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar
eleitor, nos termos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências
do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375,
de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas
de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino
superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que
comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de
representante de entidade sindical, estiver participando de reunião
oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e
exames complementares durante o período de gravidez de sua
esposa ou companheira; (Incluído dada pela Lei nº 13.257,
de 2016)
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis)
anos em consulta médica. (Incluído dada pela Lei nº
13.257, de 2016)
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em
caso de realização de exames preventivos de câncer
devidamente comprovada. (Incluído pela Lei nº 13.767, de
2018)

Outras faltas justificadas:

- As faltas do professor, no decurso de 09 dias, decorrentes de gala ou luto em


conseqüência do falecimento do cônjuge, pai ou mãe, ou de filho (§ 3º do art. 320 da CLT);

Art. 320 - A remuneração dos professores será fixada pelo número


de aulas semanais, na conformidade dos horários.
(…)
§ 3º - Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas
verificadas por motivo de gala ou de luto em conseqüência de
falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho.

- Abonadas por atestado médico da empresa, de convênio médico firmado pela empresa ou
de médico da Previdência Social, exigindo-se essa ordem para a validade do atestado
médico ( § 4º do art. 60 da Lei 8.213/91 e Súmulas 15 e 282 do C. TST);

Art. 60.
(...)
§ 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em
convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas
correpondentes ao período referido no § 3º, somente devendo
encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social
quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.

SÚMULA 15, TST - ATESTADO MÉDICO (mantida) - Res. 121/2003,


DJ 19, 20 e 21.11.2003
A justificação da ausência do empregado motivada por doença, para
a percepção do salário-enfermidade e da remuneração do repouso
semanal, deve observar a ordem preferencial dos atestados
médicos estabelecida em lei.

SÚMULA 282, TST - ABONO DE FALTAS. SERVIÇO MÉDICO DA


EMPRESA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Ao serviço médico da empresa ou ao mantido por esta última
mediante convênio compete abonar os primeiros 15 (quinze) dias de
ausência ao trabalho.

- Nos dias em que as testemunhas tiverem que comparecer em juízo para prestarem
depoimentos na Justiça do Trabalho, quando devidamente convocadas ou arroladas (art.
822 da CLT), o mesmo acontecendo na Justiça Comum (parágrafo único do art. 463 do
CPC);

Art. 822, CLT - As testemunhas não poderão sofrer qualquer


desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu
comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou
convocadas.

Art. 463, Código de Processo Civil. O depoimento prestado em


juízo é considerado serviço público.
Parágrafo único. A testemunha, quando sujeita ao regime da
legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à audiência,
perda de salário nem desconto no tempo de serviço.

- O jurado sorteado para comparecimento às sessões de júri( art. 441 do Código de


Processo Penal);

Art. 441. Nenhum desconto será feito nos vencimentos ou salário


do jurado sorteado que comparecer à sessão do júri.
- As horas em que a parte comparece ao foro trabalhista, face a necessidade de tal
comparecimento (Súmula 155 do C. TST).

SÚMULA 155, TST - AUSÊNCIA AO SERVIÇO (mantida) - Res.


121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
As horas em que o empregado falta ao serviço para comparecimento
necessário, como parte, à Justiça do Trabalho não serão
descontadas de seus salários (ex-Prejulgado nº 30).

2 - Doença ou acidente de trabalho até 15 dias – doença ou acidente de trabalho que


impeça o empregado de trabalhar - período de afastamento inferior ou igual a 15 dias será
pago pelo empregador.

Lei 8.213/91
Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a
contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no
caso dos demais segurados, a contar da data do início da
incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. (Redação dada
pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
(...).
§ 3o Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do
afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à
empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
(...)

3 - Repousos Remunerados – A) Descanso Semanal e Feriados. B) Férias.

4 - Licença Gestante – (a maioria da doutrina enquadra a causa como sendo de


interrupção contratual, embora exista quem entende ser de suspensão, já que não há
pagamento de salário pelo empregador, mas benefício pela Previdência) - período de 120
dias que a mãe tem de afastamento das suas atividades laborais para acompanhar os
primeiros meses de vida do filho. A norma constitucional dispõe que a mulher terá 120 dias
de licença sem prejuízo do emprego e do salário, daí se considerar que, mesmo sendo o
“salário maternidade pago pelo INSS”, há nesse período interrupção do contrato, porque o
tempo de serviço conta para todos os fins (gratificações, se houver; 13º salário; período
aquisitivo de férias; mantém-se as parcelas que não sejam salário condição; mesmo quanto
a essas se forem habituais, mantém-se a obrigação).

Em caso de aborto não criminoso/espontâneo também se considera interrupção do contrato


de trabalho.

Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por


atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2
(duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à
função que ocupava antes de seu afastamento.

Há a possibilidade de um acréscimo de 60 dias à licença-maternidade, chegando a 180


dias. Esta possibilidade surgiu com a Lei nº 11.770/2008. Para tanto, é necessário que o
empregador adira ao Programa Empresa Cidadã, criado pela citada lei, dando-lhe direito a
incentivo fiscal. A referida lei também instituiu a licença de 180 dias no âmbito das entidades
da administração pública direta, indireta e fundacional.

5 - Aviso prévio. As duas horas que o empregado urbano sai mais cedo para procurar
emprego ou os sete dias de dispensa ao trabalho, no período do aviso prévio (art. 488,
CLT), configuram-se em causas interruptivas do contrato de trabalho.

Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o


prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo
empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem
prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a
redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em
que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1
(um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na
hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação.

OBS.: Licença Remunerada para realização de curso – se a licença é remunerada trata-


se de causa de interrupção do contrato. A questão é: concedida a licença remunerada para
o empregado frequentar curso, é permitido ao empregador exigir-lhe a prestação de
serviços por um determinado prazo após a conclusão do curso, ou o procedimento implica
violação à liberdade de trabalho? TST entende ser possível a exigência.

SUSPENSÃO DO CONTRATO PARA INSTAURAÇÃO DE AÇÃO (Inquérito) PARA


APURAÇÃO DE FALTA GRAVE – Artigo 494, CLT (suspensão preventiva e não punitiva).

Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser


suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará
efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da
acusação.
Parágrafo único - A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a
decisão final do processo.

5.1) Procedência da Ação – empregado cometeu falta grave. Rescisão do contrato de


trabalho - suspensão..

5.2) Improcedência da Ação – empregado não cometeu falta grave. Reintegração com
pagamento dos salários do período – interrupção.

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