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DIREITO DO TRABALHO

Extinção do Contrato XIII


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EXTINÇÃO DO CONTRATO XIII

FALTA COMETIDA DURANTE O AVISO PRÉVIO

CLT
Art. 490. O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que
justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspon-
dente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida.

Obs.: logo, isso significa que, neste tipo de circunstância, o empregado irá parar de prestar
imediatamente o serviço, sem dar seguimento ao resto do prazo de aviso prévio es-
tipulado, mas sendo indenizado pelo mesmo.

Art. 491. O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consi-
deradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo.

Súmula n. 73 do TST

DESPEDIDA. JUSTA CAUSA (nova redação) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A


ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso
prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisó-
rias de natureza indenizatória.
5m

Obs.: na questão do abandono de emprego, onde há mais de 30 dias de faltas injustifica-


das, fica salva a exceção pois o número máximo que este empregado iria trabalhar é
de 30 dias, tornando qualquer disposição em contrário irrelevante para a concretiza-
ção desta infração.

(...) RECURSO DE REVISTA DO BANCO DO BRASIL S.A. (...) Frise-se que, do ponto
de vista jurídico, no período de pré-aviso, permanecem inalteradas algumas importan-
tes obrigações das partes, inclusive a lealdade contratual, podendo inclusive ocorrer
infração trabalhista por qualquer das partes, apta a transmudar a resilição contratual em
resolução culposa do pacto empregatício, ou seja, a dispensa injusta ou o pedido de demis-
são em ruptura por justa causa de uma das partes (arts. 490 e 491 da CLT e Súmula n.
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73/TST). (...) (ARR – 1099-02.2011.5.02.0046, Relator Ministro: Maurício Godinho Delgado,


3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 15/04/2016).

Obs.: tanto para empregador quanto empregado, durante o aviso prévio, ambos ainda es-
tão sob contrato e não podem cometer infrações.

FORMALIDADES RESCISÓRIAS

CLT
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Car-
teira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o
pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada
pela Lei n. 13.467, de 2017)

HOMOLOGAÇÃO RESCISÓRIA

CLT – Antes da Reforma Trabalhista

Art. 477.
§ 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, fir-
mado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com
a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e
Previdência Social.

Obs.: portanto, nesses casos, era necessária a homologação rescisória.

§ 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assis-
tência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor
Público e, na falta ou impedimento dêste, pelo Juiz de Paz.
10m

Obs.: este cria alternativas para que se obtivesse a homologação.

§ 7º O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador
e empregador.

Obs.: a Reforma Trabalhista revoga os §§ 1º, 3º e 7º, da CLT, não havendo mais a neces-
sidade de se tratar de homologação rescisória na maioria dos casos.
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A homologação da rescisão ainda existe quando se trata de trabalhador detentor


de estabilidade

CLT
Art. 500. O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistên-
cia do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério
do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho.

Obs.: logo, nestas ocasiões, a rescisão só será válida se ocorrer a homologação da mesma.

GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE DEMISSÃO. AUSÊNCIA DE


HOMOLOGAÇÃO DO SINDICATO. O entendimento desta Corte é de que o requisito previsto
no artigo 500 da CLT constitui norma cogente, encerrando um dever e não uma faculdade.
Assim, nos termos do disposto nos artigos 500 da CLT e 10, II, b, do ADCT, não há como
dispensar a assistência sindical, devida pelo prisma da garantia de emprego à gestante.
Precedentes da SBDI-1 e de todas as Turmas deste Tribunal. Recurso de revista conhecido
e provido (RR-656- 03.2019.5.12.0043, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de
Carvalho, DEJT 28/05/2021).

Obs.: as gestantes possuem estabilidade desde a concepção até cinco meses após o par-
to. Se a homologação não ocorrer, o TST irá afastar o pedido de demissão e consi-
derar uma demissão sem justa causa.

GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ART. 10, II, “b”, DO ADCT. CONTRATO DE


TRABALHO INFERIOR A UM ANO. INOBSERVÂNCIA DO REQUISITO IMPOSTO PELO
ART. 500 DA CLT. IMPRESCINDIBILIDADE. NORMA DE ORDEM PÚBLICA. DIREITO
INDISPONÍVEL. PEDIDO DE DEMISSÃO. NULIDADE. Nos termos do art. 10, II, “b”, do
ADCT, é assegurada à gestante garantia provisória no emprego, de modo que esta Corte
entende que o seu pedido de demissão só será válido quando feito com a assistência do
sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho
ou da Justiça do Trabalho, conforme estabelece o art. 500 da CLT, independentemente da
duração do contrato de trabalho. Na hipótese, tendo o Tribunal Regional consignado que
o pedido de demissão da Autora foi realizado sem a indispensável assistência sindical
(CLT, art. 500), desnecessário investigar a existência de vício de consentimento no ato
de rompimento do contrato de trabalho. É que a assistência sindical é requisito formal
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preliminar, que, naturalmente, deve ser examinado anteriormente ao próprio vício de


consentimento, independentemente de eventual desrespeito ao postulado inscrito no
aludido dispositivo da CLT ser levantado pela parte interessada (no caso, a Recla-
mante). Trata-se, em verdade, de questão de ordem pública, envolvendo direito indis-
ponível e, por conseguinte, irrenunciável, cuja observância pode e deve ser verificada
pelas instâncias ordinárias, sob pena de violação ao art. 10, II, “b”, do ADCT; e 500 da
CLT, além de contrariedade à Súmula n. 244 do TST. Recurso de revista conhecido e pro-
vido (RR-101966- 50.2016.5.01.0015, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado,
DEJT 07/05/2021).
15m

QUITAÇÃO RESCISÓRIA

CLT
Art. 477. (...)
§ 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de
dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e
discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas.

Obs.: logo, entende-se que os valores descritos no TRCT foram pagos em relação a cada
uma das suas parcelas, quitando o saldo de salário. Esta questão gerou muita con-
fusão, o que fez com que o TST criasse uma Súmula para explicá-la.

Súmula n. 330 do TST

QUITAÇÃO. VALIDADE (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A quitação


passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empre-
gador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem efi-
cácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo
se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.
20m
I – A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conse-
quentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo.
II – Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de
trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo
de quitação.
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CLT – Reforma Trabalhista

Art. 477. (...)


§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado:
I – em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem as partes; ou
II – em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for analfabeto.

Obs.: é preciso cuidado com o menor trabalhador. De acordo com o CLT, Art. 439: “É
lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de
rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem
assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento
da indenização que lhe for devida.”
25m

DIRETO DO CONCURSO
1. (VUNESP/2019/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/
PROCURADOR) De acordo com os moldes e termos contidos na CLT, assinale se a
alternativa correta.
Na extinção do contrato de trabalho, o pagamento a que fizer jus o empregado será
efetuado em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, quando esse for analfabeto.

COMENTÁRIO
Quando se trata de analfabeto, não há a possibilidade de cheque visado.

GABARITO
1. E

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor José Gervásio Meireles.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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