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02 (FGV – OAB XIV EXAME – 2014) O novo prefeito de Tribobó do Oeste decidiu
contratar quatro coveiros para o cemitério público da cidade, o que fez diretamente pelo
regime celetista, sem a realização de concurso público. Após um ano de trabalho, os
coveiros foram dispensados e ajuizaram reclamação trabalhista, postulando férias
vencidas mais 1/3, aviso prévio, 13º salário e depósitos do FGTS, já que sempre
receberam os salários em dia.
Assinale a opção que contempla a(s) verba(s) de direito a que os coveiros efetivamente
fazem jus.
A) Todas as verbas indicadas, pois decorrem do contrato de trabalho celetista.
B) Aviso prévio, 13º salário e FGTS, por terem efetivo cunho rescisório.
C) Apenas os depósitos de FGTS.
D) Apenas os depósitos de FGTS e férias vencidas mais 1/3, por ter o FGTS natureza
salarial e as férias serem direito adquirido pelo ano trabalhado.
COMENTÁRIOS: GABARITO C
O examinador cobrou a famosa Súmula 363 do TST que conversamos de forma
exaustiva em nossas aulas. Empregado contratado sem concurso = contrato NULO. O
empregado terá direito a receber apenas DUAS parcelas: SALÁRIO + FGTS. A questão
destaca que os salários já foram pagos, dessa forma, caberá apenas o recebimento do
FGTS.
03. (OAB XIV EXAME – 2014) Joana trabalha numa empresa que se dedica a dar
assessoria àqueles que desejam emagrecer. Em razão de problemas familiares, Joana foi
acometida por um distúrbio alimentar e engordou 30 quilos. Em razão disso, a empresa
afirmou que agora ela não mais apresentava o perfil desejado para o atendimento aos
clientes, já que deveria ser o primeiro exemplo para eles, de modo que a dispensou sem
justa causa. De acordo com a situação retratada e diante do comando legal, assinale a
opção correta:
a) Josué e Marcos são passíveis de ser dispensados por justa causa, respectivamente por
atos de indisciplina e insubordinação.
b) Ambos praticaram ato de indisciplina.
c) Ambos praticaram ato de insubordinação.
d) A conduta de ambos não encontra tipificação legal passível de dispensa por justa
causa.
Gabarito: "A". Josué ao fumar no local proibido, descumpriu uma ordem de carácter
geral (INDISCIPLINA). Marcos por não fazer a planilha, descumpriu uma ordem
direta (INSUBORDINAÇÃO).
a) No caso de Ramiro, as verbas deverão ser pagas no primeiro dia útil seguinte ao
término do contrato; e, no caso de João, até dez dias após a dispensa do
cumprimento do aviso prévio.
b No caso de Ramiro, as verbas deverão ser pagas até dez dias após o término do
) contrato; e, no caso de João, até dez dias após a projeção do aviso prévio.
c) No caso de Ramiro, as verbas deverão ser pagas no primeiro dia útil seguinte ao
término do contrato; e, no caso de João, até dez dias após a projeção do aviso
prévio, mesmo dispensado de seu cumprimento.
d Em ambos os casos, as verbas rescisórias deverão ser pagas no primeiro dia útil
) seguinte ao término dos respectivos contratos.
Comentários
Questão sobre prazo para quitação de verbas rescisórias, que exigiu o
conhecimento do art. 477, §6º, da CLT:
CLT, art. 477, § 6º – O pagamento das parcelas constantes do instrumento de
rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da
ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu
cumprimento.
João e Ramiro têm situações distintas, conforme quadro abaixo:
Ramiro: a) demitido sem justa causa, com aviso prévio; b) prazo de 1 dia útil do
término do contrato; e c) art. 477, §6º, a, da CLT.
João: a) pediu demissão e foi dispensado do cumprimento do aviso prévio; b)
prazo de 10 dias da notificação da demissão; c) art. 477, §6º, b, da CLT.
Gabarito: alternativa A.
07 (Exame de Ordem 2012.1 - FGV) O trabalhador José foi dispensado, sem justa
causa, em 01/06/2011, quando percebia o salário mensal de R$ 800,00 (oitocentos
reais). Quando da homologação de sua rescisão, o sindicato de sua categoria
profissional determinou à empresa o refazimento do termo de quitação, sob o
fundamento de que o empregador compensou a maior, no pagamento que pretendia
efetuar, a quantia de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais), correspondente a um
empréstimo concedido pela empresa ao trabalhador no mês anterior. Diante do exposto,
assinale a alternativa correta.
A) O sindicato agiu corretamente. A compensação não pode ser feita no valor fixado,
devendo se limitar ao valor de R$ 800,00 (oitocentos reais), o que importa na
necessidade de refazimento do termo de quitação, para o ajuste.
B) O sindicato agiu corretamente. A compensação não pode ser feita no valor fixado,
devendo se limitar ao equivalente a 50% (cinquenta por cento) de um mês de
remuneração do empregado, devendo o termo ser refeito para o ajuste.
C) O sindicato agiu incorretamente. A compensação pode ser feita no valor fixado.
D) O sindicato agiu incorretamente. A compensação pode ser feita em qualquer valor,
inexistindo limite legalmente fixado.
Comentários: Alternativa correta "a” Conforme interpretação do artigo 477, §5º, da
CLT, o sindicato da categoria agiu corretamente, uma vez que é expressa a proibição de
desconto superior a 1 (um) mês de remuneração do empregado.
Alternativa "b” O artigo 477, §8º, da CLT é expresso ao limitar eventuais descontos a
um salário do trabalhador, não havendo que se falar na limitação de 50% disposta na
questão.
Alternativas "c” Com base no mesmo fundamento do artigo 477, §5º, da CLT a
compensação de fato não poderia ter sido fixada no valor do problema (R$ 1.200,00),
pois, esse dispositivo estabelece que qualquer compensação não poderá exceder o
equivalente a 1 (um) mês de remuneração, no caso, R$ 800,00.
Alternativa "d". A assertiva, como visto está incorreta, porque não poderia ultrapassar o
valor equivalente a um mês de remuneração, conforme art. 477 da CLT. Aliás, a
compensação somente poderá ocorrer se as obrigações forem de caráter trabalhista, ou
seja, adiantamentos feitos pelo empregador ao empregado etc. Não cabe compensação
se a dívida do trabalhador é estranha à relação de emprego como, no caso de o
empregador ser fiador, avalista do empregado. Nesse sentido, prevê a Súmula n. 18 do
TST: "A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dividas de natureza
trabalhista".
08. (Exame de Ordem 2010.3 - FGV) Paulo possuía uma casa de campo, situada em
região rural da cidade de Muzambinho - MG, onde costumava passar todos os finais de
semana e as férias com a sua família. Contratou Francisco para cuidar de algumas
cabeças de gado destinadas à venda de carne e de leite ao mercado local. Francisco
trabalhava com pessoalidade e subordinação, de segunda a sábado, das 11 h às 21 h,
recebendo um salário mínimo mensal. Dispensado sem justa causa, ajuizou reclamação
trabalhista em face de Paulo, postulando o pagamento de horas extraordinárias, de
adicional noturno e dos respectivos reflexos nas verbas decorrentes da execução e da
ruptura do contrato de trabalho. Aduziu, ainda, que não era observada pelo empregador
a redução da hora noturna. Diante dessa situação hipotética e considerando que as
verbas postuladas não foram efetivamente pagas pelo empregador, assinale a alternativa
correta.
09. (Exame de Ordem 201 1.1 - FGV) João da Silva ajuizou reclamação trabalhista em
face da empresa Alfa Empreendimentos Ltda., alegando ter sido dispensado sem justa
causa. Postulou a condenação da reclamada no pagamento de aviso prévio, décimo
terceiro salário, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional e indenização
compensatória de 40% (quarenta por cento) sobre os depósitos do FGTS, bem como na
obrigação de fornecimento das guias para levantamento dos depósitos do FGTS e
obtenção do benefício do seguro-desemprego. Na peça de defesa, a empresa afirma que
o reclamante foi dispensado motivadamente, por desídia no desempenho de suas
funções (artigo 482, alínea ·e, da CLT), e que, por essa razão, não efetuou o pagamento
das verbas postuladas e não forneceu as guias para a movimentação dos depósitos do
FGTS e percepção do seguro-desemprego. Considerando que, após a instrução
processual, o juiz se convenceu da configuração de culpa reciproca, assinale a
alternativa correta.
11. (FGV 2016 – OAB XX Exame de Ordem Unificado) Lúcia trabalha na sede de uma
estatal brasileira que fica em Brasília. Seu contrato vigora há 12 anos e, em razão de sua
capacidade e experiência, Lúcia foi designada para trabalhar na nova filial do
empregador que está sendo instalada na cidade do México, o que foi imediatamente
aceito. Em relação à situação retratada e ao FGTS, à luz do entendimento consolidado
do TST, assinale a afirmativa correta.
a) Lúcia terá direito ao depósito do FGTS enquanto estiver trabalhando no México, que
deverá continuar sendo depositado na sua conta vinculada no Brasil.
b) Usando-se a teoria atomista, chega-se à conclusão que Lúcia terá direito à metade do
FGTS, que será depositado na sua conta vinculada.
c) Uma vez que na legislação do México não há previsão de FGTS, Lúcia não terá esse
direito assegurado.
d) Para que Lúcia tenha direito ao FGTS, deverá assinar documento próprio para tal
fim, devidamente traduzido.
Comentários
Em resumo, é preciso pagar FGTS para empregado transferido para o exterior?
A resposta está na lei que dispõe sobre trabalhadores contratados ou transferidos para o
exterior:
Lei 7.064/1982, art. 3º, parágrafo único – Respeitadas as disposições especiais desta
Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço – FGTS e Programa de Integração Social – PIS/PASEP.
Portanto, é devido o FGTS à Lúcia, para qualquer país que ela seja transferida. A
questão faz, ainda, menção a entendimento consolidado do TST, o que nos remete ao
cancelamento da SUM-207 do TST, que dizia:
SUM-207 – A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da
prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação.
Gabarito: alternativa A.
12. (FGV 2016 – OAB XX Exame de Ordem Unificado) Após ter sofrido um acidente
do trabalho reconhecido pela empresa, que emitiu a competente CAT, um empregado
afastou-se do serviço e passou a receber auxílio-doença acidentário. Sobre a situação
descrita, em relação ao período no qual o empregado recebeu benefício previdenciário,
assinale a afirmativa correta.
a) A situação retrata caso de suspensão contratual e a empresa ficará desobrigada de
depositar o FGTS na conta vinculada do trabalhador.
b) Ocorrerá interrupção contratual e a empresa continua com a obrigação de depositar o
FGTS para o empregado junto à CEF.
c) Ter-se-á suspensão contratual e a empresa continuará obrigada a depositar o FGTS na
conta vinculada do trabalhador.
d) Haverá interrupção contratual e a empresa estará dispensada de depositar o FGTS na
conta vinculada do trabalhador.
Comentários
Primeiramente, vale a pena registrar que a “CAT”, citada na questão, é a sigla para
“Comunicação de Acidente do Trabalho”. Na situação narrada, o empregado encontra-
se em afastamento previdenciário decorrente de acidente do trabalho, o que caracteriza
hipótese de suspensão do contrato de trabalho (Lei 8.213/1991, art. 60, caput). Apesar
de não ter que que pagar os salários do empregado, nesta hipótese o empregador
continua obrigado a depositar o FGTS do empregado, conforme disposto na Lei do
FGTS:
Lei 8.036/1990, art. 15, § 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório
nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por
acidente do trabalho.
Esta é uma das exceções à regra geral de suspensão do contrato de trabalho.
Gabarito: alternativa C.
13. (Exame de Ordem 2012.3 - FGV) Acerca do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS), assinale a afirmativa correta.
A) A movimentação de conta vinculada do FGTS não poderá ocorrer nos casos de
aposentadoria espontânea concedida pela Previdência Social em que o empregado titular
da conta continua com o contrato de trabalho em vigor.
B) O empregado doméstico passou a ser beneficiário obrigatório do FGTS.
C) Os diretores não empregados de empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista
não poderão estar sujeitos ao regime do FGTS, em razão da ausência de vínculo
empregatício.
D) Nos termos da lei especifica que regulamenta o FGTS, os empregadores deverão
depositar nas contas vinculadas dos empregados o valor correspondente a 8% da
remuneração de cada empregado do mês anterior, incluídas na remuneração as
comissões, gorjetas e prestações in natura e, ainda, o 13° salário.
Comentários:
A questão aborda o tema do FGTS, que é uma "poupança forçada" suportada
exclusivamente pelo empregador. Todos os meses, ao quitar o salário e demais
adicionais, o empregador deverá depositar numa conta vinculada do trabalhador 8% da
sua remuneração. Atualmente, a questão encontra-se desatualizada diante da
promulgação da Nova Lei dos Domésticos (LC no 150/201 5).
Alternativa correta:"d': Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia
7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8%
(oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior. Esse percentual incide
sobre remuneração (art. 15, § 6°). A título de exemplo, incidirá sobre as seguintes
parcelas para fins do depósito do FGTS: salário; salário in natura; acréscimo 1/3
constitucional de férias; descanso semanal remunerado; aviso-prévio (trabalhado ou
indenizado); gorjetas; adicionais legais (hora extra, noturno, transferência, insalubridade
e periculosidade); décimo terceiro salário.
Alternativa "a". Uma das hipóteses de movimentação da conta vinculada (saque dos
depósitos do FGTS} é a concessão de aposentadoria (art. 20, inciso 111, Lei no
8.036/1990}. O empregado poderá sacar os depósitos independentemente de continuar
ou não trabalhando na empresa. Alternativa "b': Atualmente correta. Após a edição
da EC no 72/2013, o FGTS passou a ser direito constitucional assegurado aos
trabalhadores domésticos (art. 7°, parágrafo único, CF/88).
Com o advento da EC no 72/2013, o FGTS passou a ser direito constitucional
assegurado aos domésticos, mas que somente poderia ser exigido do empregado com a
edição de lei regulamentando o assunto. Nesse sentido, o art. 34, inciso IV, da LC no
150/2015 passou a assegurar o depósito do valor de 8o/o da remuneração do empregado
doméstico para o recolhimento do FGTS: Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o
recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores:
( ... ) IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; A nova lei complementar
condicionou a obrigação de inscrever e recolher o FGTS dos empregados domésticos à
edição de um regulamento pelo Conselho Curador e pelo agente operador do fundo que
se destine a disciplinar os aspectos técnicos dos depósitos, saques, devolução de valores
e emissão de extratos, dentre outros. Nesse sentido, foi editada a Resolução CC/FGTS
no 780/2015 estabelecendo a obrigatoriedade na contribuição ao FGTS a partir de 1 o de
outubro de 20153
Com isso, passou a ser obrigatório que o empregador doméstico realize seu cadastro no
portal eletrônico "e-social” para que seja possível efetuar as contribuições do Simples
Doméstico, inclusive dos depósitos de 8% do FGTS.
Alternativa "c". O FGTS ao diretor não empregado é facultativo, uma vez que, este
passa a exercer funções que se confundem com as do empregador, ou seja, estará
ausente o requisito da subordinação inerente à relação de emprego. Lembre-se de que,
caso esteja presente a subordinação, o diretor terá direito ao FGTS (obrigatório).
14. (Exame de Ordem 2012.1 - FGV) Em razão de forte enchente que trouxe sérios
prejuízos à localidade, houve o encerramento das atividades da empresa Boa Vida Ltda.,
que teve seu estabelecimento totalmente destruído pela força das águas. Diante dessa
situação hipotética, com relação aos contratos de trabalho de seus empregados, assinale
a alternativa correta.
16. (XIII Exame de Ordem Unificado – FGV – 2014) Uma empresa, em consenso
com os seus empregados e com a chancela do sindicato, realiza um acordo coletivo com
prazo de vigência indeterminado.Com relação a esse caso, assinale a afirmativa correta.
19. (Exame de Ordem 2010.2- FGV) Com relação ao Direito Coletivo do Trabalho,
assinale a alternativa correta.
A) Acordo coletivo do trabalho é o acordo de cará- ter normativo pelo qual dois ou mais
sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições
de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais
de trabalho.
B) Na greve em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os
trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e
aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação.
C) As centrais sindicais, por força de lei, podem celebrar acordos e convenções
coletivos de trabalho.
D) O recolhimento da contribuição sindical obrigatória ("imposto sindical") somente é
exigido dos empregados sindicalizados, em face do princípio da liberdade sindical.
22 (FGV- Exame de Ordem 2013.3) Calçados Mundial S.A. contratou duas empresas
distintas para a prestação de serviços de limpeza e conservação nas suas instalações.
Maria é empregada de uma das terceirizadas, exerce a função de auxiliar de limpeza e
ganha salário de R$ 1.150,00. Celso é empregado da outra terceirizada, exerce a mesma
função que Maria, -trabalha no mesmo local, e ganha R$ 1.020,00 mensais.
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
A) Celso poderá requerer o mesmo salário que Maria, pois na hipótese pode-se falar em
empregador único.
B) Impossível a equiparação salarial, mas se outro direito for violado, a empresa
tomadora dos serviços terá responsabilidade solidária.
C) Viável a equiparação desde que Maria e Celso trabalhem no mínimo dois anos nas
instalações do tomador dos serviços.
D) Não será possível a equiparação salarial entre Maria e Celso porque os respectivos
empregadores são diferentes.
Alternativa correta: "d': "Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,
prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, nacionalidade ou idade” (art. 461, "caput~ CLT). No caso, verifica-se
que Maria e Celso não preencheram um dos requisitos para a equiparação salarial, qual
seja, a identidade de empregadores. Verifica-se que, por se tratar de hipótese de
terceirização de serviços, cada empregado possui um empregador (empresa tomadora de
serviços), o que torna irrelevante para fins de equiparação salarial, o fato de prestar os
serviços no mesmo local (empresa tomadora).
Alternativa "a”. O TST entende que haverá empregador único no caso de formação de
grupo econômico entre as empresas (Súmula no 129 do TST). No caso, não há qualquer
informação na questão que aponte que as empresas prestadoras de serviços faziam parte
de um grupo econômico.
Alternativa "b" O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador,
implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas
obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título
executivo judicial." (Súmula n° 331, item IV, do TST). Assim, o descumprimento das
obrigações trabalhistas de Maria e Celso, acarreta a responsabilidade subsidiária da
empresa tomadora de serviços.
Alternativa "c”. Como visto na alternativa "d': não basta que os empregados tenham
trabalhado na mesma função por dois anos, mas que, dentre outros requisitos, prestem
serviços para o mesmo empregador.
23 (Exame de Ordem 2012.1 - FGV) Carlos Manoel Pereira Nunes foi chamado pelo
seu chefe Renato de Almeida para substituí-lo durante as suas férias. Satisfeito, Carlos
aceitou o convite e, para sua surpresa, recebeu, ao final do mês de substituição, o salário
no valor equivalente ao do seu chefe, no importe de R$ 20.000,00. Pouco tempo depois,
Renato teve que se ausentar do país por dois meses, a fim de representar a empresa
numa feira de negócios. Nessa oportunidade, convidou Carlos mais uma vez para
substituí-lo, o que foi prontamente aceito. Findo os dois meses, Carlos retornou à sua
função habitual, mas o seu chefe Renato não mais retornou. No dia seguinte, o
presidente da empresa chamou Carlos ao seu escritório e o convidou para assumir
definitivamente a função de chefe, uma vez que Renato havia pedido demissão. Carlos
imediatamente aceitou a oferta e já naquele instante iniciou sua nova atividade.
Entretanto, ao final do mês, Carlos se viu surpreendido com o salário de R$ 10.000,00,
metade do que era pago ao chefe anterior. lnconformado, foi ao presidente reclamar,
mas não foi atendido. Sentindo-se lesado no seu direito, Carlos decidiu ajuizar ação
trabalhista, postulando equiparação salarial com o chefe anterior, a fim de que passasse
a receber salário igual ao que Renato percebia. Com base na situação acima descrita, é
correto afirmar que Carlos
A) faz jus à equiparação salarial com Renato, uma vez que passou a exercer as mesmas
tarefas e na mesma função de chefia que o seu antecessor.
B) faz jus à equiparação salarial, uma vez que, quando substituiu Renato nas suas férias
e durante sua viagem a trabalho, recebeu salário igual ao seu, devendo a mesma regra
ser observada na hipótese de substituição definitiva.
C) não faz jus à equiparação salarial com Renato, uma vez que a substituição definitiva
não gera direito a salário igual ao do antecessor, além de ser impossível a equiparação
salarial que não se relacione a situação pretérita.
D) não faz jus à equiparação, uma vez que substituiu Renato apenas eventualmente, não
se caracterizando a substituição definitiva geradora do direito ao igual salário para igual
tarefa.
Alternativa correta: "c': O cerne da questão é a ausência do requisito simultaneidade.
Pois, enquanto o trabalho for para suprir a ausência do paradigma, o empregado
substituto tem direito ao pagamento equivalente ao do substituído (Súmula no 159, item
l, do TST). Diante do pedido de demissão do paradigma, rompe-se o vínculo
obrigacional no tocante ao salário do futuro substituto. Dessa forma, vigora o direito
diretivo da empresa em contratar o substituto com salário inferior ao antecessor (Súmula
no 159, item 11, do TST).
24. (Exame de Ordem 2011.2- FGV) Para equiparação salarial, é necessário que:
25. (Exame de Ordem 2010.2 - FGV) Marcos foi contratado para o cargo de escriturário
de um banco privado. Iniciada sua atividade, Marcos percebeu que o gerente lhe estava
repassando tarefas alheias à sua função. A rigor, conforme constava do quadro de
carreira da empresa devidamente registrado no Ministério do Trabalho e Emprego, as
atribuições que lhe estavam sendo exigidas deveriam ser destinadas ao cargo de
tesoureiro, cujo nível e cuja remuneração eram bem superiores. Esta situação perdurou
por dois anos, ao fim dos quais Marcos decidiu ajuizar uma ação trabalhista em face do
seu empregador. Nela, postulou uma obrigação de fazer o seu reenquadramento para a
função de tesoureiro e o pagamento das diferenças salariais do período. Diante desta
situação jurídica, é correto afirmar que:
A) o pedido está inepto, uma vez que este é um caso típico de equiparação salarial e não
houve indicação de paradigma.
B) o pedido deve ser julgado improcedente, uma vez que a determinação das atividades,
para as quais o empregado está obrigado, encontra-se dentro do jus variandi do
empregador.
C) o pedido deve ser julgado procedente, se for demonstrado, pelo empregado, que as
suas atividades correspondiam, de fato, àquelas previstas abstratamente na norma
interna da empresa para o cargo de tesoureiro.
D) o pedido deve ser julgado procedente em parte, uma vez que só a partir da decisão
judicial que determine o reenquadramento é que o empregado fará jus ao aumento
salarial.
Alternativa correta: "c". O instituto da equiparação salarial é baseado no art. 7°,
inciso XXX da CF/88, art. 461 da CLT e Súmula no 6 do TST, que vedam o tratamento
diferenciado para os trabalhadores que exerçam a mesma função. Dentre os requisitos
exigidos para pleitear a equiparação, está a ausência de quadro de carreira, pois caso
existe essa norma interna na empresa as promoções deverão obedecer aos critérios de
antiguidade e merecimento (art. 461, § 2o, CLT). Na questão constava a existência do
quadro de carreira, portanto não cabia o pedido de equiparação salarial. A hipótese
narrada tratava-se de caso típico de desvio de função (contratado como escriturário, mas
com atribuições de tesoureiro). Ocorre desvio de função quando o empregado que
deveria estar desempenhando uma determinada função, está prestando serviços em
outra, com salário mais elevado. Uma vez comprovado o desvio, dará ao empregado
remuneração mais elevada enquanto esteve desempenhando aquela atividade que não
era originariamente sua. Além disso, será enquadrado na função correta: tesoureiro.