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1. EMBASAMENTO LEGAL
- Constituição Federal – Art. 7º,II, art. 201,III; artigo 239 e §§.
- Lei nº 7.998/90; Lei nº 8.900/94; Lei n. 8.287/91, Lei 13.677/2018 publicada
em 13 de junho de 2018, alterando a legislação do PIS/PASEP para o saque
de cotas, e Resoluções do CODEFAT (n. 467/05, etc). Domésticos –
conforme art. 26 da Lei Complementar 150/15.
2. NOÇÕES GERAIS
Historicamente, a garantia de “assistência ao desempregado” aparece na
Constituição Federal de 1.946. Porém, apenas em 1.965 ocorreu a sua regulamentação
pela lei nº 4.923, ainda assim, condicionada a vigência desta lei à criação de um fundo
e à sua regulamentação, que só veio ocorrer pelo Decreto 58.155/66. Na prática o
fundo era constituído apenas pela contribuição sindical obrigatória dos trabalhadores
não se efetivando a contribuição patronal e do Estado.
3. CARACTERIZAÇÃO DO PROGRAMA
Até 29/06/18 todo trabalhador com cotas depositadas na sua conta PIS ficou
autorizado ao saque do valor total, independente da idade, conforme lei 13.677/18. A
partir desta data, apenas pessoas com mais de 60 anos, além das demais hipóteses
que a lei já previa.
4. O CARÁTER DO SEGURO-DESEMPREGO.
Trata-se de prestação de caráter assistencial, como direito pessoal e
intransferível, e não de caráter previdenciário. Não se confunde, portanto, com o
auxílio-desemprego previsto no art. 201,III da CF, uma vez que o seguro desemprego é
custeado por recursos do FAT, oriundos do PIS/PASEP, conforme o art. 239 da CF.
Além das situações aqui indicadas, há outra especial, regulada pela Lei n.
8.287/91, garantindo seguro-desemprego ao pescador artesanal no valor de um salário
mínimo mensal durante o período do defeso. Cabe, ainda, a obtenção de seguro-
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desemprego em situações de calamidades, como previsto na Resolução 659/2011 do
CODEFAT.
Além das situações garantidas pela lei, nos casos de extinção contratual por
factun principis, força maior, falência do empregador, também ocorrem de forma alheia
à vontade do trabalhador. Também, nos casos de contrato de prazo determinado,
mesmo com o prévio conhecimento acerca do encerramento do contrato, expressando,
em tese, a vontade das partes, não logrando, o trabalhador, o êxito desejado na
consecução de novo emprego, estaria também na situação caracterizada por
desemprego involuntário. Isto é mais característico em atividades que, por sua
natureza são sazonais, impondo aos trabalhadores determinados períodos anuais de
situação real de desemprego involuntário.
7. PARCELAS DO SEGURO-DESEMPREGO
O pagamento é concedido ao trabalhador desempregado por um período
máximo variável de 3 a 5 parcelas, conforme art. 4º da Lei 7.998/90 (e
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excepcionalmente mais duas parcelas nas condições dos parágrafos 5º e 6º do referido
artigo).
Além disso, a lei 10.779/03 garante seguro desemprego no valor de um s.
Mínimo pelo período do defeso ao pescador artesanal (Econ. Familiar).
Também, conforme Resolução 659/11 do CODEFAT, cabe seguro-desemprego
no caso de calamidades.
VALOR DAS PARCELAS: O valor das parcelas é variável, de acordo com a faixa
salarial do trabalhador, sendo que o art. 5º da lei 7.998/90 fixa 3 faixas salariais e o
respectivo cálculo do valor do benefício. (VER NA LEI). O valor das parcelas é
reajustado anualmente por ocasião do reajuste do salário mínimo e mais ou menos nos
mesmos índices.
Há, no entanto, uma exceção a esta regra, como prevê o parágrafo único do art.
18 da Resolução 467/05 do CODEFAT, garantindo ao trabalhador o direito de retomar
o benefício pelas parcelas remanescentes quanto o novo emprego que levou à
suspensão foi de contrato a termo e, quando encerrado, o trabalhador ainda se
encontrar dentro do período aquisitivo do direito ao seguro desemprego.
Até o advento da CF/88, era controversa, duvidosa e sem respaldo legal claro o
deferimento de indenização por dano moral, em qualquer âmbito das relações sociais e
jurídicas.
A partir das inovações trazidas pela CF/88, a indenização por dano moral
ganhou caráter de garantia constitucional, sem, contudo, fazer-se distinção e
regulamentação específica para o Direito do Trabalho até o advento da lei nº
13.467/17. A regra inserida na CLT estabelece situações de responsabilidade por dano
moral, tanto de parte do empregador como do empregado.
Estratégias – atos que levam a fragilizar, destruir, diminuir, culpar, isolar, etc, o
trabalhador.
Pode ocorrer dano patrimonial indireto resultante do dano moral. Ex.: assédio
moral, que resulta em problema de saúde (depressão), com gastos médicos em
relação aos quais é possível exigir o ressarcimento. O dano indireto também é
chamado de dano em ricochete. Os dispositivos inseridos na CLT não eliminam este
dano reflexo.
Da mesma forma, pode ocorrer a prática de ato lesivo à honra por parte de
empregado, ou ex-empregado contra empregador, como por exemplo, a divulgação de
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informações desabonadoras, prejudicando a reputação de ex-empregador; tornar
público costume ou vício de empregador, etc.
Neste específico, o art. 223-G passou a estabelecer uma série de critérios para a
fixação do valor indenizatório, havendo o entendimento que o juiz não precisa ficar
apegado necessariamente a todos estes critérios, ao passo que podem existir outros
critérios de convencimento, de modo a evitar o engessamento que a regra da CLT
sugere. Ao mesmo tempo, o critério “último salário contratual do ofendido” pode levar
ao claro descumprimento da garantia constitucional de tratamento isonômico a todos.
Seria o mesmo que dizer que quem ganha menos, o patrimônio imaterial vale menos.
Além disso não há indicação clara do que seja ofensa de natureza leve, média, grave
ou gravíssima.