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FEITO COM ♥ POR PROFESSOR CUSTÓDIO NOGUEIRA

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Sumário
HISTÓRICO DO FGTS .....................................................................................................................5
ESTABILIDADE DECENAL X INDENIZAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO ............................................5
FGTS APÓS A CF/1988 ..................................................................................................................6
FGTS E O EMPREGADO(A) DOMÉSTICO(A) – LC 150/2015 ...........................................................7
PERCENTUAL DE RECOLHIMENTO DO FGTS .................................................................................8
FISCALIZAÇÃO, OPERACIONALIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DO FGTS – (LEI 8.036/90) ................8
ACESSO AO EXTRATO DO FGTS ....................................................................................................9
HIPÓTESES DE SAQUE E LEGITIMIDADE PARA SACAR O FGTS ....................................................10
ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA DO FGTS - TR X IPCA-E e INPC .........................................11
DA ADI 5090 E A CORREÇÃO PELA TR .........................................................................................12
PRESCRIÇÃO DO FGTS ................................................................................................................14
E AGORA? ...................................................................................................................................15
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DAS AÇÕES DE REVISÃO DO FGTS DECORRENTES DA
CORREÇÃO PELA TR ....................................................................................................................16
LEGITIMIDADE PASSIVA DAS AÇÕES DE REVISÃO DO FGTS DECORRENTES DA CORREÇÃO PELA
TR ...............................................................................................................................................17
VALOR DA CAUSA NAS AÇÕES DE REVISÃO DO FGTS DECORRENTES DA CORREÇÃO PELA TR...17
CONTRATO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIO..............................................................................17
ADI`s Nº 4.357 3 4.425 JULGADAS PELO STF ..............................................................................18
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AÇÃO DE REVISÃO DO ÍNDICE DE
CORREÇÃO MONETÁRIA DO FGTS

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HISTÓRICO DO FGTS

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foi criado pela Lei 5.107/66 com
o objetivo principal de proteger os empregados demitidos sem justa causa, sendo
uma forma de substituição à estabilidade decenal prevista no 478 da CLT.

Art. 478 CLT - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1
(um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6
(seis) meses.

Esse regime (DECENAL) permaneceu em vigor desde a promulgação da CLT


(1º/05/1943) até 1988, quando foi revogado pela C.F., que tornou o regime do FGTS
obrigatório.

CONTUDO, a partir de 01.01.1967, os empregados puderam optar pelo regime do


FGTS.

Com isso, o empregador passou a ter a obrigação de depositar, mensalmente, 8%


do valor da remuneração do empregado em uma conta vinculada do trabalhador.

ESTABILIDADE DECENAL X INDENIZAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO

O art. 492 da CLT, previa que o empregado que não fosse optante pelo regime do
FGTS (ou qualquer empregado antes de o regime do FGTS ser introduzido em
1.966) adquiria estabilidade no emprego após 10 anos de serviços prestados ao
mesmo empregador.

Art. 492 CLT - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não
poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior,
devidamente comprovadas.

Esta era a verdadeira ESTABILIDADE NO EMPREGO, exceções? Sim:


Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua
despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação.

Art. 497 - Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado
estável despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado,
paga em dobro.
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Se ocorrer extinção da empresa SEM motivo de força maior, o estável será
indenizado em dobro.

O que não existe é a previsão legal de indenização em dobro no caso de SIMPLES


DEMISSÃO do empregado estável.

É que o estável não poderá ser demitido enquanto houver período de


estabilidade.

Pedido de demissão do estável?

Art. 500 CLT - O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a
assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do
Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho.

FGTS APÓS A CF/1988

Com a nova ordem constitucional o regime do FGTS tornou-se obrigatório para


todos os empregados.

1º fundamento: O artigo 7º, inciso III, da CF, prevê:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
III - fundo de garantia do tempo de serviço;

2º fundamento: Lei 8.036/90.

Art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da promulgação da
Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no emprego nos termos do Capítulo
V do Título IV da CLT.

Garantiu direito adquirido da estabilidade decenal para quem já havia alcançado


o direito antes da CF/88 e depois dela garante o direito aos recolhimentos
mensais do FGTS.

3º fundamento: Decreto 99.684/90 consolida as normas regulamentares do FGTS.

Art. 3° A partir de 5 de outubro de 1988, o direito ao regime do FGTS é assegurado aos trabalhadores
urbanos e rurais, exceto aos domésticos, independentemente de opção.

As normas acima mencionadas estão em vigor.

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Portanto, os únicos trabalhadores que, efetivamente, gozam da estabilidade da
CLT são aqueles que contavam com mais de 10 anos de serviço na mesma
empresa em 05.10.1988 (data da promulgação da CF) e que até então NÃO haviam
optado pelo regime do FGTS.

FGTS E O EMPREGADO(A) DOMÉSTICO(A) – LC 150/2015

O recolhimento do FGTS para o empregado doméstico, que era facultativo (Lei


10.208/01), passou a ter caráter obrigatório, com a edição da EC 72/13.

Todavia, a regulamentação só aconteceu com a edição Lei Complementar 150,


publicada em 02.06.2015.

Simples Doméstico:

CAPÍTULO II – LC 150/2015
SIMPLES DOMÉSTICO (ART. 31 ao 35)
Art. 34 O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, dos seguintes valores:
I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária , a cargo do segurado
empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; Desconta do
EMPREGADO
II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo
do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; Empregador
III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do seguro contra
acidentes do trabalho; SAT Empregador
IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; Empregador
V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 desta Lei; 40% FGTS rescisórias
- Empregador

EMPREGADOR RECOLHERÁ. 20% sobre a Remuneração:

8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social;


0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social SAT seguro acidente do trabalho;
8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS, e
3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), 40% FGTS rescisórias.

Vídeo sobre o tema (passo a passo)


https://www.youtube.com/watch?v=rmyLcaajSSo

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PERCENTUAL DE RECOLHIMENTO DO FGTS

Nos termos do art. 15, da Lei 8.036/90:

Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o
dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por
cento da remuneração paga ou devida , no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se
refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto
de 1965. (Vide Lei nº 13.189, de 2015)

Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 07 de cada mês,


em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 % da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação
de Natal a que se refere a Lei 4.090, de 13 de julho 1962, com as modificações da
Lei 4.749, de 12 de agosto de 1965.

EXCEÇÃO: Segundo o § 7º da Lei 8.036/90, os contratos de aprendizagem tem a


alíquota reduzida para 2%.

FISCALIZAÇÃO, OPERACIONALIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DO FGTS –


(LEI 8.036/90)

Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego a fiscalização quanto as infrações


praticadas pelos empregadores e/ou débitos que possuam à título de FGTS.

Art. 23. Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social a verificação, em nome da


Caixa Econômica Federal, do cumprimento do disposto nesta lei, especialmente quanto à apuração
dos débitos e das infrações praticadas pelos empregadores ou tomadores de serviço, notificando-
os para efetuarem e comprovarem os depósitos correspondentes e cumprirem as demais
determinações legais, podendo, para tanto, contar com o concurso de outros órgãos do Governo
Federal, na forma que vier a ser regulamentada.

Na falta de recolhimento ou nos casos de recolhimento a menor, o empregador


poderá ser acionado perante a Justiça do Trabalho.

A Caixa Econômica Federal - CEF é o Agente Operador do FGTS.

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A CEF centraliza os recolhimentos, mantém controle das contas vinculadas em
nome dos trabalhadores e estabelece procedimentos, tanto administrativos
quanto operacionais, dos bancos depositários, dos agentes financeiros, dos
empregados, e dos trabalhadores que integram o sistema FGTS.

Art. 7º À Caixa Econômica Federal, na qualidade de agente operador, cabe:


I - centralizar os recursos do FGTS, manter e controlar as contas vinculadas, e emitir regularmente
os extratos individuais correspondentes às contas vinculadas e participar da rede arrecadadora
dos recursos do FGTS;
II - expedir atos normativos referentes aos procedimentos adiministrativo-operacionais dos bancos
depositários, dos agentes financeiros, dos empregadores e dos trabalhadores, integrantes do
sistema do FGTS;
III - definir os procedimentos operacionais necessários à execução dos programas de habitação
popular, saneamento básico e infra-estrutura urbana, estabelecidos pelo Conselho Curador com
base nas normas e diretrizes de aplicação elaboradas pelo Ministério da Ação Social;
IV - elaborar as análises jurídica e econômico-financeira dos projetos de habitação popular, infra-
estrutura urbana e saneamento básico a serem financiados com recursos do FGTS;
V - emitir Certificado de Regularidade do FGTS;
VI - elaborar as contas do FGTS, encaminhando-as ao Ministério da Ação Social;
VII - implementar os atos emanados do Ministério da Ação Social relativos à alocação e aplicação
dos recursos do FGTS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Curador.
VIII - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.491, de 1997)
IX - garantir aos recursos alocados ao FI-FGTS, em cotas de titularidade do FGTS, a remuneração
aplicável às contas vinculadas, na forma do caput do art. 13 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.491,
de 2007)

O FGTS é gerido e administrado por um Conselho Curador.

O Conselho é um colegiado tripartite composto por entidades representativas dos


trabalhadores, dos empregadores e representantes do Governo Federal.

Art. 3o O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto
por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na
forma estabelecida pelo Poder Executivo.
I - estabelecer as diretrizes e os programas de alocação de todos os recursos do FGTS, de acordo
com os critérios definidos nesta lei, em consonância com a política nacional de desenvolvimento
urbano e as políticas setoriais de habitação popular, saneamento básico e infra-estrutura urbana
estabelecidas pelo Governo Federal;

ACESSO AO EXTRATO DO FGTS

A Circular 436/2008 da CEF garante ao trabalhador acesso aos extratos de sua


conta do FGTS, pelos seguintes canais:

INTERNET (via cadastro no site da CEF ou certificado digital);

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TERMINAIS DE AUTO-ATENDIMENTO (com cartão cidadão ou digitação do PIS/PASEP);
CORREIO (pode requerer que o extrato seja enviado bimestralmente);
E-MAIL (pode requerer que o extrato seja enviado mensalmente);
VIA CELULAR (com tecnologia wap ou palm top), ou
NAS AGÊNCIAS DA CEF.

Súmula 514 - do STJ: A CEF é responsável pelo fornecimento dos extratos das contas
individualizadas vinculadas ao FGTS dos trabalhadores participantes do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, inclusive para fins de exibição em juízo, independentemente do período em
discussão.

Na forma da Circular 436/2008, a CEF:

... no prazo de 05 (cinco) dias úteis, atenderá ao empregador, ao trabalhador titular de contas
vinculadas FGTS ou sucessores, quanto aos pedidos de informação relativa ao total de depósitos
efetuados, acrescidos dos respectivos juros e correção monetária, inclusive quando tal informação
vise permitir os cálculos para realização dos recolhimentos rescisórios.

HIPÓTESES DE SAQUE E LEGITIMIDADE PARA SACAR O FGTS

As hipóteses de saque estão previstas no art. 20, da Lei 8.036/90, e são


meramente exemplificativas; vejamos:

Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas
seguintes situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força
maior;
II - extinção total da empresa , fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos,
filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade
do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do
empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão
de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida,
quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado;
III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;
IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para
esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para
a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao
recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil,
indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado,
independente de inventário ou arrolamento;
V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional
concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que:
a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do
FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes;

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b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses;
c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da
prestação;
VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de
junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado
a partir do mês de aniversário do titular da conta.
IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores
temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;
X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90
(noventa) dias, comprovada por declaração do sindicato representativo da
categoria profissional.
XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de
neoplasia maligna. (câncer)
XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus
HIV;
XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio
terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento;
XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos.
XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural,
conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições:
XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir
órtese ou prótese para promoção de acessibilidade e de inclusão social. (Incluído
pela Lei nº 13.146, de 2015)

ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA DO FGTS - TR X IPCA-E e INPC

Fundamentação legal - Os arts. 2º, 9º, § 2º e 13 da Lei 8.036/90 estabelecem a


necessidade de correção monetária do saldo da conta vinculada do trabalhador
(INFLAÇÃO); vejamos:

Correção Monetária é: Em Economia é também chamado de "Correção Monetária", ou seja,


um ajuste feito periodicamente de certos valores na economia tendo em base o valor da inflação
de um período, objetivando compensar a perda de valor da moeda.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atualiza%C3%A7%C3%A3o_monet%C3%A1ria

Portanto, o índice de correção monetária DEVE corrigir certo valor face a inflação
de certo período. E no FGTS?

Lei 8.036/90: Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras


providências.

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Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas SERÃO CORRIGIDOS MONETARIAMENTE com
base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança e
capitalização juros de (três) por cento ao ano.

O índice de atualização do saldo da poupança, é a TR, prevista nos artigos 17 e 12


da Lei 8.177/91:

Art. 17. A partir de fevereiro de 1991, os saldos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) passam a ser remunerados pela taxa aplicável à remuneração básica dos depósitos
de poupança com data de aniversário no dia 1°, observada a periodicidade mensal para
remuneração.

Art. 12. Em cada período de rendimento, os depósitos de poupança serão remunerados:


I - como remuneração básica, por taxa correspondente à acumulação das TRD, no período
transcorrido entre o dia do último crédito de rendimento, inclusive, e o dia do crédito de
rendimento, exclusive;

Verifica-se que ficou determinado que os saldos das contas do FGTS passariam a
ser corrigidos pela taxa aplicável aos depósitos de poupança, ou seja, a TR,
mantidas as taxas de juros previstas na legislação própria do FGTS, qual seja, a
taxa de 3% de juros anuais.

PORTANTO, não se discute que a aplicação da TR é legal.

O que se discute é se o índice previsto na norma é ou não capaz de 'corrigir


monetariamente' o saldo dos depósitos de FGTS, como expressamente previsto
na Lei 8.036/90, veja:

Art. 2°. O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros
recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a
assegurar a cobertura de suas obrigações.

Art. 9º. As aplicações com recursos do FGTS poderão ser realizadas diretamente pela Caixa
Econômica Federal e pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da Habitação - SFH,
exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador do FGTS, em operações que
preencham os seguintes requisitos:
(...) § 2º. Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação, saneamento básico e infra-
estrutura urbana. As disponibilidades financeiras devem ser mantidas em volume que satisfaça as
condições de liquidez e remuneração mínima necessária à preservação do poder aquisitivo da
moeda.

DA ADI 5090 E A CORREÇÃO PELA TR

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A ADI 5090 discute os dispositivos das Leis 8.036/1990 (artigo 13) e 8.177/1991
(artigo 17) que impõem a correção dos depósitos nas contas vinculadas do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela Taxa Referencial (TR).

“Pode-se afirmar que há, hoje, uma agressão ao núcleo essencial do próprio Fundo de Garantia”,
afirma o SD.
“Aplicado índice inferior à inflação, a Caixa Econômica Federal, como ente gestor do Fundo, se
apropria da diferença, o que claramente contraria a moralidade administrativa”.
“Tenciona-se aqui é deixar assente que o crédito do trabalhador na conta do FGTS, como qualquer
outro crédito, deve ser atualizado por índice constitucionalmente idôneo”.

O STF (Supremo Tribunal Federal) iniciaria no dia 13 de maio o julgamento da ADI


5090.

A ação discute os indexadores de correção anual do saldo das contas do FGTS


sustentando sua inconstitucionalidade, já que, quase sempre, ficam abaixo da
inflação, reduzindo, portanto, o poder de compra do dinheiro depositado ao longo
do tempo.

Como vimos, o FGTS tem uma remuneração fixa de 3% ao ano acrescida da Taxa
Referencial (TR), fixada pelo Banco Central e que, historicamente, ficou abaixo de
outras taxas e indicadores, incluindo a inflação.

São diversos processos ajuizados em todo o país, seja de forma coletiva ou


individual, que esperam esse julgamento, que terá efeitos sobre todos os
brasileiros.

Há ações que pedem que o FGTS passe a ser corrigido pelo INPC (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor) ou pelo IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Especial).

Decisão Liminar:

Recentemente, o C. STF, no bojo da ADI 5090 – DF, deferiu medida cautelar para
sobrestar todos os processos que versem sobre a rentabilidade do FGTS.

DECISÃO:

Considerando:
(a) a pendência da presente ADI 5090, que sinaliza que a discussão sobre
a rentabilidade do FGTS ainda será apreciada pelo Supremo e, portanto,
não está julgada em caráter definitivo, estando sujeita a alteração
(plausibilidade jurídica);
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(b) o julgamento do tema pelo STJ e o não reconhecimento da repercussão
geral pelo Supremo, o que poderá ensejar o trânsito em julgado das
decisões já proferidas sobre o tema (perigo na demora);
(c) os múltiplos requerimentos de cautelar nestes autos; e
(d) a inclusão do feito em pauta para 12/12/2019, defiro a cautelar, para
determinar a suspensão de todos os feitos que versem sobre a matéria,
até julgamento do mérito pelo Supremo Tribunal Federal. Publique-se.
Intime-se. Brasília, 6 de setembro de 2019. Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO
Relator.
Nesse cenário, determino o sobrestamento do feito, aguardando-se o
desfecho da ADI 5090, ou nova deliberação quanto à suspensão dos
processos que envolvam a temática em questão. P.I.

PRESCRIÇÃO DO FGTS

Lapso inicial da pretensão: 1.999!

Em caso de decisão favorável na ADI 5090, o saldo passaria a ser corrigido desde
1999 pelo INPC ou o IPCA-E, por apresentar diferença para menor devido às
alterações realizadas pelo Banco Central do Brasil, BACEN, por meio da
Resolução CMN 2.604, de 23.04.1999 que reduziu a taxa de juros com a criação
de um redutor em 1999, e a consequente alteração na fórmula deste redutor
através da Resolução CMN 3.354/06, impactaram negativamente na Taxa
Referencial (TR).

Lapso final da pretensão face a Prescrição retroativa!

A prescrição para PEDIR a REVISÃO do SALDO FGTS em AÇÃO contra a CEF é de 30


anos.

Súmula 210, do STJ: A ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em trinta (30)
anos. (DJ 05.06.1998)

Por este entendimento, a discussão dessa ação que tem início em 1.999, se
conseguiria o direito aos 30 anos àqueles que ajuizassem até 2.029.

Contudo, há controvérsia no entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e


também no Supremo (Supremo Tribunal Federal) sobre esse prazo.

No âmbito trabalhista, a prescrição relativa ao não recolhimento do FGTS, agora,


é quinquenal - Súmula 362, do TST.

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É que o STF modificou de 30 anos para 05 anos o prazo de prescrição aplicável à
cobrança de valores não depositados no FGTS. A decisão majoritária foi tomada
em 13/11/2014 no julgamento do ARE 709.212/DF.

O STF declarou a inconstitucionalidade das normas que previam a prescrição


trintenária.

A decisão conta com modulação dos efeitos com projeção de 05 anos da data da
decisão (13/11/2014), ou seja, até 13/11/2019.

Nova redação da Súmula nº 362 do TST:


FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT
divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição
do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo
de dois anos após o término do contrato;
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo
prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a
partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF).

E AGORA?

Se procedente a ADI poderá ser modulado os efeitos da decisão de modo a


acomodar o impacto.

• poderá valer para todos os trabalhadores com ajuizamento a qualquer


momento;
• poderá valer para todos os trabalhadores, desde que ajuízem até 05 anos
da decisão na ADI;
• apenas para os trabalhadores que ingressaram com a ação até a
distribuição da ADI;
• apenas para os trabalhadores que ingressaram com a ação até a data do
julgamento da ADI;
• enfim, ...

E se retroagir, pode chegar a quantos anos?

Em 13/11/2014 – o STF julgou Agravo em Recurso Extraordinário (ARE) 709212 e


alterou a Súmula 362 do TST determinando que o direito do trabalhador pleitear
o FGTS não recolhido prescreveria em 5 anos.

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Porém, como a discussão, na ADI 5090 é sobre a aplicação de índice de correção
monetária e, NÃO de recolhimento do FGTS, diversos profissionais do direito
consideram que a prescrição deve ser de 30 anos.

É certo que o STF vai concordar que a TR é inadequada?

Não podemos dizer que o STF concordará com a tese da ADI, ou concordando que
retroagirá os efeitos até 1999, no entanto, acreditamos que em razão do impacto
econômico-financeiro, havendo decisão favorável, será aplicada alguma
modulação.

COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DAS AÇÕES DE REVISÃO DO FGTS


DECORRENTES DA CORREÇÃO PELA TR

Nos termos do art. 109, inciso I, da CF, é da Justiça Federal a competência para
julgamento das ações em que a CEF figure no polo passivo.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:


I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Se no domicílio do autor houver JEF, atenção: As causas com valor de até 60


salários mínimos são de competência absoluta dos JEF`s, na forma do art. 3º, da
Lei 10.259/01.

Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de
competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as
suas sentenças.

Inexistindo JEF no domicílio do autor ou sendo o valor da causa superior a 60


salários mínimos a competência é da Justiça Federal comum.

LITISCONSÓRCIO ATIVO FACULTATIVO:

O REsp 1.257.935, decidiu que no caso de litisconsórcio ativo facultativo, os valores


das diferenças calculadas para os autores devem ser somados e divididos pela
quantidade de requerentes.

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LEGITIMIDADE PASSIVA DAS AÇÕES DE REVISÃO DO FGTS DECORRENTES
DA CORREÇÃO PELA TR

A legitimidade passiva nas ações onde se busca a correção das contas vinculadas
dos trabalhadores é, exclusivamente, da CEF.

Neste sentido, vejamos:

STJ. Súmula nº 249 - 24/05/2001 - DJ 22.06.2001.


Caixa Econômica Federal - Legitimidade Passiva - Correção Monetária do FGTS. A Caixa Econômica
Federal tem legitimidade passiva para integrar processo em que se discute correção monetária do
FGTS.

VALOR DA CAUSA NAS AÇÕES DE REVISÃO DO FGTS DECORRENTES DA


CORREÇÃO PELA TR

O cálculo inicial pode ser feito pelo site www.jfrs.jus.br. Link:


http://www.jfrs.jus.br/ex/cax/jusprev/ (Caminho: Cadastrar-se no site –
Entrar – Clicar em Programas de Cálculo – Cíveis – FGTS – WEB)

Os valores lançados são da JAM Creditados (juros e atualização monetária) ou


Crédito de JAM, esta informação (JAM) vem expressa no extrato do FGTS.

Cuidado para não colocar o valor do depósito do mês!

Nenhum outro dado, a não ser o VALOR do JAM Creditados, será utilizado para se
fazer os cálculos.

Esta informação (JAM) vem expressa no extrato do FGTS

Ainda, anexo o manual de cálculos.

CONTRATO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

O advogado DEVE requerer que ao final, os HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


CONTRATADOS SEJAM DESTACADOS DA QUANTIA QUE SERÁ PAGA à parte autora
(contrato em anexo), na forma do art. 22, § 4º, da Lei 8.906/94.

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§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o
mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente,
por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.

Basta juntar aos autos o contrato de honorários antes de expedir-se o mandado


de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se
este provar que já os pagou.

ADI`s Nº 4.357 3 4.425 JULGADAS PELO STF

O STF firmou entendimento de que a TR NÃO pode ser utilizada como índice de
atualização monetária, eis que não é capaz de recompor as perdas face a inflação.

Veja trecho do voto do Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Luiz Fux, relator do
v. acórdão:

Quanto à disciplina da correção monetária dos créditos inscritos em precatórios, a EC nº 62/09


fixou como critério o 'índice oficial de remuneração da caderneta de poupança'. Ocorre que o
referencial adotado não é idôneo a mensurar a variação do poder aquisitivo da moeda . Isso porque
a remuneração da caderneta de poupança, regida pelo art. 12 da Lei nº 8.177/91, com atual redação
dada pela Lei nº 12.703/2012, é fixada ex ante, a partir de critérios técnicos em nada relacionados
com a inflação empiricamente considerada. Já se sabe, na data de hoje, quanto irá render a
caderneta de poupança. E é natural que seja assim, afinal a poupança é uma alternativa de
investimento de baixo risco, no qual o investidor consegue prever com segurança a margem de
retorno do seu capital.
A inflação, por outro lado, é fenômeno econômico insuscetível de captação apriorística. O máximo
que se consegue é estimá-la para certo período, mas jamais fixá-la de antemão. Daí por que os
índices criados especialmente para captar o fenômeno inflacionário são sempre definidos em
momentos posteriores ao período analisado, como ocorre com o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o Índice de
Preços ao Consumidor (IPC), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A razão disso é clara:
a inflação é sempre constatada em apuração ex post, de sorte que todo índice definido ex ante é
incapaz de refletir a efetiva variação de preços que caracteriza a inflação. É o que ocorre na
hipótese dos autos. A prevalecer o critério adotado pela EC nº 62/09, os créditos inscritos em
precatórios seriam atualizados por índices préfixados e independentes da real flutuação de preços
apurada no período de referência. Assim, o
índice oficial de remuneração da caderneta de poupança não é critério adequado para refletir o
fenômeno inflacionário.

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